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Bela Vista-MS Sábado, 23 de Novembro de 2024
Outubro Rosa: Louvável e lamentável! Wilson Aquino

Outubro Rosa: Louvável e lamentável! Wilson Aquino

A iniciativa de associar cores e meses a campanhas de conscientização sobre problemas de saúde que afligem a população brasileira, como o ‘Outubro Rosa’ (câncer de mama), ‘Novembro Azul’ (câncer de próstata) e ‘Dezembro Vermelho’ (AIDS), é louvável do ponto de vista de alertar as pessoas sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. Ao mesmo tempo, é lamentável porque reflete duas tristes realidades brasileiras: a falha do sistema de saúde, que deveria ser um modelo exemplar, mas que, na prática, está longe de garantir o atendimento de qualidade que as pessoas precisam e merecem; e a outra é quanto aos cidadãos que, em sua maioria, não priorizam o cuidado com o próprio corpo, fazendo uso maciço de drogas, bebidas alcoólicas, fumo e outros produtos e alimentos nocivos à saúde, até que seja tarde demais.

O governo deveria ser o principal garantidor de um sistema de saúde eficiente e acessível. O Brasil, com sua elevada carga tributária, arrecada uma soma significativa de recursos que, teoricamente, poderia sustentar um sistema de saúde de excelência. Porém, a realidade que vivemos é o oposto. Apesar de trabalhar, em média, seis meses por ano apenas para pagar impostos, o cidadão brasileiro se vê diante de serviços de saúde sucateados, filas intermináveis, falta de medicamentos e equipamentos, e um atendimento muitas vezes desumano. Isso é inadmissível em um país com o potencial financeiro que temos.

Com a quantidade de tributos pagos, deveríamos ter acesso a um sistema de saúde irrestrito, capaz de oferecer exames preventivos, diagnósticos avançados e tratamentos a todos os brasileiros, independentemente de sua localização ou condição financeira. Um sistema que identificasse e tratasse não apenas doenças existentes, mas também tendências genéticas e riscos futuros, prevenindo problemas antes que se tornassem graves. No entanto, muitos brasileiros precisam recorrer à Justiça para garantir tratamentos e medicamentos básicos, algo que deveria ser um direito assegurado pelo próprio Estado.

O problema não é a falta de recursos financeiros e sim de má gestão, corrupção e desvios de verba que comprometem a prestação de serviços essenciais em todas as áreas (infraestrutura, educação, saneamento básico, etc.). Enquanto isso, gastam-se milhões com supersalários, privilégios de servidores dos três poderes e enriquecimento ilícito, ao passo que os hospitais estão lotados, sem infraestrutura adequada para atender a demanda. A corrupção e o uso indevido de recursos públicos são provas de uma máquina estatal que trabalha para si mesma, enquanto o povo fica à mercê de um sistema ineficiente.

A grande questão é: onde estão as autoridades responsáveis por administrar esses recursos? O que fazem os representantes eleitos para garantir que o dinheiro público seja aplicado corretamente? Onde está a justiça que não pune os culpados? O Brasil poderia, sim, ter o melhor sistema de saúde do mundo, com acesso universal, serviços de ponta e um atendimento digno em todos os níveis. O que falta é compromisso, transparência e vontade política para reverter esse cenário de descaso, de desvio e de desperdício do dinheiro público.

A Bíblia nos ensina a importância do cuidado com o corpo e a saúde como um ato de gratidão a Deus. Em 1 Coríntios 6:19-20, lemos que nossos corpos são “templo do Espírito Santo”, e, por isso, devemos cuidar bem deles, evitando tudo aquilo que possa nos prejudicar. Isso inclui hábitos alimentares saudáveis, prática de atividades físicas, e o cuidado regular com a saúde por meio de exames preventivos. Assim como zelamos por um templo físico, devemos zelar por nossa saúde, reconhecendo que é um presente de Deus que deve ser preservado e mantido com responsabilidade e sabedoria.

Além do autocuidado, a Bíblia também destaca a responsabilidade dos governantes em zelar pelo bem-estar do povo. Em Provérbios 29:2, está escrito: “Quando os justos governam, o povo se alegra; quando os ímpios dominam, o povo geme”. Esse versículo nos lembra que líderes honestos e íntegros devem trabalhar em prol do bem comum, assegurando que os recursos públicos sejam usados de maneira eficaz e justa. Um governante honrado reconhece sua posição como uma responsabilidade dada por Deus e busca, em tudo, garantir o bem-estar físico, social e espiritual da população, promovendo políticas que assegurem uma saúde pública digna e acessível.

