ago 2, 2024 | Colunistas
‘ABRACADABRA’: Final de eleição é uma incógnita: igual casamento e partida de futebol. Esse pleito difere de outros só quanto aos protagonistas. Não há como inventar discursos, promessas e bordões que ressuscitem leitores ‘adormecidos’ que por razões obvias se recusarão a sair do sofá para fazer a escolha. E depois, não reclamem!
PESQUISAS: Burilam o comportamento, o pensamento, anseios e eventuais mudanças dos eleitores de todas as camadas sociais. Com isso traçam o perfil ideal desejado pelos eleitores, revelando aí vários aspectos que povoam seu subconsciente. Um deles relacionado ao nível de aceitação do candidato junto as diferentes camadas sociais.
ELEIÇÕES: Sem as pesquisas elas seriam como festa sem música, ir ao baile e dançar apenas com a irmã. Ao mesmo tempo que inflamam os ânimos, despertam sentimentos e propósitos dos protagonistas e envolvidos com esse e aquele candidato. As pesquisas deixaram de ser exclusividade das capitais – chegando também ao interior.
CAPITAL-1: Temporada iniciou com a pesquisa ‘Genial Quest’. Bolsonaro influencia 64% e Lula 60%. Rose (U. Brasil) obteve 34% (38%, líder entre as mulheres). Adriane (PP) e Beto (PSDB) com 15% (Beto melhor entre os ricos e Adriane entre evangélicos, 21%); Camila (PT) 6% (11% entre os sem religião); prof. André (PRD) 2%; Ubirajara (DC) e Beto (Novo) 1%; Luso Queiroz (Psol) sem pontuar, 6% indecisos, 10% brancos/nulos. Registro MS 00184/2024 – ouvidas 800 pessoas entre 24/27 julho.
CAPITAL-2: Na outra pesquisa, da ‘Ranking’, Rose tem 34,30%, Beto Pereira 21,20%, Adriane Lopes 16,80%, Camila Jara 7,60%, Beto Figueiró 3,20%, professor André 0,40%, Ubirajara Martins 0,30%, Luso Queiroz 0,20, brancos/nulos/indecisos 16%. Ouvidas duas mil pessoas entre 28 e 31 de julho, registro TSE sob nº 07047/2024.
DEFINIÇÕES: Mais duas completaram chapas: a coronel Neidy (PL) com Beto Pereira e Roberto Oshiro com Rose. Ela com prestígio na família militar. Ele, diretor da Associação Comercial, advogado, transita bem na colônia que já elegeu os deputados Odilon Nakasato, Akira Otsubo e os vereadores Haguemo Tomonaga, Tetsuo Arashiro e Edson Shimabukuro.
AJUSTES: Tal qual na Fórmula-1, antes da largada, nas eleições eles ocorrem para sanar equívocos nas ‘equipes’ na fase que antecede a campanha. Há muitos interesses em jogo e disputa por espaço político nos bastidores. Acomodar tanta gente com os mesmos objetivos não é fácil. Haja jogo de cintura e dinheiro.
‘POLE POSITION’: O circuito das eleições é sinuoso. Não faltam incidentes, imprevistos, desistências e até derrotas por falta de ‘combustível’. Rose aparece bem nos chamados treinos livres. Demonstra ter intimidade com o esse ‘Grande Prêmio’. É animador, ajuda, mas isso não garante a bandeirada na última volta.
LAMÚRIAS: O que não falta é aquele candidato que faz muito oba oba exatamente para pegar a disputada verba. Após atendido e ciente de suas poucas chances, ele vai amolecendo. Ouvi de pretenso postulante que a prometida verba de R$ 80 mil caiu para R$ 20 mil (parcelado) porque não pontuou nas pesquisas. Mas seus poucos votos podem fazer falta ao final.
‘BOM ALUNO’: Em matéria de política o governador Riedel (PSDB) assimilou bem as lições de seu guru Reinaldo e vem sendo aprovado com louvor. Em dois dias encontrou-se com o ex-presidente Bolsonaro (PL) em Brasília e com o presidente Lula (PT) em Corumbá, de quem recebeu rasgados elogios. Como se diz: tem combustível para tentar outros voos.
