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Bela Vista-MS Sábado, 04 de Maio de 2024

Quem cuida da saúde da sua empresa? Por Gracita Santos Barbosa

Campo Grande (MS)  – Quando fiquei sabendo da oportunidade de escrever uma opinião sobre o tema de minha escolha, logo veio à mente um conteúdo bastante técnico de uma das áreas da Administração na qual é da minha competência assegurada pela Lei n.º 4.769, de 9 de setembro de 1965.

Mas não. Cheguei a conclusão de que preciso ser uma grande incentivadora da popularização de determinados assuntos que envolvem as questões empresariais não só no Mato Grosso do Sul, mas em todo o Brasil. Sou habilitada, com graduação em Administração de Empresas e projetos, pós graduada em estratégias políticas e gestão pública e toda minha vida profissional foi pautada no amplo desenvolvimento de empresas públicas e privadas,por meio da gestão compartilhada.

Mas por que estou abordando esse assunto sem dar ênfase no teor deste conteúdo? Simples. Porque quero despertar uma reflexão nos empresários e gestores públicos sobre a atuação dos profissionais da Administração. Estou me referindo aos Administradores e Tecnólogos que atuam nas áreas privativas da Administração.

A frase “Administrar é para profissional da Administração” está mais do que sacramentada na opinião pública e formadora de opinião, mas não é executada. Estamos vivendo em um momento onde as empresas querem reduzir custos e aumentar produtividade, e no serviço público isso não muda muito. Neste a situação é ainda mais crítica e o caos administrativo se instala cada vez mais rápido.

Mas, em se falando de empresários, por que mesmo sabendo que Administrar é para profissionais da Administração, eles continuam dando a função para quem não é habilitado na área? E o empresário a que me refiro não é somente no comércio, mas em todos os setores como na indústria, no agronegócio, na tecnologia, enfim, em tudo que se possa chamar de negócio e tenha um lider com característica de empresário.

É preciso despertar para essa questão. Só o Administrador é capaz de atuar com total eficiência e conhecimentos técnicos para alavancar o crescimento de qualquer empresa. Pessoas com apenas formação em Administração sem o devido registro profissional junto ao Conselho Regional de Administração de Mato Grosso do Sul não podem atuar, sob pena de estarem cometendo um crime de exercício ilegal da profissão.

Ser Administrador é estar ciente das responsabilidades e ter comprometimento com o desenvolvimento. O ato do proprietário exigir profissional registrado, inclusive dá a seguridade ao próprio contratante ou parceiro. Um empresário quando vai ao médico ele precisa saber que esse profissional é registrado no seu Conselho de Classe. A mesma situação é a do Administrador.

Um exemplo disso é a formação e o gerenciamento de uma equipe. Como ter uma equipe de sucesso e bem alinhada com as funções da empresa se o profissional responsável pelo departamento de Recursos Humanos não é qualificado/registrado para a função? Impossível dar certo. Muitas vezes acontecem acasos e esses não podem ser comparados a cases de sucesso dentro de uma empresa.

Quando vejo que um empresário decidiu abrir ou expandir um negócio logo imagino a eficiência do seu planejamento estratégico para tal momento. Pouco depois vejo o empreendimento perto de abrir as portas para começas suas atividades comerciais. Com uma bela fachada arquitetônica e lindos colaboradores, a empresa começa funcionar e descubro depois que o responsável pela parte administrativa não é Administrador, que o gerente de Recursos Humanos não tem formação na área e que o chefe da logística sequer compreende as técnicas da profissão. Logo penso que fim terá uma empresa como essa sem os devidos profissionais nos cargos corretos.

Empresário, pense nisso. Comece a refletir e descubra o quanto sua empresa tem a ganhar com profissionais devidamente registrados desempenhando funções estratégicas dentro do seu negócio. Afinal, se Administrar é para profissional da Administração, que faça um teste e compare. O resultado será surpreendente, principalmente para quem sempre preferiu adequar o planejamento para reduzir custos e aumentar a produtividade.

Só o Administrador saberá administrar sua empresa como ninguém. Afinal, ele estudou para isso, assim como seu médico estudou para lhe dar o diagnóstico. Já o diagnóstico da sua empresa, os profissionais da Administração saberão diagnosticá-lo.

