jan 22, 2024 | Colunistas
A situação do analfabetismo e do analfabetismo funcional no Brasil é mais alarmante do que as estimativas e estatísticas sugerem. Milhares de jovens, ansiosos para ingressar no mercado de trabalho, e mesmo aqueles já empregados, enfrentam obstáculos consideráveis ao tentar avançar nos estudos além do ensino médio. Muitos sequer conseguem concluir esse ciclo, seja por restrições de tempo e recursos ou, lamentavelmente, por uma certa inércia pessoal.
A influência da família parece estar diminuindo, deixando os jovens desamparados diante dos desafios necessários para conquistar um diploma de nível superior, que ampliaria suas oportunidades de inserção no mercado de trabalho com remuneração mais atrativa. Pais, por sua vez, não costumam dar o exemplo ao demonstrar a importância de ler e estudar para adquirir conhecimento, muitas vezes mantendo-se numa vida de dificuldades financeiras sem buscar aprimoramento profissional.
As autoridades constituídas não oferecem praticamente nenhum estímulo para que os jovens e adultos retornem às salas de aula, buscando uma profissão digna que garanta o sustento familiar com mais qualidade de vida. Pelo contrário, parece existir até um interesse malévolo em manter a população ignorante e carente de instrução adequada, facilitando assim sua manipulação política em benefício de grupos e partidos específicos. Esses procedimentos são lamentáveis e desumanos.
Não é mera coincidência que o Brasil, dotado de recursos abundantes, terras férteis, clima favorável, uma população trabalhadora e criativa, além de vastas riquezas naturais, ainda se veja imerso na miséria, com inúmeras famílias enfrentando a fome. Este cenário evidencia que as autoridades governamentais, em sua maioria, parecem trabalhar no sentido de manter a população desinformada, facilitando assim sua exploração política.
A falta de investimento na Educação é um indício dessa intenção. Um povo educado não se deixa enganar e tem maior capacidade de lutar por condições de vida mais dignas. É desolador testemunhar jovens e adultos presos a profissões precárias, recebendo salários mínimos, sem estímulos ou condições para buscar uma vida profissional e econômica mais satisfatória. A falta de perspectiva faz com que muitos se acomodem nessa realidade, impedindo-os de superar novos desafios, melhorando sua própria profissão ou buscando outras alternativas.
O problema educacional começa na infância, no lar, onde os pais não incentivam a leitura e os estudos adequados, que são prazerosos. A falta de disciplina no tempo dedicado à leitura pode impactar significativamente na formação do indivíduo, determinando, em parte, o seu sucesso profissional futuro. No entanto, é crucial compreender que sempre é tempo de mudar. As famílias podem fortalecer os laços com as crianças desde já, enquanto os adultos precisam perceber que nunca é tarde para buscar conhecimento e avançar na vida profissional.
Falta ousadia dos indivíduos, jovens e adultos, de enfrentar desafios, por maiores que sejam, para conquistar aquilo que se busca. As oportunidades estão aí, expostas a todos. No entanto, para se obter êxito, como em tudo na vida, é preciso muito esforço, trabalho e dedicação. Gosto muito da frase: “Todo esforço tem sua compensação”. Ela não é formada por simples palavras; é como um mantra de uma lei universal que faz justiça aos ousados e destemidos que não se abalam com os obstáculos e adversidades da vida quando estão determinados a seguir um caminho em busca de um sonho.
Jovens e adultos de hoje parecem se esquecer também de que podem contar com dois grandes aliados em sua jornada da vida: Deus e Jesus Cristo, Senhores de todas as coisas. Nossos criadores. Eles estão sempre prontos para nos ajudar e nos dar força para lutarmos pela materialização de nossos sonhos. E tudo o que precisamos fazer é buscá-los em oração e devoção.
Além dos cursos superiores, existem inúmeras opções de cursos rápidos e técnicos, de curta duração, capazes de proporcionar ganhos financeiros consideráveis. A chave está na iniciativa de buscar, correr atrás daquilo que se gosta e seguir adiante. Investir na educação é o caminho para transformar o Brasil em uma nação poderosa, oferecendo qualidade de vida para todos os seus cidadãos.
*Jornalista e Professor
jan 19, 2024 | Colunistas
COMPARANDO: A origem da riqueza de alguns políticos no país é misteriosa. Neste ponto o ex-prefeito Ludio Coelho era elogiado pela postura coerente. Não escondia sua riqueza -comparado ironicamente aospolíticos da‘economia subterrânea’, usuários dos chamados ‘laranjas’. O perigo: emcaso de óbito, a viúvas se negam a devolver o patrimônio ao chefe (legítimo/imoral dono).