PÉROLAS DO LULA: “Não tem nada de grave, não tem nada de assustador. Eu vejo a imprensa brasileira tratando como se fosse a Terceira Guerra Mundial. Não tem nada de anormal. Teve uma eleição, teve uma pessoa que disse que teve 51%, teve uma pessoa que disse que teve 40 e pouco por cento. Um concorda, o outro não. Entra na Justiça, e a Justiça faz”.
NUPCIAS: O deputado federal Rodolfo Nogueira (PL) é o grande beneficiado com a escolha de sua mulher Gianni Nogueira como candidata a vice-prefeito de Marçal Filho (PSDB) em Dourados. Vencendo, ele se fortalece para 2026 – assumindo posição de destaque entre o eleitorado que não comunga com a ideologia petista.
RESISTENTE: Em Paranaíba o vereador Robson Rezende (mais votado em 2022) é o nome do PL (com MDB/PL/União Brasil) para enfrentar o prefeito Maycol. Confirma-se a previsão do deputado João Cattan, com carta branca de Bolsonaro para disputar a prefeitura da sua cidade. O vice de Robson será indicado por José Brachiaria (União Brasil)
DESAFIO: É aquela velha pergunta presente quando se discute eleições. Prefeito, governador e presidente conseguem transferir votos para qualquer candidato? Pelos exemplos que todos conhecem por aí, conclui-se que tudo irá depender de combinações de vários fatores. Mas sempre lembrando, cada caso é um caso!
‘NÃO É BEM ASSIM’… Muita gente se elegeu na carona de lideranças de Wilson Martins e Pedro Pedrossian. Lembra? Depois outros foram beneficiados com a ascensão do PT. Hoje há disputa pelo espaço na direita. Beto Figueiró (Novo), por exemplo, se proclama legítimo representante da ‘direita raiz’ com direito a passaporte ao segundo turno. Menos, please.
DESEJOS: Não se entra numa campanha com mero espírito altruísta. Há motivos submersos: a vaidade, o sonho do poder e outras vantagens contam mais que as boas intenções de se doar à comunidade. No fundo, o candidato ‘Zé Mané’ não difere muito do ‘doutor tal’. No frigir dos ovos – todos querem a mesma coisa: o poder!
MISTURA FINA: PSDB e PL juntos em algumas cidades como Campo Grande e adversários em outras. Casos de Paranaíba onde o prefeito Maycol Queiróz (PSDB) terá como um dos concorrentes o advogado Robson Rezende (PL) e em Dourados com Marçal Filho (PSDB) tendo Gianni Nogueira (PL) como vice.
THE END? Uma retirada sem aquele toque de corneta da cavalaria de faroestes. O ex-prefeito Waldeli (MDB) jogou a toalha numa fala explicativa, desistindo de disputar as eleições em Costa Rica. Ao seu estilo reiterou a postura de cidadania com a cidade, mas longe do poder. Conseguirá? Agora, seu grupo político ficou amputado. ‘Bye bye.’
OS GOVERNANTES: “…Tornam-se imunes à realidade. Cobrem-se com um manto que os deixam em estado contínuo de dormência. O poder provoca delírios e, assim, com o porre mental que lhes faz adormecer, os governantes cometem o primeiro pecado capital. O da insensibilidade. Assim, distancia-se da racionalidade. Agem por emoção. ” (Gaudêncio Torquato)
NOTA DO PT: “Temos a certeza de que o Conselho Nacional Eleitoral, que apontou a vitória do Presidente Nicolas Maduro, dará tratamento respeitoso para todos os recursos que receba, nos prazos e nos termos previstos na Constituição da República Bolivariana da Venezuela”. (É pra rir ou chorar)
jul 31, 2024 | Colunistas
Desempenho, que teve como destaque Previdência e Fundos, resulta de fatores internos e externos que ampliaram busca pelos produtos da instituição
O Sicredi, instituição financeira cooperativa com presença em todo o Brasil, acaba de atingir a marca de R$ 200 bilhões em carteira de seus produtos de investimento e previdência. Esse montante é resultado do somatório de Depósitos a prazo, LCA/LCI, Poupança, Fundos de Investimentos, Previdência e Renda Variável. Nos últimos 12 meses, o crescimento desses investimentos foi da ordem de 25%, com destaque para Fundos e Previdência, que expandiram em mais de 40% no período.
