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Bela Vista-MS Domingo, 24 de Novembro de 2024
Pai não tem o direito de ser ausente!  Wilson Aquino

Pai não tem o direito de ser ausente! Wilson Aquino

A ausência paterna na educação e formação dos filhos, especialmente dos meninos, tem consequências graves e muitas vezes irreversíveis, conforme demonstrado por inúmeros estudos científicos. Essa ausência coloca em risco não apenas o caráter, mas também a masculinidade do indivíduo. Sem a autoridade e a referência masculina do pai, a identidade masculina pode ser distorcida, levando a problemas de comportamento e de desenvolvimento pessoal.

Um pai presente oferece um modelo de comportamento virtuoso para o filho.

As crianças tendem a imitar os detalhes do perfil paterno, buscando um padrão de masculinidade saudável e equilibrada. Portanto, a presença constante do pai durante todo o processo de crescimento é fundamental para moldar um novo indivíduo que contribuirá positivamente para a sociedade.

A paternidade implica uma responsabilidade imensa. Cada homem deve refletir profundamente sobre seu papel desde a concepção do filho, pois ser pai vai muito além de prover alimento e segurança. Envolve participar ativamente na sua formação moral e espiritual, oferecendo amor, disciplina e orientação.

Nos dias de hoje, com os índices elevados de divórcio e separação, um bom pai deve superar todos os obstáculos para cumprir com suas obrigações paternas. Nada justifica a ausência de um pai em suas responsabilidades com o filho.

Brigham Young, um dos fundadores de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, afirmou: “Somos tutores de nossos filhos e recebemos a responsabilidade de ensiná-los e educá-los. Se não nos esforçarmos para encontrar um modo de salvá-los das influências do mal, quando formos pesados na balança de Deus, seremos achados em falta.” Os pais são responsáveis perante Deus pela educação e orientação dos filhos.

Eles devem liderar pelo exemplo, tanto racional quanto emocionalmente. Em vez de estarem atrás com um chicote, devem estar à frente, guiando com suas ações e palavras: “Sigam-nos”. Assim, os filhos seguirão com prazer e aprenderão a valorizar e a respeitar seus pais, em vez de temê-los.

Essa responsabilidade é inalienável. É um compromisso vitalício que requer dedicação, amor e presença constante. A ausência do pai é uma falha grave que pode comprometer o futuro e a masculinidade dos filhos, deixando marcas profundas em suas vidas.

Estudos mostram que a participação ativa do pai na vida do filho contribui significativamente para a formação de uma autoestima forte, desenvolvimento emocional estável e melhores resultados acadêmicos. Segundo uma pesquisa da Universidade de Michigan, filhos que têm uma relação próxima com seus pais são mais propensos a apresentar comportamentos positivos e a ter uma visão otimista da vida.

Além dos benefícios emocionais, a presença do pai também é crucial para o desenvolvimento social da criança. O pai serve como um modelo de comportamento, ensinando valores como respeito, honestidade, dignidade e responsabilidade. Um estudo publicado na revista “Child Development” destaca que crianças com pais envolvidos apresentam melhores habilidades sociais e têm menos chances de se envolver em comportamentos de risco durante a adolescência. A influência do pai é especialmente importante para o filho homem, que muitas vezes busca no pai um exemplo a ser seguido.

A ciência também mostra que essa presença pode impactar positivamente a saúde mental do filho. Pesquisas indicam que filhos de pais presentes têm menos chances de desenvolver problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade. Isso se deve ao fato de que a figura paterna pode proporcionar um suporte emocional robusto e constante, ajudando o filho a enfrentar desafios e a desenvolver resiliência. A qualidade do relacionamento pai-filho pode, portanto, ser um fator protetor contra diversas adversidades.

A Bíblia também reforça essa importância na educação dos filhos. Em Provérbios 22:6, está escrito: “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele.” Esta passagem sublinha a responsabilidade dos pais em guiar seus filhos desde cedo, assegurando que cresçam com uma base sólida de valores e princípios. Outro exemplo é Efésios 6:4, que diz: “E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor.” Este versículo enfatiza a importância de criar os filhos com amor, disciplina e orientação espiritual.

Além dos aspectos emocionais e sociais, a presença do pai também influencia o desenvolvimento cognitivo do filho. Estudos indicam que pais que participam ativamente das atividades escolares e lúdicas dos filhos contribuem para um melhor desempenho acadêmico.

