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Bela Vista-MS Sábado, 19 de Abril de 2025
Alir Terra: Rosildo Barcellos

Alir Terra: Rosildo Barcellos

A criação da Santa Casa de misericórdia de Campo Grande foi concebida nos idos de 1917, quando Campo Grande tinha apenas 8.000 habitantes, aproximadamente e desfrutava de considerável pujança com fatores como a chegada da estrada de ferro, em 1914, entre outros. Vendo a cidade crescer vertiginosamente e preocupados com a inexistência de um hospital para atender as necessidades da população, uma comissão encabeça a lista de doadores com a finalidade de se criar a Santa Casa de Misericórdia de Campo Grande. Este fato ocorreu no mês de agosto de 1917 e a comissão foi composta por Eduardo Santos Pereira, Augusto Silva, Otaviano de Mello, Bernardo Franco Baís, Benjamin Corrêa da Costa, Enoch Vieira de Almeida e o Capitão médico Eusébio Teixeira. Na ocasião, não havia em Campo Grande nenhuma instituição hospitalar.

a Intendência Municipal havia destinado a área da atual praça Belmar Fidalgo para a construção do hospital, o que não teria sido aprovado pela diretoria por conta da proximidade de uma Unidade de Artilharia, cujos disparos de arma de fogo poderiam “sobressaltar” os enfermos. Com a renúncia do primeiro presidente (acredita-se que, por tratar-se de militar, pode ter sido transferido), assume Bernardo Franco Baís, permanecendo na presidência até 1925. Em 20 de janeiro de 1920, Baís compra por dez contos de réis e escritura em nome da SBCG a área onde hoje se encontra o complexo hospitalar Santa Casa.

  Em 1924, ainda em sua gestão, inicia-se a construção do hospital com 40 leitos, uma sala de cirurgia e demais dependências, e com projeto do renomado arquiteto e membro da administração da SBCG, arquiteto Camilo Boni. A obra demorou quatro anos para ser concluída e, a partir de 1º de abril de 1925 a entidade passou a ser gerida pelo terceiro presidente, Eduardo Santos Pereira, que a liderou até 31 de março de 1932. Começava a funcionar em dezembro de 1928 o embrião da Santa Casa de Campo Grande, portanto, sendo o segundo hospital da Capital e primeiro destinado ao atendimento de civis.

Além das pessoas já citadas, que evidentemente são dignas de destaque pelo altruísmo e dedicação na realização deste sonho quero ressaltar  a preclara Alir Terra, nada mais nada menos que a primeira mulher a chegar no cargo mais alto da instituição e ser a 23ª a administrar  mais de R$ 32 milhões mensais, somente em recursos públicos. A conheci em sua posse no  auditório carroceiro Zé Bonito a reencontrei depois no chá acadêmico dos mortais. E pela terceira vez a encontro em seu gabinete, recebendo-nos com uma alegria ímpar e disposição de trabalho incomum, ao lado de uma equipe  forte e afinada. Ela que quando tinha tenra idade, brincava de pés descalços, subia em pé de mangueira,, almoçava nos pratos de coité e se banhava com água da chuva, hoje nos ensina que quem tem a coragem de fazer o bem, tem de ter a sabedoria de suportar a ingratidão! É a Santa Casa em boas mãos conciliando história, memória, gratidão e urbanidade, mesmo ante tantos percalços, acidentes de trânsito e apoio ao atendimento  especializado, inclusive aqui de Bela Vista, tanto do lado brasileiro quanto do lado paraguaio..

*Articulista

Leia Coluna politica Amplavisão: Com Tereza Cristina o PP pede passagem

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A NOVELA:  Mais um ano terminando sem o Governo Federal definir o futuro da indústria de fertilizantes (UFN3) em Três Lagoas. Curioso é que ninguém questiona  como foi  o seu  planejamento; se ela era viável economicamente. Iniciada em 2011 na gestão do PT, volta a depender de seu idealizador. O cancelamento da esperada visita das autoridades ao MS foi uma ducha fria. A UFN3 pode virar sucata de ferro velho.