De acordo com o gerente de Negócios de Investimento do Sicredi, Dionatan Severo, alguns fatores internos influenciaram esse desempenho. “Ampliamos o portfólio, tornamos as taxas e rentabilidade ainda mais competitivas e aprimoramos a experiência de investir por meio do nosso aplicativo. Outro ponto tem sido a contínua capacitação dos nossos assessores de investimento nas agências, que são quem realizam a consultoria aos investidores no dia a dia”, aponta o executivo.
Buscando proporcionar diversificação à carteira de seus associados, a instituição lançou no final de 2022 o seu Home Broker, permitindo o acesso dos seus investidores à bolsa de valores. Nele, os associados podem negociar ações, fundos imobiliários, ETFs e BDRs no mercado à vista, contando com a alternativa de atendimento por meio do WhatsApp do Sicredi para agilizar suas demandas.
“Assim como a ampliação de nossa grade de fundos de investimentos e previdência, nosso Home Broker complementou muito bem o nosso portfólio de produtos, possibilitando que sejamos atrativos tanto para investidores conservadores como também para os mais arrojados e experientes”, contextualiza Severo.
No atendimento presencial, o Sicredi possui mais de 2,7 mil agências em todos os estados do Brasil, possibilitando o atendimento consultivo e personalizado. O aplicativo da instituição é um dos mais bem avaliados do setor financeiro e conta com diversas funcionalidades para aplicação e gestão de investimentos.
Com R$ 356,6 bilhões em ativos e uma carteira de crédito que supera os R$ 224 bilhões, o Sicredi detém ratings das agências de classificação de risco Standard&Poor´s (AAA), FitchRatings (AA+) e Moody´s (Aaa), atestando a sua solidez.
Sobre o Sicredi
O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa comprometida com o crescimento de seus associados e com o desenvolvimento das regiões onde atua. Possui um modelo de gestão que valoriza a participação dos mais de 8 milhões de associados, que exercem o papel de donos do negócio. Com mais de 2.700 agências, o Sicredi está presente fisicamente em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, disponibilizando uma gama completa de soluções financeiras e não financeiras.
jul 30, 2024 | Colunistas
Diante da repercussão positiva do artigo “Por que não criar Escola de Líder Político?”, publicado na semana passada, decidi dar continuidade ao assunto, abordando agora os fundamentos dessa instituição, caso venha a ser implantada, seja por iniciativa pública ou privada no Brasil.
No cenário político brasileiro, marcado por constantes escândalos, corrupção e incapacidade de gestão, surge a urgente necessidade de formar líderes éticos e comprometidos com o bem comum. A criação de Escola de Líderes Políticos, dedicada à formação de crianças, jovens e adolescentes para ocupar cargos nos poderes Executivo e Legislativo, seria uma iniciativa que poderia transformar o futuro do nosso país.
A base de qualquer sociedade justa e próspera é a ética. Ensinar aos jovens a importância da conduta ética, tanto na vida privada quanto na pública, é fundamental. A ética não é apenas uma teoria filosófica, mas uma prática diária que deve orientar todas as ações. A honestidade, por sua vez, é a pedra angular dessa prática. Ao promover a honestidade como valor essencial, garantimos que futuros líderes sejam transparentes e dignos de confiança, características essenciais para uma gestão pública eficaz.
Em um país democrático, o respeito às leis e à Constituição é inegociável. Educar as futuras gerações sobre a importância do ordenamento jurídico é garantir que todas as ações estejam em conformidade com a legalidade. Isso não apenas previne abusos de poder, mas também fortalece a confiança do povo em suas instituições. A conscientização sobre direitos e deveres cívicos deve ser uma prioridade, incentivando a participação ativa na vida política e social.