Por fim, tanto o cuidado individual quanto a governança justa estão fundamentados em princípios bíblicos de amor e serviço ao próximo. Jesus nos ensina, em Marcos 12:31, a amar o próximo como a nós mesmos. Esse mandamento envolve não apenas cuidar de nossa própria saúde, mas também lutar para que todos tenham acesso a condições dignas de vida. Governantes que agem com justiça e integridade são instrumentos de Deus para garantir que esse amor seja manifestado em ações concretas, promovendo o bem-estar e a saúde de todos, especialmente dos mais vulneráveis. Assim, a saúde pública e o autocuidado tornam-se responsabilidades compartilhadas entre governados e governantes, à luz da Palavra de Deus.

*Jornalista e professor

MT dividido, mas não multiplicado: Wilson Aquino

MT dividido, mas não multiplicado: Wilson Aquino

A divisão do Estado de Mato Grosso em 1977, que deu origem ao Mato Grosso do Sul, completou 47 anos de história na semana passada, em 11 de outubro. Quase meio século de independência para ambas as regiões, e enquanto testemunhamos o progresso econômico, especialmente impulsionado pelo agronegócio, Mato Grosso do Sul ainda enfrenta desafios que já deveriam ter sido superados. O desenvolvimento parece descompassado, deixando muitas das suas promessas de melhores condições de vida apenas no papel.

Apesar dos esforços governamentais, a realidade cotidiana de milhares de sul-mato-grossenses é marcada pela pobreza, fome, desemprego e subemprego, tanto na capital quanto no interior. O saneamento básico, por exemplo, continua sendo uma utopia para grande parte das moradias urbanas em nossos 79 municípios. Como aceitar que, em pleno século XXI, famílias ainda convivam com a ausência de serviços essenciais, vivendo com salários que mal cobrem o básico para uma vida digna?

A educação, por sua vez, é outro gargalo que parece longe do ideal. É alarmante ver jovens concluírem o ensino médio – e até ingressarem na universidade – sem a capacidade de interpretar um texto simples. E isso não é um cenário raro. Muitos chegam ao fim dos cursos superiores sem uma formação sólida, o que reflete a ineficiência de um sistema que deveria ser o pilar do desenvolvimento de qualquer sociedade. Em vez de preparar nossos jovens para os desafios do futuro, nossas instituições muitas vezes os mantêm reféns de um modelo obsoleto, onde a educação de qualidade é exceção, e não a regra.

Além disso, os programas assistencialistas do Governo Federal, que deveriam ser uma ajuda temporária, acabam perpetuando um ciclo de dependência. As famílias, que deveriam ter a oportunidade de buscar novas fontes de renda e melhorar sua condição de vida, ficam estagnadas, dependentes de benefícios que não trazem verdadeira emancipação.

Diante de tanta riqueza natural, de terras férteis e de um povo trabalhador, o que falta para Mato Grosso do Sul – e o Brasil – deslanchar de vez? O que impede nosso país de alcançar o progresso que tantos outros já conquistaram? A resposta é simples, mas exigente: precisamos de uma visão estratégica e duradoura. Não podemos mais nos contentar com soluções paliativas que apenas apagam incêndios momentâneos.

A chave para o verdadeiro desenvolvimento está na educação, e não qualquer educação, mas uma educação de qualidade, focada no conhecimento real, na ciência, na tecnologia e na inovação. Países que hoje são referências mundiais em qualidade de vida e desenvolvimento só chegaram lá porque investiram seriamente em seu capital humano e na educação. Precisamos abandonar ideologias vazias que nada acrescentam, como temos visto na maioria das universidades públicas, especialmente federais, em todo o país e focar na preparação dos nossos jovens para os desafios globais. A educação é, sem dúvida, o caminho mais seguro para transformar a realidade de um país.

Neste aniversário de 47 anos de Mato Grosso do Sul, não podemos mais aceitar que o nosso potencial fique apenas nos discursos. Temos recursos, temos um povo trabalhador e uma terra de oportunidades. O que falta é transformar esse cenário com ações verdadeiras e eficazes. A fome e a miséria devem ser enfrentadas com políticas estruturantes, que ofereçam educação de qualidade, saúde eficiente e oportunidades reais de crescimento para todos. Chega de promessas vazias e soluções paliativas.

É hora de sonhar grande e agir ainda maior. O futuro de Mato Grosso do Sul precisa ser construído com coragem e determinação. A educação precisa ser a principal prioridade, formando cidadãos capazes de transformar a realidade ao seu redor, em vez de perpetuar ciclos de dependência e subdesenvolvimento. O progresso só será possível se investirmos nas pessoas, no conhecimento e na inovação. Temos exemplos ao redor do mundo de que isso é possível. Basta querer.

