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Bela Vista-MS Segunda-Feira, 25 de Novembro de 2024
A importância do Legal Design e Visual Law no ambiente jurídico

A importância do Legal Design e Visual Law no ambiente jurídico

O Legal Design e o Visual Law são conceitos que têm ganhado cada vez mais destaque no ambiente jurídico. Com o objetivo de melhorar a comunicação e a experiência do usuário, essas abordagens têm se mostrado eficazes na simplificação e visualização de documentos jurídicos complexos – seja por profissionais do direito ou não.

São técnicas que estão revolucionando o meio jurídico. Elas podem melhorar a comunicação jurídica, a experiência do usuário e são úteis na tomada de decisões. Além disso, essas ferramentas auxiliam na compreensão de documentos jurídicos, tornando-os acessíveis para mais pessoas.

O Legal Design é uma abordagem que busca aplicar princípios de design, aliado ao Ux Writing e Plain Language, para melhorar a comunicação jurídica. Ficou, amplamente, conhecido pelo pioneirismo de Margaret Hagan (diretora do Legal Design Lab na Stanford Law School, uma iniciativa que utiliza princípios de design e desenvolvimento de tecnologia para criar inovações no campo jurídico.)

Legal Design e Visual Law no ambiente jurídico -Imagem – Pexels Foto de Olia Danilevich

Já o Visual Law é uma disciplina que se concentra especificamente na visualização de informações legais por meio de ícones, gráficos, ilustrações e outros recursos visuais. É, em síntese, o uso de recursos visuais em documentos jurídico.

Por meio dessas ferramentas, é possível criar uma estratégia para tornar os documentos jurídicos mais acessíveis e compreensíveis. No entanto, para ser útil para o público, o foco precisa estar sempre no usuário final do documento. Isso significa que, por exemplo, a aplicação do Legal Design em uma petição não é a mesma aplicação realizada em um contrato para prestadores de serviços.

Vale destacar que a estética, promovida através do visual law e legal design, influencia na percepção e credibilidade das informações apresentadas. Os benefícios são inúmeros, trazendo praticidade para vida de advogados e facilitando o entendimento para as partes interessadas. Portanto, o futuro da prática no mundo jurídico é promissor, pois pode trazer mais eficiência e clareza na comunicação jurídica. Todos saem ganhando.

(*) Advogada contratualista, especialista em Legal Design, criadora da Formação Completa em Legal Design e Visual Law – Metodologia LDFD, pós-graduada em Direito e Processo do Trabalho e pós-graduanda na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Site: https://gibrahim.com.br/bio/

Agência Drumond – Assessoria de Comunicação – Joyce Nogueira – Assessora de Imprensa

Leia Coluna Amplavisão: Marquinhos Trad fora das eleições municipais?

Leia Coluna Amplavisão: Marquinhos Trad fora das eleições municipais?

IMUTÁVEL:  Discurso de final de ano de Lula veio embrulhado no tradicional espírito natalino falando em conciliação e tolerância. Lembra? Só lero lero. O que se vê  é  o presidente provocando adversários movido pelo conhecido ódio revanchista. E nestas eleições a tendência é de piorar ainda mais. ‘As pessoas não mudam. Revelam-se’.

SOBRE ISSO: “ O que há de novo na polarização recente é que diferenças políticas estão extravasando a esfera do político e abrangendo a totalidade da vida, o campo das emoções, da visão do mundo, e deste modo definindo a própria identidade das pessoas. Se o processo prosseguir na sua marcha em breve vamos ter dois países, numa convivência difícil e cada vez mais desesperada…(-)…” (Roberto Brant)

‘OPINIÕES’:  Em troca das gordas verbas do Planalto, empresas de comunicação retribuem (ou pagam?) com notícias e comentários. Os oposicionistas são vistos como golpistas e os governistas como intocáveis democratas. No noticiário do dia a dia a preocupação é exaltar o poder central, minimizando suas falhas inclusive.