Por fim, a presença do pai na vida do filho homem é essencial para o estabelecimento de uma identidade masculina saudável. O pai ajuda o filho a entender e aceitar sua masculinidade de maneira positiva, promovendo comportamentos respeitosos e responsáveis. A orientação paterna é crucial para que o filho desenvolva uma compreensão equilibrada dos papéis de gênero e das relações interpessoais, contribuindo para a formação de homens íntegros e conscientes de suas responsabilidades sociais e familiares.

*Jornalista e Professor

Atletas olímpicos e a saúde mental : Livia Marques, psicóloga

Atletas olímpicos e a saúde mental : Livia Marques, psicóloga

Nas Olimpíadas de Paris 2024, nossos atletas não deram show apenas conquistando medalhas históricas, mas também falando sobre a importância do cuidado com a saúde mental. Nossas ginastas durante as entrevistas mostraram a importância de se autocobrarem na medida certa, se divertirem durante as competições e de torcer e vibrar pelas conquistas das adversárias.

Por exemplo, é admirável ver Simone Biles e Rebeca Andrade disputando medalhas e uma olhando para outra com carinho e respeito. Além disso, são mulheres negras se unindo. São um exemplo para a resistência negra e fortalecimento da coletividade.

Rebeca Andrade, Flavia Saraiva, Lorrane Oliveira, Jade Barbosa e Julia Soares mostraram que são gigantes não só conquistando medalhas, mas mostrando maturidade para lidar com a pressão durante as competições.

Quando falamos sobre autocobrança, precisamos entender que não devemos ser inflexíveis. Muitas vezes é preciso realinhar, reorientar a nossa rota, porque, às vezes, é necessário fazer esse movimento. Não podemos desqualificar e nem desvalidar aquilo que se já conquistou.

Por exemplo, a ginasta Flávia, em entrevistas, reconheceu que fez o melhor que podia naquele momento e voltou para torcer pelas outras atletas. Ela volta para aproveitar o momento de algo que ela tinha idealizado há muito tempo. É a maturidade de entender o que foi feito e pensar em pontos de melhoria sem desqualificar aquilo que ela fez até aquele momento.

Outro ponto interessante foi uma fala da Rebeca sobre pensar em receitas que separa e, muitas vezes, não chega nem a fazer. Essa é uma estratégia para evitar a ansiedade em excesso. Ela pensa em algo para desviar o foco dos sintomas da ansiedade que podem ser disfuncionais, para que possa se autorregular. É uma estratégia de enfrentamento para momentos aflitivos. Assim, quando é exigido dela concentração para executar os movimentos, está com a atenção mais plena, mais focada, para atingir o objetivo.

Vimos ainda que conquista não tem idade para acontecer. A Jade Barbosa conseguiu sua primeira medalha olímpica aos 33 anos. O quanto de críticas duras ela deve ter escutado por ser uma atleta que demorou a atingir essa conquista. Ela é um exemplo de perseverança, pois, possivelmente, recalculou a rota para conseguir seu objetivo.

Nossos atletas nos mostraram como é importante saber lidar com situações de estresse ou adversidade. Cuidar da saúde mental nos ajuda a desenvolver estratégias para lidar com as situações e saber reagir da melhor maneira possível. Procure um especialista e se cuide para que consiga saber como agir de forma assertiva diante dos desafios diários e conquistar a “medalha de ouro” quando o tema for saber lidar com as emoções.

(*) Livia Marques é Psicóloga Clínica, Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental, Formação em Terapia do Esquema, Estudiosa em relações raciais e saúde mental negra, Palestrante, MBA em Gestão de Pessoas, Coordenadora editorial e autora.

Foto: Livia Marques, psicóloga – Foto Afroafeto Fotografia

Leia Coluna Amplavisão: Os equívocos na escolha de candidatos a vice

Leia Coluna Amplavisão: Os equívocos na escolha de candidatos a vice

REALIDADE: O país segue dividido entre bolsonaristas e esquerda. Com isso, nestas  eleições municipais, os institutos de pesquisas tem dificuldades de arrancar do eleitor uma resposta mais verdadeira e menos automática. É que a ideologia supera o currículo do candidato, suas qualidades e eventuais projetos. Seria o caso dos institutos reverem seus métodos?