TRANSPARENTE: A citação de Ludio como referência se justifica por vários fatores. Seu ‘DNA familiar’ era conhecido, a exemplo de sua evolução patrimonial. Ludio tratava do assunto com naturalidade oceânica até nas conversas informais. Não tinha porque esconder ou fingir que não era rico. Tudo era limpo, sem mutretas.
‘LARANJAIS’: Espalhados pelo Brasil beneficiam líderes políticos de todos níveis: de poderosos do Planalto a prefeitos. Fazendas, Bovinos e equinos P.O, imóveis, empresas de fachada e aplicações terceirizadas constituem esse universo nebuloso. Políticos espertos usam as brechas da lei para a ‘multiplicação dos pães’.
ARTHUR LIRA: O escândalo envolvendo o poderoso político alagoano e sua ex-mulher na partilha de bens mostra a realidade decorrente de manobras diversas. Pasmem! Ela alega que o patrimônio dele em 2006 seria de R$13 milhões, mas no TSE era só de R$695 mil. O presidente da Câmara Federal seria mais um exemplo?
PRAGA: É mundial! Documentos vazados revelam ‘segredos financeiros’ de 35 atuais e de antigos líderes mundiais, além de 300 ocupantes de cargos públicos em mais de 90 países. Na extensa lista, o rei da Jordânia, presidentes do Equador, Ucrânia, Quênia e o ex-ministro Tony Blair e Vladimir Putin. Enfim, muita gente graúda nestabarcaça.
MUTRETAS: Cabe bemo lembrete popular de que ‘na vida do político brasileiro o bom contador é uma figura indispensável’. Cito aqui a histórica prisão do lendário gangster Al Caponegraças ao fiscopor sonegar o Imposto de Renda. E pergunto: você conhece alguém que mofou na cadeia por esse motivo?Soltos, já pedem votos por aí.
DOURADOS: Agora no comando do PL local, Rodolfo Nogueira busca unificar os discursos e ações para as eleições municipais. Eleito com 41.773 votos o deputadoquer agir com sensibilidade e democracia – ouvindo as lideranças da sigla em sintonia com os cidadãos do 2º colégio eleitoral do MS. Ele sabe:Dourados, una, incomparável.
XICO GRAZIANO: “Embora alguns produtores rurais ainda percam o sono com medo do comunismo bater a sua porta, a maioria percebeu que entra governo, sai governo, o agro é maior que o poder de plantão. Seu sucesso depende mais de si que do que o beneplácito de outrem. O agro não tem dono, nem depende de mitos, nem suporta qualquer algoz…(-).”
A PERGUNTA: No seu discurso de posse na Academia Brasileira de Letras(1999) o ex-embaixadorRoberto Campos se referiua pergunta que lhe fez o presidente John Kennedy (1961): “ Por que, no Brasil e na América Latina, há um viés favorável entre artistas, escritores e estudantes, ao modelo soviético, maquilado de “socialismo real”?
OPINIÃO de R. Campos: “Deveria ser o contrário. Os estudantes adoram mudanças e a sociedade mais experimental são os Estados Unidos, com sua multiplicidade de raças e religiões, pluralismo político e abertura a inovações. Quanto aos escritores e artistas presume-se que desejem liberdade criadora de pensamento e expressão.E isso inexiste na União Soviética. ”
SABIA? Roberto Campos nasceu em Livramento (distrito de Cuiabá). A família morou na zona rural de Corumbá e depois São Paulo visando educar os filhos. Sua mãe Honorina foi trabalhar de costureira. No auge do café mudaram para Guaxupé (MG) e depois Juiz de Fora. Com boa formação cultural de seminarista ingressou no Itamarati e em 1939 casou-se em Batatais (SP) onde residira ainda solteiro.
SUPERADOS? Sem mandato,políticos ensaiam candidaturas ao executivo e ao legislativo em várias cidades, inclusive na capital. Ouço seus argumentos de sede de poder. Entendo seus sonhos maslembro das mudanças na cabeça do eleitor e dos riscos de vexame. Eles, preferem mentiras leves de bajuladores do que as verdades duras.
