jun 14, 2016 | Artigos
Na LBV, não alimentamos clima para conflito de gerações. Pelo contrário: aliamos ao patrimônio da experiência dos mais velhos a energia dadivosa dos mais moços. E o povo ganha com isso.
Estamos constantemente recordando aos jovens que um dia também terão cabelos brancos. Da mesma forma fraternalmente falamos aos idosos, lembrando-lhes de que já foram moços… É muito importante não esquecermos disso…
Os jovens amanhã envelhecerão também… Se quiserem manter o mesmo espírito de esperança, a mesma feição juvenil, apesar das naturais rugas do tempo e dos sempre belos cabelos brancos, pratiquem o Bem. Não há outro caminho. É o Espírito que fortalece o nosso ânimo, que nos concede a beleza eterna da simpatia. Não há melhor cosmético do que a consciência tranquila.
Pode parecer um paradoxo. Todavia, o país que desampara os seus idosos não crê no futuro da sua mocidade. Que é a nação, além de seus componentes? Havendo futuro, os moços envelhecerão. Viverão mais. Irão aposentar-se… Uma convicção arraigada do gozo imediato das coisas é a demonstração da descrença no amanhã. E os que podem pensam: “Vamos viver agora, antes que tudo acabe!”. E os que conseguirem resistir tanto que se danem… Não há exagero algum aqui. É o que se vê. Tem-se a impressão de que muitos daqueles que desfrutam do vigor da juventude ignoram a possibilidade de até mesmo alcançar a decrepitude. Mas poderão chegar lá… Não existe futuro sem moços. Também não o há sem velhos. Jovem é aquele que não perdeu o ideal.
José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com
jun 13, 2016 | Artigos
Nos últimos tempos, a crença de que o único propósito de uma empresa, seja ela familiar ou não, é o benefício econômico foi superada por um formato que a considera como uma sociedade de pessoas. Na família, desenvolve-se confiança. Na empresa, desenvolve-se profissionalismo.
A fortaleza de uma família empresária é a união dos membros entre si e com a própria empresa. Em um negócio familiar é necessário que os filhos conheçam o passado e já vislumbrem o futuro. Se não conhecerem as raízes desse negócio, não poderão amá-lo. Somente amamos aquilo que conhecemos. É necessário desenvolver a família, gerando confiança, assim como é preciso desenvolver a empresa, gerando profissionalismo.
Na primeira geração é muito comum que família = propriedade = empresa se confundam e, ainda assim, funcionem muito bem. No entanto, chega o momento de tornar essa família empresária, onde cada coisa se torna algo distinto. Não é uma situação simples, pois marca o início da fase de transição, quando os fundadores passam a delegar as funções e dar mais autonomia aos futuros sucessores. Nesse momento, aparecem as resistências, o medo de ficar sem função dentro do negócio, além de inseguranças, como a financeira.
Esses receios podem trazer sérias consequências para a empresa. Se os fundadores não cuidarem da transição, previamente e de forma consciente, e por ventura algo acontecer, serão obrigados a fazê-la às pressas. Realizar esse processo sem a presença ativa dos pais leva muitas empresas a falirem já na segunda geração. Isso ocorre, principalmente, porque essa escolha não foi realizada livremente, os herdeiros, independente da aptidão ou vontade, passam a ser sócios por necessidade.
É fundamental que seja realizada uma preparação para que a segunda geração trabalhe em sociedade, pois deixar para resolver a sucessão somente entre os herdeiros normalmente não dá certo. Em geral, os conflitos são inevitáveis, fazem parte da vida, mas não implantar o processo de transição no momento correto só aumenta os possíveis atritos, dificultando as relações pessoais e tornando a comunicação, necessária para trabalhar em sociedade, muito mais difícil.
A palavra-chave é antecedência. Quanto mais cedo for preparado o planejamento patrimonial e sucessório, procurando organizar os bens envolvendo os familiares e potenciais herdeiros e desenvolvendo um planejamento de longo prazo, maiores serão as chances da transição dar certo.
Existem muitas variáveis que podem influenciar no êxito dessa estratégia, como o tamanho da estrutura familiar, a cultura da família, os objetivos e interesses profissionais dos familiares e a competência profissional dos sucessores que estão dispostos a trabalhar na empresa.
