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Bela Vista-MS Quarta-Feira, 15 de Maio de 2024
Voando Baixo, com Marco ASA – Volume 21

Voando Baixo, com Marco ASA – Volume 21

Marco Asa

Supremacia: Superioridade absoluta: 1 proeminência, domínio, primazia, superioridade, hegemonia, predominância, preeminência, preponderância, predomínio, soberania, prevalência, primado.

Odeio supremacias – Acho qualquer tipo de supremacia nojenta e cansativa. Querer que algo seja melhor que outra num mundo desigual e não homogênio é uma burrice sem tamanho. Vemos, nos Estados Unidos, os chamados “supremacistas brancos”, ou simplesmente grupos racistas, saudosistas da escravidão, que perderam o pudor de gritar em público depois que elegeram o Bozo-laranja Trump.

Aqui no Brasil, acontece a mesma coisa, pois os supremacistas paulistas elegeram o Bozo-Dória que, para atender seu público, começou seu governo massacrando as minorias, maltratando mendigos e destruindo o pouco de belo da capital paulistas em nome da (contradição) “cidade linda”.

Odeio supremacia de todos os lados. Esquerdistas que não conseguem conviver com direitistas não extremistas também são cansativos. Radicalistas são chatos. Juro que, se nas próximas eleições a direita conseguir achar um candidato que seja coerente, humano, que não queira queimar os mendigos em caldeiras, não ache que só sua religião leva a Deus e que não ache os diferentes uma aberração, eu até torço para que seu governo dê certo pelo bem de todos.

Mas, tá difícil achar um representante de direita humano e não corrupto.

O mundo representado por uma só etnia é chato, pouco diversificado, triste. Eu não queria ter alguém subserviente a mim, como não quero ser subserviente a ninguém. O mundo é uma troca. Somos todos sacos de carne e osso ambulantes. Quando morrermos, vamos feder do mesmo jeito e nossas vísceras servirão de alimentos às bactérias e vermes. Chiquinho Scarpa será comido por vermes. A Rainha Elizabeth também (se bem que acho que será embalsamada). Um zulu da tribo da África do Sul também.

Supremacias são burras porque consideram apenas a sua verdade. Nosso mundo está se decompondo por nossa culpa e, daqui a pouco, não sobrará muita coisa que chamemos de nossa.

Supremacia branca é ainda mais burra, pois a raça ariana está com os dias contados. A miscigenação anda a passos acelerados. No Brasil, os chamados “pardos” serão a maioria um dia e eles serão os verdadeiros brasileiros (depois dos índios, que o atual desgoverno insiste em extinguir).

A revolta de uns idiotas com a eleição de uma Miss Brasil negra mostra que a supremacia branca é, antes de tudo, vítima de intelecto debilitado, ou seja, burra.

Tem horas que acho que tem uma fumaça tóxica ao redor do mundo dopando alguns. Racismo, direita e exploração querendo voltar com tudo, em várias partes do mundo. Mas, acho que é só um sistema agonizando que, em breve, dará lugar à luz e à paz. Tomara.

Boa semana pra todos e todos.

Marco ASA é jornalista, publicitário e escritor – Contatos pelo e-mail marcoasavoando@gmail.com

Os 3 poderes precisam cortar na própria carne

Os 3 poderes precisam cortar na própria carne

Pedro Lima*

Artigo – Diante dessa maior crise econômica, social, moral e política que o país atravessa, não tem como o governo tentar tirar apenas do lombo do trabalhador brasileiro, com reformas como da Previdência, Trabalhista e a Terceirização, a solução para os nossos problemas. O momento é propício sim para que não só o governo, mas os três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) cortem a própria carne acabando com mordomias, privilégios e gastos excessivos que oneram e muito os cofres públicos.

Nas últimas semanas a ONG Contas Abertas divulgou dados que não foram contestados por nenhum dos poderes e que são simplesmente estarrecedores devido aos vultuosos valores que representam em regalias e exageros financeiros pagos pelo povo brasileiro para uma minoria. Os números ganharam as manchetes dos maiores veículos de comunicação do país, mas, infelizmente, parecem ter caído no esquecimento público.