CONVENHAMOS:  As recentes movimentações escoradas em ideologia de lideranças  locais tem o cunho preparatório para o pleito nacional. O que está valendo mesmo é a identificação ideológica para manter o eleitorado sob controle, pouco importando se esse ou aquele candidato a prefeito do grupo teria o perfil de gestor exigido.

UM TERROR!  Concluída há pouco, uma pesquisa ‘Data Folha’ – sem sugerir nomes de candidatos – mostra como anda o sentimento do eleitorado. Em São Paulo 55% não sabiam revelar um candidato preferido a prefeito. No Rio de Janeiro o resultado também decepcionou:  53% de alienados.  Em Belo Horizonte foi de doer:  73% estão totalmente ‘por fora’.

CONCLUSÃO:  Esses números são reflexos da nacionalização do debate eleitoral como já citamos acima.  No lugar de se discutir os desafios da saúde, educação, asfalto, criminalidade e outros temas próximos da comunidade, estão elegendo como prioridade  temas ideológicos, sem pragmatismo e utópicos na maioria das vezes.

ANOTEM: Pelo cenário já visível destas eleições, é possível fazer um prognóstico do nível da batalha de 2026. Um terror! O Brasil estará rachado e com nível de radicalismo muito superior ao que se afere hoje. Ávidas pelo poder, as lideranças regionais tendem a caminhar coladinhas com os caciques nacionais. E viva o Fundo Eleitoral!

MARQUINHOS TRAD:  Surpresas ou situações inusitadas integram o cardápio das campanhas eleitorais. Posto isso, aí está o ex-prefeito de volta tentando recomeçar sua carreira política abortada ao liderar as pesquisas ao Governo. Pelas suas declarações  dará ao pleito a postura de resgate da própria honra ultrajada. Promete!

ELEIÇÕES: Não são ‘retiros de igrejas’. Seus protagonistas não sonham com eventual  canonização. No caso de Marquinhos, ele tem chances de sucesso para a vereança e fazer do cargo um trampolim para 2026. Rose Modesto e Marquinhos Trad no mesmo projeto e palanque – mostra o quanto a política é dinâmica.

QUESTÕES: Prestígio é pessoal e dificilmente se transfere. Exemplos não faltam. O ex-governador Pedrossian é um deles. Jamais elegeu um sucessor. O eleitor diferencia os personagens. Aliás, incoerências e outros fatores a parte, as pesquisas tem mostrado pouco eficaz o apoio do ex-governador Puccinelli (MDB) ao candidato Beto Pereira (PSDB).

EM BAIXA: Sem o poder, Puccinelli é antítese do que foi. Sem protagonismo suas falas não ecoam como antes. Tudo ao seu tempo. Ainda teria oxigênio para tentar uma cadeira na Assembleia Legislativa? Para observadores não passaria de falácia dele para preservar espaço na mídia. Quanto mais demora para sair de cena, mais se apequena.

BETO PEREIRA: A divulgação do caso de suas contas junto ao TCE-MS     provoca desgastes na sua imagem e atrapalha a campanha. Falta ‘agua benta’ para combater esse incêndio eleitoral. Por último, as notícias sobre o aumento do seu patrimônio nos dois últimos anos devem render questionamentos junto a opinião pública. Sabe como é…

ALERTANDO: Com o advento da internet e a expansão das redes sociais, a guerra de informações ganha importância oceânica na campanha eleitoral. Justifica aí o ditado de que ‘vale mais a versão do que o fato’. Uma notícia dúbia, tendenciosa faz estragos as vezes irreversíveis sem uma resposta corretiva à altura e imediata. Quem cala…

AVISO:  Entre os jornalistas de um modo geral percebe-se uma certa reação de descontentamento pela estratégia adotada pelos candidatos. Praticamente não há ambiente para contatos pessoais, sem interferência de assessores de campanha. Afinal, candidato não pode ser guardado a sete chaves. Muito pelo contrário.

AGRADA? Observadores questionam se a coronel Neidy Centurião como companheira de chapa de Beto Pereira realmente corresponde as expectativas políticas? Seu currículo voltado ao segmento da segurança pública seria compatível com o cargo e eventuais  desafios administrativos de uma capital ?

REPETECO: Nesta fase os partidos nem sempre tem conseguido encontrar o nome com perfil de atrair novos votos ao candidato a prefeito. Campo Grande não foi exceção. O episódio da escolha do deputado Luiz Ovando (PP) demonstrou falta de atenção (ou amadorismo?) para os regulamentos que norteiam  as candidaturas.