A FARRA: Como é fácil gastar o dinheiro público neste país! O desperdício tem sido uma constante ao longo dos governos. Obras de viabilidade duvidosa que servem aos interesses políticos ocasionais consomem milhões e as vezes nem são concluídas. O caso da UFN3 é apenas mais exemplo. Nós temos interesse na sua conclusão, mas ela atenderia a agenda da economia ou da política? Eis a questão.

ALERTA: Bolsonaro dançou ao infringir o artigo 22 da Lei Complementar 64/1990 beneficiando-se da estrutura estatal no processo eleitoral. Um aviso aos prefeitos candidatos a reeleição – futuros alvos de vigilância de adversários e da justiça. Perder faz parte do processo, mas ganhar nas urnas e não levar por abusos e bobagens é ruim.

COMPLICADO:  Como se deve portar o prefeito em ano de reeleição? Engessado? Nada pode? A inauguração do hospital, por exemplo, seria discreta e o discurso de conteúdo limitado, sem frases de efeito político? Faixas e cartazes, nem pensar! Mas há situações inerentes ao exercício institucional do cargo. Um deputado estadual ironizou: “Seria o caso do Promotor de Justiça sentar na cadeira do prefeito”.

UM LEÃO! O governador Riedel (PSDB) impressionando por onde passa, quer pelo seu preparo no trato dos mais variados assuntos e pela sua disposição física. Aliás, ele tem comparecido as solenidades e eventos oficiais, viajado pelo interior, Brasília e ao exterior. Há pouco foi aos ‘States’ num ‘bate-volta’ e em seguida participou de corrida no Parque dos Poderes.

SINAL AMARELO: Para o deputado Pedrossian Neto (PSD) as finanças do país não vão bem. Dados dos 26 Estados e do Distrito Federal provam que a receita tributária despencou 7,8% comparativamente ao primeiro semestre de 2022. No MS tivemos o aumento da receita de 2,7% mas os gastos aumentaram 11,6% com aumentos aos funcionários e investimentos. Em São Paulo, Minas e Rio de Janeiro o quadro é pior.

CONCLUSÕES: Com exceção do setor supermercadista, construção e farmácias, quem mais está faturando? Quem anda – por exemplo – pelo centro comercial de Campo Grande constata facilmente as dificuldades. Faltam compradores e há carência de estoque. Se o comércio não vende o Estado não arrecada. A conclusão é óbvia.

TEREZA & ADRIANE & ALAN: As costuras unindo as 3 lideranças mexem com o tabuleiro político e vitaminam especulações. Será também o grande teste para a senadora Tereza Cristina provar sua liderança e a capacidade de articulação nas duas  bases eleitorais mais importantes do MS. Mas ainda é cedo para arriscar projeções.

NOVIDADE:  Ao deixar  o União Brasil e ingressando no PP Ednei Miglioli mostra o dinamismo da política. Após passar pela Secretaria de Obras do Estado, Sanesul e MSGás, assume a Secretária de Infraestrutura da capital.  Na escolha pesou o lado técnico, embora ele tenha disputado o Senado em 2018 com 347 mil votos e tentado a Câmara Federal em 2022 com 9.560 votos.

NO DESERTO:  O deputado Geraldo Resende (PSDB) defende o debate de ideias  para escolha do candidato a prefeito de Dourados. Tese que não faz eco na pratica. Não se faz política assim.  Para sobreviverem, os partidos e políticos precisam disputar eleições. É da democracia. Quanto mais candidatos, mais opções para o eleitor escolher.

ENEM & POLÊMICA:  O jogo ideológico nas provas do Enem. ‘Sobrou’ até para a agroindústria e por extensão à Embrapa devido as suas pesquisas dos biocombustíveis que estaria prejudicando os ‘camponeses’. Pode? Negar a importância econômica e social do agronegócio e das pesquisas é negar o óbvio. O Ministério da Educação não pode negar a ciência.