APOSTA: Para Reinaldo Azambuja (PSDB) vencerão os candidatos com as melhores propostas para suas cidades. O ex-governador entende que o peso do apoio de lideranças políticas não seria o fator decisivo. ‘Data vênia’, não seria bem assim. Valem também o currículo dos candidatos e a ‘mão mágica’ no final de campanha. Sabe como é…
‘BOLSA DE VALORES’: As eleições municipais nas pequenas cidades deste ‘Brasil de meu Deus’ inflacionam a cotação do voto. Claro, quanto menos votos na cidade mais eles valem. Aí o eleitor espertalhão aproveita para tirar vantagem. O surreal é que esse eleitor comercializa (promete) o voto para vários candidatos à vereança principalmente.
INVESTIMENTO? Há candidatos que fazem as contas para saber se vale mesmo a pena gastar na candidatura a vereança. Eles querem saber quantos meses de salários serão necessários para conseguirem reaver o dinheiro que foi investido na campanha (presume-se vitoriosa). Já ouvi vários relatos de vereadores neste sentido.
RENOVAÇÂO: Quase sempre ela ocorre. Mais pelo sentimento de renovação do eleitor. Troca-se seis por meia dúzia. É o velho longa metragem exigidos a cada 4anos onde só mudam os protagonistas. Sem atinar à questão do quociente eleitoral, o eleitor atira num passarinho e acerta um jacaré. Em resumo: vota no Zé e elege o João.
“A PARTILHA”: A ‘guerra’ entre herdeiros abordada na peça teatral de Miguel Falabella é reprisada agora na herança de Pelé. Nestas horas a falta de pudor não prioriza, nem discrimina classes sociais. Divergências, mágoas, roupas sujas expostas no varal da mídia. Como se diz: terapia não resolve. Quero uma boa herança.
MARIO SABINO: “Lula resolveu apoiar a denúncia contra Israel. Os israelenses estariam cometendo genocídio em Gaza. O Brasil está em boa companhia: entre os apoiadores estão Bolívia, Malásia, Jordânia, Maldívas, Namíbia, Paquistão, Colômbia, a Liga Árabe, Arábia Saudita e Irã, entre outras nações civilizadíssimas e muito respeitadoras dos direitos humanos…( – ).”
FRASESDEGUIMARÃES ROSA em ‘Grande Sertão Veredas’.
“A vida dá muitas voltas, a vida nem é da gente. ”
“O espírito da gente é cavalo que escolhe estrada. ”
“Medo não, mas perdi a vontade de ter coragem. ”
“Obedecer é mais fácil que aprender. ”
“Natureza da gente não cabe em nenhuma certeza”.
“O bom da vida é para cavalo, que vê o capim e come”.
“A morte é para os que morrem”.
“Deus é paciência. O contrário é o diabo”.
“Quem desconfia fica sábio”.
“Tive medo não. Só que abaixaram meus excessos de coragem”.
“Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende”.
“Onde é que está a verdadeira lâmpada de Deus, a lisa e real verdade”.
“Cavalo que ama o dono até respira do mesmo jeito”.
“Como não ter Deus?!”
“A colheita é comum, mas o capinar é sozinho. ”
jan 12, 2024 | Colunistas
RISCOS: Vereadores querem mudar de partido para chegar a vitória. Há riscos. Primeiro – se escolher uma sigla com nomes ‘pesados’ pode não se eleger. Segundo – optando por um partido nanico – esse pode não atingir o coeficiente eleitoral e não eleger nenhum candidato. Na capital mais de 50% deles devem aproveitar a janela de 7 de março a 5 de abril.
CUSTOS: Outro entrave é o suporte financeiro para garantir uma campanha com boa estrutura. Mas lembro de exemplos de candidatos seduzidos por propostas mirabolantes e que foram abandonados no meio da campanha e sem recursos acabaram derrotados. Portanto é preciso checar se o ‘financiador’ é realmente confiável.
E O ELEITOR? Onde ele fica? Simplesmente ignorado. Normalmente nesta situação ele nem é consultado. Apenas toma conhecimento da mudança partidária através dos meios de comunicação. No fundo, não há uma espécie de cordão umbilical que possa atrelar o candidato ao eleitor, representando algum tipo de cumplicidade.
REJEITADA: Piorou a situação política da senadora Soraya Thronicke (Podemos) após prestigiar o evento do Palácio do Planalto contra os atos de 8 de janeiro de 2023. Não tem grupo político e nem projeto. Seus ex-eleitores não lhe poupam críticas. Esse deve ser o seu primeiro e último mandato. O plantio é livre, já a colheita…
O ESTIGMA: Fardo oculto e indissolúvel nos políticos envolvidos em corrupção. O termo estigma deriva do grego “stigma” e se referia a uma cicatriz ou marca no corpo. No contexto sociológico atual ele se refere a reputação negativa junto a sabia opinião pública. Pior para os políticos: não há cirurgia ou remédio para exterminá-lo.