PESQUISA: Espontânea, para prefeito da capital: Puccinelli 12,50% – Rose 11,40% –Adriane 10,20% – Lucas 6,00% – Beto 5,20%, Pedrossian 3,30%, Contar 2,20%, David 2,10% – Camila 1,30%, Pollon 0,40%.  Consulta do Instituto Ranking Brasil, entre 26 a 30 de janeiro, ouvidos 1.000 moradores de todas regiões de Campo Grande, registro no TSE com número 05781/2024.

ESTIMULADA: Puccinelli 17,40% – Rose 16,00% – Adriane 15,20% – Lucas 8,00% – Beto 6,10% – Contar 4,00% –  David 3,80% – Pedrossian 3,30% – Camila 3,00% – Pollon 0,60% – Rafael 0,20%. Dos moradores consultados cerca de 22,40% não responderam ou não souberam.

REJEIÇÃO:  Puccinelli 25,20% – Contar 19,00% – Camila 7,30% – Rafael 6,20% – Adriana 5,00% – Pollon 4,10% – Coronel David 3,80% Beto 3,00% – Rose 2,20% – Lucas 2,00%.  Anote-se que 46% dos moradores pesquisados não responderam ou não souberam.  .

BELEZA: Faltam detalhes e as placas de sinalização para a entrega oficial.  Só elogios para a qualidade do asfalto (57 kms) da rodovia (BR-316) ligando Paraiso das Águas a Costa Rica. A obra iniciada na gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB) não sofreu interrupção pelo governo que atua em todas regiões, ignorando o fator político.

LARANJAL?  O caso da antiga administração da ponte sobre o rio Paraguai na BR-262 pode dar ‘pano pra manga’ se o MPE for fundo e ‘descascar laranjas’. Há chances inclusive de virar combustível nas eleições da capital. A conexão com a exploração  antiga de semáforos do transito em Campo Grande não seria mera coincidência.

QUEM SERÁ?  Não se sabe que coelho sairá da cartola de Bolsonaro nesta vinda dele à Campo Grande, no próximo dia 24. Haverá sim uma competição acirrada dos grupos e partidos que disputam as suas ‘bênçãos’ para concorrer às eleições de Campo Grande.  Outra pergunta: teremos a ruidosa motociata pela avenida Afonso Pena?

ALERTA:  O ex-prefeito Marcos Trad (PSD) e o senador Nelson Trad (PSD), estariam impedidos de participar destas eleições na capital como candidatos a vereança, prefeito e vice-prefeito. O veto para esses cargos decorre dos efeitos da ‘inelegibilidade reflexa’ e atingiria também o ex-deputado Fabio Trad (PSD). Pela jurisprudência do TSE o objetivo é evitar a perpetuação de grupos familiares no poder.

INELEGIBILIDADE REFLEXA:  O termo se refere à inelegibilidade do cônjuge ou companheiro (a) e dos parentes consanguíneos ou afins, até o 2º grau ou por adoção, dos chefes do Poder Executivo Federal, Estadual e Municipal ou de quem os tenha sucedido ou substituído dentro dos 6 meses anteriores à eleição, prevista no art 14, § 7 da Carta Magna.  O caso pode fomentar profundo debate jurídico.

CONCLUSÃO: Quais as saídas do PSD?  Opção número 1 é o deputado estadual Pedrossian Neto. Mas falta-lhe estrutura de campanha e ele é parceiro do Executivo como vice-líder do Governo na Assembleia Legislativa. Detalhe: dos 5 vereadores 4 deles já anunciaram que deixarão o partido rumo ao PP.  ‘Salve-se quem puder! ’

ENIGMA: De olho na dobradinha em 2026 o senador Nelsinho tende a se aproximar do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Mas o primeiro tijolo deste projeto precisa ser assentado nestas eleições. Com a saída dos vereadores, com Marquinhos e Fábio no sereno, a tendência é o PSD é ficar com menos cartas nesta mesa.

