jun 6, 2024 | Colunistas
O desenvolvimento infantil é um processo repleto de marcos importantes que influenciam a aprendizagem e o futuro das crianças. Os pais devem proporcionar para as crianças estímulos, além de inseri-las em um ambiente que as ajudem a se desenvolver.
As neurociências apontam que os primeiros três anos de vida são cruciais para o desenvolvimento infantil. Este período, referido como primeira infância, é caracterizado pelo intenso desenvolvimento cerebral, uma época em que ocorrem 90% do desenvolvimento do cérebro.
Portanto, podemos afirmar que as crianças têm maiores probabilidades de prosperar quando têm acesso a cuidados de saúde, nutrição, educação e serviços de assistência social de qualidade durante os primeiros anos, assim como a estímulos adequados.
Estratégias Práticas para o Desenvolvimento Infantil – Imagem Pexels – Foto de Yan Krukau
Uma forma de fazer isso é a estimulação de habilidades que precisam ser adquiridas em cada faixa etária, como linguagem ou habilidades motoras em crianças bem pequenas, por exemplo.
Também devemos estimular a leitura desde cedo através do exemplo. Os pais devem ensinar o hábito da leitura mesmo antes da criança começar a falar. Isso pode ser feito à noite com a contação de histórias por meio de livros infantis. Também é uma forma de estimular a imaginação do pequeno e conforme for crescendo se tornará um leitor assíduo e com excelente desempenho escolar.
Ao estimular o desenvolvimento de determinadas habilidades específicas, os pais oferecem incentivo positivo e criam um ambiente familiar seguro. Ainda impulsionam as habilidades cognitivas, emocionais e sociais das crianças.
(*) Luciana Brites é CEO do Instituto NeuroSaber (https://institutoneurosaber.com.br), autora de livros sobre educação e transtornos de aprendizagem, pedagoga, palestrante, especialista em Educação Especial na área de Deficiência Mental e Psicopedagogia Clínica e Institucional pela UniFil Londrina e em Psicomotricidade pelo Instituto Superior de Educação ISPE-GAE São Paulo, além de ser Mestra e Doutoranda em Distúrbios do Desenvolvimento pelo Mackenzie.
* Psicopedagoga Luciana Brites, CEO do Instituto Neurosaber – Luciana Brites – Neuro Saber – Crédito – Samara Garcia
jun 3, 2024 | Colunistas
Adotar e viver os ensinamentos de Deus não é apenas uma escolha espiritual, mas uma decisão que transforma completamente nossa existência, conferindo-nos direção e significado. O Evangelho de Jesus Cristo não nos livra dos desafios da vida; ao contrário, nos equipa com a força e sabedoria necessárias para enfrentá-los com coragem e resiliência. Ao invés de sucumbir ao desespero diante das dificuldades, os ensinamentos divinos nos proporcionam uma perspectiva de confiança e tranquilidade.
Seguir os mandamentos do Senhor não é simplesmente uma obediência ritualística; é um caminho para uma vida mais plena e realizada. Os mandamentos são diretrizes que promovem o amor, o respeito e a honestidade, valores que nutrem nossas relações e nos mantêm alinhados com propósitos mais elevados. Pessoas que vivem de acordo com esses preceitos tendem a experimentar maior estabilidade emocional e satisfação pessoal.
Além disso, a prática dos princípios cristãos fortalece a família e a comunidade. Ela encoraja o apoio mútuo, a compaixão e o serviço ao próximo, criando um ambiente onde todos podem prosperar. Isso é evidenciado não apenas na vida individual, mas também no impacto positivo nas famílias e sociedades que adotam esses valores.
Historicamente, muitos relatos e testemunhos pessoais atribuem experiências de milagres e intervenções divinas à fé e dedicação a esses ensinamentos. Essas histórias não são apenas anedotas; elas são uma realidade vivenciada por muitos, que encontram no divino uma fonte de milagres e bênçãos contínuas. Esses milagres, grandes ou pequenos, servem como lembretes tangíveis de que não estamos sozinhos nessa jornada.