ETERNO? Na maioria das vezes sim. Pesquisas mostram que políticos estigmatizados por denúncias de envolvimento em atos suspeitos de corrupção acabam atraindo maior rejeição. Às vezes, nem em caso de absolvição na justiça não se consegue eliminar essa pecha. É possível até que o vitorioso nas urnas seja o menos rejeitado e não o mais preparado.
PARTIDOS: Mais iguais do que diferentes. Não por acaso eles vem perdendo filiados ao longo das eleições. Aqui no MS por exemplo, entre os pleitos de 2020 e 2022 eles perderam 14 mil filiados. A explicação ou justificativa é simples: o eleitor está cada vez mais desencantado com os rumos da política no sentido amplo.
A PROPÓSITO: “Não roubar, não deixar roubar, pôr na cadeia quem roube, eis o primeiro mandamento da moral pública”. “A sociedade sempre acaba vencendo, mesmo ante a inércia ou antagonismo do Estado”. Essa pregação do lendário Ulysses Guimarães precisa servir de paradigma aos homens públicos em todos os níveis.
EM ALTA: A senadora Tereza Cristina (PL-MS) é destaque no Senado pela sua coerência e bandeiras. Mas até onde esse prestígio refletirá nas eleições municipais? Credibilidade e popularidade são fatores independentes. Essa provocação é válida principalmente para Campo Grande e Dourados, onde o PL terá candidaturas próprias.
TÁTICAS: Uma delas seria nacionalizar o debate para tentar manter agregado aquele eleitorado que se identifica com as propostas da direita. É possível, mas dependerá de uma série de circunstâncias que as eleições municipais apresentam. O eleitor, priorizaria a questão ideológica partidária ou as aspirações relativas a sua cidade, bairro ou rua?
PESQUISA: ‘Correio do Estado’ diz que a ‘maioria da população da capital não seria lulista e nem bolsonarista’: 31,84% apoiam Bolsonaro, 11,19% Lula. Mas 56,47% se dizem neutros. Neste caso mais da metade, poderia levar em conta as qualidades do candidato. Pesará outro fator: a influência do ambiente político-social da época.
FRUSTRAÇÕES: No balanço da gestão estadual elas ainda sobreviveram em 2023: a falta de solução para a indústria de fertilizantes em Três Lagoas; a decisão final sobre a novela da antiga Estrada de Ferro Noroeste; a questão da privatização/duplicação da BR-262 e a polêmica envolvendo a duplicação da BR- 262. Poucas, mas relevantes.
MANDETTA: Ao seu estilo se mantém distante do noticiário político. O ex-deputado e com passagem pelo ministério da saúde estaria prestando consultoria nesta área em alguns estados da federação. A sua reinserção no cenário dependeria de vários fatores. Mas pesa contra ele ao não formar ou liderar um grupo político de prestígio.
ATENÇÃO: E a cobra vai fumar. Em 2024 serão regulamentados itens da reforma tributária. O Governo remeterá ao Congresso as propostas para normatizar a tributação da renda, do patrimônio e encargos da folha de salários. Como o Governo quer aumentar a arrecadação tentará acelerar a tramitação. Mais uma vez só ‘convencerá’ se dar algo em troca.
CUSTOS: Essa aprovação da Reforma Tributária não saiu de graça. O episódio lembra uma conhecida frase do astuto Winston Churchill sobre o comportamento parlamentar em algumas ocasiões onde o diabo costuma ficar escondido nos detalhes: “O povo deve ser poupado de saber como são produzidas as leis e as salsichas”.
‘BELEZA’: Sob o argumento de que posturas de desequilibrados põem em risco a vida de parlamentares, o deputado José Medeiros (PL-MT) tem projeto permitindo porte de arma de fogo aos congressistas. Imagine neste clima radical os nossos representantes armados! Detalhe: o PL foi protocolizado após um deputado dar um tapa na cara do colega. Imagine ambos armados!
LOUCURA: Convém ficar atento. Cientistas políticos alertam sobre o crescimento da Inteligência Artificial nas eleições globais. Inicialmente usada para promover a conexão direta entre os eleitores e seus candidatos – ela agora também direciona mensagens, manipula sentimentos e opiniões com notícias falsas, insuflando a polarização.
DOURADOS: Eis a velha justificativa para elevar de 19 para 21 vereadores: “ (-) … a necessidade de aumentar a participação popular e a representatividade da população douradense no Poder Legislativo Municipal, e assim, colaborando com a possibilidade de cada vez mais representantes nas variadas camadas populares e de representações populares…(-)” Acredita?