ESTRATÉGIA: A meta do PT é eleger Vander Loubet ao Senado. Assim estaria disposto a fazer acordos e tudo mais da velha política. No sexto mandato na Câmara, Vander tem se dedicado em viabilizar emendas aos municípios e agora dedica atenção à capital, onde tem dificuldades eleitorais. O jogo está sendo jogado e Vander, como se diz, ‘quer comer pelas beiradas’.

LEVY DIAS:  Sempre agradável o papo com o ex-deputado estadual, prefeito da capital, deputado federal e senador. Aos 85 anos ele está ativo à frente de sua empresa de suinocultura e recupera-se pelas perdas do filho Levy (39) e do irmão Davi (87) em 2021- vítimas da Covid. Por tudo que fez, nosso eterno prefeito não pode ser esquecido.

MUDANÇAS: Acomodar interesses políticos é normal nas administrações. No saguão da Assembleia Legislativa fala-se que o secretario Pedro Caravina (PSDB) pretende assumir seu mandato de deputado estadual face aos compromissos na sua base eleitoral e o deputado João Cesar Mattogrosso assumiria uma secretaria. Tudo ainda no terreno das hipóteses.

NA INTERNET: Os abusos se multiplicam. As redes sociais se tornaram parte integrante do cotidiano e da própria personalidade das pessoas. Há um ambiente propício a disseminação de mensagens injuriosas que afetam a moral do ofendido. Claro, é crime, mas a justiça é morosa, a reparação pode não alcançar o desejado. Portanto, é preciso ter cautela nestas relações virtuais.

DESAFIOS:  Temas controversos: a liberação das drogas e seu combate. Das grandes cidades às pequenas comunidades o problema existe. Todas as tentativas para acabar com as ‘cracolândias’ no país não surtiram efeito. Os 3 Poderes não podem ignorar esse fantasma devastador que consome vidas e destroça famílias. O futuro nos acena como simplesmente assombroso.

LUCAS DE LIMA: Os fatos políticos vão acontecendo naturalmente. O nome do deputado do PDT aparece bem nas pesquisas prefeiturais da capital. Sua popularidade em alta – acabou inclusive virando tema de escola de samba para o próximo carnaval. Lembrando: A política nem sempre reproduz as teorias complexas de sociólogos presos aos seus gabinetes.

RETROVISOR DA HISTÓRIA:  Em 1542- pós ter conquistado o Peru ao lado de Francisco Pizarro, Francisco Orellana cruzou a inóspita Cordilheira dos Andes e por 7 meses navegou rio abaixo pelos 6.992 kms do rio Amazonas até sua foz (Que loucura!). Quase 100 anos depois, para confirmar essa ligação fluvial do Oceano Atlântico com o Peru, o navegador português Pedro Teixeira saiu de Belém, subiu o Amazonas (imagine as dificuldades!), chegou a Quito e depois foi a Guayaquil. Verdadeiros heróis da história e pouco lembrados.

JUSTIFICATIVA:  A internet tem duas janelas: numa o cidadão tem maiores chances de pesquisar e alargar seus conhecimentos culturais sobre diferentes assuntos. Na outra vertente – que tem sido mais usual – as pessoas perdem tempo com temas fúteis  e passam ao largo de pesquisas  sobre questões científicas e históricas.

 

 

 

 

 

Novembro azul: livre-se do preconceito e cuide-se

Novembro azul: livre-se do preconceito e cuide-se

O maior orgulho que devemos ter é pela vida. Por isso, é tão importante discutir sobre a campanha do Novembro Azul, mês da conscientização sobre a saúde do homem, com foco na prevenção do câncer de próstata.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), entre os anos de 2020 e 2022, foram diagnosticados no país quase 67 mil ocorrências de câncer de próstata. Esses dados mostram como o assunto é sério, porém muitas vezes deixado de lado por motivos tolos.

É preciso esclarecer que o preconceito e a negligência podem matar, principalmente quando impede a pessoa de buscar um exame para diagnosticar uma doença. Além do câncer de próstata, os homens são afetados por outros tipos de câncer, como o de mama, pele, estômago, intestino, entre outros. Também vale lembrar das doenças cardíacas, diabetes e outras condições.