O Élder Shayne M. Bowen, membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, compartilha dois marcantes milagres na história de sua família. O primeiro envolveu seu avô, Grant Reese Bowen, que, quando jovem, ao ser informado sobre a morte de sua mãe, correu para casa e ao encontrá-la em uma maca na varanda da frente da residência e ao confirmar que não havia sinal de vida, colocou as mãos na cabeça dela “e disse ao Senhor que, se a promessa que Ele me fizera por meio do patriarca (da igreja) fosse verdadeira, que ela se manifestasse naquele momento e trouxesse minha mãe de volta à vida. Prometi a Ele que, se Ele fizesse isso, eu nunca hesitaria em fazer todo o possível para edificar Seu reino. Enquanto eu orava, ela abriu os olhos e disse: Grant, me ajude a levantar. Estive no mundo espiritual, mas você me chamou de volta. Que esse seja um testemunho para você e para toda a minha família” (palavras do avô registradas em seu diário).
O segundo milagre ocorreu em 1989, quando a família de Shayne voltava de um evento da igreja. Sua esposa Lynette, grávida e inicialmente sem cinto de segurança no automóvel, sentiu um impulso de colocá-lo e essa atitude foi vital. Pouco depois, seu veículo capotou durante uma manobra para se desviar de outro veículo que veio desgovernado em sua direção em alta velocidade. Apesar do perigo, a família conseguiu evacuar, mas sua filha Emily, de 10 anos, foi encontrada sem sinal de vida e presa sob o veículo. Com a ajuda de membros da igreja que chegaram ao local, eles removeram o veículo e Shayne realizou uma bênção de cura sobre a pequena Emily, que milagrosamente se recuperou completamente, apesar de alguns ferimentos. Hoje Emily e o marido Kevin são pais de seis filhas. O bebê que Lynette esperava na época também nasceu sem complicações meses após o acidente. Estes eventos reforçam a crença da família no poder da fé e na intervenção divina.
Também tenho o testemunho do milagre de Deus na vida de minha família. Há alguns anos, minha filha, Maria Ritha, sofreu um acidente na estrada para Bonito-MS. Um veículo desgovernado e em alta velocidade invadiu a sua pista e bateu no veículo em que estava, com o namorado. Eles capotaram e o carro pegou fogo. Minha filha e o rapaz saíram ilesos. Maria Ritha teve apenas uma luxação no ombro, provocado pelo cinto de segurança enquanto que a família que estava no outro veículo, um casal e uma criança, lamentavelmente faleceram na hora.
Assim, construir nossa vida sobre os fundamentos que Jesus Cristo estabeleceu não é apenas uma escolha espiritual, mas uma prática que enriquece todos os aspectos de nossa existência, proporcionando uma jornada enriquecida pela fé, esperança, segurança e amor.
*Jornalista e Professor
maio 31, 2024 | Colunistas
COMPLEMENTO: Na coluna anterior falamos do poder eleitoral e político de Campo Grande, lembrando que vários de seus ex-prefeitos chegaram ao senado. Principalmente ao leitor jovem e àquele que chegou ao MS após a sua criação, vamos enumerar os ex-prefeitos que viraram senadores. As datas se referem ao período no Senado.
VESPASIANO B. Martins: prefeito duas vezes, deputado federal, senador de 1935 a 1937 e de 1946 a 1955. Fernando Corrêa da Costa: senador de 1959 a 1961 e de 1967 a 1975. Wilson B. Martins: de 15 de março de 1987 a 1º de janeiro de 1955. Antônio M. Canale: Deixou a prefeitura em 1973 e se elegeusenador em 1975; no cargo até 1983.
LEVY DIAS: Senador de 1º de fevereiro de 1991 a 1º de fevereiro de 1999 após 3 mandatos na Câmara Federal e antes prefeito da capital. Marcelo Miranda: prefeito eleito de 1977 a junho de 1979 quando foi nomeado governador. Virou senador em 1982. Lúdio Coelho: exerceu todo o mandato de senador entre 1995 a 2003.
JUVÊNCIO C. da Fonseca: Ex-prefeito eleito senador, seu mandato foi de 1999 a 2007. Nelsinho Trad: Nas eleições de 2018 foi o último dos ex-prefeitos eleitos ao Senado. Pelos nomes e datas a relação envolve também o período anterior a criação de MS. Apesar de Cuiabá ser a capital do MT, Campo Grande já era importante no contexto político.
NO FACEBOOK: Após 27 anos a fala do ex-ministro Roberto Campos ainda é atual sobre a postura antiempresarial do Governo. Campos dizia lá atrás: “dos vários ‘arios’ que temos por aí; o missionário, o operário e o funcionário – o empresário é o mais importante. ” Em 2023 dois milhões de empresas fecharam no país; aumento de 25% em relação a 2022.
