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Bela Vista-MS Quinta-Feira, 16 de Maio de 2024
Na faixa de fronteira, um exemplo de cidade que saiu da ilegalidade e passou a ser indutora do turismo

Na faixa de fronteira, um exemplo de cidade que saiu da ilegalidade e passou a ser indutora do turismo

Quem se lembra de Foz do Iguaçu (PR) na década de 1990 e início dos anos 2000 hoje a encontra completamente diferente. As práticas de contrabando, descaminho, tráfico de drogas e armas dominavam a economia local. O saldo para a cidade não era positivo: uma cadeia de criminalidade se fazia presente em Foz do Iguaçu, que era recordista em assassinatos, roubos e demais crimes. Além da falta de geração de empregos formais, esta imagem negativa da cidade contribuía para afastar turistas. Um verdadeiro contrassenso: em um espaço geográfico que naturalmente já é privilegiado pelas paisagens, pelas Cataratas do Iguaçu, pela localização geográfica trinacional e por sediar a maior usina hidrelétrica do mundo em geração de energia, dentre tantas outras atratividades.

A Foz do Iguaçu da atualidade é visualmente mais limpa, menos violenta, gera mais empregos formais e aprendeu a respeitar e enxergar toda a riqueza que tem a sua diversidade cultural e a sua localização geográfica transfronteiriça.

Que fatores possibilitaram essa mudança de perfil? Como foi possível superar grande parte dos problemas gerados pelos movimentos fronteiriços e dar luz às potencialidades da cidade? De forma bastante resumida, uma combinação de fatores – organizados ou não – foram determinantes. A Receita Federal, por meio da Alfândega de Foz do Iguaçu e integrada às demais forças de segurança, endureceu a fiscalização para combater os ilícitos de fronteira. No final da década de 1990 e início dos anos 2000, houve grandes operações e até a extinção dos chamados comboios, ônibus com sacoleiros que passavam pela cidade em direção ao Paraguai para fazer compras. Há registros de 400 ônibus enfileirados pela rodovia. Ao referir-se a esta época, Luciano Stremel Barros, Presidente do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (IDESF), comenta: “O que as pessoas não entendiam é que desenvolvimento econômico sustentável não se cria em meio à ilegalidade. Além de todos os aspectos sociais, o Estado é beneficiado pela maior arrecadação tributária do ICMS e o município também arrecada mais ISS, o que aumenta as capacidades de investimentos, que beneficiarão diretamente os munícipes”.

A Ponte da Integração Brasil – Paraguai, em Foz do Iguaçu, atingiu o índice de 80% de conclusão no mês de março e deve ser inaugurada ainda esse ano. Foto: DER-Paraná

Foi um período tão conturbado que fatos pitorescos foram registrados. Havia movimentos na cidade contrários à fiscalização realizada pelas forças de segurança. Em novembro de 2001, por exemplo, a Câmara de vereadores de Foz do Iguaçu aprovou em sessão conceder o título de “persona non grata” ao ex-delegado da Receita Federal, Mauro de Brito, que atuou fortemente na fiscalização e nas operações de combate às atividades ilícitas. Em março de 2006, outro delegado da RF, José Carlos de Araújo, também recebeu o título.

Esta mudança de perfil foi consolidada por meio de uma série de outras ações construídas ao longo do tempo. Além da atuação dos segmentos públicos e privados, a Usina de Itaipu, desde esta época e até os dias atuais, tem sido determinante para o desenvolvimento de Foz do Iguaçu e de toda a região trinacional. Gilmar Piolla, ex-secretário de turismo e ex-superintendente de comunicação social da Itaipu, que também acumulava a pasta da superintendência de turismo, relembra: “Com o fim do turismo dos sacoleiros, a cidade estava descapitalizada e desmotivada. Uma das missões foi fazer Itaipu se integrar ao turismo de Foz e, na época, trabalhamos para criar uma agenda positiva de mídia espontânea, disponibilizar recursos para campanhas publicitárias do destino Iguaçu, aumentar o tempo de permanência do turista na cidade e também atuamos na criação da gestão integrada, quando reunimos entes de diversas organizações ligadas ao turismo para fortalecer as ações de divulgação e governança do turismo”.