1-DICA: A Reforma Tributária tornará os inventários ‘salgados’ e sem brechas. O ITCMD será pago somente no estado onde era domiciliado o falecido. Outra inovação; esse imposto será progressivo de acordo com o valor do quinhão, legado ou da doação. Os estados terão autonomia para definir sua alíquota, máxima de 8%. Detalhe: templos religiosos estão isentos do imposto.
2-DICA: No MS a alíquota para doações é de 3%, de inventário é de 6%. Veja com é no Rio de Janeiro: De 4% para valores até R$303.303,00 – De 4,5% para valores de R$ 303.304,00 a R$ 433.290,00 – De 5% para valores entre R$433.291,00 e R$ 866.580,00 – De 6% para valores entre R$ 866.580,00 e R$ 1.299,870,00 – De 7% para valores entre R$1.299.871,00 e R$ 1.733.160,00 – De 8% acima de R$ 1.733.161,00.
PILULAS DIGITAIS:
“O caminho se faz caminhando”. Antonio Machado – poeta espanhol
“Não vim guiar cordeiros – vim despertar leões”. (presidente Javier Milei)
“Eu quase que nada sei. Mas desconfio de muita coisa”. (da obra de Guimarães Rosa)
“Aumento de carga tributária não é reforma”. (Ivo R. Lozekan)
Nada muda com o novo salário mínimo. Nada. Nem o ronco da barriga. (No facebook)
“A única garantia do mundo online é que nunca faltará solidão pra ninguém”. (Mattus)
“Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido”. (Fernando Pessoa)
“Tenho o privilégio de não saber quase tudo. E isso explica o resto”. (Manoel de Barros)
“Brasil, país do futuro”. (do escritor judeu Stefan Zweig – década de 40)
jan 11, 2024 | Colunistas
O mundo vem acompanhando a tensão existente entre a Venezuela e a Guiana. É sabido que a tensão teve início no dia 3 de dezembro, quando o presidente venezuelano Nicolás Maduro convocou um referendo que perguntava à população se apoiariam a concessão de cidadania venezuelana a 125 mil habitantes da cidade de Essequibo, localizada na Guiana, visando a anexação de parte dessa cidade.
Um dos principais motivos para esse tensionamento é que essa região é rica em petróleo, tornando-se mais acentuada desde 2015, quando a empresa ExxonMobil descobriu vários campos do combustível fóssil na área. Diante desse episódio, a Guiana acredita ser a proprietária do território, baseando-se em um documento de 1899, feito em Paris, que estabeleceu as fronteiras atuais. Enquanto isso, a Venezuela defende que, a partir do acordo de 1966 com o Reino Unido, anterior à independência da Guiana, o laudo de 1899 foi anulado, estabelecendo a base para uma nova solução negociada.
Ou seja, não é algo recente, e vários acordos têm sido assinados por pelo menos 200 anos entre os Estados para garantir a propriedade dessa região. Desde 2018, há um caso na Corte Internacional de Justiça (CIJ) que descreve que a Guiana não acredita que a Venezuela queira continuar as relações de forma diplomática e conciliadora. Nesse sentido, tudo isso é alimentado por causa dessa grande quantidade de recursos energéticos.
No meio dessa tensão, encontramos o Brasil. Para que a Venezuela possa invadir a cidade de Essequibo, isso só pode ocorrer de duas formas: a primeira por via marítima, entretanto, é extremamente custoso para o governo venezuelano; a segunda seria passando pela cidade de Pacaraima, localizada em Roraima, no arco norte brasileiro, o que seria mais barato e tornaria o processo mais fácil.
Perante tais perspectivas, o Exército Brasileiro enviou uma tropa para reforçar a segurança na região, além daqueles que já estavam trabalhando na Operação Acolhida, também em Pacaraima. De forma complementar, no dia 5 de dezembro, foram enviados 20 tanques de guerra para Roraima, com o intuito de resguardar aquela região de maiores tensões e auxiliar no combate ao garimpo ilegal na área. Nesse sentido, os blindados devem permanecer na cidade de Boa Vista e ficar sob aviso para serem utilizados em caso de algum imprevisto em Pacaraima.
Vale salientar que há vários anos não existe um grande efetivo por parte do Exército Brasileiro no Norte do país, o que torna essa região cada vez mais vulnerável a tensões como a que está ocorrendo entre a Venezuela e a Guiana. Diante da falta de segurança na região amazônica brasileira, torna-se plausível uma maior preocupação neste momento atual. No entanto, esse movimento brasileiro também pode gerar um maior tensionamento, já que ambos os chefes de Estado estão preparados para qualquer ação necessária para preservar seus territórios.