‘WHATS APP’: Sua influência nas eleições municipais crescerá muito devido as peculiaridades do pleito e a popularização do celular. A figura do cabo eleitoral cedeu lugar às redes sociais com destaque ao ‘Whats App’, mais eficiente e de custo menor. Fofocas, fotografias e denúncias no ‘menu’ do cotidiano da população. Novos tempos.

‘NO RINGUE’:  De novo há reclamações nos partidos pela cota de dinheiro do Fundo Eleitoral. Como as regras foram mantidas, as discórdias mais comuns são de que os candidatos apadrinhados dos poderosos caciques dos partidos ou a deputados federais acabem sendo os privilegiados com os recursos no total de R$4,96 bilhões.

VALE A GRANA? Aposto, cada leitor conhece um exemplo. Acho que aprofundar no assunto é chover no molhado. Às vezes ganha aquele candidato com menos dinheiro,  noutra vence quem tem mais recursos e maior estrutura de campanha. Como o universo municipal é menor, há um melhor conhecimento do candidato pelo eleitor.

O CANDIDATO:  Dependendo da dimensão da cidade pesa muito sua biografia, o currículo, a família, postura social e profissional. Esses requisitos podem substituir e até ser mais importantes do que o fator financeiro. Claro que pesará também o cenário reinante na comunidade – sem esquecer o potencial do opositor.

FAVORITOS: Em tese eles existem em cima das pesquisas – que as vezes nos remetem às previsões dos horóscopos. Ora!  Fossem elas infalíveis, todo esse processo eleitoral desgastante poderia ser evitado. Mas não é nada disso. O eleitor, pobre, rico, feliz ou revoltado precisa ser ouvido sem discriminação. É aí que a porca torce o rabo.

TOSTÃO X MILHÃO:  Entraram para o folclore aqueles casos em que candidatos tidos como pobres venceram oponentes ricos. Hoje não é assim porque as diferenças e condições podem ser niveladas por vários fatores. Havendo comparação das qualidades pessoais entre os postulantes, o argumento da riqueza X pobreza é pura demagogia.

FAMÍLIAS: “ ( )…Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas. Há também as que não têm gosto de nada, seriam assim um tipo de Família Dieta, que você suporta só para manter a linha. Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir…Enfim, receita de família não se copia, se inventa….(-).” (Do livro ‘Arroz de Palma’, de Francisco Azevedo) 

PILULAS DIGITAIS:

Tô adorando a Marta como a cereja do Boulos. (José ‘Macaco’ Simão)

Não há admiração mais deliciosa do que a do inimigo. (Nelson Rodrigues)

A vida não é fácil. Acostume-se a isso! (Bill Gates)

Arapongas (PR): 118 mil habitantes – com 380 indústrias de móveis.

Somos carteiros: temos a missão de caprichar na entrega, evitar que a carta chegue molhada e, principalmente, gostar do que fazemos. (Ronald Golias)

Padre Kelmon – candidato a prefeito de São Paulo? O ‘show’ não pode parar!

‘Governo esquadrilha’: em 2023 jatinhos da FAB efetuaram 1.484 voos com ministros .

Você sabe a importância do marketing e do branding para um bom líder?

Você sabe a importância do marketing e do branding para um bom líder?

Há duas ferramentas que são essenciais para um bom líder utilizar e ajudar a criar uma imagem positiva e forte da sua marca e negócio: o marketing e o branding. O marketing cria estratégias e técnicas para promover e vender produtos ou serviços. Já o branding é a gestão da marca, é o processo de criação de uma marca forte e que se destaca entre seus concorrentes gerando valor e credibilidade.

Enquanto o marketing visa gerar venda de produtos e serviços, o branding tem o objetivo de associar a presença da marca aos melhores momentos das pessoas. As duas estratégias são responsáveis por conquistar e fidelizar clientes.

Para um líder, esses dois fatores são fundamentais para estabelecer a reputação da empresa e gerar um vínculo emocional com o seu público. Ter uma marca forte e bem posicionada ajuda a se destacar no mercado, gerando confiança, pois sua empresa será bem vista.