Duplicação BR-469 Após anos de elaboração de projeto, liberações e articulações, a duplicação da BR-469, que conta com recursos da Itaipu Binacional, está em fase de licitação. Foto: Geraldo Bubniak/AEN

Neste trabalho conjunto, Piolla também destacou a criação do Fundo de Desenvolvimento e Promoção Turística do Iguaçu, o Fundo Iguaçu, em 2009, em que, dentre as atividades, realizou a elaboração de projetos como revisão do Plano Diretor e nova pista do aeroporto, duplicação da Rodovia das Cataratas, revitalização da Ponte da Amizade, dentre outros, além de encaminhamentos relacionados a licenciamento ambiental e articulações junto ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), todos pertinentes a tais projetos.

Ano a ano, o número de visitantes foi aumentando. Segundo dados da Secretaria Municipal de turismo e projetos estratégicos da cidade, em 2018 Foz do Iguaçu alcançou a marca de mais de 3 milhões de turistas. Em 2019, as Cataratas do Iguaçu bateram recorde de visitação: mais de 2 milhões de pessoas no principal atrativo da cidade. Números bem diferentes da década de 1990. De acordo com os registros da Paraná Turismo, de 1992 a 2004 a visitação das Cataratas do Iguaçu não passava da média de 800 mil turistas por ano. Foi a partir de 2005 que o atrativo atingiu a marca de mais de 1 milhão visitantes, sempre crescente (até 2019, período anterior à pandemia da Covid-19).

Os números da hotelaria também são interessantes. Os dados do Sindicato de hotéis, restaurantes, bares e similares de Foz do Iguaçu (Sindhotéis) mostram que, em 1992, havia 12.455 leitos nos meios de hospedagem. No ano de 2014, mais de 27 mil leitos. E, os dados de 2019 da Secretaria de Turismo indicam mais de 30 mil leitos. Com relação ao tempo de permanência dos turistas, 3,5 dias. Assim, desenhou-se um cenário de prosperidade. A imagem positiva da cidade, o marketing do destino, mais conectividade aérea, investimentos públicos e privados atraíram investidores.

Dentre estes, a Gramado Parks, empresa de entretenimento e hospitalidade nascida na Serra Gaúcha, que inaugurou em dezembro de 2021 uma roda-gigante próxima ao Marco das Três Fronteiras. O investimento da empresa em Foz do Iguaçu é de cerca de R$ 200 milhões, valor que engloba o projeto da roda-gigante e de um resort, o Aquan, que está em construção e tem previsão de inauguração em 2023. Para Fábio Bordin, VP de Implantação da Gramado Parks, Foz do Iguaçu é de fundamental importância para o portfólio do grupo. “São milhares de pessoas por ano que visitam o destino, o colocando como indutor do turismo no Sul do Brasil. Uma cidade que vem crescendo ano a ano com novas atrações de entretenimento e hospitalidade, que possui uma das maravilhas do mundo – as Cataratas do Iguaçu – e a maior hidrelétrica do Brasil, sendo o destino certo para famílias contemplarem a natureza e fazerem compras, além de aproveitarem para relaxar e ter experiências gastronômicas”.

Jin Bruno da Rosa Petrycoski, Diretor do atrativo turístico Movie Cars Entertainment, destacou que o grupo escolheu Foz do Iguaçu para investir pelo potencial de crescimento. “Por mais que já esteja consolidado no radar nacional e internacional, era uma localização que não possuía muitos atrativos turísticos implantados, então poderíamos desenvolver um complexo com várias atrações e que prosperava a médio e longo prazo. Também enxergamos Foz como um bom local para inaugurar nosso parque. A cidade também passa por investimentos em infraestrutura. Acreditamos no destino, achamos que o potencial ainda está longe de ter sido explorado na sua totalidade”.