O diagnóstico precoce é o melhor caminho para a cura. Infelizmente, muitos homens não têm o hábito de realizar exames regulares. Mas quando se detecta uma doença em estágio inicial, o tratamento é mais eficaz.

Buscar ajuda médica e se cuidar não é frescura, não é demonstração de fraqueza ou qualquer outro termo que diminua o valor do autocuidado. Isso, na verdade, é uma forma de se amar e permitir que se viva por mais tempo com aqueles que o amam.

Tente ainda melhorar a qualidade de vida. Pratique bons hábitos de saúde. Evite excesso nas bebidas. Fuja do tabagismo e outras drogas. Exercite-se. Tente fazer caminhadas regularmente. Tenha uma boa alimentação. Preste mais atenção a si mesmo.

Caso seja pai, entenda que você é também um exemplo para seu filho. Se você mostrar que cuida da própria saúde, seus filhos vão seguir o mesmo caminho. Portanto, seja um modelo positivo na sua casa. As ações vão valer muito mais do que simples palavras.

O combate ao preconceito do Novembro Azul começa com nós mesmos. Inicia na nossa maneira de pensar e encarar o mundo. Cuidar da saúde é um investimento que vale a pena. É uma grande demonstração de amor pela família e amigos, além de respeito pelo dom da vida.

* Jaqueline Chagas é contabilista, paciente que luta contra o câncer e fundadora do Grupo Unidas para Sempre, que tem como objetivo dar suporte e apoio ao paciente com câncer e outras patologias.

*Jaqueline Chagas, paciente de câncer e fundadora do Instituto “Unidas para Sempre”

Agência Drumond – Assessoria de Comunicação – Joyce Nogueira

Cãibras, pra que te quero! Rosildo Barcellos

Cãibras, pra que te quero! Rosildo Barcellos

O potássio é um elemento (íon) necessário à vida e está presente em diversos alimentos, porém os níveis acima e abaixo dos limites normais (3,5 a 5 mlmol/l) podem causar enormes riscos à vida. Os conhecidos isotônicos regulares contêm além dos aminoácidos: glicose, sódio e potássio em quantidades estudadas e aceitáveis, sendo que nos seus próprios rótulos explicam que existem contraindicações formais para se ingerir isotônicos, que não podem ser consumidos por crianças, gestantes, cardiopatas e doentes renais. Esportistas sim, estes podem, auxiliarem-se de isotônicos, para repor as perdas de líquidos e eletrólitos. A superdosagem causa hipercalemia (excesso de potássio), que pode levar à disfunção muscular, fraqueza, convulsões e paralisia, parestesia e disritmia cardíaca.

Como então um esportista ou atleta sem saber se é portador de alguma doença silenciosa que provoca elevação do potássio na circulação ou se apresenta  alguma elevação discreta dos níveis laboratoriais, vai tomar às cegas um medicamento com altas quantidades desse poderoso elemento químico? Sabemos que amigos  indicam para evitar caibras ou fraqueza muscular, sem a mínima noção de que essa sugestão, na verdade, embute riscos para a saúde que só um profissional de saúde poderá detectar, mesmo em pessoas aparentemente sadias.  Até a moda de consumir banana para evitar cãibras é um mito pois precisaria de uma dúzia, do tipo nanica, por hora de treino para repor o potássio.

A elevação dos níveis do potássio no sangue é extremamente perigosa, pois pode provocar  doenças como a insuficiência renal e insuficiência cardíaca, mesmo com uso terapêutico de medicamentos para tratamento da hipertensão arterial Por isso alerto que para o consumo do medicamento cloreto de potássio, seja comprimido ou xarope, só após consulta ou com exames laboratoriais. A quantidade de potássio desses medicamentos é para tratamentos de doenças e nunca para prevenção de cãibras. A “moda” não tem respaldo científico.