A verdade deve ser a base de todas as decisões e ações políticas. Em tempos de desinformação e fake news, é crucial que os futuros líderes estejam comprometidos com a verdade. Esse compromisso não só fortalece a credibilidade das instituições, mas também promove uma cultura de transparência e responsabilidade. A verdade, como valor inalienável, deve ser ensinada e praticada desde cedo.
Conhecer a história e as teorias políticas é essencial para compreender o presente e planejar o futuro. A análise das principais teorias políticas e dos acontecimentos históricos que moldaram o mundo e o Brasil permite aos jovens entenderem os processos e dinâmicas que influenciam a política atual. Esse conhecimento é crucial para formar líderes bem-informados e preparados para tomar decisões fundamentadas.
A administração pública é uma área complexa que exige competência e preparo. Ensinar noções básicas de gestão de recursos e políticas públicas é fundamental para a formação de líderes eficazes. Além disso, a habilidade de comunicação é indispensável na vida política. Desenvolver habilidades de oratória e comunicação eficaz permite que os futuros líderes transmitam suas ideias de maneira clara e convincente, mobilizando a sociedade em torno de objetivos comuns.
A metodologia de ensino deve ser dinâmica e prática. Atividades como debates, simulações de situações políticas reais e projetos comunitários são essenciais para preparar os jovens para os desafios da vida pública. Essas atividades permitem que eles apliquem os conhecimentos teóricos de maneira prática, desenvolvendo habilidades de liderança, negociação e resolução de conflitos.
O acompanhamento por mentores experientes na área política é um diferencial importante. A mentoria, alicerçada nos princípios morais, espirituais e democráticos, não partidários, oferece orientação contínua e personalizada, ajudando os jovens a enfrentar desafios específicos e a desenvolver suas potencialidades ao máximo. A troca de experiências e a orientação de profissionais experientes são fundamentais para a formação de líderes completos e preparados.
Os pais e a comunidade têm um papel crucial na formação dos futuros líderes. Os pais são os primeiros a identificar o potencial de liderança em seus filhos e devem incentivá-los desde cedo. Parcerias com organizações comunitárias, empresas e instituições de ensino enriquecem o processo educativo, proporcionando oportunidades práticas e ampliando o horizonte dos jovens.
Em Provérbios 29:2, encontramos a sabedoria que deve guiar nossos passos: “Quando os justos governam, o povo se alegra; mas quando o ímpio domina, o povo geme.” Cabe a nós, enquanto sociedade, garantir que os justos estejam preparados para governar, trazendo alegria e prosperidade ao nosso povo.
*Jornalista e Professor
jul 26, 2024 | Colunistas
‘IMBROCHÁVEIS’: Bolsonaro e Lula incorporam a política uma linguagem sexual. Ambos, na presença das esposas, elogiaram o próprio desempenho sexual. Se Bolsonaro premia amigos com a ‘medalha do imbrochável’, Lula’ também ronca grosso’ referindo-se a sua virilidade’ apesar da idade avançada (78). O país não é mesmo sério!
CONCLUSÃO: A liberdade sexual através de retóricas presidenciais chulas mede nossas referências políticas, já rebaixadas aos olhos da mídia internacional. Se as curvas sensuais expostas nos desfiles carnavalescos já representavam nossa imagem lá fora, agora ela ficou sacramentada com Bolsonaro e Lula destilando essas pérolas. Beleza!
CAMPANHAS: A temperatura subindo graças a uma coletânea de fofocas e ameaças de impugnações. O episódio mais comentado envolve a candidatura de Beto Pereira que pode provocar desgastes e fornecer material crítico nas redes sociais inclusive. Mas de qualquer modo é cedo para avaliar eventuais danos e consequências eleitorais.
‘PRETENSIOSO’: Para os observadores o ex-governador Puccinelli (MDB) não faz autocrítica ao supervalorizar seu apoio ao candidato Beto Pereira (PSDB). A pretensão de ser ‘conselheiro e pai político’ de Beto não teria a legitimidade exigida pela opinião pública devido ao envolvimento dele (André) em notórios escândalos.