Outro atrativo previsto para ser inaugurado em 2024 é o Aquafoz, gerido pelo Grupo Cataratas, cujos investimentos são de cerca de R$ 100 milhões. O aquário atuará como um centro de educação, pesquisa e conservação dos ecossistemas das bacias dos rios Paraná e Iguaçu. Sua localização será ao lado da entrada do Parque Nacional do Iguaçu. O projeto executivo está na fase final e passando por licenças prévias e de instalação por parte do Instituto Água e Terra (IAT).

Paulo Angeli, Secretário de Turismo, projetos estratégicos e inovação de Foz do Iguaçu, comenta: “Nós vemos uma recuperação do turismo frente à pandemia. Os atrativos e a hotelaria apostaram fortemente na recuperação, não pararam de investir. Além disso, temos uma expansão das lojas francas. Nesse olhar para os novos investimentos, ampliamos a nossa visão para a inovação, pois em todos os segmentos a tecnologia será um dos grandes diferenciais nos próximos anos. Montamos um escritório focado para atender a empresas e novos negócios de turismo com foco em tecnologia e inovação, inclusive com incentivo fiscal”.

Roda gigante A Gramado Parks, empresa de entretenimento e hospitalidade, investiu cerca de R$ 200 milhões em Foz do Iguaçu, valor que engloba o projeto da roda-gigante, atrativo inaugurado em dezembro de 2021, e ainda um resort, com previsão de término em 2023. Foto: Gramado Parks

Luciano Stremel Barros ainda destaca o potencial do turismo no crescimento das regiões de fronteira e que o exemplo de Foz do Iguaçu, que assumiu um movimento de indução e protagonismo no turismo, pode ser irradiado para todas as cidades de fronteira.

“De Norte ao Sul do país são regiões de natureza abundante, biodiversidade, facilidades de acesso e trânsito entre países. O arco Sul tem potencialidades de turismo enológico, navegação, pesca esportiva e ecoturismo, além de agricultura sempre abundante, modais logísticos com os países vizinhos e ainda em Foz do Iguaçu todas as possibilidades que ainda existem por meio dos rios que passam pela cidade e pelo Lago de Itaipu. O arco Central da fronteira, juntamente com o arco Sul, se caracteriza pela presença dos estados maiores produtores de grãos do Brasil e do mundo, e se destacam também a agropecuária, sistema cooperativista e navegação. No arco Norte, a biodiversidade, com a ainda ‘desconhecida Pan-Amazônia’, onde há um mundo a ser explorado por meio de pesquisas e ações para a sustentabilidade da população rural e urbana, de forma a gerar renda e agregar valor aos produtos da floresta”.

Expectativa para os próximos anos

Em entrevista concedida ao IDESF, o Ministro do Turismo, Carlos Brito, destacou que em relação à retomada do turismo internacional, especialmente para Foz do Iguaçu, os números pré-pandemia registravam uma média de 6 milhões de turistas estrangeiros por ano e Foz do Iguaçu como um dos destinos mais procurados. “É um número muito aquém de todo o potencial do país, mas há uma meta de dobrar esse número até 2030 de acordo com o Plano Nacional do Turismo”.
Ainda de acordo com o Ministro, “Para começar a alavancar esses números e posicionar definitivamente o Brasil na prateleira dos grandes destinos internacionais, é preciso melhorar a infraestrutura (o que já está sendo feito), promover cada vez mais o Brasil no cenário internacional – que conta com o impulsionamento após a transformação da Embratur em agência – e promover qualificação do setor para atender cada vez melhor esses turistas. E, neste último quesito, cabe destacar que o método Would You Like, lançado pelo Ministério do Turismo, fornecerá noções básicas do inglês para trabalhadores de diferentes segmentos turísticos, melhorando a experiência do turista no país”.