O uso do cloreto de potássio é amplamente difundido, como repositor de eletrólito. É usado em infusão venosa a 10% (KCl a 10%), diluído em solução fisiológica (SF 0,9%) ou em solução glicosada (SG 5%), ou ainda na forma de comprimidos (Slow-K) para o mesmo fim

Outrossim, para a utilização em lavouras, a alta solubilidade do Cloreto de Potássio em água faz com que ele seja  suscetível a lixiviação. Ela faz com que os nutrientes do KCl tenham uma grande mobilidade no perfil do solo, se deslocando para a camada mais profunda. O Cloreto de Potássio é um dos fertilizantes mais usados na agricultura, sendo largamente utilizado no manejo agrícola. E a maioria esmagadora é importada de países que compõem o  oligopólio de produção do fertilizante no mundo: Rússia, Bielorrússia e Canadá.

O Cloreto de Potássio não tem efeitos residuais no solo. Isso exige novas aplicações antes dos ciclos produtivos. Também conhecido como KCl, é um haleto metálico salino, extraído de minerais como a silvita e a carnalita, mas também pode ser obtido através de  outros processos, como, por exemplo; um subproduto da produção de ácido nítrico a partir de nitrato de potássio e ácido clorídrico. Urge lembrar que o aumento da salinidade do solo evoca outros problemas para a saúde do microbioma. Os microrganismos benéficos são importantes para manutenção da qualidade do solo e exercem funções de disponibilização de nutrientes como o potássio e a fixação do nitrogênio. Sobre a existência de outras fontes de potássio para a lavoura  estão o siltito glauconítico, o sulfato de potássio e o nitrato de potássio, cada um tem suas vantagens e desvantagens. Ou seja, procure sempre um profissional, incluindo uma nutricionista ou agrônomo, para uma devida orientação, caso a caso.

*Articulista – Foto: Val Franco

30 anos de história da Feintramag: Por José Lucas da Silva*

30 anos de história da Feintramag: Por José Lucas da Silva*

Há três décadas, no coração de Mato Grosso, nascia a Feintramag (Federação Interestadual dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e Acre), uma instituição movida por um propósito nobre e inabalável: a busca incessante por melhores condições de trabalho e salários dignos para os incansáveis trabalhadores da movimentação de mercadorias. Com sua sede em Campo Grande essa entidade, com a indispensável participação dos Sindicatos filiados, tem desempenhado um papel crucial na defesa dos direitos desses profissionais, não apenas nos estados que representa, mas em todo o país.

Uma das maiores conquistas da Feintramag, em colaboração com outras entidades sindicais, foi a regulamentação da profissão de movimentadores de mercadorias no Brasil. Esse marco tornou-se realidade com a aprovação e sanção da Lei 12.023/2009, em pleno vigor há 14 anos e que virou um ‘Estatuto’ para as entidades filiadas. Essa legislação representou um importante reconhecimento do papel fundamental desempenhado por esses trabalhadores, garantindo direitos que anteriormente eram negligenciados, tais como férias, FGTS, 13º salário e outros benefícios essenciais.

Ao longo destas três décadas, a Feintramag, junto com seus sindicatos filiados, têm sido incansável na luta em defesa dos movimentadores de mercadorias. Nosso compromisso inabalável com essa causa tem sido fundamental para o sucesso da federação. Além disso, a Feintramag tem se destacado em sua atuação ao apoiar os municípios através dos sindicatos espalhados pelos estados, fortalecendo a voz dos trabalhadores em nível local.

No entanto, a jornada está longe de ser concluída. A Feintramag continua a erguer a bandeira do trabalhador, defendendo seus direitos e buscando avançar em suas conquistas. A entidade é um exemplo vivo de como a união e a determinação podem fazer a diferença na vida dos trabalhadores e na construção de uma sociedade mais justa e equitativa.

Nesses 30 anos de existência, a Feintramag provou ser uma força vital na defesa dos direitos dos movimentadores de mercadorias e uma fonte de inspiração para outras organizações sindicais em todo o país. Seu legado é um lembrete constante de que a luta por melhores condições de trabalho e salários justos é uma batalha que nunca deve ser abandonada, e a Feintramag está à frente dessa causa, firme e forte, em prol dos trabalhadores brasileiros.