FUTEBOL: A conivência por interesses imperou ao longo dos anos em que Francisco Cesário mandou em nosso futebol. Extensão do esquema da CBF, desde J.Havelange, Ricardo Teixeira, José Marin e outros de igual perfil. Parte da grana de patrocinadores e de outras fontes usada para bancar os gastos da entidade e ‘amansar’ presidentes de clubes e outros dirigentes com direitos a voto na federação.
E AGORA? A classe política e outros segmentos não podem se omitir diante do quadro. O indicado pela CBF para a presidência possui os predicados necessários? Só a convivência dele com Cesáriojá motiva suspeitas. Tem o perfil que o cargo exige? Basta! A Federação não pode continuar sendo propriedade de apaniguados do Cesário.
COMPARANDO: A ascensão do time de Cuiabá aumentou o questionamento do campo-grandense: Porque os cuiabanos podem e nós não? Felizmente agora com o GAECO no caso, aumentam as esperanças de que os ocupantes da federação deixem seus cargos e sob nova direção, prevaleçam os reais interesses do futebol.
JOESLEY BATISTA-1: (Entrevista em 2017 ao jornalista Diego Escosteguy da revista Época) )“O Lula e o PT institucionalizaram a corrupção. Houve essa criação de núcleos com divisão de tarefas entre os integrantes, em estados, ministérios, fundos de pensão, bancos, BNDES. O resultado é que hoje o Estado brasileiro está dominado por organizações criminosas. O modelo do PT foi reproduzido por outros partidos”
JOESLEY BATISTA-2:“(Guido Mantega) Resolvia. Então pronto. Para que ter outro? Não estou protegendo ninguém, mas só posso falar do que fiz e do que posso provar. Não estou entregando pessoas. Entreguei provas aos procuradores. E o PT tinhao maior saldo de propina. O que posso fazer se a interlocução era com o Guido?”
DÚVIDAS: Elas superam a certeza sobre a decisão da Petrobras quanto a Unidade de Fertilizantes Hidrogenados em Três Lagoas. Será concluída ou vira sucata de vez? Se aquela visita do ex-presidente da Petrobras preocupou, essa troca da presidência da empresa é uma ducha fria.Nem mais uma palavra da ministra Simone Tebetsobre o caso. Sei não…
OPINIÃO: Sobre a escolha do companheiro (a) de chapa, o pré-candidato Beto Pereira (PSDB) lembra que os critérios são relativos nesta hora. Não há preconceitos quanto ao perfil, raça, cor, posição social e religião. Ele citou vários exemplos de vices em chapas vitoriosas e diz estar aberto para troca de opiniões. Por enquanto nada definido.
NO RETROVISOR: O passado ajuda o presente a iluminar o futuro. Na política a regra é válida. A escolha do vice não decide a eleição, mas ajuda a dar credibilidade a chapa – apesar das ironias quanto ao seu papel na administração. O nome do vice não consta da placa de inauguração e ele não corta ou desata a fita.
RELAÇÃO de vices dos prefeitos da capital a partir de 1947: Arthur Vasconcelos (vice de Fernando C. Costa); Dinamerico Inácio de Souza (vice de Oliveira Lima); Nelson Trad (vice de Antônio Canale); HelioMandeta (vice de Plínio Martins); Mario Caldas (vice de Antônio Canale); Alberto Cubel (vice de Levy Dias); Heráclito Figueiredo (vice de Juvêncio); Marilu Guimarães/Chico Maia, (vices de Lúdio Coelho); Osvaldo Possari (vice de André Puccinelli); Marisa Serrano/Edyl Albuquerque (vices de Nelson Trad); Gilmar Olarte (vice de Alcides Bernal) e Adriane Lopes (vice de Marcos Trad).
REFLEXOS: As eleições de 2022 refletirão agora? Na capital: Bolsonaro obteve 54,56% e Lula 34.57%. Contar 26,64%; Puccinelli 21,82%; Marcos Trad 15,48%; Eduardo Riedel 14,66%; Rose Modesto 13,96%. Marcos Pollon liderou com 38.410 votos para a Câmara e ao senado Tereza Cristina 52,56%. Esses patrimônios eleitorais vão se manter influentescom mudança de cenário?
DE FORA: O ex-ministro Luiz H. Mandetta até discursou no evento recente de Rose Modesto. Apesar de seus 92.401votos (20,08%) obtidos para o senado na capital, ele está fora destas eleições. Morando no Rio de Janeiro e atuando numa grande empresa do setor de saúde, a política não consta de seu projeto de vida. Saiu – perdeu o espaço.