Além disso, essas ferramentas também podem ajudar a atrair bons colaboradores para o seu negócio, já que a boa reputação e posicionamento fazem com que uma empresa seja vista como um bom lugar para trabalhar e desenvolver seus potenciais.

Muitas vezes na prática, o líder nem sempre é a pessoa que mais aparece, pois existem várias formas de liderança. Mas para conquistar mercado, você precisa ser visto pelas pessoas e precisa ser reconhecido como uma referência na sua especialidade.

Lembre-se: todas as escolhas de uma organização, como, por exemplo, a criação de logotipo, discurso, tom de voz, valores da empresa, ajudam a construir a personalidade do seu negócio.

Crie e utilize essas técnicas. Tanto seu negócio quanto você, como líder, terão mais sucesso. Busque por profissionais que te ajudem a crescer e alavanquem seu negócio. Assim, você poderá ter um diferencial nos seus resultados e em como seu público e colaboradores te enxergam.

(*) Leonardo Chucrute é Gestor em Educação, CEO do Zerohum, Professor de matemática, ex-cadete da AFA e autor de livros didáticos.

Agência Drumond – Assessoria de Comunicação – Joyce Nogueira

Abracadabra: Por Rosildo Barcellos

Abracadabra: Por Rosildo Barcellos

O ilusionismo sempre abrilhantou o circo, mas um nome ficou marcado na história. E eu como um bom salesiano, não poderia deixar de contar uma das versões.  Dom João Melchior Bosco — nascido em 1815 e falecido em 31 de janeiro de 1888, em Turim, Itália — também protetor de Brasília, que recebeu o título de “Padroeiro do Ilusionismo” por iniciativa de mágicos da Espanha, para celebrar o santo que teria praticado truques de mágica além de malabarismos e acrobacias na adolescência, para auxiliar no sustento da família.

Como era muito religioso, pregava o evangelho depois de suas apresentações acreditando que as bênçãos financeiras que recebia do público vinham pela pregação da palavra de Jesus. Outro hábito do jovem era convidar as pessoas para rezarem o terço, o que se tornou uma constante em suas apresentações, o que atraía sempre novos adeptos. Em 1934, foi canonizado santo da Igreja Católica, pelo papa Pio XI.

A mágica é a técnica e a arte de entreter e surpreender o público  envolvendo basicamente a prestidigitação, prática de atuar ágil e habilidosamente com as mãos. Ao longo do tempo, diversos recursos foram desenvolvidos, com jogos de espelhos e equipamentos cada vez mais sofisticados e tecnológicos, e muito treinamento.

No Brasil, considera-se que o precursor do ilusionismo tenha sido João Peixoto dos Santos. Nos anos 1920, J. Peixoto – como ficou conhecido. Foi o fundador e presidente do Círculo Mágico Internacional. Cito internacionalmente, o grande mágico francês Jean Eugène Robert-Houdin (1874-1926), considerado o “Rei das Fugas”. Suas mágicas se baseavam em trancar-se em baús inclusive imerso na água e em alguns segundos aparecer tranquilamente do lado de fora.

Já no século 20, quem iniciou dominando esse universo foi Doug Henning (1947-2000). Henning já se interessava por mágica desde a infância, assistindo programas na televisão. Começou a pesquisar e quando adulto montou seu primeiro espetáculo, combinando mágica, música e história. Seus truques principais consistiam em  fazer um elefante desaparecer.

David Copperfield (1956-) desafiou  o mundo do ilusionismo com truques insuperáveis. Ele fez desaparecer a Estátua da Liberdade, em um programa de televisão, levitar sobre o Grand Canyon (EUA),  e passar através da Muralha da China.

