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Bela Vista-MS Sábado, 19 de Abril de 2025
Que mundo é esse em que vivemos?  Por Wilson Aquino*

Que mundo é esse em que vivemos? Por Wilson Aquino*

Como podem conceitos e valores de comunidades inteiras se contaminarem e inverterem? Trocar o certo pelo errado e o bem pelo mal? Abandonar os bons princípios éticos, morais e espirituais, que deveriam alicerçar toda e qualquer sociedade, para se justificarem com atos de violência, tirania, corrupção e maldade?

Essa postura, em escala menor, sempre fez parte da “cultura” de determinadas parcelas da sociedade. Entretanto, com a guerra entre o Hamas e Israel, veio à tona o ápice da ignorância desses povos no Brasil e no mundo, favoráveis à anarquia, ao terrorismo, ao assassinato de civis inocentes, famílias que tiveram suas casas invadidas, onde foram metralhadas. Até bebês fuzilados e decapitados por conta desse radicalismo político e religioso. Lamentavelmente essa triste realidade encontra respaldo em muitos membros da sociedade, inclusive autoridades eleitas pelo povo.

Que mundo é esse que semeia ódio, discórdia, intolerância, racismo e a violência de toda ordem?

Que mundo é esse em que a corrupção impera nos poderes constituídos de uma nação e tenta destruir pilares básicos da sociedade, a família e os princípios morais e espirituais do povo, buscando enfraquecê-lo para então implantar um novo regime onde a comunidade, desarmada e empobrecida, ficaria à mercê desses grupos políticos ideológicos?

Que mundo é esse que questiona o próprio Deus, Senhor de todas as coisas e que ainda duvida de Sua existência? Que questiona a perfeição da Sua principal obra: a criação do homem e da mulher, que foram feitos à Sua imagem e semelhança, para tentar impor a existência de outros seres na sociedade?

E nessa onda mundial de ir contra a ordem natural das coisas, conta a necessária busca de crescimento espiritual do indivíduo para o fortalecimento da família e da sociedade, nem o Brasil escapa, pois de um tempo para cá o mal parece ganhar espaço até nos poderes constituídos que tenta destruir a família, seus bons princípios éticos, morais e espirituais.

Lamentavelmente temos visto o que se busca com uma insistência insana, com o apoio de autoridades, inclusive aquelas eleitas pelo próprio povo brasileiro: fazer imperar a impunidade de criminosos e a incriminação de inocentes que se levantam contra; corromper as crianças com a materialização de ideologias nefastas que buscam sim o empobrecimento da população, seu enfraquecimento, para então implantar o tão desejado e almejado socialismo, para manter o povo no cabresto e garantir regalias e privilégios para minorias. Como já acontece em países vizinhos.

Esse plano, aliás, não é nenhum segredo, pois o governo brasileiro atual já afirmou no passado e no presente essa real intenção de criar um novo regime para o país.

O povo até que tentou impedir, indo para as ruas de verde e amarelo, mas foi traído por aqueles que seriam sua última esperança depois que viram a covardia de deputados federais e senadores, em tomar as devidas providências para frear o Supremo Tribunal Federal – STF, que passou a legislar, investigar, julgar e condenar até jovens autistas e velhinhas com bíblias debaixo dos braços, que foram levados de frente dos quartéis para prisão.

E é nesse momento crucial que as palavras das Escrituras Sagradas podem servir de guia. A Bíblia, em vários trechos, adverte sobre as consequências da desobediência a Deus. No Livro de Deuteronômio, capítulo 28, versículo 15, lê-se: “No entanto, se não obedecerem ao Senhor, o seu Deus, e não seguirem todos os seus mandamentos e decretos que hoje lhes dou, todas essas maldições cairão sobre vocês e os alcançarão”. É hora de refletir sobre como, ao abandonar princípios éticos e morais, nos afastamos dos caminhos de Deus e abrimos portas para essas maldições.

Até quando seguiremos dessa forma, corrompendo valores sagrados, endossando a violência, o terrorismo contra a humanidade, sem temer a ira de Deus? A Bíblia, em 2 Crônicas 7:14, nos diz: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar, me buscar e se converter dos seus maus caminhos, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e curarei a sua terra”. É um apelo à humildade, à oração e à conversão, elementos essenciais para restabelecer a paz e a justiça em nosso país e no mundo.