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Gracita Hortência dos Santos Barbosa é empresária, administradora e presidente do Conselho Regional de Administração de Mato Grosso do Sul (CRA-MS)

PEC em votação pode aumentar em quase 30% os impostos sobre doação e herança

PEC em votação pode aumentar em quase 30% os impostos sobre doação e herança

SUGESTÃO DE IMAGEMNo último dia 30, o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, divulgou uma lista de projetos que serão analisados em caráter de urgência. Entre eles está a PEC 96/2015, que prevê a criação de um novo imposto sobre doações e heranças, administrado pelo governo federal.

A proposta é uma alternativa do Senado ao Imposto sobre Grandes Fortunas, amplamente debatido em 2015, e estabelece uma incidência de até 27,5% sobre patrimônios avaliados em mais de R$ 3 milhões. A alíquota será progressiva e fixada de acordo com a base de cálculo, não podendo ultrapassar esse percentual. Atualmente, já existe um imposto incidente em doações e heranças que é cobrado pelos estados e chega até 8%, de acordo com as respectivas legislações estaduais.

O consultor da Safras & Cifras, Hugo Monteiro alerta os contribuintes que poderão ser atingidos pela proposta. Segundo ele, o imposto sobre as heranças e doações vai afetar diretamente a sucessão nas empresas rurais e quanto maior for o controle do contribuinte sobre sua empresa, maiores e melhores serão as chances de encontrar alternativas para minimizar os impactos gerados por mais um imposto. “Um planejamento sucessório bem elaborado se mostra como uma grande alternativa nesse e em outros casos, já que através de um estudo, exclusivo da família, do patrimônio e do negócio, podemos encontrar soluções para diversas questões, incluindo a tributária”, avalia ele. 

A PEC, que se aprovada pelos senadores vai para a apreciação da Câmara dos Deputados, busca incrementar os cofres da União, gerando uma receita extra de aproximadamente R$ 15 bilhões. No entanto, a justificativa para a criação de um novo imposto não é aceita pelos empresários brasileiros. “Os senadores compararam as alíquotas brasileiras com as aplicadas em países de primeiro mundo, argumentando que nesses lugares as taxas são maiores. Porém, nesse comparativo não foram levadas em consideração as contrapartidas dos governos desses locais para a sociedade”, destaca Hugo.

Manuelle Motta – Assistente de Comunicação Safras & Cifras

Rio Verde de Mato Grosso: O que esperar de 2016

Rio Verde (MS) –  Nas próximas eleições, o município de Rio Verde de Mato Grosso, deixará a sua imagem tradicional de paradisíaca e tranquila cidade do interior para dar lugar a uma das mais ferrenhas e históricas disputas eleitorais da região norte do estado.

No município já foi dada a largada para a corrida eleitoral e o prefeito Mario Kruger, deverá ter frentes de batalhas acirradas. De um lado o ex-prefeito José de Oliveira Santos após desistir da sua candidatura ensaia novamente uma volta aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo e no melhor estilo Darth Vader busca movimentar correligionários sinalizado que não dará tréguas.

Por outro lado o partido do governador Reinaldo Azambuja apresenta o nome de Jorge Luiz de Oliveira Santos, sobrinho de José de Oliveira que por sua candidatura e apoio foram os motivos que levou a tio desistir, outros nomes também estão sendo observados pelo eleitorado como dos empresários, Olavo Antonio Striquer e José Laurentino dos Santos Filho e o advogado Fábio Saviano Sampaio.

Todo esse cenário vem provocando várias reflexões, já que as escolhas estão sendo feitas de cima para baixo e o roteiro dos debates se dá no velho estilo “Coronelístico”, transformando-nos numa verdadeira cidade provinciana.

Lamenta-se que o atual cenário revela a fragilidade das lideranças em dialogar internamente com os grupos ou base de apoio e externamente com a sociedade em geral ou seja até agora tudo está na base do “eu quero ser candidato” ou “você vai ser o meu candidato”, uma verdadeira personalização do poder.

É bem verdade que “jogar” o nome na mídia ajuda popularizar o pré-candidato, ao mesmo tempo em que também expõe todas suas fraquezas. Isso quer dizer que alguns nomes postos não chegarão até o final da corrida, porque serão fritados ou vendidos ou comprados ao longo desse tempo, seja por adversários ou até mesmo aliados. Algumas “fraquezas” já estão sendo colocadas publicamente.