A expansão dos investimentos privados tem sido acompanhada por investimentos realizados com recursos, principalmente, da Usina Hidrelétrica de Itaipu. A grande expectativa do segmento e da população local é a inauguração da Ponte da Integração, que proporcionará mais uma interligação de Foz do Iguaçu ao Paraguai, a Perimetral Leste, que desviará o trânsito de caminhões do centro da cidade e também proporcionará expansão logística para a região. Além disso, também está em curso a licitação para a duplicação da BR-469 (Rodovia das Cataratas), estrada que leva os turistas ao Aeroporto Internacional e às Cataratas do Iguaçu, dentre outros atrativos.

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A jornalista Denise Paro registrou, no livro “Foz do Iguaçu – do descaminho aos novos caminhos”, a história de Foz do Iguaçu e alguns dos fatos citados nesta matéria, como a ‘redescoberta’ da vocação turística da cidade.

De olho no estágio: IEL tem 69 vagas abertas com bolsas de até R$1,4 mil

De olho no estágio: IEL tem 69 vagas abertas com bolsas de até R$1,4 mil

Para quem está em busca de uma oportunidade profissional, o estágio pode ser uma excelente chance de iniciar a carreira. Nesta semana, o IEL tem vagas abertas aguardando candidatos em Campo Grande, Dourados, Sidrolândia e Três Lagoas. O Instituto é referência na mediação de grandes oportunidades, fazendo a ponte entre o candidato, a instituição de ensino e as empresas para encontrar a vaga certa.

Outro ponto positivo para quem deseja iniciar o estágio é que a atividade pode ser remunerada com bolsas de estudos de até R$1,4 mil reais. Ficou interessado? Todas as informações sobre os detalhes das vagas estão no link: http://sne.iel.org.br/sne/ms, basta acessar e preencher o cadastro.

Confira as oportunidades da semana para cada cidade: 

Campo Grande 

A Capital tem 41 oportunidades nas áreas de Engenharia de Software, Administração, Publicidade e Propaganda, Design, eletroeletrônica, Ciências Contábeis, Jornalismo, Direito, Letras, Logística, Marketing, Engenharia Civil, Técnico em Química, Ensino Médio e Telemarketing.

Dourados 

Na segunda maior cidade do Estado, são 24 vagas nas áreas de Enfermagem, farmácia Ciências Contábeis, Pedagogia, Farmácia e Ensino Médio.

Três Lagoas 

No município, são 3 oportunidades para estudantes de Educação Física e Contabilidade e Administração.

Sidrolândia 

Em Sidrolândia há uma vaga é para estudantes do Ensino Médio.

Serviço – Mais informações sobre o programa de estágio do IEL pelo site www.iel.org.br ou pelos telefones (67) 99277-4574 e 3044-2114

Governo de MS repassa R$ 490 mil ao Costa Rica para a disputa do Campeonato Brasileiro de Futebol Categoria

Governo de MS repassa R$ 490 mil ao Costa Rica para a disputa do Campeonato Brasileiro de Futebol Categoria

O Governo do Estado repassou R$ 490 mil ao Costa Rica Esporte Clube para a disputa do Campeonato Brasileiro de Futebol Série D 2022. O termo de convênio foi assinado nesta quarta-feira (13), na Governadoria, pelo governador Reinaldo Azambuja, junto ao diretor-presidente da Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte), Silvio Lobo Filho.

“Apoiar o Costa Rica na Série D demonstra nosso comprometimento  com o time que, hoje defende, o nome de Mato Grosso do Sul”, afirmou Reinaldo Azambuja. “Esse investimento foi feito justamente para custear as despesas e fortalecer as estruturas do Costa Rica, para que eles possam ter um bom desempenho nesta competição nacional”, afirmou o governador.

Segundo Reinaldo Azambuja, o investimento vem com grandes expectativas. “Agora estamos na série D, mas vamos torcer para irmos para a série C, B, e por que não sonharmos em voltar para os tempos de glória, com Mato Grosso do Sul na Série A? É para isso que a Fundesporte está colocando tantos recursos financeiros. Hoje, Costa Rica é Mato Grosso do Sul”, concluiu.