Ou se esqueceram de que a história nos mostra que quando o homem se desviou radicalmente do caminho que deveria lutar para seguir, foi severamente punido pelas mãos do Senhor, com dilúvio, pragas e doenças?

Portanto, é hora de uma profunda reflexão e mudança de atitude. Devemos retornar aos valores éticos, morais e espirituais que moldaram nossas sociedades e, acima de tudo, reafirmar nossa conexão espiritual com o divino. É imperativo que reconheçamos a importância da tolerância, da justiça e do amor ao próximo e que aprendamos, de uma vez por todas, a valorizarmos os nossos votos para a escolha de nossos representantes políticos no legislativo e executivo, em todos os níveis das eleições.

Que possamos, juntos, refletir sobre o que temos permitido que aconteça em nosso país e no mundo e nos voltarmos para o Senhor em busca de orientação e perdão. O mundo pode ser transformado, mas depende de nossa ação individual e coletiva e de nossa fé. Que possamos escolher o caminho da retidão e do amor, para que possamos colher bênçãos em vez de maldições. É o momento de voltar aos princípios divinos que moldaram a humanidade e de construir um mundo onde a justiça, a paz e o amor prevaleçam.

*Jornalista e Professor

Leia Coluna politica Amplavisão: Os efeitos da inteligência artificial nas eleições

Leia Coluna politica Amplavisão: Os efeitos da inteligência artificial nas eleições

FEBRE: Antes, quem formava a opinião pública eram consagrados nomes da filosofia e do conhecimento em geral. Com a internet, gente despreparada para acrescentar algo  ousa produzir ‘conteúdos’ vazios sob temas irrelevantes. De nada adiantam os smartphones, tripés e filtros se os tais ‘ influenciadores’ não tem o ‘principal’.

COMPARTILHA: É a senha para promover um produto ou um ‘look’ para exibir. Fruto da democratização da internet que esculhamba nossos valores  tentando colocar  certos personagens  ao lado de gente que realmente molda o pensamento e a cultura. Mas pressinto que ainda não chegamos ao fundo do poço. Quem viver verá!

BELEZA! Os 20.146 professores efetivos ganharam aumento salarial de 14,95% valido desde outubro. Só foi possível porque as finanças do MS estão sadias e houve empenho dos deputados em viabilizar o sonho da classe. O ganho inicial do concursado passa para R$5.967,73 e aos que trabalham 40 horas semanais será de R$ 11.935,46.  É o maior salário da classe no país.

EM TEMPO:  O deputado Roberto Hashioka ( União Brasil) observou  que há 13 mil professores convocados também merecedores de ação reparadora (via concurso público) para efetivação e outras medidas para equacionar a defasagem.  Lembra que o salário aprovado é de R$ 6.346,00 para a mesma função dos efetivados. Uma nomenclatura que penaliza esses trabalhadores.

OPINIÃO:  Entre o discurso de campanha e a postura parlamentar o deputado Rodolfo Nogueira (PL) – seria o mais transparente (ou coerente) em temas como aborto, drogas e casamento gay. A opinião é de conceituado pastor da ‘Grande Dourados’, que não estendeu os elogios ao deputado Luiz Ovando (PL), outro evangélico eleito com idêntico discurso.

TIROS & BOMBAS: Não há como fazer juízo de valores no conflito entre palestinos e judeus (águas da mesma fonte) cultivando o ódio por questões territoriais e religiosas. As notícias, tendenciosas e contraditórias dividem a opinião pública.  A insensatez presente nesta luta, sem data para acabar. A paz é a trégua para uma nova guerra.

RESUMO: O início se deu com Ismael e Isaac. Torá, livro judaico, Velho Testamento para os judeus, aponta Isaac (filho de Abraão e Sara) como antepassado de judeus. O Alcorão, remonta a genealogia dos árabes até Ismael, o primogênito de Abraão com Agar.  Árabes e judeus não são apenas primos. Pela ciência são irmãos genéticos.

BARRIGA CHEIA:  Legal e imoral. Congressistas exageram nas despesas em suas  comilanças. O astronauta senador Marcos Pontes (PL) por exemplo torrou R$1.950,24 só num almoço. No antigo twitter postaram: ‘O Senador vive no mundo da lua “ – “passando a bacalhau e os cofres públicos vão para o espaço”.   Aqui não é a Dinamarca.