Não compreender que a relação entre família, propriedade e negócio tem enormes pontos de sombreamento e de conflitos poderá fazer com que a empresa não sobreviva à segunda geração, por isso a preparação dos sucessores é tão importante. Existem soluções técnicas que permitem que esse processo de transição ocorra com harmonia familiar, crescimento econômico e sustentabilidade financeira.
Para isso, é necessária uma reorganização da estrutura existente. E é nesse contexto que a Safras & Cifras vem trabalhando nos 26 anos que atua no setor agropecuário, implantando o Processo de Governança na Empresa Rural e o Planejamento Sucessório. O primeiro começa com um diagnóstico da família, do patrimônio e do negócio. Logo após é realizada uma análise das informações levantadas e, então, é implantada a governança, com o objetivo de orientar a empresa a passar do estágio do dono para o estágio da sociedade de irmãos.
Para que essa transição ocorra com sucesso, devem ser estabelecidos os seguintes acordos e regras para que a família possa trabalhar em sociedade:
– profissionalização da gestão;
– definição dos papeis para os sócios quotistas, no que se refere a ser simplesmente herdeiro e herdeiro/gestor;
– plano de remunerações para os donos da terra (sócios) e para os administradores;
– definição das funções;
– definição dos direitos e deveres dos sócios com relação ao patrimônio e negócio;
– estabelecimento de uma comunicação permanente entre os sócios;
– definição de controles gerenciais.
Depois de implantado o processo de governança na empresa rural, é chegado o momento de introduzir o planejamento sucessório. Este é facilitado pela preparação realizada anteriormente, pois neste momento a família já saberá trabalhar em sociedade, entendendo que família, propriedade e negócio são coisas diferentes e que só se complementam quando existem regras que esclarecem e formalizam essa relação.
A instrumentalização do planejamento sucessório passa pelas seguintes formalidades:
– elaboração do contrato social da empresa e/ou da holding;
– elaboração de acordos societários;
– elaboração de um protocolo familiar;
– estruturação da transferência do patrimônio de uma geração para a outra;
– estruturação tributária.
Com a implantação da governança na empresa rural e do planejamento sucessório, a possibilidade da empresa ter sucesso na segunda geração é quase que total. A Safras & Cifras tem visto esse processo dar certo nas empresas rurais familiares que atende no Brasil.
Foi possível observar:
– muitos resultados positivos:
– empresas resistindo com solidez por mais de uma geração;
– famílias unidas;
– minimização dos conflitos familiares;
– crescimento dos negócios;
– garantia dos direitos dos fundadores;
– redução das disputas judiciais entre os sucessores;
– redução dos custos da transmissão do patrimônio;
– proteção do patrimônio dos sucessores;
– facilidade na sucessão.
Durante o período em que é implantado o processo de governança e o planejamento sucessório nas empresas rurais, fica claro que fundadores e sucessores são bem diferentes. Cada qual tem seu tempo, seu momento, sua contribuição e querer equipará-los pode causar estragos, na maioria das vezes, irrecuperáveis.
Por isso, é necessário que a consultoria e o assessoramento prestados à família tenham entendimento sobre trabalhar com pessoas e conheça bem como funciona uma empresa rural, já que esta é bastante diferente das empresas que atuam em outras atividades econômicas.
Cilotér Borges Iribarrem
ciloter@safrasecifras.com.br
Consultor em governança e sucessão familiar em empresas rurais
jun 7, 2016 | Artigos
“Língua de Sinais Brasileira: muito mais que duas mãos!”.
Oficina de congresso da LBV valoriza a cultura da população surda
A linguagem dos sinais é o pilar da identidade cultural da população surda. Assim como a fala, os sinais proporcionam a comunicação entre ela e o mundo, possibilitando o desenvolvimento social e pessoal entre a população surda com a ouvinte. Porém, nem todos conhecem bem, mas a língua de sinais é muito mais que um agrupamento de símbolos realizados com as mãos. Ela favorece o direcionamento dos movimentos corporais, manejos faciais, marcações de perspectivas, alterações de tônus muscular, entre outros fatores.