‘STATES’: Condições para ocupar a Casa Branca: ter nascido nos EUA; idade mínima de 35 anos; ter morado nos EUA por 14 anos. Curiosamente não há proibição de uma pessoa condenada criminalmente ser presidente; casos de Eugene Debs e Lyndon La Rouche. Portanto, a sentença condenando Trump não o impede de concorrer ao pleito. Lá – como cá – a imoralidade impera na política.
DESGASTES: Essa novela, com pitadas escandalosas, sobre o direito de ocupar uma cadeira na Câmara Municipal de Campo Grande ajuda a denegrir a imagem dos políticos de um modo geral. Certamente, desde o início, existem muitos interesses em jogo. Esse é pelo menos o resumo da opinião pública. Quando você pensa ter visto tudo…
SEM ILUSÕES: Apesar das leis que parecem rígidas, os financiadores de campanha ainda terão papel de destaque nas eleições deste’ Brasil de Meu Deus’. Neste cenário o eleitor ‘indeciso’ receberá seu ‘pro-labore’ estimulante em dinheiro vivo que não entrará na prestação de contas do candidato perante a justiça eleitoral. É assim que funciona.
FLECHADA CERTEIRA:
São três as análises básicas das “pesquisas de opinião”: Uma para orientar os candidatos. Outra pra orientar os financiadores. Outra pra desorientar o público. (Millôr)
maio 25, 2024 | Colunistas
VANDER LOUBET: Obstinado pelo Senado, o deputado quer se fortalecer na capital (33% dos eleitores do MS). Quem não vencer aqui, não leva! Por vários fatores Vander tem problemas. Além da prevenção do eleitorado conservador, sofre de cruel estigma, apesar de inocentado por suspeita de corrupção. Não sei se a harmonização facial e o implante capilar aliviam.
APOSTAS: A capital é a porta de entrada do Senado. Vander adota estratégias para colocá-lo ao lado de postulante com chances de vitória. A candidatura, por exemplo, da deputada Camila Jara (PT) não traria novos eleitores, não beneficiaria Vander. Mas se apoiando Rose Modesto (União Brasil) teria sim maiores chances de futuros benefícios eleitorais em 2026.
A CAMINHO: Prestigiada pela cúpula do União Brasil, Rose Modesto ainda não escolheu seu companheiro de chapa. Merece destaque o fato de Ronaldo Caiado e ACM Neto – duas lideranças da sigla e que a prestigiam, serem apontados como nomes de peso na sucessão presidencial. Caiado é citado pelo senador Sergio Moro como eventual candidato ao Planalto
LIÇÃO-1: Querido das crianças, Macaco Tião jogava objetos nos visitantes no ‘Zoo do Rio’. Graças a revista’ Casseta Popular’ e pela falta de boas opções nas eleições para prefeito (vencidas por Marcelo Alencar) em 1988 – Tião obteve 400 mil votos (3º lugar). Seu slogan “O único candidato que já está preso”. Tião morreu em 1996 e mereceu luto oficial por 3 dias.
LIÇÃO-2: Em 1959, dentre 10.214 candidatos a vereança em São Paulo, o rinoceronte Cacareco obteve 100 mil votos, suficientes para eleger 1/3 da câmara. O candidato 2º mais votado foi Manoel Vaz (10.214 votos) genro do prefeito Ademar de Barros. Tião inspirou a marchinha: “Cansados de tanto sofrer/e de levar peteleco/vamos agora responder, votando no cacareco”.
LIÇÃO-3: Em1987, nas eleições municipais de Vila Velha (ES), a população indignada encontrou outra fórmula ‘sui generis’ de protestar contra os desmandos e escândalos de corrupção local. Optou em votar no mosquito da dengue – vencedor com 29.667 votos – 3 vezes mais do que a votação do candidato vencedor.
SUGESTÃO: 3 casos de políticos nossos egressos do xilindró: o ex-prefeito, ex-governador Puccinelli (MDB), o ex-prefeito Gilmar Olarte e o vereador Claudinho Serra (PSDB). Aliás, se candidatassem nestas eleições, eles poderiam inclusive aproveitar parte do slogan do macaco Tião, ou seja: “Os candidatos que já foram presos”.