PERIGOSA: O Brasil não ficará imune aos efeitos do uso da ‘Inteligência Artificial’ nas campanhas eleitorais. Com ela é possível identificar determinados grupos de eleitores, suas tendências e personalizar mensagens (em tempo real) após análise de dados com exatidão. Será possível saber quem é quem de forma mais avançada do que as atuais pesquisas eleitorais.

RISCOS: Sem uma regulamentação sobre a matéria há riscos sobre a privacidade do eleitor, pois seus dados pessoais são coletados sem que ele saiba. Claro, quem tiver mais recursos para usar a inteligência artificial levará vantagem, desequilibrando a disputa por ter acesso ao dossiê da vida do eleitor e até manipulando seus dados. Esse é xis da questão.

ESTRANHO: Preocupa o silêncio dos congressistas e do TSE sobre a matéria. São esparsas as publicações sobre o uso da inteligência artificial nas eleições. Também não tem havido manifestações fomentando o debate e recolhendo subsídios para adotar uma legislação que assegure transparência e igualdade de condições a todos os candidatos.

COMPARANDO: Hoje a internet permite que um produto seja oferecido ao cliente   cujo perfil já foi devidamente detectado por vários meios. Por analogia, com aperfeiçoamento progressivo do sistema, o eleitor está na alça de mira deste ou daquele candidato, sem saber que nada foi por acaso. Um patinho na armadilha digital.

DE NOVO?   As eleições na capital prometem fortes emoções. Circula nas redes sociais um vídeo conferência onde o ex-presidente Bolsonaro promete convidar o capitão Contar para ser o candidato do grupo contra a esquerda e não faz referência a prefeita Adriane Lopes, apoiada pela senadora Tereza Cristina.

IDEOLOGIA:  Será que ela terá importância decisiva no pleito de 2024?  O cenário não seria próprio para se discutir projetos administrativos e demonstrar capacidade gerencial? Até onde a figura de Bolsonaro terá a força para influenciar e agregar várias lideranças da direita que nem falam a mesma língua? Bolsonaro conhece mesmo nossa realidade política?

VALIDADE;. A questão de ideologia cai por terra quando se faz a comparação entre os perfis dos candidatos ao executivo municipal de uma cidade notoriamente conservadora.  Essa referência serve ao capitão Contar e à deputada Camila Jara (PT). É hora de se questionar: Ambos suportariam um ‘cara a cara’ com a imprensa descomprometida?

FRANCAMENTE: Quando a gente imaginava que alguns donos de partidos já tinham desistido, indo para casa cuidar de filhos, netos e negócios eles reaparecem nos hilários segundos do horário partidário. São 2 os motivos: massagear o ego e a tentativa de  levar vantagem num acordo com  nomeações para cargos no futuro governo.

BOA VISÃO: Para o ex-deputado Valter Carneiro que conviveu com vários governos, Eduardo Riedel (PSDB) demonstra rara habilidade até aqui. Valter elogia a postura e visão do governador ao modernizar a máquina administrativa sem esquecer o exercício da política; mantém sua posição sem radicalismo e abre espaço para novos aliados.

OPINIÕES:  A boa fase do Mato Grosso do Sul motiva comentários. Alguns falam que Riedel está sendo bafejado pela sorte, outros lembram que houve a preparação de tudo por parte de Reinaldo Azambuja. Mas há quem destaca a participação efetiva de Riedel na gestão de seu antecessor. Portanto teria méritos por ajudar no plantio do que hoje está colhendo.

PONTO FINAL:

As grandes nações sempre agiram como gângsteres; as pequenas, como prostitutas.

(Stanley Kubrick)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Dia do Médico: por uma Medicina mais plural – Lucas Pacini

Dia do Médico: por uma Medicina mais plural – Lucas Pacini

A deficiência física está na minha vida desde que eu nasci, quando meus pais descobriram que teriam um filho com mielomeningocele, deficiência que compromete a mobilidade e me faz ter que usar a cadeira de rodas. A Medicina está há 11 anos, desde que tomei para mim o árduo desafio de seguir essa carreira.