Amamos Mato Grosso do Sul, e por isso, não podemos nos contentar com menos. Nosso Estado merece mais, e nossa população merece viver com dignidade e oportunidades. Que este marco de 47 anos seja um ponto de virada, onde possamos olhar para trás e ver o quanto avançamos, mas, principalmente, olhar para frente e vislumbrar um futuro promissor. A mudança começa agora, e somos todos responsáveis por ela. Que a democracia, a liberdade e o progresso sejam os verdadeiros guias dessa jornada.

*Jornalista e Professor

Leia Coluna Amplavisão: Os equívocos e desencontros da derrota de Beto Pereira

Leia Coluna Amplavisão: Os equívocos e desencontros da derrota de Beto Pereira

EQUÍVOCOS:  É natural o questionamento das causas da derrota de Beto Pereira (PSDB), sem tirar o notório mérito de Adriane (PP) de Rose (União Brasil). No saguão da Assembleia o assunto foi o prato da semana. Os pontos de vista coincidiram e o fator ‘salto alto’ de Beto foi unanimidade.  Interpretaremos aqui as opiniões de deputados, assessores e jornalistas.

A PRIMEIRA: Os postulantes (prefeito e vice) eram os que mais aglutinariam apoio popular? O deputado Beto foi escolhido sob qual critério? A mesma pergunta é em relação ao nome da vice Neidy que pouco acrescentou.  Há quem diga que o secretário Jaime Verruck teria sido o nome ideal, pela sua imagem como gestor técnico, sem críticas que arranhassem seu currículo.

SEGUNDA: Se na política a versão vale mais que o fato, o candidato Beto falhou na tentativa de desqualificar as notícias envolvendo sua gestão em Terenos e aquelas de supostos fatos no Detran em seu proveito. Pelas matérias de sua defesa as névoas no imaginário fértil ou maldoso influenciaram em parte do eleitorado indeciso.  Visível o desgaste.

TERCEIRA:  A busca obstinada pelo apoio do ex-presidente Bolsonaro para aglutinar líderes  locais do Partido Liberal não rendeu os frutos desejados. Bolsonaro não compareceu e até no programa eleitoral ficou patente o desconforto e desalinhamento entre os candidatos das duas siglas. Portanto, a tentativa de alinhar o PSDB ao PL não convenceu. Um bumerangue.

QUARTA:  O candidato Beto – com maior tempo de propaganda, pode alongar suas exposições sobre seu projeto de governo. Mas exagerou na dose e na abordagem. Comparável a um personagem (herói de quadrinhos) que tudo pode e resolve no estalar de dedo. Naturalmente que o eleitor deve ter ficado desconfiado e foi ficando com o ‘pé atrás’. Promessas demais…

QUINTA: As participações de outras lideranças notáveis no horário eleitoral foram incipientes e raras ao longo da programação no horário eleitoral. Caso específico do governador Riedel que ao seu estilo sóbrio e técnico limitou-se, educadamente pediu o voto para Beto Pereira.  Pelo teor do texto e sua interpretação linear pode não ter sensibilizou o eleitorado.

SEXTA:  A participação do ex-governador Puccinelli (MDB) rendeu críticas. Uns entendem que foram inoportunas suas declarações ainda lá no lançamento da candidatura tucana, quando se declarou o ‘padrinho político de Beto’. Outro fato emblemático foi o vômito dele André em seu discurso no evento. Um coadjuvante em baixa tentando virar protagonista.

SÉTIMA:  “Diga-me com quem andas…” – Apesar do apoio declarado de Puccinelli, Beto pecou ao criticar a chamada ‘política velha’, postando-se como símbolo da renovação.  Mas ele esqueceu que é fruto da política antiga; pelo fato de ser descendente do fundador da capital, do avô ex-prefeito de Terenos e do seu pai – deputado, secretário de estado e senador.

ARREMATE:  Beto tem seus méritos. É novo, já percorreu parte do caminho, mas precisa adotar a humildade, ouvir e repensar as relações para caminhar com luz própria.  Se a vida é um aprendizado, que ele assimile essa derrota e a tome como lição valiosa. Figuras históricas assim agiram após cometerem equívocos e  depois acabaram vencedores. Faça isso!