   No caso de interessar assistir filmes sobre o assunto sugiro “O Incrível Mágico Burt Wonderstone (2013)”, Burt Wonderstone (Steve Carell) é um mágico  popular, que  apresenta seu show em Las Vegas. Entretanto, ele enfrenta sérios problemas quando, subitamente, perde seu parceiro de cena. Burt inicia uma busca para encontrar um substituto, pois terá que enfrentar seu  rival, o também mágico Steve Haines (Jim Carrey). No filme “O Grande Truque (2006)”;Robert Angier (Hugh Jackman) e Alfred Borden (Christian Bale) se conhecem há muitos anos. Desde então eles vivem competindo entre si, o que faz com que a amizade com o passar dos anos se transforme em uma grande rivalidade. Quando Alfred apresenta uma mágica revolucionária, Robert, então, fica obcecado em descobrir como ele consegue realizá-la. Mas de todos estes, talvez o mais lembrado e inclusive esteve no Brasil em novembro passado foi Mister M, que na verdade é Val Valentino, nome artístico de  Leonard Montano. O americano hoje com 67 anos nascido em Los Angeles, lutou contra um câncer de próstata entre 2011 e 2019 e ficou conhecido por suas participações no Fantástico, entre 1997 e 1999. O “príncipe negro das trevas,” como narrava Cid Moreira, se referindo às vestes do personagem, marcou a infância de milhares de  crianças  Por fim apenas um lembrete: Que a mágica de viver revele, sempre, a alegria dos nossos corações!

*Membro Imortal da ALPAS  Academia Literária Internacional de Artes, Letras e Ciências.

 

Leia Coluna Amplavisão:  Filiação partidária: o eleitor arredio!

Leia Coluna Amplavisão: Filiação partidária: o eleitor arredio!

CARLOS MARUN: Sugerido o nome do ex-ministro para reforçar a equipe do prefeito paulistano Ricardo Nunes neste ano eleitoral. A ideia é aproveitar seu estilo combativo e marcante durante o Governo Temer. Não houve convite oficial, mas Marun diz que antes de decidir teria que ouvir a família e companheiros políticos do MS.

‘BATEU LEVOU’: Pelo seu estilo eficiente no Congresso Marun foi chamado de ‘pit-bull’ Nos embates do Congresso ele se destacou. Aos 64 anos de idade, admite estar ficando velho para ser um pit-bull. Ele classifica a gestão de Nunes como eficiente para precisar atuar na defesa. E arrematou: “Se for o caso, vamos jogar no ataque”.

COMBATIVO:  Trocou Campo Grande por Porto Alegre. Após deixar o Conselho da Itaipu Marun se dedica a advocacia, mantendo laços com o MDB local. Se aceitar o eventual convite de Nunes fará falta na campanha de André Puccinelli. Mas com o seu partido desidratado e rachado também aqui, não conseguirá operar grandes milagres.  

OBSERVE: Ano de eleições é tempo de mudança de hábitos dos políticos. Passarão a cumprimentar de modo afetivo os eleitores com abraços e tapinhas nas costas; usarão  carros com os vidros laterais abaixados; enviarão cumprimentos de aniversário. Alguns voltarão a frequentar a igreja, os botecos do bairro e até reconhecerão os vizinhos.

DISTANTES: Políticos encontrando dificuldades nas tentativas de conseguirem  filiações para seus respectivos partidos. As justificativas por essa apatia natural estariam centradas em conhecidos pilares: a decepção com a atuação e distanciamento de seus representantes, além dos escândalos/desmandos nas gestões públicas.

REFLEXO: Em 2023 caiu o número de filiados da maioria das siglas partidárias. PSDB, PDT, MDB, União Brasil, Cidadania foram alguns deles. Vejam que mesmo com a ascensão de Lula o PT cresceu só 1% – contra 6% do PL e 2% do Republicanos. Isso é o que pode ser considerado o desencanto do cidadão comum.

IDEALISMO? Palavra lacrada no nosso dicionário. A vontade de servir pelo objetivo maior de ser útil à comunidade parece utopia hoje em dia. Quase sempre há outros intere$$e$ em jogo. O temor é que o ato de filiação seja estigmatizado por ligá-lo à  algum projeto pessoal  nebulo$o de poder desconectado da população.