De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), atualmente, o Brasil conta com mais de 546 mil médicos ativos no mercado. Destes, de acordo com outra pesquisa do CFM, 512 possuem algum tipo de deficiência física ou intelectual. É menos de 0.0,93%.

Assim como a Medicina muda a vida de pessoas com deficiência todos os dias, com terapias, diagnósticos, tratamentos e reabilitações, tornar-se médico com deficiência representou, para mim, o sonho de impactar, também, a Medicina. A pessoa com deficiência não deve ser vista somente como paciente e dependente de cuidados, mas, ainda, como profissional, cientista, técnico, oferecendo seus dons e habilidades para servir a comunidade.

Ainda que a falta de acessibilidade e descrença nas habilidades das pessoas com deficiência atrapalhe diretamente na carreira, prezei, sempre, por oferecer o melhor atendimento dentro das possibilidades, atuando com respeito ao próximo e profundo interesse por cada paciente.  A ética é fundamental em todos os contextos, e, na medicina, é a base.

Vivemos em um mundo hostil, no qual as pessoas são julgadas pelas aparências, em uma pré-concepção da sua capacidade baseada na imagem. Com isso, já antecipo que não é fácil ser um médico com deficiência e as situações de descrédito por conta da deficiência acontecem com frequência. Em qualquer ofício, um profissional com deficiência precisa trabalhar o triplo para provar o mesmo valor que um médico sem deficiência.

O combustível para o trabalho são os pacientes. Eles renovam as minhas forças e trazem a vontade de me dedicar ainda mais para alcançar resultados satisfatórios e até mesmo extraordinários, quando possível. A deficiência física não abstrai o amor e dedicação integral à profissão, pelo contrário, dão a vivência e sensibilidade necessária para entender a singularidade das histórias de cada pessoa que entra em meu consultório. É um diferencial.

É uma honra abrir caminho para que futuros médicos com deficiência integrem o mercado de trabalho e sejam exemplos na profissão. O pioneirismo é um desafio, mas, também, é uma missão. Sonho com uma Medicina mais plural, em que eu não seja mais uma exceção e história de superação, mas que outras pessoas com deficiência também encontrem o seu espaço para atuarem nesta profissão tão nobre. Feliz dia do médico!

*Lucas Pacini é Médico Geral e possui deficiência física. Nas redes sociais (@drlucaspacini) compartilha informações sobre saúde e bem-estar.

 

Erros que atrasam a inclusão escolar: Luciana Brites

Erros que atrasam a inclusão escolar: Luciana Brites

A inclusão escolar é uma grande conquista para a educação, pelo reconhecimento e aceitação da diversidade nas escolas. Porém, continua sendo um desafio para os professores que, muitas vezes, não contam com o apoio necessário para superar as dificuldades que encontram em sala. Família, escola e profissionais especializados devem trabalhar juntos para evitar erros que podem atrasar a inclusão de alunos com necessidades educacionais específicas.

A educação inclusiva precisa de um planejamento adequado.  Logo, o professor precisa conhecer o aluno, suas características, habilidades, dificuldades e necessidades para considerá-las no seu plano de aula. Um planejamento pedagógico adequado cria estratégias diferenciadas para abordar o conteúdo que será trabalhado em sala. Para isso, o professor precisa do apoio da família e de profissionais que atendam o aluno com necessidades específicas, para juntos, pensarem nas melhores estratégias.

Quando os professores encontram estratégias que funcionam com um aluno, podem cair no erro de acreditar que elas serão eficazes com todos que apresentam a mesma dificuldade. Porém, muitos estudantes, especialmente aqueles com deficiência ou transtorno, requerem abordagens diferentes conforme suas necessidades. A comunicação aberta entre família e escola é essencial para evitar esse erro.

É comum que os professores, num primeiro momento, enxerguem seus alunos com dificuldades de aprendizagem, como menos capazes. Isso acontece quando faltam informações sobre a criança, seu diagnóstico e suas características mais comuns. No entanto, é preciso confiar na capacidade de seus estudantes de aprender, independente das dificuldades. Mostre que acredita neles!

Priorizar a socialização é um erro muito comum. Existe uma diferença entre integrar e incluir. Integração considera suficiente a presença de pessoas com necessidades específicas em um ambiente. Já a inclusão é a inserção total, com interação, participação e aprendizagem de todos. Por exemplo, o conteúdo trabalhado em sala deve ser ensinado para todos, ainda que com estratégias diferenciadas. Isso é inclusão.