Vamos a alguns desses dados divulgados e que precisam se tornar de conhecimento público geral para que a população possa cobrar com mais firmeza e determinação para mudar. Nosso legislativo é o mais caro do mundo, afirma a ONG. Veja o por quê: O minuto trabalhado nesse poder tem o custo médio de R$ 11.545,00. No Senado, por exemplo, cada um dos 81 senadores não custa menos que R$ 33 milhões/ano, enquanto o custo de cada um dos 513 deputados federais é de R$ 6,6 milhões/ano.

Juntando a média do que recebem deputados federais e senadores no Brasil, chega-se à triste (para o cidadão) soma de R$ 10,2 milhões/ano. Para se ter ideia do quanto esses valores são astronômicos, exagerados e imorais, na Itália essa média é de R$ 3,9 milhões; França, R$ 2,8 milhões; Argentina, R$ 1,3 milhão e na Espanha, apenas R$ 850 mil.

Em Brasília, cada deputado distrital não sai por menos de R$ 10 milhões/ano e vereadores do Rio e São Paulo, por exemplo, R$ 5 milhões.

O Poder Executivo por sua vez possui 28 ministérios e 151 empresas estatais, que poderiam sofrer uma necessária, drástica e urgente redução pelo bem do país. Mais enxuto, o governo poderia se dedicar mais e melhor em outras áreas prioritárias para o povo brasileiro como na sáude, na educação e na infraestrutura urbana.

Inchado e gordo como está o Governo não tem condições de se sustentar e por isso se vê obrigado a partir para cima do lado mais fraco: o trabalhador brasileiro. É ele quem paga a conta, pois o governo não tem peito e nem coragem para enfrentar o poderio das grandes empresas, dos bancos, que acabam sendo privilegiados com isenções tributárias e outras regalias, além de financiamento de dinheiro público à vontade. E olha que nem entraremos na questão corrupção.

E nosso Judiciário? Há muita “gordura” ali que precisa ser cortada, extraída, extirpada! Vejam por exemplo os juízes que têm férias anuais de quase 60 dias e entre outras questões e regalias há ainda o famigerado e inconcebível “Auxílio Moradia” que é pago para juízes, promotores e procuradores, mesmo àqueles com imóvel próprio nas cidades onde trabalham.

Pensam que é pouco esse auxílio? Insignificante? Então vejam a conta: de 2015 até hoje, segundo dados da Associação Contas Abertas, só com esse auxílio já foram gastos  mais de R$ 4 bilhões. Isso mesmo! Mais de qua-tro  bi-lhões de reais, de dinheiro público que poderiam ser usados em remédios, livros e melhores escolas por este grande e semianalfabeto Brasil. Um País em que as autoridades parecem não ter o menor interesse de que as pessoas sejam estudadas, instruídas.

Certamente essa deve ser uma estratégia daqueles que detêm o poder: impedir que o povo se desperte (por intermédio da educação) e se levante contra esse estado de coisas que se revela por esses números e valores, que são apenas a ponta do “iceberg” das coisas erradas e absurdas que predominam no Brasil, sustentadas pelo povo brasileiro, sem seu aval, sua autorização.

Então, Governo (3 Poderes), não venha falar em crise, reformas e aumento de preços e impostos para o povo brasileiro sem antes fazer esses cortes na própria carne, para que o País rume, de fato, a caminho do Progresso e do Desenvolvimento, com o apoio popular.

*Presidente do Sind. Emp. Comércio de Dourados – Secod e Presidente da Fetracom-MS, filiados à Força Sindical.

Coluna Voando Baixo, com Marco ASA – Volume 20

Coluna Voando Baixo, com Marco ASA – Volume 20

novaTrouxas 1 – Recentemente, o Onix, carro compacto da Chevrolet, recebeu nota zero no LatiNCap, órgão que mede a segurança dos veículos através de crash test. O carro não protege bem nem motorista, nem o passageiro da frente, nem as crianças nos bancos de trás. Expectativa: queda vertiginosa nas vendas. Realidade: o carro continua como o campeão disparado nas vendas. Conclusão: brasileiros não estão nem ai com segurança. Querem o “carro da moda”.