DROPS POLÍTICOS: Deputado Gerson Claro (PP): Homenageado pelo Tribunal Regional do Trabalho juntamente com o governador Riedel e o deputado Roberto Hashioka. O ‘Republicanos’: saltou de 16 para 51 vereadores no estado e elegeu 4 vice- prefeitos. Mérito  do deputado Antonio Vaz…Sem espaço, o deputado Geraldo Resende, sairá do PSDB mas ainda sem destino certo. Seu  projeto  é eleger a filha deputada estadual…Deputada Mara Caseiro (PSDB) saiu forte das eleições, ocupará o espaço de Geraldo Resende  e consolida a candidatura a Câmara Federal… Deputado Pedro Caravina (PSDB), ( tirou Bataguassu do anonimato)  é outro que agigantou-se neste pleito onde elegeu 12 prefeitos e 60 vereadores. !..Londres Machado (PSDB) Com as derrotas em Fatima do Sul e de sua filha Graziella na capital, pode colocar ponto final em sua carreira política…Deputado Paulo Duarte (PSB): motivado com sua vitória maiúscula de Corumbá feliz com a receptividade de seus projetos ‘pró Pantanal’ junto ao Governo Estadual…Deputado Lídio Lopes (Patriota): conciliou o mandato com apoio a candidatos de vários municípios, reforçando sua base política para 2026. Articulado…João Catan (PL): Segue firme em suas convicções ideológicas acredita no crescimento da sigla também no MS…Lucas de Lima: presidente da Comissão de Saúde continuará visitando os hospitais da capital para aferir suas condições e necessidades de recursos oficiais.   Rafael Tavares (PRTB) primeiro deputado cassado pela Assembleia Legislativo lavou a alma com 8.128 votos (2º mais votado) para a Câmara da capital…Deputado José Teixeira comemora a vitória de seu candidato Marçal Filho em Dourados….Deputado Rodolfo Nogueira saiu fortalecido com a eleição de sua mulher Giani – vice-prefeita de Marçal…Marquinhos Trad  de volta ao cenário político e calçando as sandálias da humildade. Não duvidem dele.

OS MAIORAIS:  Relação dos partidos que mais elegeram prefeitos: com 878 prefeituras o PSD – em 2020 elegeu 659 – desbancou o MDB que agora elegeu 847 contra 790 em 2020. Em  seguida vieram PP (743) – União Brasil (578) – PL (510) – Republicanos (430) – PSB (309) – PSDB (269) – PT (248) – PDT (148) – Avante (135) – Podemos (122).

VEREADORES:  PMB elegeu 8.113 – PP 6.953 – PSD 6.624 – União Brasil 5.490 – PL 4.901- Republicanos 4.649 – PSB 3.593 – PT 3.130 – PSDB 3.002 – PDT 2.503 – PODE 2.329 – Avante 1.525 – PRD 1414 – Solidariedade 1.251 – PV 488 – Cidadania 437 – Mobiliza 360 – Pc do B 354 – Agir 296 – Novo 263 – DC 253 – Rede 172 – PMB 109 – PRTB 97 – PSOl 80.

UM BAILE:  O PT elegeu só 3 prefeitos das 645 cidades paulistas (Matão, Lucianópolis e  Lucianópolis).  O campeão foi o PSD com 205, seguido do PL com 103 – Republicanos 84 – MDB 66 – PP 49 –  União 34 – Podemos 29 – PSDB 22 – PSB 11 – Cidadania 5 – PDT 4 – Solidariedade 4 – Novo 3 – Avante 2 – PRD 2 – Mobiliza1. O PT disputará o 2º turno em 13 cidades, sendo 4 capitais.

‘TUCANISTÃO’:   Às vésperas de sua ‘implosão, o PSDB mostrou força ao eleger 44 prefeitos, reafirmando assim sua liderança estadual. Enquanto isso o PP elegeu (até aqui) 15 prefeitos, o MDB apenas 10, o Partido Liberal elegeu 5, o PSD 3 e o PSB somente um.  O PT que governa Ribas do Rio Pardo não elegeu ninguém com a derrota do prefeito João Daniezi.

COMPARANDO: O bolsonarista Lucas Pavanato (26) foi o candidato a vereador mais votado de São Paulo (161 mil votos), contrastando com a esquerda desconectada da juventude. No lugar da estrela vermelha no peito, jovens paulistanos optaram em fazer o ‘M’ nas urnas. Pablo Marçal não é fruto do acaso – o PT apelou por Martha Suplicy, que foi prefeita há 20 anos. Faça-me o favor!

FOCLÓRE:  Índio não quer só apito. Candidato visitava aldeia, e na reunião os mais diferentes pedidos que o assessor ia anotando. Ao final, veio a inevitável cantada por dinheiro vivo. Na tentativa de escapar da ‘mordida’ o deputado alegou estar ‘duro’. Mas prontamente, mostrando um papel com anotação, um índio disse: Esse é o meu PIX.