CONVENHAMOS:  Luiz Ovando tem o perfil compatível para o cargo. Médico, (esquerda convertido para a direita) tem uma trajetória política sem grandes feitos, mas também sem máculas graves. Graças ao bolsonarismo chegou ao poder. Às vezes vota com o governo, outras vezes derrapa – como sua pregação contra a vacina da Covid.

AGREGA? Parece que a candidata Rose Modesto (União Brasil) foi bem na escolha de Roberto Oshiro como seu vice. Alguém lembrou que a colônia japonesa beira 20 mil pessoas, caracterizando pela postura discreta e unida.  Com tantos candidatos, não se pode ignorar o eventual apoio deste porte. Vamos esperar como Oshiro abraçará o eleitor.

ZECA DO PT:  Pés no chão, ele admite as limitações do projeto que embasa a candidatura de Camila Jara (PT). Estima que o crescimento deva alcançar o pico de 15% dos votos válidos. Zeca justifica sua presença como candidato a vice também para demonstrar a união da sigla e ‘cultivar o canteiro’ para o pleito de 2026. Pensa longe.

HIPÓTESES:  Caso Camila fique fora do 2º turno o PT será naturalmente assediado pelos dois partidos finalistas em busca de apoio. Zeca revela que essa decisão seria independente da parceria do PT com o Governo Estadual. ‘São situações diferentes’ – enfatiza.  O PT poderia inclusive liberar seus eleitores para a livre escolha.

BRIMO PRECAVIDO’:  Usando tornozeleira eletrônica e afastado do Tribunal de Contas de MS – acusado de corrupção no órgão, o conselheiro Ronaldo Chadid teve apreendido em sua casa mais de R$800 mil. Na justificativa ele argumentou: “que por ser árabe, tinha o costume de guardar suas economias, desde 1995, fora de bancos. ”

O MAIORAL: As despesas do Judiciário devem aumentar dos atuais R$5,11 bilhões para R$ 59,95 bilhões em 2025. O sistema custa ‘apenas’1,6% da renda do Brasil – o maior gasto entre 53 países ricos e emergentes – quatro vezes mais que a média apurada.

“BRASIL – UM PAÍS DE TODOS’ (OU DE POUCOS?)

 

Jogos de azar podem agregar danos psicológicos a adolescentes

Jogos de azar podem agregar danos psicológicos a adolescentes

O fenômeno dos jogos de azar tem ganhado uma nova dimensão com a ascensão das apostas online, tornando-se uma preocupação crescente para pais e educadores. Em um mundo onde a acessibilidade digital é uma realidade cotidiana, os adolescentes estão cada vez mais expostos a essas práticas.

Hoje, os adolescentes têm acesso facilitado a plataformas de apostas online, frequentemente sem a necessidade de verificação rigorosa da idade. Esses sites não apenas oferecem uma ampla gama de opções de apostas, mas também são promovidos de maneira atraente por influenciadores digitais.

“Muitas vezes, os jovens são seduzidos por imagens que atestam ganhos rápidos e fáceis, sem uma compreensão adequada dos riscos envolvidos. A exposição constante a esses conteúdos pode obscurecer a percepção dos adolescentes sobre os perigos reais e as consequências do jogo”, diz a psicóloga Miriam Carvalho.

Para a psicóloga, que também é professora na Estácio, o comportamento de jogo entre adolescentes pode ter sérias implicações para sua saúde mental e bem-estar. O acesso irrestrito a sites de apostas pode levar a um ciclo de jogo compulsivo, onde a busca por ganhos pode rapidamente se transformar em um vício. “Esse vício pode impactar negativamente áreas importantes da vida do jovem, como desempenho escolar, relações familiares e até mesmo a saúde financeira”, pontua a profissional.

Intervenção dos responsáveis

Para proteger seus crianças e adolescentes dos riscos associados aos jogos de azar, a psicóloga lista estratégias proativas:

1. Educação e Conscientização: Manter-se informado sobre o mundo das apostas online e os seus impactos é fundamental. Pais devem se educar sobre as plataformas e práticas associadas aos jogos de azar para poderem conversar com seus filhos de forma informada e construtiva.

2. Diálogo Aberto: Promover conversas abertas e honestas com os filhos sobre os riscos dos jogos de azar é essencial. Evitar abordagens alarmistas e, em vez disso, focar em discutir as consequências reais e os perigos envolvidos pode ajudar a criar um ambiente de confiança.