*Thays Felipe David de Oliveira, doutora em Ciência Política e professora do curso de Relações Internacionais da Estácio.
jan 9, 2024 | Colunistas
A criação do “Janeiro Branco”, por meio da Lei 14.556/2023, é uma iniciativa louvável, dedicada a promover a conscientização sobre a saúde mental. Essa campanha nacional destaca a importância vital de compreender e lidar com transtornos psicológicos, buscando reduzir o estigma associado a temas como ansiedade, depressão e outros distúrbios mentais, que podem gerar doenças crônicas e, em casos extremos, levar ao suicídio.
Apesar dos esforços governamentais em saúde e assistência social, é lamentável constatar que o atendimento à saúde pública no Brasil ainda está aquém das expectativas e necessidades da população. O aumento nos índices de suicídio e problemas mentais reflete os pesados fardos que jovens e adultos carregam em tempos desafiadores, de economia instável e custo de vida crescente, sem que possam contar com um aparelhamento médico adequado de amparo e tratamento.
As autoridades governamentais deveriam ter a responsabilidade crucial de gerir eficazmente os recursos públicos, elevando o país rico em vários aspectos e de uma população ordeira e trabalhadora, a patamares mais altos de desenvolvimento, proporcionando uma melhor qualidade de vida para todos.
Além da urgência na melhoria das condições materiais das famílias para prevenir doenças mentais, é imprescindível ressaltar o papel da espiritualidade na vida do indivíduo e das famílias. A religiosidade e a comunhão com Deus desempenham um papel fundamental na defesa contra males como esses, físicos, mentais e espirituais.
Quando nos deparamos com as palavras de Jesus Cristo dizendo: “Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei” (Mt.11:28), testemunhamos uma verdade imensurável, corroborada por inúmeras pessoas ao longo dos séculos. Milagres reais sempre aconteceram e ainda acontecem quando se invoca a ajuda divina com profunda fé, seja por um enfermo, um pai ou uma mãe por seu filho, ou qualquer outro indivíduo, pois todos são filhos especiais do Senhor.
Apesar da ajuda poderosa que todos podem receber de Deus, poucos buscam essa conexão com Ele por meio da oração e da vivência dos Seus ensinamentos e mandamentos. Muitos não frequentam Sua casa, a igreja, um lugar erguido para que as pessoas se voltem a Ele e aprendam a seguir o bom caminho.
A própria medicina e a ciência já reconheceram os milagres de Deus, inclusive em pacientes terminais, evidenciando que a fé profunda pode canalizar o poder divino para operar milagres, dentro e fora dos hospitais.
Diante de tantas comprovações sobre a importância da crença em Deus, da fé e da obediência aos Seus ensinamentos para uma vida plena e segura, surge a pergunta: por que tantos relutam em conhecer a Deus e compreender Suas expectativas para cada um de nós?
A hora de buscar essa conexão é agora. E o fato de estarmos no início de um novo ano, é melhor ainda para começar. Ao dobrar os joelhos em oração ao Senhor e a Seu filho, Jesus Cristo, e ao buscar segui-Los, é possível alcançar, nesta vida, a verdadeira e plena felicidade, concedida àqueles que crêem Neles.
Faça suas preces, converse com Ele e mergulhe na leitura das Escrituras Sagradas, uma fonte de sabedoria capaz de fortalecê-lo para enfrentar as adversidades da vida com segurança e alegria.
A fé e a conexão espiritual podem servir poderosamente como um suporte adicional no enfrentamento de desafios mentais e físicos. O passado e o presente nos relatam exemplos históricos (pessoais e coletivos) de como a fé fortaleceu indivíduos em momentos difíceis, além de ressaltar os benefícios psicológicos e emocionais que a prática religiosa pode trazer para a saúde do indivíduo.