INTERROGAÇÃO  Como será a montagem do futuro PL aqui no estado dentro do projeto de eleger senadores e deputados federais? O ex-governador Azambuja ainda não deu detalhes da futura composição com o pessoal que é ‘raiz do PL’. Aliás, ele também evitou abordar o desempenho do candidato tucano na capital. Ausência estranha.

PERA-LA!  A presidência da Assomassul não é passaporte carimbado para deputado estadual como muitos prefeitos eleitos estão imaginando. É preciso ter algo mais para fazer do cargo um trampolim para projetos políticos. E tem também a questão partidária. Aquele que for articulado e com o apoio do Parque dos Poderes terá maiores chances. Mas é uma eleição. Sabe como é….

 

PONTO FINAL:

.Eleição não é passeio de iate – nem festa de casamento. É guerra!

Aprender a gostar do que não gosto: Wilson Aquino

Aprender a gostar do que não gosto: Wilson Aquino

Ser sábio é aprender com os exemplos daqueles que souberam vencer obstáculos e alcançar êxito ao trilhar o mesmo caminho que percorremos. Em diversas fases da vida, somos confrontados com situações que exigem mudanças drásticas, e muitas vezes, precisamos aprender a gostar daquilo que inicialmente rejeitamos, seja no campo físico, moral, intelectual ou espiritual, para que possamos colher os frutos dessas transformações. Esse processo implica alterações profundas em nossos pensamentos, hábitos, costumes e até na alimentação.

A resistência a essas mudanças é algo natural, mas pode ser perigosa. Aqueles que adotam a mentalidade de “eu nasci assim e vou morrer assim” frequentemente limitam seu próprio desenvolvimento. Crescer e evoluir, em qualquer uma das áreas mencionadas, requer disposição para enfrentar e superar os obstáculos internos que todos carregamos. Muitos desses obstáculos não são fruto do acaso, mas parte de um desafio universal, um convite para vencer nossas tendências preguiçosas, nocivas ou autodestrutivas.

Um exemplo clássico de alguém que aprendeu a gostar do que não gostava é o ex-presidente americano Abraham Lincoln. Ele era conhecido por suas dificuldades iniciais em oratória e debates, áreas fundamentais para sua carreira política. Lincoln sabia que, se quisesse ter sucesso, precisaria se esforçar em algo que não dominava. Com persistência, ele transformou essa fraqueza em uma de suas maiores forças, sendo lembrado até hoje por seus discursos poderosos e inspiradores, como o “Discurso de Gettysburg”, que marcou a história dos Estados Unidos.

No campo físico, um exemplo contemporâneo é o do atleta brasileiro Fernando Fernandes, ex-BBB e modelo, que após um acidente se viu obrigado a conviver com a paraplegia. Ao invés de se entregar ao desespero, Fernando aceitou sua nova condição e começou a praticar paracanoagem, uma modalidade na qual se destacou mundialmente. Ele aprendeu a gostar de um novo estilo de vida, adaptado às suas novas limitações, e se tornou um símbolo de superação e força de vontade.

No campo moral, temos a figura de Nelson Mandela, que passou 27 anos na prisão lutando contra o apartheid na África do Sul. Mandela aprendeu a gostar da paciência e do autocontrole que a prisão lhe impôs. Ao invés de sucumbir ao ódio ou ao desespero, ele usou esse tempo para se preparar mentalmente e espiritualmente para liderar uma nação fragmentada, trazendo paz e reconciliação a um país dividido.

Na Bíblia, encontramos diversos exemplos de pessoas que, diante de grandes desafios, precisaram aprender a gostar ou, ao menos, aceitar aquilo que inicialmente não desejavam, para que pudessem cumprir seu papel e alcançar um propósito maior. Um exemplo claro é o de Jonas. Deus o instruiu a ir à cidade de Nínive para pregar arrependimento, mas Jonas não queria cumprir essa missão. Ele tentou fugir de sua responsabilidade, mas acabou sendo confrontado pelo próprio Deus, que o fez entender a importância de aceitar a missão. Apesar de não gostar da ideia, Jonas acabou indo e, através de sua pregação, salvou a cidade. Aprendeu, de forma difícil, a cumprir o que não gostava, reconhecendo o valor dessa obediência.

Outro exemplo é o do profeta Moisés. Inicialmente, Moisés não se via apto para a missão que Deus lhe confiou: libertar os israelitas da escravidão no Egito.

O apóstolo Paulo também é um exemplo notável. Antes de se converter ao cristianismo, Paulo (então conhecido como Saulo) perseguia os cristãos com fervor. No entanto, após sua conversão, ele teve que aprender a aceitar e até amar a missão que antes desprezava: pregar o evangelho que ele outrora combatia. A jornada de Paulo é uma das mais significativas no Novo Testamento, mostrando que mesmo aquilo que inicialmente rejeitamos pode se tornar nossa maior fonte de realização espiritual e moral.