Em conversa com empresários e influentes lideranças que poderão ou não entrar na corrida para prefeito, vice-prefeito e vereador o assunto mais abordado nas rodas e conversas de bares, festas, reuniões, templos religiosos e como não poderia deixar de ser nas redes sociais é a desesperada busca de um nome forte aglutinador e capaz de fazer o grupo oposicionista vencedor, o que parece distante.

Os pré-candidatos a prefeito em Rio Verde reúnem alguns fatores pró e contra suas candidaturas. Em relação ao ex-prefeito José de Oliveira Santos (PMDB), tem como ponto forte de sua possível candidatura o seu currículo e sua história pública apesar de estar no sereno há mais de uma década tem contra si agora a derrota sofrida na última eleição ao atual prefeito e a desconfiança dos companheiros pela traição e abando na última negociata feita.

O ceramista Olavo Antonio Striquer (PTB), tem a seu favor baixos índices de rejeição e sua visão empresarial e espírito empreendedor mantém suas empresas como a maior empregadora do município, mas o pouco apelo popular de seu nome é um fator desfavorável e já foi vice do atual prefeito numa gestão anterior e perdeu a última eleição compondo a chapa que ficou em segundo lugar.

Em relação ao pré-candidato Jorge Luiz de Oliveira Santos (PSDB), sua projetada popularidade pelo cargo que ocupar dentro do governo estadual na região e o partido forte, lhe favorecem além de sua história de vida e pública, mas a baixa militância política em torno de seu nome é um fator negativo, outro fator de desgaste pode ser ainda o vínculo político com o seu tio Zé que a população precisa acreditar que foi rompida.

No caso de José Laurentino dos Santos Filho do Solidariedade e de Fábio Saviano Sampaio (PRB), são pontos positivos o fato de serem neófitos na política e podem ter agregado as suas imagens o fator “Novo”, porém esse mesmo fator que sempre está aliado à falta de experiência e consistência popular e de apoios externos são pontos negativos às suas candidaturas.

No caso do atual prefeito Mário Kruger (PSC), a força natural da máquina administrativa, a consolidação de seu governo com as recentes conquistas, os avanços da gestão, o forte apoio do se ex-partido que tem a vice-prefeito Dinalvinha Viana, são aspectos positivos, enquanto alguns problemas pontuais como buracos nas ruas e algumas deficiências na saúde ainda comprometem a avaliação de seu governo.

Mesmo com toda articulação política dos pré-candidatos, o prefeito é tido como bom e não há um nome de expressão que tenha consenso na oposição para o cargo. Certamente no mês de outubro, não gostaríamos de ver novamente como têm acontecido há décadas em Rio Verde de Mato Grosso, que a falta de opção decida as eleições e o futuro.

O desafio é imenso, nomes estão colocados à disposição dos partidos, do grupo político, da população, para dar continuidade ao projeto em prol do desenvolvimento do município.

Victor Currales

Vida em revolução – Por Paiva Netto

Vida em revolução – Por Paiva Netto

Paiva Netto(1) (1)Faço hoje uma referência ao primeiro livro do biólogo inglês Rupert Sheldrake, publicado em 1981: Uma nova ciência da vida. O autor apresenta a Teoria da Ressonância Mórfica. Nela, propõe a existência de estruturas que se desdobram pelo espaço-tempo dando forma e comportamento a tudo. Desse modo, o átomo, as próprias moléculas, os tecidos, os organismos e mesmo as sociedades, os sistemas planetários e as galáxias estariam atrelados a campos peculiares.

Mudança de paradigma

A revista BOA VONTADE, no 228, na seção “Espírito e Ciência”, publicou trechos inéditos de palestra gravada por Rupert, em sua residência em Londres, para o Fórum Mundial Espírito e Ciência (FMEC), promovido pela Legião da Boa Vontade.

Trago-lhes, para reflexão, extratos da palavra do biólogo inglês: “Neste momento está ocorrendo uma mudança de paradigma na Ciência. Ela altera a visão mecanicista, surgida no século 17, que postulava que todo o Universo seria uma máquina, incluindo animais, plantas e nós, seres humanos. Não há Alma ou espírito no mundo natural. (…) A exceção seria a mente humana racional, que se supõe localizada em uma diminuta parte do cérebro, a glândula pineal. (…) O que fazemos, neste instante, é nos libertar disso. A Terra não é mais vista como um sistema mecânico, mas, sim, um ser vivo chamado Gaia. Os átomos não mais representam pequenos blocos de matéria como bolas de bilhar, ao contrário, são semelhantes a organismos, padrões vibratórios de atividade”.