Para o diretor-presidente da Fundesporte, Silvio Lobo Filho, o suporte ao futebol sul-mato-grossense vem de longa data. “O Governo do Estado anualmente investe no futebol profissional, destinando recursos aos clubes para a disputa do Estadual. Agora, estamos proporcionando condições financeiras para a participação nacional, para bem representar Mato Grosso do Sul lá fora”, destacou. “Queremos novamente que o futebol profissional do estado alcance novamente uma posição de destaque no país”, concluiu.

André Baird, presidente do Costa Rica Esporte Clube, aproveitou a oportunidade para descrever como o investimento será utilizado. “O futebol precisa de estrutura para funcionar, e a Série D não é um campeonato barato. Vamos honrar o investimento, adquirindo material esportivo e fazendo novas contratações”. Para ele, o objetivo é ganhar espaço, abrindo as portas para os demais times sul-mato-grossenses.

Participaram também da assinatura do termo de convênio o secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Rocha, e o prefeito municipal de Costa Rica, Cleverson Alves dos Santos.

A competição

Atual campeão estadual, é a primeira vez que o Costa Rica participa do campeonato. A Cobra do Norte estreia no domingo de Páscoa (17), diante do Ceilândia, do Distrito Federal, fora de casa, no Estádio Maria de Lourdes Abadia (Abadião). A bola rola a partir das 14 horas (horário de MS). A primeira partida em casa está prevista para 27 de abril, contra o Ação, de Mato Grosso, no Estádio Municipal Laerte Paes Coelho (Laertão), em Costa Rica.

O time de Mato Grosso do Sul está no grupo A5, que também conta com Operário (MT), Anápolis (GO), Grêmio Anápolis (GO) e Iporá (GO). Ao todo, 64 clubes disputam a competição neste ano, divididos em oito grupos. De acordo com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a Série D será realizada de 17 de abril a 25 de novembro.

Na primeira fase, os times jogam entre si, com duelos de ida e volta. Os quatro melhores de cada chave avançam ao “mata-mata”. As quartas de final, etapa que define os quatro clubes que serão promovidos à Série C, vão ocorrer de 20 e 27 de agosto. A final do campeonato será disputada nos dias 18 e 25 de setembro.

O campeão será premiado pela CBF com R$ 320 mil e um automóvel, o vice-campeão receberá R$ 250 mil, além de automóvel. O terceiro colocado embolsará R$ 150 mil e o quarto, R$ 100 mil.

Clara Rockel e Lucas Castro – Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte)

Foto de destaque: Divulgação/Fundesporte 

Assessoria de Comunicação da Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul

AGEMS estabelece com Bonito, 1º convênio de fiscalização de limpeza urbana e resíduos sólidos

AGEMS estabelece com Bonito, 1º convênio de fiscalização de limpeza urbana e resíduos sólidos

Bonito é o primeiro município de Mato Grosso do Sul a contar com a expertise, capacidade técnica e experiência da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (AGEMS) na regulação e fiscalização dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos domiciliares urbanos.

Pelos próximos 20 anos, a Agência Reguladora irá apoiar a organização e fiscalizará a execução dos contratos que forem firmados pelo Município com empresas nessa área para maior desenvolvimento da cidade sobre os resíduos sólidos.

O Convênio de Cooperação que delegou as atividades foi assinado nesta terça-feira (12) pelo diretor-presidente da AGEMS, Carlos Alberto de Assis, pelo prefeito Josmail Rodrigues e equipe, pelo deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa Paulo Corrêa, além da diretora de saneamento e resíduos sólidos Iara Marchioretto e secretária do meio ambiente de Bonito Ana Cristina Trevelin.