Trouxas 2 – Brasileiros aceitaram o aumento de combustíveis, claramente uma manobra do governo golpista para pagar os parlamentares para que não aceitem a denúncia contra Temer. Expectativa: revolta geral como a que ocorreu quando Dilma anunciou aumento nos combustíveis. Realidade: todos pagam quietinhos e tudo vai subir porque o diesel movimenta TUDO no Brasil. Conclusão: para a grande maioria, melhor sofrer do que ter o PT.

Mato Grosso do Sul no olho do furacão – Eu morei praticamente a vida toda no Mato Grosso do Sul e amo o estado. Mas, a quantidade de “micos” que os sul-mato-grossenses vêm pagando em rede nacional não está no gibi. Pra começar temos o deputado Carlos Marun, que tem apenas um defeito: ter nascido! Depois, descobre-se um plano de corrupção envolvendo o governador paladino do PSDB, Azambuja, e uma dúzia de fazendeiros, frigoríficos e outros tantos vassalos da JBS que, até bem pouco tempo atrás, tinham um altar em casa, nos escritórios e nos gabinetes para os irmãos Batista. Ainda temos o filho da desembargadora que, apesar de ter sido pelo com mais de cem quilos de drogas e munição pesada, vai para uma clínica porque tá dodói. Agora, uma moça querida, cantora, do bem, morre pela ignorância misógina do ex-namorado, certamente inspirado na “filosofia Bolsonazi”. Ainda temos o erro do Fantástico, da Globo, falando contra o governador Taques como sendo do Mato Grosso do Sul quando, na verdade, é do Mato Grosso. Quando vai passar o “inferno astral” do MS?

Trump é modelo pra quem? Deve ser difícil ser de direita-capitalista-extrema no Brasil hoje. O grande “norte” para eles são os Estados Unidos. Mas, hoje, os americanos estão tão confusos quanto os brasileiros. Lá, como cá, eles fizeram uma grande burrice ao conduzir ao poder (lá, pelo voto, cá, pelo golpe) líderes de direita que se mostraram verdadeiros idiotas. Trump é a pessoa mais imbecil alçada ao poder desde sempre. Temer é apenas um líder de quadrilha com a certeza de que pode fazer qualquer coisa que nada, nem ninguém, pode atingi-lo. Então, amiguinhos, a guinada à direita pode ser (ou está sendo) um tiro no pé.

Radicalismos – Na verdade, um radicalismo incentiva o outro. Se temos pessoas raivosas pedindo ações de ultradireita, teremos outro grupo, impondo o comunismo e a extrema esquerda. O mundo é feito de ações e reações. A saída é o meio. Um socialismo que torne todos iguais. A ideia do “sonho americano”, em que se alcança o “topo da cadeia alimentar na economia” só funciona com os bem-nascidos que, em todos os países, foram uma “casta” bem pequena. Não se iluda.

Mês da Bíblia – Setembro é o mês da Bíblia na Paulinas. Mas, desde agora, tem descontos no site www.paulinas.com.br. Confira!

Marco ASA é jornalista, publicitário e escritor – Contatos pelo e-mail portalautoasa@gmail.com

De volta ao planeta dos bonobos: Por Ronaldo Mota*

Os bonobos até há menos de um século eram, erroneamente, assumidos como formando uma subespécie dos bastante conhecidos chimpanzés. Mais recentemente, eles deixaram de ser confundidos, passando a ser reconhecidos como espécie própria. Na verdade, ambas as espécies, o bonono (Pan paniscus) e o chimpanzé comum (Pan troglodytes), formam o gênero Pan. Um dos motivos da demora na identificação da espécie dos bonobos foi que os contatos com eles eram raros, dado estarem todos concentrados em uma pequena região da República Democrática do Congo, na África Central.