Consciência Divina

Durante o bate-papo com a equipe da Super Rede Boa Vontade de Comunicação, o também filósofo e Ph.D. em bioquímica revelou que “a maioria das pessoas que acreditam em Deus, eu inclusive, não o faz porque se alistou para seguir um conjunto de dogmas sem sentido, cientificamente falando. (…) Todas as religiões estão baseadas em experiências que vão além da comum, do dia a dia, em uma conexão com a forma superior de consciência. Se a Natureza se faz de toda série de níveis, existe o nível humano, o de Gaia, o do sistema solar, da Via-Láctea, em cada um deles pode haver formas de consciência acima das humanas.

“(…) Naturalmente, se a Consciência Divina está por trás de todo o Universo e, automaticamente, é sua fonte criativa, claramente seria bem maior em abrangência do que a nossa própria. Não deveríamos esperar entendê-la pelo raciocínio. (…)

“Não vejo conflito entre Ciência e Religião desde que haja uma visão aberta em ambas. (…) Tanto uma quanto outra tentam compreender a natureza última da realidade, e as duas precisam admitir que ainda não chegamos lá. (…) Uma pode reforçar a outra, podem se ajudar mutuamente na descoberta do Cosmos. (…) Em minha opinião, a união desses dois estudos será o fato mais empolgante a ter lugar nas próximas décadas”.

O sétimo elemento

A comprovação de que muito falta para encontrarmos respostas às inquietantes indagações sobre a origem da vida na Terra, bem como fora dela, pode estar na fascinante descoberta de um micro-organismo denominado GFAJ1 — feita por uma equipe da Nasa, no lago Mono, no nordeste da Califórnia (EUA). Esse fato muda por completo o que até então sabíamos sobre a formação de todas as criaturas; isso porque um dos conceitos mais sólidos da ciência afirma que toda forma de vida depende das combinações entre oxigênio, carbono, hidrogênio, nitrogênio, enxofre e fósforo. Testes em laboratório demonstraram que esse micro-organismo não só sobreviveu às doses maciças de arsênio – elemento químico venenoso para a vida na Terra –, como também foi gradativamente incorporando-o às suas moléculas. Com isso, abre-se a possibilidade, inclusive, da existência de novas formas de vida dentro e fora do orbe terrestre.

A astrobióloga Felisa Wolfe-Simon, chefe dos pesquisadores, destacou: “Até hoje se pensava que todas as formas de vida precisavam de fósforo e este micróbio substitui fósforo por arsênio. Isso é profundo. O que mais poderemos encontrar?”.

Rumo ao Espírito

A ciência investigativa, pautada por princípios éticos, há de nos levar um dia, não tão distante talvez, a deparar com a realidade do Espírito. Em 1981, durante a conferência “A Decodificação do Pai-Nosso”, que rea­lizei em Porto Alegre/RS, no Ginásio de Esportes do Colégio Protásio Alves, convidei o povo que me honrava com sua atenção a desenvolver este raciocínio:

A ciência tradicional deverá preparar-se para absorver os muitos dados novos coligidos pela Ciência de ponta. Entretanto, terá de incluir igualmente nas novidades o reconhecimento do Mundo Espiritual, não como resultado de químicas cerebrais que excitariam a mente humana na região do ilusório, pois esta conclusão é muito cômoda, sobretudo ante a realidade pluridimensional, onde existe o prolongamento da vida consciente e ativa do ser, nas esferas ainda imperceptíveis ao sentido visório.

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.brwww.boavontade.com

Holdings familiares: o desafio das sucessões em empresas rurais

É possível manter empresas familiares com sucesso por muitas gerações?

Embora não seja fácil, é possível sim. O desafio inicial para o sucessor é conviver sob a sombra de uma pessoa forte, no caso os pais que fundaram a empresa. Se assim não fosse, dificilmente haveria algo para suceder. Além disso, também tem as comparações entre pais e filhos, existentes desde o nascimento. A própria família se encarrega disso ao comentar coisas como: “tem os olhos do pai”, “o sorriso é da mãe”…

Empresa familiar, portanto, é o somatório dos elementos racionais e irracionais em uma convivência baseada em emoções e na manutenção da empresa. Tudo que transmitimos aos nossos filhos, como amor, carinho e exemplos, convivem, muitas vezes, lado a lado com a eficiência da empresa, que precisa de uma gestão competente à frente dos negócios.