“O mundo hoje está descobrindo que o lixo hoje é riqueza, nós entramos nessa seara e trouxemos para a AGEMS, para dentro da sua estrutura, os resíduos sólidos. Somos parceiros da prefeitura de Bonito, buscamos com a nossa equipe técnica as resoluções e a cidade será referência no tratamento de resíduos”, afirma Carlos Alberto de Assis.

Na cidade que é mundialmente conhecida pela natureza exuberante e a preservação aliada ao ecoturismo, a Agência Reguladora terá o compromisso de promover uma visão ambiental, social, cultural, econômica, tecnológica e de saúde pública na gestão dos resíduos. A meta é colocar em prática ferramentas que garantam a regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da prestação dos serviços. O Convênio prevê, também, a fiscalização para assegurar o cumprimento das metas, cláusulas e condições dos contratos.

Prefeito Josmail, destacou a importância da parceria com a Agência e as expectativas para o futuro do meio ambiente no município e as próximas gerações.

“Precisamos avançar muito na nossa coleta seletiva. Eu agradeço a parceria porque estamos trabalhando muito para a transformação e com essa cooperação, faremos avanços significativos para o nosso meio ambiente”, pontua o prefeito.

Grandes geradores
Com uma indústria turística potente, que atraiu cerca de 205.460 mil visitantes do Brasil e do mundo só em 2021, segundo dados do Bonito Convention & Visitors Bureau (BCVB), a cidade tem uma demanda significativa de solução para os grandes geradores de resíduos.

“Nesse primeiro ano de gestão, estamos assinando pela primeira vez um convênio de resíduos sólidos, e não poderia deixar de ser em um município que tem um dos maiores apelos ambientais. Sobre os grandes geradores, essa vai ser uma das prioridades na regulação que a AGEMS vai executar”, anunciou a diretora de Saneamento e Resíduos Sólidos, Iara.

A solenidade foi prestigiada pelo Diretor do DEMTRAT, Cristalvo Campos, o tesoureiro da Associação de Transportadores Turísticos de Bonito, Elton Cavalheiro, a assessora da Diretoria de Transportes, Adriana Ortiz e a head de Relações Institucionais, Rejane Monteiro.

Bruna Aquino
*Colaborou Gizele Oliveira 
Fotos: Cleidiomar Barbosa

Riedel: ‘Isenção na conta de luz é alívio para 152 mil famílias carentes de MS’

Riedel: ‘Isenção na conta de luz é alívio para 152 mil famílias carentes de MS’

Mesmo com reajuste autorizado pela Aneel, milhares de sul-mato-grossenses serão beneficiados pelo ‘Conta de Luz Zero’’

Apesar da decisão da Aneel de reajustar o valor da energia elétrica em 18,16%, milhares de sul-mato-grossenses continuam sendo beneficiados pelo programa “Energia Social: Conta de Luz Zero”, que paga a conta de 152 mil consumidores.

“A isenção na conta de energia elétrica chegou como um alívio para aproximadamente 152 mil famílias carentes de Mato Grosso do Sul, e atende exatamente a população mais vulnerável”, afirmou o pré-candidato ao Governo do Estado, Eduardo Riedel, que em sua passagem pelas secretarias de Governo e Infraestrutura teve papel fundamental na criação e implementação do programa.

Lançado pelo Governo do Estado, sob a batuta de Riedel, em 2021, o programa inclui as residências que consomem até 220 kWh por mês, tendo uma faixa em torno de R$ 118,00. “Assim, estendemos a mão para as famílias mais necessitadas. Muita gente empobreceu nestes anos de pandemia, e estamos cumprindo nosso papel de prestar assistência a essas famílias mais vulneráveis, pagando as contas de luz, 100% custeadas pelo Governo do Estado, tanto a energia quanto os tributos PIS, Cofins e Cosip”, disse o pré-candidato.

Para serem contempladas as famílias devem estar inscritas no Cadastro Único (Cadúnico) do Governo Federal e já serem beneficiadas com a “Tarifa Social”. As famílias contempladas não precisarão pagar a tarifa de energia elétrica pelos próximos 14 meses e a medida por ser estendida pelo mesmo período.