Por fim, Jesus Cristo nos oferece o exemplo mais poderoso. No Jardim do Getsêmani, antes de sua crucificação, Ele orou ao Pai, pedindo, se possível, que o “cálice” do sofrimento fosse afastado d’Ele. Jesus não gostava da dor e do sacrifício iminente, mas ainda assim, aceitou a vontade de Deus e seguiu adiante, sabendo que seu sacrifício traria salvação à humanidade. Ele nos ensina que, às vezes, a maior demonstração de amor e obediência está em aceitar o que não gostamos, em nome de um propósito maior.

Esses exemplos nos mostram que é possível, e muitas vezes necessário, mudar nossa atitude diante daquilo que não gostamos. Aprender a gostar do que não gostamos pode ser um caminho árduo, mas essencial para o crescimento pessoal e para alcançar nossos objetivos. Afinal, como diz a sabedoria popular: “O que não nos desafia, não nos transforma”.

*Jornalista e Professor

Leia Coluna Amplavisão: Eleições:  sorrisos em uns, lágrimas em outros

Leia Coluna Amplavisão: Eleições: sorrisos em uns, lágrimas em outros

O POLÍTICO: Entendo que o governador Riedel é um grande político. Eu ainda digo mais: se trata de um político oxigenado, moderno, travestido de técnico e vacinado contra o vírus da presunção que viceja nas sombras do poder. Conclusão: se não é pedante e demagogo, não será contaminado pela soberba. Não é frio. É equilibrado.

DESEJOS: Espero que futuros prefeitos tenham em Riedel um modelo a ser seguido. Que se lembrem: o poder é efêmero. Dura só uma pequena parte da existência. Devem sair dele maiores, com a visão mais humana das relações sociais. Mantenham a simplicidade, não sejam pedantes, petulantes, pretensiosos, esnobes e empafiados.

CAPITAL:  O resultado das urnas neste primeiro turno pode balançar o cenário político do estado?  Tudo bem que não se pode ter memória no jogo da política, mas quem se sentir prejudicado pode tentar se vingar em 2026 apesar das previsões de mudanças. O PSDB pode até desaparecer, mas os interesses devem manter unidos seus líderes atuais.

CONCLUSÕES: Numa eleição nem sempre vence que apresenta melhor programa e competência para executá-lo. Outros fatores invisíveis, inclusive alianças, podem acabar pesando mais que o perfil ou preparo do candidato. O eleitor, alheio a tudo isso, tem um olhar de águia, faro de tigre e audição de morcego em relação aos candidatos.

A PERGUNTA: Quem ficar fora de disputar as eleições no segundo turno optará por qual postura? Simplesmente cruzará os braços numa demonstração de inconformismo com o resultado ou seguirá a vontade de seu partido e grupo político? Mas no jogo do poder as decisões de bastidores nem sempre correspondem a vontade do eleitor.

FATORES: Alguns deles pesam nestes acertos dos caciques partidários: promessa de empregos em bons cargos, aceno de alianças para a sucessão estadual e nas eleições presidenciais, além de negociatas impublicáveis. O eleitor terá que se acostumar a ouvir elogios de quem só criticava no primeiro turno. O velho enredo com outros atores.

REELEITOS: Os indicativos apontam na possibilidade de conquista da reeleição por parte de muitos dos atuais vereadores da capital. Com pouco espaço na propaganda no radio e TV, eles levaram vantagem sobre os concorrentes novatos. É que são mais conhecido, quer pela exposição na mídia ou mesmo pelas suas ações no legislativo.

FELIZ, FELIZ: Deputado Gerson Claro (PSDB) tem motivos para comemorar. Entregou um ônibus 0/KM, (viabilizado pela sua emenda de R$700 mil) à APAE de Sidrolândia (160 alunos) e na mesma semana foi homenageado pelo Tribunal de Justiça recebendo a Comenda do Mérito Judiciário no grau de Grã Cruz. Parabéns.

CONECTADAS: Embora as agendas entre esse pleito de 2024 e as eleições presidências sejam diferentes, elas estarão ligadas pelos motivos já constatados em ocasiões anteriores. Os resultados nos municípios é que irão apontar ou consolidar lideranças que vão dar suporte as candidaturas de 2026. Sempre foi assim.