* Presidente da Feintramag.

Autossuficiência individual e familiar: Wilson Aquino*

Autossuficiência individual e familiar: Wilson Aquino*

Desde tempos imemoriais, a humanidade tem sido aconselhada a buscar sua própria sustentação e a alcançar a autossuficiência. No entanto, em meio às incessantes flutuações econômicas que assolam não apenas o Brasil, mas o mundo todo, alcançar esse estado se torna um desafio monumental. É precisamente diante dessas dificuldades que a autossuficiência se revela crucial. Ela não é apenas um ideal distante, mas uma necessidade premente para minimizar os impactos das crises. Aqueles que aprenderam a controlar seus gastos, evitando o consumo impulsivo e aquisições supérfluas, estão melhores preparados para enfrentar tempos difíceis.

No Brasil, o consumismo desenfreado se tornou uma questão cultural alarmante. As pessoas se endividam facilmente, vivendo além de seus meios e lutando com dificuldade para administrar suas finanças de forma responsável. O conceito de autossuficiência, entretanto, vai além do aspecto financeiro. Ele também abarca a espiritualidade, ensinando que indivíduos equilibrados e conscientes dos princípios que regem suas vidas material e espiritual vivem de maneira mais segura e feliz, mesmo em meio às piores crises.

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias destaca a importância desse equilíbrio. Ela insiste no trabalho da autossuficiência como uma meta vital para seus membros. Essa abordagem destaca que a verdadeira assistência é aquela que capacita as pessoas a se tornarem autossuficientes, promovendo sua liberdade.

O Élder Albert E. Bowen, membro respeitado dessa instituição, salienta que a verdadeira assistência não cria dependência permanente, mas capacita as pessoas a ajudarem a si mesmas, promovendo sua liberdade.

Infelizmente, a política assistencialista do governo brasileiro muitas vezes perpetua a dependência. Muitos programas, apesar de suas intenções nobres, acabam por aprisionar os beneficiários em um ciclo interminável de necessidade. É como a triste história das gaivotas em St. Augustine: acostumadas a receber migalhas dos barcos de pesca, essas aves perderam a habilidade de pescar por si mesmas quando os barcos desapareceram.

É importante diferenciar essa abordagem da política governamental, especialmente no contexto brasileiro, onde o assistencialismo muitas vezes se torna uma armadilha. Muitos programas sociais, apesar de seu objetivo nobre de aliviar o sofrimento imediato, podem resultar em dependência a longo prazo. Alguns grupos políticos usam o assistencialismo como uma ferramenta para manter eleitores sob seu controle.

Assim como o velho adágio que diz “ensinar o indivíduo a pescar em vez de simplesmente dar o peixe,” a ênfase deve ser na capacitação das pessoas para que possam assumir o controle de suas próprias vidas, prosperar e contribuir para a sociedade. É importante entender que a ajuda deve ser um trampolim para a autossuficiência, não um grilhão que perpetua a dependência.

Portanto, é imperativo que repensemos nossas abordagens assistenciais. Em vez de criar laços de dependência, devemos criar meios para o progresso pessoal e coletivo. Ao promover a autossuficiência material e espiritual, não apenas estamos fortalecendo indivíduos, mas também construindo uma sociedade mais resiliente e justa. É somente através do empoderamento e do apoio mútuo que podemos verdadeiramente superar as crises e criar um futuro mais promissor para todos.

A Bíblia oferece inúmeros ensinamentos sobre a importância da autossuficiência e do trabalho árduo como princípios fundamentais. Em 2 Tessalonicenses 3:10, por exemplo, está escrito: “Porque, quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto, que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também.”

Além disso, Provérbios 6:6-8 nos orienta: “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para os seus caminhos, e sê sábio. Pois ela, não tendo chefe, nem guarda, nem dominador, prepara no verão o seu pão; na sega ajunta o seu mantimento”. Essas palavras destacam a necessidade da preparação, do esforço constante e da prudência, encorajando os indivíduos a serem autossuficientes e a se prepararem para o futuro.

*Jornalista e Professor