Quem não se lembra da passagem bíblica da mulher que sofria com um fluxo contínuo de sangue por 12 anos e que entendeu que se apenas tocasse nas vestes de Jesus, que passaria naquela manhã perto de sua casa, seria curada. E assim o fez. Ocorreu que, mesmo em meio à multidão, Jesus sentiu que um poder havia se emanado Dele. Diante da revelação feita pela própria mulher, “Jesus voltou-se e, ao vê-la, disse: ‘Coragem, filha! A tua fé te curou’. E a mulher ficou curada naquele mesmo instante.” (Mt. 9:22)
Em outra ocasião, “Quando entrou em casa, os cegos aproximaram-se dele, e Jesus perguntou-lhes: ‘Vocês creem que eu sou capaz de fazer isso?’ ‘Sim, Senhor’, responderam eles. Então lhes tocou os olhos, dizendo: ‘Faça-se conforme a sua fé!’ E os olhos deles foram abertos.” (Mt. 9:28-29)
Então, em meio às preocupações com a saúde mental, não podemos negligenciar a dimensão espiritual. A fé e a religiosidade são recursos poderosos para promover o equilíbrio integral do ser humano. Que o “Janeiro Branco” não seja apenas uma reflexão sobre a saúde mental, mas também um convite à busca de paz e plenitude através da conexão espiritual, fortalecendo o indivíduo em todos os aspectos de sua existência.
*Jornalista e Professor
A criação do “Janeiro Branco”, por meio da Lei 14.556/2023, é uma iniciativa louvável, dedicada a promover a conscientização sobre a saúde mental. Essa campanha nacional destaca a importância vital de compreender e lidar com transtornos psicológicos, buscando reduzir o estigma associado a temas como ansiedade, depressão e outros distúrbios mentais, que podem gerar doenças crônicas e, em casos extremos, levar ao suicídio.
Apesar dos esforços governamentais em saúde e assistência social, é lamentável constatar que o atendimento à saúde pública no Brasil ainda está aquém das expectativas e necessidades da população. O aumento nos índices de suicídio e problemas mentais reflete os pesados fardos que jovens e adultos carregam em tempos desafiadores, de economia instável e custo de vida crescente, sem que possam contar com um aparelhamento médico adequado de amparo e tratamento.
As autoridades governamentais deveriam ter a responsabilidade crucial de gerir eficazmente os recursos públicos, elevando o país rico em vários aspectos e de uma população ordeira e trabalhadora, a patamares mais altos de desenvolvimento, proporcionando uma melhor qualidade de vida para todos.
Além da urgência na melhoria das condições materiais das famílias para prevenir doenças mentais, é imprescindível ressaltar o papel da espiritualidade na vida do indivíduo e das famílias. A religiosidade e a comunhão com Deus desempenham um papel fundamental na defesa contra males como esses, físicos, mentais e espirituais.
Quando nos deparamos com as palavras de Jesus Cristo dizendo: “Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei” (Mt.11:28), testemunhamos uma verdade imensurável, corroborada por inúmeras pessoas ao longo dos séculos. Milagres reais sempre aconteceram e ainda acontecem quando se invoca a ajuda divina com profunda fé, seja por um enfermo, um pai ou uma mãe por seu filho, ou qualquer outro indivíduo, pois todos são filhos especiais do Senhor.
Apesar da ajuda poderosa que todos podem receber de Deus, poucos buscam essa conexão com Ele por meio da oração e da vivência dos Seus ensinamentos e mandamentos. Muitos não frequentam Sua casa, a igreja, um lugar erguido para que as pessoas se voltem a Ele e aprendam a seguir o bom caminho.
A própria medicina e a ciência já reconheceram os milagres de Deus, inclusive em pacientes terminais, evidenciando que a fé profunda pode canalizar o poder divino para operar milagres, dentro e fora dos hospitais.
Diante de tantas comprovações sobre a importância da crença em Deus, da fé e da obediência aos Seus ensinamentos para uma vida plena e segura, surge a pergunta: por que tantos relutam em conhecer a Deus e compreender Suas expectativas para cada um de nós?
A hora de buscar essa conexão é agora. E o fato de estarmos no início de um novo ano, é melhor ainda para começar. Ao dobrar os joelhos em oração ao Senhor e a Seu filho, Jesus Cristo, e ao buscar segui-Los, é possível alcançar, nesta vida, a verdadeira e plena felicidade, concedida àqueles que crêem Neles.
Faça suas preces, converse com Ele e mergulhe na leitura das Escrituras Sagradas, uma fonte de sabedoria capaz de fortalecê-lo para enfrentar as adversidades da vida com segurança e alegria.
A fé e a conexão espiritual podem servir poderosamente como um suporte adicional no enfrentamento de desafios mentais e físicos. O passado e o presente nos relatam exemplos históricos (pessoais e coletivos) de como a fé fortaleceu indivíduos em momentos difíceis, além de ressaltar os benefícios psicológicos e emocionais que a prática religiosa pode trazer para a saúde do indivíduo.