LER E REFLETIR:  “Do almoxarifado em um subsolo de Brasília, onde estão exilados, Geraldo Alckmin (PSB) e Simone Tebet (MDB) têm tempo livre para promover um seminário sobre o que significa “frente ampla’ na cartilha do PT. Do voto útil e do convite para associar ao petismo. E como não petistas ganham protagonismo em gestões do partido, se sacrificarem suas ambições…(publicado no site UOL de 03/10/2024 – segundo o colunista Raul Juste Lores )

A PROPÓSITO: Contra as expectativas de ingênuos, a atual ministra Simone Tebet (MDB) não veio participar das eleições, em Três Lagoas e nem em Campo Grande. Indaga-se: estariam, ela e Alkckim articulando plano de apoio ao candidato Guilherme Boulos (PT) a prefeitura paulistana, como escada nas eleições de 2026. Tudo pode.

COMPARANDO: Com 55 cadeiras em disputa, a Câmara Municipal de São Paulo – o maior colégio eleitoral do país – tem 1016 concorrentes (18 candidatos por vaga). Na outra ponta, Campo Grande, contando com 29 vagas, totaliza 446 candidatos nestas eleições, sendo 15 postulantes para cada vaga.

DESAFIOS:  Caso não tenha sucesso nas eleições de Corumbá, o ex-senador Delcídio do Amaral (PRD), poderia até tentar uma cadeira na Assembleia Legislativa ou Câmara Federal em 2026.  Aos 69 anos de idade o ex-ministro das Minas e Energia do Governo Itamar Franco, poderia ser convencido a seguir na vida pública. Política é dinâmica.

NOVA ORDEM: A esquerda era mais dividida que a direita, que perdeu a áurea de unida.  Hoje são vários grupos da direita com os objetivos distintos: o impeachment do ministro Alexandre de Morais, a eleição da presidência da Câmara, a anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e a conquista da prefeitura paulistana. Durma-se com esses sonhos.

DISPOSTO: O deputado Paulo Duarte tem imprimido ousadia em seu mandato com abordagem de temas inéditos. É seu o projeto que obriga os planos de saúde a fornecerem a justificativa ao negarem a cobertura de internação, exames e tratamento dentro de 24 horas através de aplicativo, via sistema médico ou SMS.  Paulo ergueu a bandeira contra as sacanagens dos planos de saúde, cada vez mais caros.

A CONFERIR:  Para Carlos Augusto Montenegro, ex-dono do extinto Ibope, “eleição de prefeito é eleição de síndico. É Zé da Farmácia contra João do Cartório. Tabata tem boas propostas, mas não aconteceu. Nem Datena. Restarão Boulos e sua rejeição do passado e Nunes, que não apaixona ninguém. ”

CONVENHAMOS: É o fundo do poço. Já tivemos Getúlio, JK, Tancredo, Ulisses e Covas. Hoje temos Pablo Marçal disputando a prefeitura paulistana. Lá fora a coisa não está melhor. Comparar Churchill, De Gaule com os protagonistas Trump, Bolsonaro, Trump e Milei faz a gente perder a esperança por novas lideranças e dias melhores.

O INGÊNUO: “Que neste ano de eleições, os candidatos sejam probos, solidários, sinceros, educados, cultos, desprovidos de ganância e atitudes escusas. Que os debates sejam civilizados, com propostas que beneficiem o coletivo em detrimento do individual. Basta de falsas promessas e que vença o melhor e não o menos pior. Ah! ah! AH!” (Sponholz)

GABRIEL G. MARQUES: “Porque o jornalismo é uma paixão insaciável que só se pode digerir e humanizar mediante a confrontação descarnada com a realidade. Quem não sofreu essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida, não pode imaginá-la. Quem não viveu a palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo do furo, a demolição moral do fracasso, não pode conceber o que são. (-)… ”

AINDA: “… Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderia persistir numa profissão tão incompreensível e voraz, cuja obra termina depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não concede um instante de paz enquanto não torna a começar com mais ardor do que nunca no minuto seguinte”.

PILULAS DIGITAIS:

Não dê dízimo. Matricule seu pastor no Senai para ele aprender a trabalhar.

A solidão faz bem para aqueles que não suportam gente chata. (dr. Zureta)

Pergunta do dia: você já pagou a conta da luz do fim do túnel? (dr. Zureta)

Qual a função do coração? Sofrer.

Quanto mais você racionaliza, menos você cria (Raymond Chandler)

A sorte das “direitas” é que as “esquerdas” vivem de um passado que já passou. (Dora Kramer)

A jogatina mostrou seu rosto e o governo quer arrecadar com as apostas. (Élio Gaspari)

Paes promete Ozempic de graça no Rio: “Não vai ter mais gordinho”.