Os cientistas acreditam que o ancestral humano moderno tenha se separado dos chimpanzés e dos bonobos em torno de 8 milhões de anos atrás, sendo que estas duas espécies, por sua vez, se separaram entre si há aproximadamente 2 milhões de anos. Estudos recentes mostram que os bonobos, e não os chimpanzés, representam melhor o último ancestral comum com os humanos, fazendo dos bonobos nossos primos irmãos mais próximos. Seja pelo nível de compartilhamento de DNA (98,7%) ou pelas características mais assemelhadas em níveis de percepção, comportamentos gerais e habilidades. De acordo com Bernard Wood, pesquisador do Centro para Estudos Avançados de Paleobiologia Humana da George Washington University,a estrutura muscular dos bonobos alterou-se menos ao longo do tempo, tornando-os os seres vivos mais próximos do que seriam nossos ancestrais.

Do ponto de vista comportamental, os bonobos, diferentemente dos chimpanzés, podem partilhar alegremente seu alimento com um estranho e até mesmo desistir, altruisticamente, de sua própria refeição, como registrado pelos pesquisadores Jingzhi Tan e Brian Hare. Eles afirmam que suas descobertas podem ajudar a entender a origem do altruísmo nos humanos. Os cientistas compararam tais comportamentos a certos atos humanos de bondade, como por exemplo doar dinheiro anonimamente. De acordo com esses pesquisadores, o mais provável é que o ancestral comum das três espécies, seres humanos, bonobos e chimpanzés, já tivesse essa característica. Portanto, esta descoberta difere da hipótese anteriormente assumida de que os humanos só teriam desenvolvido o altruísmo depois da separação com o gênero Pan.

Os bonobos se distinguem pela postura mais ereta do que os chimpanzés, constituem uma sociedade mais igualitária e matriarcal e apresentam uma atividade sexual própria, não existindo relação direta entre sexo e reprodução. Por sinal, o sexo tem um peso grande nas suas relações, em geral como elemento reconciliador, estando presente ao longo de toda a vida adulta da espécie. Empatia e altruísmo são características que os bonobos têm particularmente desenvolvidas, ou seja, a capacidade de compreender o sentimento ou a reação de outro indivíduo, imaginando-se nas mesmas circunstâncias, e fazer algo em função disso.

O que nós humanos temos a, humildemente, aprender com as demais espécies? Por exemplo, os bonobos podem ser interessantes inspirações para características essenciais nos dias atuais: a empatia e o altruísmo. Temos, naturalmente, um grande potencial empático e altruísta, mas que, fruto do convívio em sociedades de grande escala, demanda permanentes reconexões, via educação, com algo que podemos ter inibido ao longo do tempo. Educar, contemporaneamente, tem múltiplos objetivos, entre eles aumentar nossa empatia e ampliar nossa capacidade de sermos solidários. Ou seja, desenvolver a compaixão, tentando compreender sentimentos e emoções dos demais, experimentando de forma objetiva e racional o que sentem outros indivíduos, e, em função disso, agir.

Ao promovermos, pela educação, a empatia e a solidariedade, queremos motivar que as pessoas se entendam e se tornem mais inteligentes, contribuindo com um mundo melhor. Ser empático e altruísta significa estabelecer afinidades por se identificar com os demais, saber escutar, compreender os seus problemas e emoções e, desta forma, ser um melhor profissional, seja em que campo de atividade for. Educar, cada vez mais, inclui na formação do educando, em complemento ao conjunto de técnicas e procedimentos tradicionais, novas habilidades e competências. Entre elas, trabalhar coletiva e solidariamente para resolver problemas e completar, com sucesso, as missões que lhe são conferidas.

*Reitor da Universidade Estácio de Sá

Dia dos Pais, são todos os dias ! Por Janir Arruda

Dia dos Pais, são todos os dias ! Por Janir Arruda

 

Pai 2Branco, negro, gordo, magro, católico, protestante, rico, pobre. Não importa quantos fatores sociais, econômicos, culturais ou religiosos difiram entre as pessoas, nós todos temos algo em comum: viemos ao mundo graças a um pai e uma mãe, e o amor deles por nós faz toda a diferença na nossa vida.Segundo um novo estudo, ser amado ou rejeitado pelos pais afeta a personalidade e o desenvolvimento de personalidade nas crianças até a fase adulta. Na prática, isso significa que as nossas relações na infância, especialmente com os pais moldam as características da nossa personalidade. E por falar nisso, quantas pessoas não se sentem “inteiras” quando apresentam a identidade e consta apenas o nome da mãe. Por outro lado desde 22 de setembr o do ano passado já existe o entendimento junto ao Supremo Tribunal Federal de que uma pessoa pode ter, em seu documento de identificação, o registro de seu pai biológico e também o do pai socioafetivo ( aquele que, mesmo não tendo laços de sangue, cria a criança).