Saber separar e, ao mesmo tempo, integrar família e empresa é um dos grandes desafios dos empresários rurais brasileiros. A empresa rural familiar ainda tem uma gestão individualizada, muito personalizada, onde os pais além de proprietários tomam as decisões sozinhos, embora a segunda geração, representada por seus filhos, já atuem na mesma empresa e no mesmo negócio.

A família é igual a um jardim, onde a sombra que protege e ajuda a crescer as plantas, também prejudica caso se estenda muito e não permita a entrada do sol. Da mesma forma os pais, que ao protegerem demais os filhos, podem acabar criando vícios que, no futuro, prejudicarão o desenvolvimento pessoal e profissional dos mesmos.

A personalidade forte dos pais somada ao individualismo na administração pode atrasar a implantação de um novo modelo de gestão, resultando em desagregação da família, devido aos atritos familiares e, automaticamente, na desestruturação do negócio. Os pais precisam enxergar que o tempo passou e os filhos cresceram e que para manter a relação de amor entre as gerações associada a um crescimento sólido do negócio, o poder de gerir a empresa não pode ficar somente com parte da família.

Para superar o grande desafio de harmonizar as relações entre família, patrimônio e negócio, as decisões precisam ser tomadas em conjunto. Assim como existem diversas técnicas disponíveis para obter êxito na produção de soja, milho, algodão, arroz, etc, também existem ferramentas para trabalhar a criação de holdings familiares específicas para o meio rural, através da implantação de uma gestão coorporativa.

Com a implantação das holdings familiares, é criada uma nova sociedade familiar, onde pais e filhos participam dessa nova organização do negócio familiar. Com a criação das holdings familiares ficam estabelecidas algumas regras, como:

– Entrada e saída de familiares do negócio;

– Regras para a venda de participações;

– Direitos e obrigações dos sócios;

– Remunerações;

– Retiradas de lucros;

– Tomadas de decisões;

– Comunicações das decisões;

– Transferência de patrimônio;

– Formas de exploração do negócio.

Paralelo à implantação das holdings familiares, são criados protocolos familiares, onde são registrados todos os valores familiares e empresariais que deverão ser seguidos pela família.

O protocolo familiar é o resultado de um processo de debates e de um consenso familiar, que vai além da regulação das relações família X empresa, visto que busca também assegurar uma boa convivência dos sócios.

Para que seja criada corretamente a holding familiar, implantada a gestão coorporativa e formulado o protocolo familiar é importante elaborar diagnósticos do patrimônio, da área fiscal e da composição da família, onde todas as relações existentes entre família, patrimônio e negócio são analisadas.

A Safras & Cifras tem executado junto aos empresários rurais familiares, ao longo dos anos, todas as fases da implantação deste novo modelo de empresa e de negócio. Os resultados obtidos são altamente satisfatórios:

– Permite uma relação harmoniosa entre a família;

– Permite a continuidade do negócio familiar por mais de uma geração;

– Permite o crescimento econômico e financeiro da empresa;

– Estabelece uma relação comercial entre pais, filhos e netos;

– Permite que as novas gerações conheçam o negócio da família mais cedo e, com isso, possam tomar decisões com relação as suas carreiras profissionais;

– Permite estabelecer formas de participação ou não dos cônjuges no negócio familiar;

– Tranquiliza os pais com relação ao processo de sucessão;

– Permite preparar a sucessão do patrimônio em vida, com custos e atritos muito menores;

– Faz com que a propriedade tenha controles e rotinas administrativas, melhorando a eficiência da gestão;

– Estimula o crescimento do negócio, o que é extremamente importante para o aumento da escala de produção;

– Vence o desafio de transformar a família numa família empresária;

– Permite reduzir a carga tributária da empresa e do negócio.

Os empresários rurais brasileiros precisam entender que assim como se modernizou a agricultura brasileira, através do uso de novas máquinas, equipamentos, sementes, defensivos, fertilizantes, etc., a gestão fora da área de produção também tem que ser modernizada, no que se refere às sociedades de pais e filhos e as áreas, fiscal, tributária, fundiária e ambiental, pois só assim suas empresas conseguirão ser exitosas em um mercado extremamente dinâmico e competitivo.

Agindo assim, boas perspectivas serão projetadas para as novas gerações, que são a continuidade da vida dos pais. Sem família, a vida e os negócios têm pouco ou nenhum sentido, pois são os filhos e netos que darão continuidade ao que foi construído com tanta dedicação e carinho.