Quem não se lembra da passagem bíblica da mulher que sofria com um fluxo contínuo de sangue por 12 anos e que entendeu que se apenas tocasse nas vestes de Jesus, que passaria naquela manhã perto de sua casa, seria curada. E assim o fez. Ocorreu que, mesmo em meio à multidão, Jesus sentiu que um poder havia se emanado Dele. Diante da revelação feita pela própria mulher, “Jesus voltou-se e, ao vê-la, disse: ‘Coragem, filha! A tua fé te curou’. E a mulher ficou curada naquele mesmo instante.” (Mt. 9:22)
Em outra ocasião, “Quando entrou em casa, os cegos aproximaram-se dele, e Jesus perguntou-lhes: ‘Vocês creem que eu sou capaz de fazer isso?’ ‘Sim, Senhor’, responderam eles. Então lhes tocou os olhos, dizendo: ‘Faça-se conforme a sua fé!’ E os olhos deles foram abertos.” (Mt. 9:28-29)
Então, em meio às preocupações com a saúde mental, não podemos negligenciar a dimensão espiritual. A fé e a religiosidade são recursos poderosos para promover o equilíbrio integral do ser humano. Que o “Janeiro Branco” não seja apenas uma reflexão sobre a saúde mental, mas também um convite à busca de paz e plenitude através da conexão espiritual, fortalecendo o indivíduo em todos os aspectos de sua existência.
*Jornalista e Professor
jan 9, 2024 | Colunistas
*Juliana Brito, empresária, CEO e cofundadora da Indie Hero e da GJ+
Aproveitei um pouco minha “folga” de final de ano para fazer algo que eu vinha enrolando há algum tempo: arrumar minhas fotos antigas, de criança. Sempre nessa época do ano, fico bastante emotiva. E memórias também nos remetem a fortes emoções.
Enfim, foram mais de duas horas arrumando fotos e muitas lágrimas, por diversos motivos. Fotos da minha família, familiares que não estão mais aqui. Uma coisa curiosa: as fotos que mais me emocionaram foram dos meus momentos na natação.
Nadadora durante 12 anos, o esporte ensinou muitas coisas na minha vida pessoal e profissional. Lembro que eu ganhei diversas medalhas, mas a única coisa que realmente importava era o resultado final do time. Quando íamos para uma competição nacional, só pensava no troféu maior, dado para o time vencedor.
O treino não é fácil. Você fica lá, sozinho, com a cabeça na água, nadando para um lado, para o outro. Literalmente contando ladrilhos. Ninguém acha isso divertido. Mesmo assim é um esporte com muita aderência.
Outro fator interessante na natação é de como estamos em um ambiente antifrágil. Todo dia, você quer ser 1% melhor. Nem todo dia você consegue. Muitas vezes, sua performance é um lixo. Em outras, seu treino é maravilhoso e você ganha forças para voltar lá e continuar melhorando.
Nas competições, é a mesma cena. Lembro-me bem dos campeonatos em que ia mal. Mas sempre tinha meus companheiros torcendo por mim e me apoiando, quando eu saía da água. Independente do resultado, era uma comemoração de todo o esforço que nos levou àquela competição. Ao mesmo tempo, sempre tinha alguém que se superava. E isso também era muito comemorado.
No final do dia, isso é um ambiente antifrágil. É quando você tem pessoas ao seu redor, para quando as coisas vão mal, para você sair mais forte disso. Isso é um time de natação. Isso também é uma empresa bem-sucedida.
O mais importante para a vida é como você consegue aprender a aproveitar a jornada e o dia a dia. É estar presente naquele momento e não focar somente no resultado! Os números são apenas consequência.
Olhar para trás me fez lembrar muito de focar na jornada e construir ambientes antifrágeis. É isso o que eu espero construir dentro das minhas empresas, um lugar onde as pessoas possam falhar, errar e sair por cima. Não é ser complacente com os erros, mas permitir que eles existam.
Às vezes, o resultado vai ser muito bom. Em outras, nem tanto. Mas, na média, a empresa vai estar sempre crescendo. Continue acreditando em si e no potencial da sua equipe para superar qualquer barreira.
(*) Juliana Brito é empresária, CEO e cofundadora da Indie hero e da GJ+, empresas focadas no desenvolvimento do ecossistema de jogos no brasil com ativações em eventos como Rock in Rio, rio Innovation week, Innova Summit, Casa Brasil Israel e Rio2c. fellow YLAI. Além disso, é mentora de pitch, negócios e games em eventos como innovativa Brasil, NASA talks, DNA empreendedor, startup weekend etc. Instagram: https://www.instagram.com/jsibrito/.
Agência Drumond – Assessoria de Comunicação – Joyce Nogueira