A decisão se baseou em julgamento negando o recurso de um cidadão que, apesar de ser o pai biológico de uma mulher, buscava retirar dela o direito de herança e pensão. Ele argumentava que ela não deveria ter acesso aos benefícios por ter sido criada e registrada por outro homem, que a acolheu como filha. A Corte não só manteve os benefícios, como também deu a ela o direito de mudar sua identidade, para constar o nome do pai biológico. A decisão também permite que uma pessoa inicialmente registrada com o nome do pai de criação possa escolher entre manter o sobrenome dele, trocá-lo pelo do pai biológico ou manter ambos em seu documento de identidade. A a&c cedil;ão tem repercussão geral, mecanismo que obriga as demais instâncias a aplicar o entendimento do STF. Na sessão, os ministros aprovaram o seguinte entendimento: “A paternidade socioafetiva, declarada ou não em registro público, não impede o reconhecimento do vínculo de filiação concomitante baseado na origem biológica, com os efeitos jurídicos próprios”.
A paternidade socioafetiva se estabelece no convívio, preservada nos laços de afinidade e afetividade. Para efeitos de herança e pensão, no entanto, a relação deve obter o reconhecimento na Justiça, que avalia o histórico da pessoa com aquela outra que a acolheu. A paternidade responsável e ativa, e eu sou prova disso, reconheço que a minha personalidade teve aconchego na tripaternidade de Levi Dias Rodrigues, Riguberto Alves de Arruda (in memoriam) e Arnaldo Duarte (in memoriam) sedimentando o carinho a atenção e o acolhimento, no espectro legal, tanto dos vínculos de filiação construídos pela relação afetiva, quanto daqueles originados da ascendência biológica.

Por outro lado o programa “Pai Presente”, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), desde 2010 facilita o reconhecimento de paternidade no país e já possibilitou mais de 40 mil reconhecimentos espontâneos tardios, geralmente em mutirões realizados em escolas, sem necessidade de advogado e sem custos para o pai ou mãe. Em catequese, o Papa Francisco, lembrou que até mesmo São José foi tentado a deixar Maria quando descobriu que ela estava grávida, mas, com a intervenção do anjo, ele permaneceu junto à sua esposa. A Igreja é empenhada em apoiar a presença dos pais nas famílias, porque eles são protetores da fé na bondade, na justiça e na pro teção de Deus, como São José, e mais do que isso: Se a criança está indo mal na escola, ou demonstra comportamento alterado, as pessoas ao redor tendem a achar que “é culpa da mãe”. Ou seja, que a criança não tem uma mãe presente, ou que ela não soube lhe educar. Porém, novos estudos realizados no Brasil, sugerem que, pelo contrário, a figura do pai na infância pode ser mais importante. Isso porque as crianças geralmente sentem mais a rejeição se ela vier do pai. Numa sociedade como a atual, embora o nível de igualdade de gênero tenha crescido muito, o papel masculino existe e deve ser considerado. E nada mais sadio do que dizer: É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã (Pais e Filhos – Legião urbana) – pois Dia dos Pais é todo dia!

*Ativista Cultural

Voando Baixo, com Marco ASA – Volume 19

Voando Baixo, com Marco ASA – Volume 19

eu boffLula é o “marciano” de Orson Welles – Orson Welles foi um produtor de cinema, escritor, diretor e ator norte-americano que, em 1938, realizou uma transmissão ao vivo, via rádio, narrando a invasão alienígena. Os americanos acreditaram na “notícia” e o caos se instalou em Nova Iorque. As pessoas “compraram” a ideia que estavam recebendo da grande mídia da época, sem questionar, sem olhar para o céu pra ver se tinha alguma nave alienígena. Simplesmente acreditaram que os marcianos (demônios de outro planeta) estavam atacando a Terra.