Cilotér Borges Iribarrem

ciloter@safrasecifras.com.br

Consultor em governança e sucessão familiar em empresas rurais

Salvemos nossas crianças – Por Paiva Netto

Jesus, no Seu Evangelho, consoante Mateus, 24:15 e 16, alertou:

 Quando, pois, virdes a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê entenda! — qui legit, intelligat), então, os que estiverem na Judeia fujam para os montes”.

Que lugar mais santo no mundo pode existir além da intimidade das criaturas de Deus, o coração, o cérebro, a Alma das pessoas?

Atentemos para a covardia e crueldade contra nossas crianças que, quando não são arrancadas do útero materno, sofrem todo tipo de agressão física e/ou psicológica por parte daqueles que deveriam protegê-las. Tudo isso nos leva a pensar que já vivemos a época anunciada pelo Divino Mestre. Nunca como agora a abominação desoladora atacou tanto o ser humano. É palmar “fugir para os montes”, do pensamento e da compaixão, ou seja, para que do mais alto vigiemos melhor o “lugar santo”.

Num planeta que se arma até os dentes, mesmo parecendo que não, tendo a deusa morte como grande inspiradora, os locais seguros vão se reduzindo em velocidade descomunal. Mas existe um oásis que se deve fortalecer, porque é o abrigo das futuras gerações: o coração dos pais, em especial, o das mães. É nesse acolhedor ambiente que os pequeninos moldarão os seus caracteres. Daí terão ou não respeito ao semelhante, saberão ou não discernir o certo do errado, portanto, construirão ou não um mundo mais feliz.

O emblemático episódio, há alguns anos, envolvendo pessoa aparentemente “acima de qualquer suspeita”, guardiã da lei, que, segundo a perícia médica, impôs maus-tratos à filha adotiva, de apenas 2 anos, e tantos outros noticiados pela mídia são de estarrecer. Jogam por terra a ideia de que a violência doméstica está somente ligada à desarmonia familiar, às dificuldades financeiras, a problemas com drogas, a exemplo do álcool. Fica patente o grave desequilíbrio emocional presente nas esferas das relações humanas. Urge, pois, por significativa parcela da Humanidade, acurado exame de consciência.

Por que permitimos que a situação chegue a esse ponto? Valores como família, dignidade, fé e Espiritualidade precisam sobrepor-se à cultura do consumismo desenfreado, à frieza de sentimentos, à falta de caridade e à ganância desmedida.

Reflexões da Alma

Não somos palmatória do mundo, mas gostaríamos de colaborar na busca de respostas a essas inquietantes indagações. No meu livro Reflexões da Alma, pondero:

O mundo fatiga-se com demasia de palavras e pobreza de ações eficazes, atos que de forma efetiva sirvam de modelo para a concretização de um espírito de concórdia, que na verdade transforme o indivíduo de dentro para fora, coisa que não se consegue por decreto. Evidentemente que esse trabalho espiritual e humano de iluminação das criaturas deve ser acompanhado por acertadas medidas políticas, econômicas e sociais; Instrução; Educação; e a indispensável Espiritualidade Ecumênica. Isto é, uma perfeita sintonia com as Dimensões Superiores da Humanidade Celeste, até agora invisíveis aos nossos olhos materiais.

O estágio de fragilidade moral do mundo é tão avançado, apesar dos progressos atingidos, que, para acabar com a violência, só existe uma medicina forte: a da escalada da Fraternidade Solidária, aliada à Justiça, na Educação. Por isso, ecumenicamente espiritualizar o ensino é um poderoso antídoto contra a agressividade. Por falar na “Senhora de Olhos Vendados”, aqui um ilustrativo pensamento do ensaísta francês Luc de Clapiers, Marquês de Vauvenargues (1715-1747):“Não pode ser justo quem não é humano”. Por conseguinte, também não é possível ser feliz.

Jesus e as mães

A professora Adriane Schirmer, de São Paulo/SP, enviou-me e-mail no qual destaca meu artigo “Jesus e as Mães”: “O que dizer de tão comovida prece? Numa sociedade em que o Dia das Mães é direcionado às vendas, o senhor não se esquece nem daquelas que já estão no mundo espiritual, zelando, com certeza, pelos que aqui ficaram”.

Grato, professora Adriane. A maternidade é um sol que não se apaga.

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.brwww.boavontade.com