A QUESTÃO: Para os paulistas ‘não se rejeita apoio em eleições’, mas recomendam os cuidados ressabiados dos mineiros para evitar rejeição do eleitorado. Pelo seu estilo, Beto Pereira, não abriria mão do protagonismo, permitindo apenas se aconselhar com seu mestre e pai Valter Pereira. “Non ducor, duco” (Não sou conduzido. Conduzo)
COMBINADO? A população campograndense aguarda as propostas dos candidatos à prefeito quanto a recuperação do centro. Para Fayez Feiz José Rizk (arquiteto urbanista) não se pode mais adiar um projeto que aproveite a infraestrutura da região antes que seja tarde demais. Claro! Não valem projetos demagógicos de cunho eleitoreiro.
ENCOLHIDO: O Partido Verde coliga com o PT e Marcelo Bluma disputará uma das duas vagas a vereança. Para Governador em 2018 ele obteve 12.905 votos na capital e em 2020 chegou a 2.652 votos para prefeito. Bluma já foi vereador por três vezes e candidato a deputado estadual, federal, prefeito e governador. ‘Disputar é preciso’.
RESUMINDO: Na pratica o PV não difere dos demais partidos: está nas mãos dos mesmos caciques. Aliás, o partido tem se omitido nos últimos anos das causas voltadas a defesa do meio ambiente. Esperava-se por exemplo postura ativa de suas lideranças no episódio dos incêndios e degradação do Pantanal. Enfim, o PV amarelou e ‘PTzou’.
JOE BIDEN: “Decidi que o melhor caminho a seguir é passar a tocha para uma nova geração. Essa é a melhor maneira de unir a nossa nação. Há um lugar e tempo para isso. Há tempo também para vozes frescas, vozes mais jovens. E esse lugar e esse tempo é agora”.
DONALD TRUMP: “Se a ‘Czar’ da fronteira Harris continua no comando, todas as semanas, trará um fluxo interminável de estupradores estrangeiros ilegais, assassinos sedentos de sangue e predadores de crianças para perseguir nossos filhos e filhas”.
SOBRE KAMALA:“Os americanos de quem eu não gosto, não gostam dela pelas razões que me levam a gostar dela. Quando fala em público pensa em voz alta. Tenta dizer coisas profundas. É uma burguesa de bom gosto. A mãe era oncologista e investigadora, o pai é historiador, professor universitário. Parece ser uma pessoa feliz. ” (de Miguel E. Cardoso em ‘Público’ – de Portugal)
REFLEXOS-1: A polarização ‘direita e esquerda’ ganha contornos globais. A eleição nos ‘U.S.A’ deve influenciar também aqui. A bandeira do conservadorismo social e econômico deverá até ocupar espaço em debates que a princípio deveria ser reservado aos temas relacionados aos problemas de cada comunidade. Eu disse deveria.
REFLEXOS-2: Mas o pleito caminha noutra direção. A notícia da presença na capital (dia 12 de agosto) de lideranças nacionais femininas da direita reforça essa tendência. Enfim, o país está em estado de efervescência política com a esquerda perdendo aquela velha hegemonia das ruas. O perigo é a inversão daquelas prioridades paroquiais.
INTERROGAÇÕES: O que estaria pensando o cidadão comum, focado nos seus desafios do dia a dia? Qual seria seu olhar diante do cenário eleitoral com protagonistas que ele apenas conhece ‘por ouvi dizer’? Às vésperas de agosto, esse eleitor ainda não priorizou conhecer as propostas e perfis dos candidatos. Podes crer!
LEMBRO: Também nas eleições e na política promessa é dívida. Mas imagine uma campanha eleitoral sem promessa! Seria sem graça. Mesmo conhecendo-as por experiências frustradas na maioria das vezes, o eleitor carrega essa cultura. Quer algo agradável que lhe permita sonhar. É como esperar a divulgação dos números da loteria.
NOVELA: Impressiona a tradicional enrolação nos bastidores para definir o candidato a vice-prefeito. Prevalece mais a política do que o perfil técnico. Sobre o vice há críticas e ironias em relação a sua importância questionável. Mas lembro do exemplo do ex-presidente Itamar Franco. Saiu da reserva para fazer uma bela gestão. Certo?