Já a avaliação deve ser feita de acordo com a evolução e progresso, e não de forma homogênea. Por exemplo, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a análise do desempenho do aluno deve ser contínua e cumulativa, onde os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos. Melhor do que comparar, é reconhecer o que cada um aprendeu e conseguiu avançar diante das dificuldades.

Cometemos equívocos pois somos humanos, isso não desqualifica nenhum professor. O mais importante é refletir sobre os erros e reconhecer quando eles ocorrem na prática da inclusão, para poder evitá-los e superá-los.

(*) CEO do Instituto NeuroSaber, Luciana Brites é autora de livros sobre educação e transtornos de aprendizagem. É especialista em Educação Especial nas áreas de Deficiência Mental, Psicopedagogia Clínica e em Psicomotricidade, além de ser Mestra e Doutoranda em Distúrbios do Desenvolvimento. É também organizadora do evento NeuroMeeting, que acontece de 27 a 29 de outubro (https://neuromeeting.com.br/).

 Luciana Brites é Psicopedagoga, Mestra e Doutoranda em Distúrbios do Desenvolvimento e CEO do Instituto Neurosaber

Agência Drumond – Assessoria de Comunicação

Joyce Nogueira

Leia Coluna politica Amplavisão: Dicas aos candidatos & o bom exemplo de Três Lagoas

Leia Coluna politica Amplavisão: Dicas aos candidatos & o bom exemplo de Três Lagoas

CESAR MAIA: O ex-prefeito do Rio de Janeiro marcou pelo olhar dubitável em termos de administração.  Engenheiro de formação e militante contra o regime militar de 1964 foi exilado no Chile onde nasceram os filhos gêmeos Rodrigo e Daniela.  Há tempos Cesar publicou manual de dicas para os candidatos. Vale conferir.

DICAS-1: Nunca mude de personagem. Há uma diferença entre buscar recursos para fazer política e buscar a política para fazer recursos. Atire sempre na pessoa jurídica do seu adversário, nunca na pessoa física. Fique bravo por fora, mas tranquilo por dentro. Sempre haverá um bêbado numa reunião – dê a palavra a ele.

DICAS-2:  Só polemize se souber o que vai dizer na próxima jogada. Seu adversário sabe tudo de você. Você só precisa saber uma coisa dele.  Os âncoras da TV têm mais credibilidade que você. Nunca os desminta. Escolha a biografia de no mínimo dois políticos e as conheça bem. Os números quebrados impressionam mais.

DICAS-3:  O voto se pede, mas não se suplica. Em plenário ou no debate, responda concordando e prossiga…discordando. Não é você que é bonito, mas o poder que você tem. Dura apenas o seu mandato. A retórica pomposa ridiculariza. Nunca desminta a imprensa; faça uma nova afirmação. Cada aperto de mão é uma pesquisa qualitativa.

DICA-4:  A eleição de hoje não é a última da história. Nunca minta, fale o necessário. Prometa só o possível. Não fale mal do adversário na frente da sua família. Ela não entenderá quando ele for seu parceiroNunca tranque as portas. No máximo, as feche. Ideologia não é tudo na política. Política sem ideologia é nada.

DICAS-5: Case com uma mulher mais velha. As pesquisas tratam do que você deve fazer e não do que você já fez. Enxugue o suor antes de oferecer a mão para o aperto. Seu publicitário sabe muito menos que você sobre política. Cuidado quando as notícias forem em série. Saiba quatro piadas curtas sobre política e as use.  Aprenda a sorrir.

DEPUTADOS & AÇÕES:  Gerson Claro: Sem discriminação e soberba no comando das sessões; abriu as portas do seu gabinete; viabiliza as ações do Executivo; sensível aos apelos dos deputados. João César Mattogrosso: Postura de veterano com mandato plural, atende a todos segmentos sociais em diferentes regiões do estado. Só elogios a respeito dele. Lucas de Lima: Preside a Comissão de Saúde; atento as demandas do meio ambiente e animais; com inserções na população mais carente. Vai muito bem.        Pedrossian Neto: Honra o nome pelo equilíbrio/moral na abordagem de problemas e de pautas sociais delicadas. Avesso a escândalos, estreia com o pé direito no parlamento.     Antonio Vaz: Ratifica a liderança pelo número de proposituras apresentadas. Líder estadual do ‘Republicanos’ consolida sua boa condição parlamentar no estado. Vai longe.     Lídio Lopes: Não por acaso recebeu votos nos 79 municípios. Articulado, faz do equilíbrio sua grande arma. Mantém boas relações com colegas e autoridades.