DESCONFIADO: Convenhamos, um termo até generoso para definir o sentimento de quem tem ido as urnas para depositar esperanças e que só tem colhido frustrações. Petrolão, Lava Jato, Dinheiro na Cueca, Mensalão, Malas do Gedel, Petrobras, Propinoduto e os casos locais de corrupção ainda na memória da população.

ARREMATE: Qual o perfil do cidadão que você conhece e que esteja filiado a uma agremiação partidária? Trata-se de um cidadão da iniciativa privada, sem interesses pessoais ou empresariais e acima de tudo patriota idealista – efetivamente preocupado com o presente e futuro da sua comunidade?  Ou só olhará pra dentro de si?

UMA PIADA: Consta na Constituição de que todos brasileiros são iguais perante a lei. ‘Faz me rir’. Dados oficiais mostram que no país existem nada mais – nada menos do que 55 mil cidadãos com foro privilegiado. São os chamados intocáveis. Enquanto isso  nós, pobres mortais, continuamos com a bolinha vermelha na ponta do nariz.

A VEZ DELAS? Cada partido ou coligação deverá reservar o mínimo de 30% e o  máximo de 70% para candidaturas de cada sexo nestas eleições. É obrigatória também a reserva de 30 % dos recursos públicos (Fundão e Fundo Partidário) para as mulheres candidatas.  Ainda: elas têm direito a 30% do tempo na propaganda no rádio e TV.

MACHISMO:  Mais de 52% do eleitorado é feminino. Nem por isso o sistema foi proporcional na representação política delas cm cargos eletivos. Mas com das regras mais divulgadas e conscientização de que a lei existe para ser cumprida, espera-se que as eleitoras ponham fim na tradição de que as mulheres preferem votar nos homens.

ODORICO PARAGUAÇU:  “Prafrentemente. Isso é obra da esquerda comunista, marronzista e badernenta. Essa obra entrará para os anais e menstruais de Sucupira. Vamos dar uma salva de palmas a esta figura trepidante e dinamitosa que foi Seu Nonô. Vai ter confabulância político-sigilista sobre as nossas candidaturas. Seu Dirceu, não fique aí com a cara de Seu Malaquias-cadê-minha farofa! Tome os providenciamentos necessários.”

FOLIA DO ITAMAR: Em 14 de fevereiro de 1994 o presidente Itamar Franco foi notícia ao fazer chamegos na modelo Lilian Ramos (sem calcinha) na Marques da Sapucaí. O episódio, ‘café pequeno’ perto das barbaridades de outros governantes. Mas ele deu a volta por cima com o Plano Real.  Como dizia o ‘filósofo grego’ Sinhozinho Malta: “Tô certo ou tô errado? ”

FRASES DO ITAMAR: Os números não mentem, mas os mentirosos fabricam números. Vocês (jornalistas) não me deixam casar. A gente só diz sim ou não no casamento, e ainda assim erra. Do jeito que as coisas vão FHC vende a bandeira nacional até 2002. Como vou fazer para saber se as pessoas estão com calcinha preta, verde e vermelha ou sem calcinha? Se o vento desmancha o cabelo não é problema meu.

ALDO REBELO:  “Bolsonaro me apoiou para o ministério da Defesa e votou em mim para presidente da Câmara. A política é muito heterogênea e comporta alianças mais  amplas. Afinidades são diferentes de alianças. A esquerda abandonou a ideologia e abraçou a biologia. Sou de uma esquerda nacionalista e desenvolvimentista. A esquerda de hoje abandonou a ideologia e abraçou a questão de gênero e cor da pele. ”