3. Controle e Monitoramento: Implementar medidas para monitorar o uso de dispositivos e plataformas digitais dos filhos pode ajudar a limitar o acesso a sites de apostas. Além disso, considerar o uso de ferramentas de controle parental para restringir o acesso a determinados conteúdos pode ser eficaz.

4. Gerenciamento Financeiro: Orientar os filhos sobre o valor do dinheiro e a importância do gerenciamento financeiro pode ajudar a prevenir comportamentos impulsivos relacionados a apostas. Envolver os adolescentes em discussões sobre orçamento e economia pode reforçar uma abordagem mais responsável em relação ao dinheiro.

5. Apoio e Recursos: Em casos onde o vício já está instalado, buscar ajuda profissional pode ser uma opção necessária. Existem recursos e grupos de apoio especializados que podem oferecer assistência para lidar com o problema de forma eficaz.

 

Patrícia Belarmino – Foto: Adolescente no celular – Freepik
Como aumentar os níveis de alfabetização no país?

Como aumentar os níveis de alfabetização no país?

Dados recentes revelaram que o Brasil atingiu um patamar de 56% de crianças alfabetizadas no último ano. Esse resultado mostra que o país conseguiu alcançar desempenho anterior à pandemia de covid-19, período em que sabemos que a educação foi bastante prejudicada.

Há municípios que conseguiram alcançar resultados acima da média como 80,1% das crianças do segundo ano alfabetizadas. Dados que superam a meta estabelecida para 2030. É o caso de Perdigão que fica em Minas Gerais. Mas como podemos atingir dados tão importantes em todo país?

Sabemos que muitas vezes a capacitação oferecida pelas graduações ou magistérios não dão segurança nem uma metodologia para que isso seja feito de forma adequada. Saber quando ensinar a letra cursiva e como ensinar é uma dúvida presente no dia a dia de muitos profissionais da educação e pais que se interessam pelo tema.

A cidade de Perdigão, em Minas Gerais, está acima da média nacional e estadual em alfabetização. Para isso, profissionais de educação focaram em programas que incentivam a consciência fonológica, princípio alfabético, percepção visual, percepção auditiva, vocabulário, grafomotricidade, entre outros.

A capacitação ensina os professores a terem um melhor direcionamento. Além disso, faz com que eles se sintam mais seguros para aplicar técnicas em sala de aula visando uma alfabetização para crianças típicas e atípicas, como é o caso do programa Proleia, que foi aplicado no município.

É válido ressaltar que ela é a base de toda a aprendizagem. Ela não apenas capacita os alunos a compreenderem o mundo ao seu redor, mas também as ajuda a se expressarem e se comunicarem de maneira eficaz. Todos precisam estar alfabetizados até o final do segundo ano, no máximo. No entanto, muitos enfrentam desafios únicos ao longo desse processo.

Uma das principais diferenças entre o Brasil e em outros países é o acesso à educação de qualidade. Infelizmente, por aqui, muitas ainda não têm acesso a uma educação de qualidade desde a infância.

A alfabetização é muito importante, principalmente para as crianças atípicas. Mesmo que tenham algumas dificuldades de aprendizado, quando aprendem a ler e escrever, isso faz uma diferença enorme em suas vidas. Elas conseguem se expressar e se comunicar, aprendem coisas novas de um jeito mais independente, sentem-se mais confiantes e conseguem participar de atividades sociais e escolares.

Logo, para aumentar os níveis de alfabetização é necessário um trabalho em conjunto envolvendo toda a sociedade. Mais políticas públicas e investimentos para capacitação e cursos de aprimoramento para professores e participação dos pais com atividades que auxiliem nesse processo e incentivando os alunos típicos e atípicos a se desenvolverem da melhor forma possível.

Vale lembrar de que, hoje, a formação do professor em alfabetização não leva em conta a neurociência. Quando os profissionais da educação têm acesso aos materiais baseados em evidências científicas, eles entendem melhor o assunto e até mesmo mudam o olhar diante do magistério. Isso faz uma enorme diferença.

(*) Luciana Brites é CEO do Instituto NeuroSaber, psicopedagoga, psicomotricista, mestre e doutoranda em distúrbios do desenvolvimento pelo Mackenzie, palestrante e autora de livros sobre educação e transtornos de aprendizagem. Instituto NeuroSaber  https://institutoneurosaber.com.br.