ELEIÇÕES 2024:  O cenário é de algumas dúvidas e de movimentação nos partidos políticos que já estão definindo nomes e sinalizando alianças. Com mudança nas regras, (número menor de candidatos para o legislativo municipal) e alterações na disputa pelas chamadas ‘sobras’, o pleito também estreará o formato de federações partidárias.

DETALHES: Vale lembrar que em 2024 deverão ser conservadas aquelas federações partidárias validas desde o pleito de 2022, devendo elas lançar candidaturas conjuntas ao Executivo e Legislativo.  São três as federações devidamente registradas: PSDB e Cidadania; PSOL e Rede, e a Brasil da Esperança integrada por PT, PCdoB e o Partido Verde.

MUDANÇAS?  Acredita-se haver aumento de expectativa quanto ao novo perfil do político como gestor. Levará vantagem o candidato que incorporar competências técnicas, intimidade com políticas públicas e bom relacionamento com diferentes setores da sociedade. Crescerá sim a relevância dos atributos pessoais, diante do temor do eleitor em arriscar.

SIM OU NÃO?  Com base no censo vários municípios aumentarão o número de vereadores. Casos de Chapadão do Sul (de 9 para 11) e de Naviraí (de 13 para 15).  O exemplo 10 vem de Três Lagoas que reduziu de 17 para 15 vereadores, além de baixar de 6% para 4% o repasse do duodécimo ao Legislativo. O dinheiro dos 2% beneficiará o povo ao ser investido na coleta do lixo. Prefeito e vereadores pensando na população.

AÇÕES & DEPUTADOS:  Lia Nogueira; Com garra que empolga na defesa do mandato também fora de Dourados, onde é lider. Pesquisas comprovam a satisfação de seus eleitores.  Rafael Tavares: Coragem e coerência formam o binômio que marcam sua atuação voltada aos problemas locais e aos desafios nacionais. Mostra que não se elegeu por acaso. José Teixeira: Impossível não gostar dele; exerce o 8º mandato como se estivesse no primeiro. Defensor da terra, da ordem e paz no campo. Zeca do PT: Impetuoso ou pacifista quando a situação em plenário requer. Faz o jogo. Uma grande aquisição  para o parlamento. Sabe onde pisa. Junior Mochi: Experiente, sensato – ouvido pelos colegas, independentemente de cor partidária. Tem uma voa visão da realidade política e econômica do MS.  Roberto  Hashioka: Seu currículo na vida pública qualifica seu mandato com intervenções equilibradas, seletivas e seguras. É o grande representante de Nova Andradina e região. Rinaldo Modesto: Avesso ao radicalismo, posturas e discursos pela educação plena em todo o MS. Suas intervenções  na tribuna atraem a atenção de todos. Agradável.

MEMÓRIA: Na criação do MS a briga entre as lideranças (PSD-UDN) foi desastrosa. Enquanto o festival do ‘tira e põe’ ocorria, os cuiabanos se deram bem com ajuda financeira do Governo Federal mudando o perfil sócio econômico do MT. E mais, nós perdemos muito tempo com governos pífios e deu no que deu. Pior: 46 anos depois ainda se discute a troca do nome do estado. Por favor….

OPINIÃO: Sobre a reforma tributária o ex-deputado Paulo Duarte (PSB), técnico na matéria, lembra que o texto prejudica os estados produtores e de baixo consumo. Diz que os congressistas destes estados precisam se unir para alterar certos pontos do texto  baseado na lei vigente na Alemanha, ‘incompatível com a nossa realidade’ lembra.