NO ESTADÃO: “ ( )…Com a aniquilação moral de Sérgio Moro e da Lava Jato, tem-se como consequência natural, a redenção moral de tantos quantos foram pilhados em falcatruas diversas ao longo de trepidantes investigações anticorrupção na história recente. Ressalve-se que obviamente não se trata de ver aí uma ação concertada entre os diversos interessados, ainda que seja tentador ligar os pontos, mas é inevitável constatar que há poucos insatisfeitos com o destino de Sergio Moro, desmoralizado por Bolsonaro, desqualificado pelo Supremo e possivelmente despejado do Congresso. Que fim melancólico para aquele que se dispôs a ser a palmatória do mundo. ”

PILULAS DIGITAIS:

A candidatura de Beto Pereira para prefeito da capital decola? (no bar da esquina)

Asas de anjos para políticos. Produto em falta no mercado. (Manoel Afonso)

Eu sempre ouço com atenção o que meu cachorro me diz. Ele é um pastor. ” (Nelson Padrella)

“Não estou aqui para ser simpática. Estou aqui para ser competente. ” (Leila Pereira, presidente do Palmeiras)

STJ gastará mais de R$950 mil na reforma da casa de ministro. (na mídia)

Somos o que fomos, acrescentados de culpa. (Fernando Bandeira de Melo Aranha)

A humildade, se você não tem por virtude, precisa ter por esperteza. (Roberto Marinho)

É bem melhor pensar sem falar do que falar sem pensar. (Jô Soares)

Não tenho possibilidade de consertar nada, mas tenho a obrigação de denunciar tudo. (Chico Anísio)

As más companhias não fazem o homem mau. Na verdade, as más companhias, e sobretudo as péssimas companhias, fazem a gente parecer muito melhor do que é.” (Millôr)

Janeiro branco e a lucidez para o equilíbrio: Milena Coelho

Janeiro branco e a lucidez para o equilíbrio: Milena Coelho

Janeiro chega trazendo consigo diversos planos e metas para muitos de nós. Lendo essa frase isoladamente, talvez pensemos com certa brevidade em quem não tem planos e metas, mas o sentido aqui empregado é acerca da intensidade e da qualidade, não acerca da presença ou ausência. Explico. Não é que não tenhamos planos e metas, de fato, ainda que implicitamente, todo ser humano vivencia suas experiências relacionando-as ao que aprendeu anteriormente e pensando no que pode vir a seguir.

Alguns traçam planos pensando na saúde física, outros ainda desejando mais a parte estética do que a saúde em si. Há aqueles também que buscam melhores fontes de rendimento, ou alternativas que lhes tragam mais conforto. Mas há quem não trace planos explícitos, com nenhum planejamento financeiro, mas tem o plano, ainda que não declarado abertamente, de sobreviver.

Culturalmente, Janeiro acaba sendo este mês em que as pessoas pensam em recomeços. Neste comportamento de pensar e aos poucos perseguir seus planos é que podemos nos colocar em ciladas armadas por nós e pela cultura desenfreada do consumismo, haja vista precisarmos lidar com inúmeras variáveis intercorrentes.

Falando para uma classe mais favorecida socialmente, podemos pensar em um eletrodoméstico que precisa de conserto, quiçá de outro, já que estamos em tempos descartáveis ou líquidos, como diria Bauman, que nos leva às relações que também podem não seguir o nosso planejado.

Mas por que escrever um texto tão denso em pleno janeiro? Para que tenhamos nossos pés no chão e nossos olhos abertos, senão poderemos entrar novamente em uma escravidão cega, que nos coloca em planos que são inatingíveis, fazendo com que o ser humano permaneça não só alimentando uma cultura, antes dita, desenfreada do consumismo, mas também em uma frustração cíclica.

A campanha de Janeiro branco nos traz o pedido do equilíbrio. Para termos uma saúde emocional em equilíbrio, precisamos continuamente avaliarmos quais são os nossos planos e sonhos. De que eles são construídos? Ao que corroboram? Quando chegarmos nesta lucidez, alcançaremos o tão almejado equilíbrio. (Foto: Divulgação)

*Milena Coelho é docente do curso de Psicologia da Estácio.