Com o intuito de evidenciar a importância do assunto, o 16º Congresso Internacional de Educação da Legião da Boa Vontade (LBV) promoverá a oficina “Língua de Sinais Brasileira: muito mais que duas mãos!”. Nela, serão trabalhadas estratégias para a ampliação do entendimento sobre o referido código, a partir do olhar da cultura surda, associada a outros recursos de comunicação visual.
Quer saber mais? Acesse http://www.lbv.org/congresso-de-educacao, inscreva-se e participe do 16ºCongresso Internacional de Educação da LBV. Para outras informações, ligue (11) 3225-4590.
Sobre o congresso
Entre os dias 29 e 30 de junho (quarta e quinta-feira) e 1º de julho (sexta-feira), a Legião da Boa Vontade promoverá o seu 16º Congresso Internacional de Educação, com o tema “Socialização do saber na aprendizagem coletiva: uma visão além do intelecto”.
O evento tem como objetivo promover palestras e oficinas pedagógicas que colaborem para a formação continuada de pesquisadores, docentes, discentes, pais, profissionais ligados à Educação e áreas afins, visando a um ensino que alie à qualidade pedagógica a Espiritualidade Ecumênica (valores como Fraternidade, Amor e Solidariedade) em busca da formação integral do indivíduo.
jun 6, 2016 | Artigos
Por Edna Afonso Velho do Espírito Santo
Quando se pensa em proteção ao patrimônio, no âmbito do agronegócio, a realização de seguros se mostra como uma opção, visto que dessa forma o patrimônio estaria resguardando no todo ou em parte. Mas será mesmo que esse tipo de medida é suficiente para garantir essa proteção?
É preciso refletir sobre o assunto e considerar que existem meios legais de minimizar ao máximo os riscos à patrimônios ainda descobertos, sem jamais causar fraudes aos credores. Adotar posturas preventivas pode dar ao produtor rural e sua família a tranquilidade almejada.
Refletir sobre o assunto é de extrema importância, principalmente, diante do cenário político-econômico que o país está vivendo. Empreender no agronegócio, através de novos investimentos, e operacionalizar a atividade rural, tendo em vista todas as variáveis envolvidas, pode trazer perdas patrimoniais consideráveis, caso não haja a precaução necessária.
A Safras & Cifras, que há 26 anos presta serviços no ramo do agronegócio, tem por histórico encorajar o produtor rural a buscar proteção patrimonial. Baseada na experiência que a empresa adquiriu ao longo dos anos, identifica-se como primeiro passo para obter essa proteção a realização de um diagnóstico eficaz, no que tange a análise dos riscos patrimoniais nas esferas tributária, societária e familiar.
Lembrando que não existe uma receita única para chegar ao nível de proteção patrimonial desejado. Para atingi-lo é preciso considerar sempre a complexidade da legislação atual, bem como todas as variáveis contempladas pela estrutura do negócio. Além disso, é indispensável avaliar a estrutura familiar e o interesse de cada um dos membros da família.
Com as ferramentas legais adequadas – contrato social, acordo de sócios, parcerias, protocolo familiar, termos de responsabilidade, dentre outros – o produtor rural pode evitar uma série de problemas. Ao optar pela estruturação correta, entre os benefícios adquiridos está a identificação do patrimônio, entre o que é pessoal, como por exemplo casa de moradia, carros, imóveis urbanos, etc., daquele usado para atividade rural, como os imóveis rurais.
Com essa separação, a gestão do patrimônio atinge um nível elevado de profissionalização. Destacam-se outros benefícios em obter uma estrutura para a proteção do patrimônio:
– Contribuição para manutenção da estabilidade financeira e da harmonia familiar;
– Proteção do patrimônio pessoal do sócio diante das inúmeras situações de responsabilidade solidária que possam ocorrer por conta de empresa (s) em que o produtor seja participante;
– Distanciamento de problemas de ordem pessoal/ familiar que possam acarretar medidas como penhora e sequestro de bens do patrimônio componente do acervo da empresa;
– Minimização de riscos relacionados a possíveis autuações fiscais;
– Possibilidade de diminuição de custos tributários.
Edna Afonso Velho do Espírito Santo
Graduada em Geografia, Pós-Graduada em Geografia do Brasil e Graduanda em Direito