RESULTADOS

Uma das beneficiadas foi a dona Maria de Fátima Lopes, de 62 anos, que mora em um barraco de madeira no Jardim Noroeste. Na luta para conseguir a aposentadoria e portadora de diabetes, a idosa faz o que pode para pagar as contas de casa e comprar alimento. “Preciso muito [do benefício], só tenho Deus na minha vida! Não tenho filho para me ajudar, ninguém! Em casa está faltando arroz, feijão, óleo. Se não fosse essa ajuda, não sei como seria”, relatou.

O sorriso estampado no rosto dos beneficiários mostra o quanto estão agradecidos pelo benefício. É o caso da dona de casa Elisangela Ribeiro, de 35 anos, que mora no Jardim Noroeste. Ela precisou parcelar a conta de luz, da fatura anterior, por não ter condições financeiras para pagar. “Está sendo bem difícil, só com o meu esposo trabalhando, e graças a Deus fomos contemplados com esses dois programas”, disse, referindo-se aos programas sociais “Mais Social” e “Energia Social – Conta de Luz Zero”, lançados no final do ano passado pelo Governo do Estado sob a batuta de Riedel.

Elisangela ficou surpresa com a isenção da fatura atual. Ela só vai precisar pagar o parcelamento, de R$ 30, que não entra no programa. Agora, com aproximadamente R$ 100 a mais no orçamento, oriundo da economia na conta de luz, dona Elisangela pensa em ajudar ainda mais o esposo, que é jardineiro, nas necessidades do trabalho e nas compras de casa.

Moradora do bairro Leon Denizart Conte, a dona de casa Maria José Esteca Chaves não sabia o que fazer para pagar a conta de luz. “Ficamos muito felizes com a isenção na conta de luz, nesse momento tão difícil de pandemia, sem emprego há três anos. Agradeço por tudo o que o Governo do Estado está fazendo por nós”, afirmou.

Maria José disse ainda que já tem para onde direcionar o dinheiro extra da conta de luz. Diabética e com o esposo com sequelas de um acidente, a dona de casa pensa em comprar remédios e, o que sobrar, alimentos. “Vai me ajudar a compra os remédios e a comprar mistura, uma carne. Aqui em casa a gente consome mais frango e ovos por causa do preço alto da carne”, disse.

Câmara de vereadores de Bela Vista faz mais uma devolução no valor de 7 mil para investimento na cultura

Câmara de vereadores de Bela Vista faz mais uma devolução no valor de 7 mil para investimento na cultura

O prefeito de Bela Vista, Reinaldo Piti, recebeu na manhã desta quarta-feira (13/04), em seu gabinete a visita do Presidente do Poder Legislativo, vereador Johnys Basso, acompanhado pelos vereadores, Marquinhos Lino, Oraldino Centurião e Geferson Vieira que na ocasião entregaram cheque de mais uma devolução das sobras do orçamento da Câmara de Vereadores ao executivo.

A câmara de vereadores faz devolução de mais sete mil reais aos cofres do Poder Executivo. Segundo indicação da Mesa Diretora da Câmara, a prefeitura destinará os recursos para a realização da Peça de encenação da Paixão de Cristo, que será realizado nesta sexta-feira santa, ao lado do ginásio de esporte Túlio Loureiro.

Essa e a segunda devolução de receita neste ano, “A nossa gestão é uma gestão que dá valor a cada centavo que entra na conta do legislativo. E fico feliz de saber que a Câmara está contribuindo com o desenvolvimento em ações que visam o bem estar da nossa comunidade. Por isso, a minha gratidão para com todos os vereadores pela economia e trabalho desempenhado. Esse valor que estamos devolvendo é fruto da economia que fizemos. Muito ainda temos por fazer, mas sempre com muita responsabilidade, seriedade e transparência com o dinheiro público”, destacou o Presidente Johnys Basso.

Ademir Mendonça – Assessor de Imprensa