IDEAL: O candidato a vice prefeito, a priori, não pode atrapalhar na campanha. Mas deve e precisa dar uma boa textura ao titular da chapa, tornando-a mais competitiva inclusive. Uma espécie de firmeza. Necessita passar uma certa tranquilidade à população. E como se diz: ‘nunca se sabe, os aviões continuam caindo.’
DOURADOS: Não perde a efervescência. Marçal Filho (PSDB) liderando com folga pelos números do Instituto Ranking (registro 04624/2024 – TSE). Mas há outros fatores pendentes. Um deles é a decisão do PL em lançar Gianni Nogueira (mulher do deputado Rodolfo Nogueira) candidata a prefeito. Pelo Visto ainda teremos fortes emoções.
MUTRETA? O ex-Secretário de Obras Edson Giroto é apontado pelo MPE como um dos responsáveis pelo prejuízo de R$10,424 milhões causados ao Estado de MS pela contratação da empresa ‘Fluidra Brasil Indústria e Comércio em obras no Aquário do Pantanal. A 29ª Promotoria de Justiça da capital cuida do caso. Promete!
PONTO FINAL:
Me arrancam tudo à força, e depois me chamam de contribuinte. (Millôr)
jul 23, 2024 | Colunistas
Para inspirar as futuras gerações, devemos valorizar sempre a nossa história e nossas ancestrais. Num mundo em que prega o ódio e a violência contra as mulheres negras, devemos estar juntas para nos fortalecer e promover o cuidado mútuo.
Uma das formas é exaltar iniciativas em prol das mulheres negras, como o Julho das Pretas. É o período que se celebra o Dia Internacional da Mulher Negra Afro Latina Americana e Caribenha, em 25 de julho.
Esses movimentos não servem só e apenas para discutir a violência que pessoas negras vivenciam no dia a dia. Mas é também uma oportunidade para dialogar sobre possibilidades de bem-viver, de construção, de pensarmos em nossas ancestrais, em nossas mais velhas e pensar no futuro. Fazer o movimento sankofa, que é uma das formas de resgatar e preservar as raízes.
Para pavimentar um caminho para reflexão, é preciso falar sobre a construção da nossa história e aprender a lidar com os desafios, analisando sobre o que nos trouxe até aqui.
Isso também vai nos auxiliar a usar as nossas experiências para refletir. E diante de tanto adoecimento, como as dores vivenciadas a cada dia, a hipersexualização, a desumanização e a desvalorização da nossa existência, possamos pensar em como nos acolher e nos potencializar.
Queremos não só sobreviver. Queremos o bem-viver de uma rede de cuidados. Como disse Sobonfu Somé, escritora e filósofa africana, queremos viver de forma esplêndida, com o espírito de intimidade, trabalhando como comunidade ao redor de uma roda, para que juntos possamos cuidar um dos outros quando haja necessidade.
Como perfeitamente nos diz a escritora Bell Hooks, no livro “Irmãs do inhame”, que promovamos a coletividade, para que possamos, umas com as outras, ajudar no processo de autorrecuperação e do cuidado. Dessa forma, podemos continuar trilhando os nossos caminhos.
Ao encarar essa maneira de pensar, estaremos mais motivadas a ocupar um lugar do cuidado, de afeto e com segurança. Que possamos continuar tendo as nossas conquistas e valorizando as nossas potencialidades.
(*) Psicóloga Clínica, Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental, Formação em Terapia do Esquema, Estudiosa em relações raciais e saúde mental negra, Palestrante, MBA em Gestão de Pessoas, Coordenadora editorial e autora.
Livia Marques, psicóloga – Foto: Pexels – Foto de Rebrand Cities
Agência Drumond – Assessoria de Comunicação – Joyce Nogueira
Assessora de Imprensa
jul 23, 2024 | Colunistas
A exemplo de algumas igrejas que criaram ‘Escola de Líder’ religioso, o poder público e a iniciativa privada deveriam investir em instituições similares para formar líderes para ocuparem cargos nos poderes Executivo e Legislativo brasileiro, em todos os níveis (municipal, estadual e federal). Os pais teriam um papel crucial nessa preparação, pois são os primeiros a identificar o potencial de liderança em seus filhos.