NA ASSEMBLEIA:  Mara Caseiro: Campeã de votos (49.512) em 2022 segue operosa; abraça causas dos fragilizados e de cidades carentes; preside a CCJR com equilíbrio e na ONU representou bem a Alems.  Marcio Fernandes: ativo na defesa dos que vivem da terra; porta voz dos moradores periféricos da capital; atento aos desafios vividos pelos prefeitos e vereadores. Transmite confiança. Neno Razuk: figura querida no parlamento, simplicidade a toda prova. Atua com desenvoltura em pról de municípios das mais diferentes regiões. Alma boa! Londres Machado: Influente e decisivo em algumas situações delicadas no parlamento. Sem espaço para radicalismo ou posturas que nada contribuem. Imprescindível. Pedro Kemp: Autêntico em suas manifestações e posturas, mas sem perda do equilíbrio. Tem fortes ligações com a educação e as causas dos menos favorecidos.

ALERTA: Já preocupa o desempenho do pré-candidato Beto Pereira (PSDB) nas pesquisas para a prefeitura da capital. O ex-governador Reinaldo Azambuja trata do caso com habilidade para não queimar seu pupilo. Tudo ao seu tempo, mas Beto deve repensar as suas relações (seletivas) com as pessoas ‘invisíveis’. O filme de 2012 pode se repetir.  ‘Why not’?

 

FRASES DE ABRAHAM LINCOLN:

 

Ninguém é suficientemente competente para governar outra pessoa sem o seu consentimento.

Só tem o direito de criticar aquele que pretende ajudar.

O campo da derrota não está povoado de fracassos, mas de homens que tombaram antes de vencer.

Aqueles que procuram pelo mal nas pessoas com certeza o encontrarão.

A filosofia da sala de aula em uma geração será a filosofia de governo na próxima.

A maior habilidade de um líder é desenvolver habilidades extraordinárias em pessoas comuns.

O caráter é como uma arvore e a reputação como sua sombra; a sombra é o que pensamos dela, a árvore é a coisa real.

Não destruo meus inimigos quando os faço meus amigos.

Frequentemente é necessário mais coragem para ousar fazer certo do que temer do fazer errado

Ser docente: uma escolha consciente: Por Josué Viana*

Ser docente: uma escolha consciente: Por Josué Viana*

A romantização de uma profissão, qualquer que seja ela, tem duas faces alienantes. Uma delas restringe a alguns poucos iluminados como se fosse um dom divino, enquanto a outra transforma o indivíduo em um missionário altruísta. Ambas são estereótipos perigosos porque distorcem a realidade do desafio do aprendizado contínuo indispensável ao exercício profissional, dos recursos e infraestrutura necessários para sua execução plena e da valorização representada pela remuneração justa capaz de fornecer as condições dignas para uma vida plena e de bem-estar.

Na docência, essas duas faces são propositalmente utilizadas em nossa cultura para dificultar o próprio crescimento da profissão. Hoje vivemos uma escassez de docentes qualificados para o ensino básico de matemática e ciências da natureza no Brasil. Por outro lado, temos uma profusão de indivíduos que se intitulam mentores, oferecendo seus métodos rápidos capazes de ensinar qualquer um a se tornar um expert em alguma profissão.

Não quero aqui descontruir a beleza da profissão que forma todas as profissões. Muito menos, desvalorizar aqueles professores e professoras que fizeram e fazem a diferença na vida de todos nós. Afinal, a nobreza do ato de ensinar e repassar às novas gerações os saberes é fundamental para a sustentabilidade da humanidade. Pelo contrário, acredito que “ensinar é um ato de amor”, como nos ensinou o emérito educador Prof. Paulo Freire. E, como ele mesmo defendeu em suas obras, ensinar é para todos e para ser exercido com eficácia, exige preparo permanente através de métodos consistentes, condições de trabalho adequadas e remuneração justa.

Estou certo de que a docência deve ser uma escolha consciente, motivada pela identificação pessoal reconhecida quando experimentamos o sentimento genuíno de realização no seu exercício quando constatamos a transformação dos aprendizes e que nos impulsiona a continuar buscando conhecimento para fazermos mais e melhor.

Portanto, o que devemos fazer enquanto sociedade é provocar as mudanças urgentes para proporcionar um ambiente educacional que incorpore as melhores práticas pedagógicas em cada fase da vida, com infraestrutura, recursos e remuneração que tornem atrativos àqueles que desejarem exercê-la plenamente.

*Josué Viana é reitor em unidade de ensino da Estácio