O delator ganha o pão com o suor de seu dedo. (Millôr)

 

O poder do voto pela democracia: Wilson Aquino

O poder do voto pela democracia: Wilson Aquino

Este 6 de outubro representa um momento histórico para a democracia brasileira, sendo a data em que os cidadãos têm a oportunidade de escolher seus governantes (legislativo e executivo municipais) para os 5.565 municípios do país. Esse processo eleitoral é um dos pilares da democracia, permitindo que a voz de cada eleitor seja ouvida e que suas necessidades sejam consideradas. O amadurecimento do eleitor brasileiro, observado nos últimos anos, é digno de louvor. Esse progresso se deve, em grande parte, ao avanço das mídias sociais, que facilitaram o acesso à informação e promoveram um debate mais amplo sobre as questões políticas.

As mídias sociais revolucionaram a forma como a informação circula, possibilitando que cidadãos tenham acesso a dados que antes eram restritos a uma minoria. Anteriormente, a população dependia de um número limitado de veículos de comunicação, o que tornava possível a manipulação e a ocultação de informações essenciais. Hoje, com o acesso à internet, as pessoas podem receber notícias em tempo real, permitindo uma formação de opinião mais consciente e fundamentada. Essa democratização do acesso à informação empodera os eleitores e os torna menos suscetíveis a manobras de desinformação.

O voto não é apenas um direito, mas uma responsabilidade cívica. Ao vender o seu voto, o cidadão trai não apenas a si mesmo, mas toda a sociedade. A prática da compra de votos degrada a democracia e perpetua um ciclo de corrupção e impunidade. É fundamental que os eleitores compreendam que cada voto tem poder e que a escolha de candidatos comprometidos com a ética e o bem-estar da população é uma maneira de afirmar sua posição contra a corrupção.

Além disso, a participação ativa no processo eleitoral é um exercício de cidadania que deve ser valorizado. Os cidadãos têm o dever de se informar sobre os candidatos, suas trajetórias e suas propostas. A transparência e a responsabilidade são essenciais para um processo eleitoral saudável. Candidatos que se comprometem com a honestidade e a boa gestão devem ser reconhecidos e apoiados, enquanto aqueles que se envolvem em práticas desonestas, ou que defendem propostas que vão contra os bons princípios morais e espirituais, contra os interesses das famílias, devem ser rejeitados.

O fortalecimento da democracia também passa pela fiscalização do voto. A sociedade civil deve estar atenta e pronta para denunciar práticas ilegais e imorais que possam ocorrer durante o processo eleitoral. Com uma população vigilante, é possível reduzir os riscos de corrupção e garantir que as eleições reflitam verdadeiramente a vontade do povo. As instituições responsáveis pela condução das eleições também têm um papel vital nesse contexto, devendo atuar com transparência e imparcialidade.

Neste 6 de outubro, que a consciência cívica e moral de cada eleitor prevaleça. Que cada um reconheça a importância de sua voz e de sua escolha. O futuro das cidades e do país depende de decisões responsáveis. Ao se dirigir às urnas, cada eleitor deve lembrar que seu voto é uma expressão de seus valores e princípios. Portanto, que esse dia seja um marco de esperança e renovação, onde a ética e a responsabilidade conduzam a construção de um Brasil mais justo e democrático.

A escolha de bons líderes é um tema central nas escrituras sagradas, que enfatizam a responsabilidade e a importância de selecionar pessoas íntegras para governar. Em Provérbios 29:2, está escrito: “Quando os justos governam, o povo se alegra; mas quando o ímpio governa, o povo geme.” Essa passagem revela que a qualidade moral dos líderes influencia diretamente o bem-estar da sociedade. Líderes justos trazem alegria e prosperidade, enquanto aqueles que não possuem um caráter reto podem levar o povo à aflição.

Neste 6 de outubro, que cada um de nós tenha a sabedoria necessária para fazer escolhas informadas e criteriosas. O futuro do nosso país depende de nossa disposição em participar ativamente do processo democrático, exigindo qualidade e integridade de nossos líderes. Ao fazermos isso, não apenas contribuímos para uma eleição mais justa, mas também plantamos as sementes de um Brasil mais próspero e solidário para as próximas gerações.

Por fim, que possamos valorizar o direito de votar, entendendo que cada voto tem o poder de moldar a realidade em que vivemos. Com coragem e determinação, façamos do nosso voto um ato de esperança e um compromisso com a construção de um futuro mais digno e representativo para todos. É hora de honrarmos o nosso papel na democracia e garantirmos que nossas escolhas reflitam o desejo de um país melhor para todos os seus cidadãos.

*Jornalista e Professor