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Bela Vista-MS Sábado, 18 de Maio de 2024

Rio Verde (MS) –  Nas próximas eleições, o município de Rio Verde de Mato Grosso, deixará a sua imagem tradicional de paradisíaca e tranquila cidade do interior para dar lugar a uma das mais ferrenhas e históricas disputas eleitorais da região norte do estado.

No município já foi dada a largada para a corrida eleitoral e o prefeito Mario Kruger, deverá ter frentes de batalhas acirradas. De um lado o ex-prefeito José de Oliveira Santos após desistir da sua candidatura ensaia novamente uma volta aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo e no melhor estilo Darth Vader busca movimentar correligionários sinalizado que não dará tréguas.

Por outro lado o partido do governador Reinaldo Azambuja apresenta o nome de Jorge Luiz de Oliveira Santos, sobrinho de José de Oliveira que por sua candidatura e apoio foram os motivos que levou a tio desistir, outros nomes também estão sendo observados pelo eleitorado como dos empresários, Olavo Antonio Striquer e José Laurentino dos Santos Filho e o advogado Fábio Saviano Sampaio.

Todo esse cenário vem provocando várias reflexões, já que as escolhas estão sendo feitas de cima para baixo e o roteiro dos debates se dá no velho estilo “Coronelístico”, transformando-nos numa verdadeira cidade provinciana.

Lamenta-se que o atual cenário revela a fragilidade das lideranças em dialogar internamente com os grupos ou base de apoio e externamente com a sociedade em geral ou seja até agora tudo está na base do “eu quero ser candidato” ou “você vai ser o meu candidato”, uma verdadeira personalização do poder.

É bem verdade que “jogar” o nome na mídia ajuda popularizar o pré-candidato, ao mesmo tempo em que também expõe todas suas fraquezas. Isso quer dizer que alguns nomes postos não chegarão até o final da corrida, porque serão fritados ou vendidos ou comprados ao longo desse tempo, seja por adversários ou até mesmo aliados. Algumas “fraquezas” já estão sendo colocadas publicamente.

Em conversa com empresários e influentes lideranças que poderão ou não entrar na corrida para prefeito, vice-prefeito e vereador o assunto mais abordado nas rodas e conversas de bares, festas, reuniões, templos religiosos e como não poderia deixar de ser nas redes sociais é a desesperada busca de um nome forte aglutinador e capaz de fazer o grupo oposicionista vencedor, o que parece distante.

Os pré-candidatos a prefeito em Rio Verde reúnem alguns fatores pró e contra suas candidaturas. Em relação ao ex-prefeito José de Oliveira Santos (PMDB), tem como ponto forte de sua possível candidatura o seu currículo e sua história pública apesar de estar no sereno há mais de uma década tem contra si agora a derrota sofrida na última eleição ao atual prefeito e a desconfiança dos companheiros pela traição e abando na última negociata feita.

O ceramista Olavo Antonio Striquer (PTB), tem a seu favor baixos índices de rejeição e sua visão empresarial e espírito empreendedor mantém suas empresas como a maior empregadora do município, mas o pouco apelo popular de seu nome é um fator desfavorável e já foi vice do atual prefeito numa gestão anterior e perdeu a última eleição compondo a chapa que ficou em segundo lugar.

Em relação ao pré-candidato Jorge Luiz de Oliveira Santos (PSDB), sua projetada popularidade pelo cargo que ocupar dentro do governo estadual na região e o partido forte, lhe favorecem além de sua história de vida e pública, mas a baixa militância política em torno de seu nome é um fator negativo, outro fator de desgaste pode ser ainda o vínculo político com o seu tio Zé que a população precisa acreditar que foi rompida.

No caso de José Laurentino dos Santos Filho do Solidariedade e de Fábio Saviano Sampaio (PRB), são pontos positivos o fato de serem neófitos na política e podem ter agregado as suas imagens o fator “Novo”, porém esse mesmo fator que sempre está aliado à falta de experiência e consistência popular e de apoios externos são pontos negativos às suas candidaturas.

No caso do atual prefeito Mário Kruger (PSC), a força natural da máquina administrativa, a consolidação de seu governo com as recentes conquistas, os avanços da gestão, o forte apoio do se ex-partido que tem a vice-prefeito Dinalvinha Viana, são aspectos positivos, enquanto alguns problemas pontuais como buracos nas ruas e algumas deficiências na saúde ainda comprometem a avaliação de seu governo.

Mesmo com toda articulação política dos pré-candidatos, o prefeito é tido como bom e não há um nome de expressão que tenha consenso na oposição para o cargo. Certamente no mês de outubro, não gostaríamos de ver novamente como têm acontecido há décadas em Rio Verde de Mato Grosso, que a falta de opção decida as eleições e o futuro.

O desafio é imenso, nomes estão colocados à disposição dos partidos, do grupo político, da população, para dar continuidade ao projeto em prol do desenvolvimento do município.

Victor Currales