* Luciana Brites, Mestre e Doutoranda em Distúrbios do Desenvolvimento

Foto: gpointstudio no Freepik

Queda não é derrota para quem se levanta: Wilson Aquino

Queda não é derrota para quem se levanta: Wilson Aquino

Atletas são exemplos inspiradores da capacidade humana de superar os obstáculos que a vida nos apresenta desde a infância até o final de nossa jornada. Para se destacarem, precisam identificar, enfrentar e superar suas limitações e imperfeições (físicas, emocionais e espirituais), assim como qualquer outra pessoa, independentemente da idade, precisa fazer ao longo da vida.

Os Jogos Olímpicos de 2024 estão repletos de histórias de superação, mas vale lembrar o feito notável da holandesa Sifan Hassan nas Olimpíadas de Tóquio (2021). Durante uma das eliminatórias dos 1.500 metros feminino, ela tropeçou na queniana Edina Jebitok, a apenas 400 metros da final. Ambas caíram, mas Sifan se levantou rapidamente, voltou a correr e, surpreendentemente, ultrapassou todas as concorrentes, cruzando a linha de chegada em primeiro lugar.

De forma semelhante, em 2008, a corredora Heather Dorniden protagonizou outro exemplo memorável de resiliência. Na metade de uma corrida de 600 metros, ela caiu após um passo em falso, mas se levantou e ainda conseguiu vencer a competição, demonstrando que a verdadeira vitória é continuar, mesmo diante das adversidades.

Na corrida da vida, todos – homens e mulheres, crianças, jovens e adultos – devem proceder da mesma maneira: cair e se levantar quantas vezes forem necessárias, sem nunca desistir. Cada queda é uma oportunidade de aprender e se fortalecer para as próximas etapas.

Todas as manhãs, quando despertamos, enfrentamos um novo dia repleto de desafios variados, que podem incluir questões financeiras, dificuldades físicas, problemas de relacionamento, tribulações emocionais e até mesmo crises de fé. Cada um desses obstáculos é uma chance de crescimento pessoal e espiritual. Para isso precisam ser encarados e vencidos.

O Élder Richard J. Maynes, membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, ensina que “muitos desafios que enfrentamos na vida podem ser solucionados ou vencidos. Contudo, outros podem ser difíceis de compreender e impossíveis de superar, permanecendo conosco até o fim desta vida. Ao perseverarmos temporariamente nos desafios solucionáveis e ao suportarmos aqueles insolúveis, é essencial lembrar que a força espiritual desenvolvida nos ajudará a enfrentar com sucesso todos os desafios da vida”.

Deus e Jesus Cristo são nossos maiores aliados na jornada que empreendemos. Eles nos oferecem a força e a orientação necessárias para superarmos as dificuldades que encontramos. Em Filipenses 3:13-14, somos instruídos a esquecer o que ficou para trás e avançar em direção ao nosso objetivo celestial em Cristo Jesus.

Em 2 Coríntios 4:8-9, recebemos a promessa de que, apesar das dificuldades, não seremos destruídos: “De todos os lados somos pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos.” Essa passagem nos lembra que, mesmo nas situações mais difíceis, há sempre esperança e resiliência.

Hebreus 12:1 nos exorta à perseverança, dizendo: “Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta.” Isso nos encoraja a continuar correndo nossa própria corrida, independentemente dos obstáculos.

Isaías 40:31 oferece uma promessa inspiradora: “Mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças. Voam alto como águias; correm e não ficam exaustos, andam e não se cansam.” Essa passagem nos lembra que, com fé e paciência, podemos alcançar alturas inimagináveis e superar qualquer desafio.

A verdadeira superação não reside apenas em vencer uma corrida ou alcançar um objetivo. É uma atitude de persistência e fé, independentemente das circunstâncias. Cada desafio vencido nos prepara para o próximo, e cada obstáculo superado nos fortalece para enfrentar novos desafios.

Portanto, quando enfrentarmos quedas e tropeços na vida, lembremos dos exemplos dos atletas e das palavras de inspiração da Bíblia. Cada queda é uma oportunidade de nos levantar mais fortes e mais determinados.

A vida é uma corrida repleta de desafios e obstáculos, mas também de momentos de grande triunfo e superação. Que possamos, como Sifan Hassan e Heather Dorniden, encontrar a força para nos levantar e continuar correndo, sempre em direção ao nosso objetivo final.

*Jornalista e Professor