Para isso, seria necessário derrubar o grande tabu de que a política é “suja” ou qualquer outro adjetivo pejorativo. Pois a verdade é que, através da política, uma nação pode ser livre e próspera ou cair em regimes autoritários que punem severamente o cidadão por qualquer crítica ou rebelião. A qualidade de vida do indivíduo e da família está intimamente ligada ao regime e à administração adotada na nação pelos seus representantes políticos. Daí a importância de preparar desde pequenos, homens e mulheres de caráter, honestos e honrados para assumir esses importantes cargos públicos.
Chegou a hora de abandonar a ideia de que bons cidadãos não devem entrar na política. Muito pelo contrário, se eles não o fizerem, os maus políticos, frequentemente envolvidos em escândalos de roubo, corrupção, falcatruas e todo tipo de crimes e irregularidades (como temos hoje no Brasil) continuarão a perpetuar-se no poder. O povo não pode continuar alheio ao mundo político, que decide o rumo de suas vidas e o custo de vida de seus filhos.
Assim como os pais apresentam aos filhos desde cedo, um leque de opções profissionais, fazendo-os pensar na possibilidade de tornarem-se médicos, engenheiros, advogados, psicólogos, odontólogos ou qualquer outra das incontáveis profissões disponíveis no mercado, por que não apresentar-lhes também a vida pública no legislativo (municipal, estadual ou federal) ou no executivo, nas mesmas esferas, como possíveis vereadores, prefeitos, deputados, senadores, governadores ou presidente da República?
Em um grupo de 10, 50 ou 100 crianças, jovens e adolescentes reunidos para atividades coletivas, é fácil identificar aqueles com o dom natural de liderança. Aqueles que inspiram e orientam os demais a seguirem por determinados caminhos. Esses jovens precisam ser orientados, primeiramente dentro de casa, sobre a possibilidade de uma dia poderem administrar ou legislar a cidade onde moram, o estado, ou até mesmo o país.
A criação de escolas de líderes políticos seria uma iniciativa essencial para o desenvolvimento de uma nação mais justa, próspera e democrática. Pais, iniciativa privada e poder público deveriam trabalhar juntos para identificar e cultivar o potencial de liderança nas novas gerações, garantindo que os futuros líderes sejam preparados para enfrentar os desafios do século XXI com ética, competência e comprometimento com o bem comum.
As Escrituras Sagradas já alertavam há milênios que, para os maus prevalecerem no poder, basta apenas que os bons cruzem os braços. Cabe às famílias quebrar esse tabu e trabalhar ativamente na formação de futuros grandes líderes políticos.
Em Provérbios 29:2, lemos: “Quando os justos governam, o povo se alegra; mas quando o ímpio domina, o povo geme.” Esta passagem enfatiza a importância de líderes justos e íntegros, sugerindo que a presença de tais indivíduos no poder traz alegria e prosperidade para a sociedade. Por outro lado, a liderança corrupta e perversa, como temos visto em países vizinhos inclusive, resulta em sofrimento e opressão. Este versículo serve como um chamado para a preparação e o desenvolvimento de líderes que possuam valores morais sólidos, capazes de governar com sabedoria e justiça.
Outro exemplo é encontrado em 1 Timóteo 3:2-7, onde Paulo descreve as qualidades necessárias para um bispo, que podem ser aplicadas a qualquer líder: “É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não violento, mas cordato, inimigo de contendas, não avarento.” Essas diretrizes destacam a importância de caráter e conduta irrepreensíveis para aqueles em posições de liderança. A ênfase está na integridade pessoal e na habilidade de guiar e ensinar os outros com paciência e respeito. Esses princípios bíblicos sublinham a necessidade de líderes virtuosos para enfrentar e superar as forças do mal, promovendo um ambiente de paz e justiça, que é o que o Brasil precisa.
*Jornalista e Professor