Hoje em dia, a mentalidade do “povão” não se alterou. Meia dúzia de “donos do Brasil” enfiou na cabeça que o Partido dos Trabalhadores estava há tempo demais no poder e começou a espalhar, na grande mídia moderna (as redes de TV, revistas semanais, canais de internet e grupelhos de factoides) que o PT “quebrou o Brasil”. A parte canalha do Congresso (infelizmente, a grande maioria) viu, nisso, uma chance de tomar o poder para si e continuar uma prática imperial, que é o roubo descarado do erário público (porque eles acham que pode, uai!) e começaram uma operação de explosão do governo.

As igrejas neopentecostais, acostumadas a comprar horários na mesma grande mídia para seus estelionatos eletrônicos, também resolveram entrar de cabeça na encenação. Afinal, o PT ameaçou impor que as igrejas, assim como toda empresa, pagassem seus impostos. E, pronto! A população mediana (com preguiça de raciocinar) saiu correndo para as ruas “lutando” para que os “marcianos” do PT fossem extintos. Agora, o grande líder dos “marcianos”, Lula, foi condenado por uma nave que ninguém viu, cujo documento de pertencimento não existe, mas que todo mundo tem certeza que é o responsável pela invasão alienígena. Enquanto isso, um senador mineiro ri de tudo, do alto de sua espaçonave recheada de pó.

Cidadão Kane – Aliás, se Orson Welles estivesse vivo, cobraria royalties dos brasileiros. Outro filme seu, Cidadão Kane, conta a história da ânsia de poder de um barão das comunicações. O personagem principal parece ter inspirado as famílias donas das comunicações do Brasil, principalmente a Família Marinho.

Intervenções – Em qualquer país do mundo, civilizado ou não, haveria a intervenção federal em um estado caótico como é o Rio de Janeiro. O Governo Federal parece que vive em um mundo paralelo, onde gasta bilhões para livrar Temer da cassação, enquanto no Rio de Janeiro, os servidores, da ativa e aposentados, morrem de fome, literalmente! O problema é que o governo federal, assim como o atual congresso (salvo raras exceções) não tem moral nenhuma para intervir em nada. Aliás, será a coisa mais fácil do mundo anular qualquer ação deste congresso, inclusive as famigeradas reformas.   Qualquer ação feita por senadores e deputados corruptos não tem validade.

Que tal dividirmos o Brasil – Vou fazer um comentário polêmico agora. Não me xinguem. Mas, vamos analisar: não seria a hora de que os estados tenham independência em relação à União? Por mais que amemos o Brasil (o que está difícil, diga-se de passagem), não nos sentimos mais representados por Brasília. Há um descompasso entre arrecadação e o que o governo central vem repassando aos estados. Descentralizando o poder (de verdade), cada estado adaptaria à sua realidade suas leis, arrecadações de impostos, grade educacional, capacidade de atendimento à saúde etc. Vão me dizer: “mas em estados pobres, o povo iria sofrer, como no Maranhão, por exemplo,”. Ora bolas! E, já não sofre? A dinastia Sarney “sugou” o Maranhão por décadas e se refugiava em Brasília para fugir da cobrança da população. Pequenos estados do Nordeste, se fossem independentes, teriam toda a arrecadação com o turismo e outras atividades nas quais são fortes, aplicada na própria região, sem desvios com tributos federais e pagando a estrutura de seus parlamentares (a maioria parasitas) em Brasília. Do jeito que as coisas estão, está difícil quebrar a estrutura criminosa cristalizada em Brasília. Pense nisso!

O amor – Estamos vivendo tempos sem amor. Não o amor romântico e sexual, tão valorizados hoje. Falta amor ao próximo. Aquele amor que Leonardo Boff fala em seu novo livro “A Casa Comum, A Espiritualidade, O Amor” (confira em www.paulinas.com.br): “O amor move o céu, todas as estrelas e nossos corações. O amor vem de Deus, o amor é Deus”.

Abraços em todas e todos.

Marco ASA é jornalista, publicitário e escritor. Contatos pelo e-mail portalautoasa@gmail.com