MUDANÇAS: As urnas eletrônicas impedem que o eleitor proteste de modo mais usual e visível, como antes nas cédulas de papel. Mas ele ainda pode protestar nas redes sociais. A corrupção evoluiu, sofisticada com a tecnologia. Os documentos falsificados ainda resistem, apesar da atuação do Ministério Público. O noticiário prova isso.
‘NO LIMITE’: O Governo gasta 90% do orçamento com pensões/aposentadorias, salários, seguro-desemprego, idosos, Bolsa Família, educação e saúde. Pasmem! Resta só 10% para investir, em subsídios, créditos carimbados e nos PACs. Sem chances de melhora, pois os gastos obrigatórios crescem mais rápido do que a arrecadação e o PIB.
DIRETO AO PONTO: Defino assim a fala do deputado Paulo Duarte (PSB) sobre as consequências da nebulosa reforma tributária. Expert na área, focou firme nos pontos que tendem a prejudicar nosso MS – inviabilizando inclusive os projetos econômicos do atual governo pela perda da receita que estima na faixa de 20%.
TRAGÉDIA: Paulo Duarte lembra que os 5.568 municípios terão o futuro atrelados aos 27 integrantes do futuro Comitê Gestor, que irão priorizar os interesses dos estados mais desenvolvidos. Precavido, sugere um comitê local estudando o caso a fundo para fornecer subsídios técnicos aos nossos senadores e deputados federais nos debates do Congresso Nacional.
CAPITAL: Ouvi no saguão da Assembleia Legislativa que na hora certa o PL se unirá ao PP da prefeita Adriane e da senadora Tereza Cristina. Assim evitaria atritos entre outros nomes, pois o tenente Portela tem livre transito nos grupos de centro e direita. A dúvida é se ele passará ou não o bastão lá na frente, pois o ego humano é indomável.
PERA-LÁ: Essa tese é contestada pelo deputado João Catan que defende candidatura própria do PL na capital como alternativa legítima da direita liberal, numa hora em que há ambiente para o debate com o PSDB, PT e MDB. Aliás, a posição vigorosa de Catan nas sessões nos remete ao personagem do energético ‘Red Bull’. Força total!
ELOGIOS: Eles não faltaram ao governador Riedel pela sua ousada e promissora viagem aos Estados Unidos com objetivo de expor nosso potencial econômico. Analistas e especialistas do mercado internacional ancorados em Nova Iorque gostaram desta iniciativa com luz própria, longe das bênçãos de Brasília.
CONTABILIDADE: Em 2020 o MDB elegeu 772 prefeitos – PP 680 – PSD 649 – PSDB e DEM, hoje União Brasil – 459. Enquanto isso o PT elegeu apenas 183 prefeitos e 258 vice-prefeitos. Hoje o partido de Lula já conta com 265 prefeitos. Os maiores índices de migração após o início do 3º mandato dele, ocorreram no Nordeste.
É O JOGO: Absolvido ou condenado. Qualquer hipótese seria pertinente. Mas o senador Rodrigo Pacheco (PSD) fez o meio de campo junto ao ministro Alexandre de Moraes e o senador Sergio Moro (União Brasil) absolvido. Aliviou o clima entre Judiciário e Congresso e favoreceu politicamente o Governo para as eleições de 2026.
ALÍVIO: Ficando no Senado Moro ficará mais distante de Bolsonaro e fortalecerá menos o discurso da direita no pleito de 2026. Isso foi levado em conta nas articulações do senador Rodrigo Pacheco (PSD) junto ao ministro Alexandre de Moraes, amainando o clima de revanchismo. Quem não gostou foi a deputada Cleise Hoffmann (PT), que sonhava disputar a vaga de Moro pelo Paraná. Ficou de bico quebrado.
SÓ DE LONGE: Gosto de ouvir a opinião de observadores sobre a postura do governador Riedel (PSDB) nestas eleições. É consenso no saguão da Assembleia de que ele não se envolverá na disputa, preservando sua autoridade e mantendo a boa imagem atual. Os vencedores, seja eles quais forem, irão manter boas relações com o Governo.
POLARIZAÇÃO? Na capital, pelo menos, não há clima para tal. Em outros tempos acontecia em função das posições dos partidos e de grupos políticos. Analisando o quadro atual conclui-se de que há mais identidade do que diferença entre os futuros candidatos. O multipartidarismo praticamente uniformizou o discurso e a cara deles.
COMPARANDO: Parece até que os programas dos partidos foram produzidos pelos mesmos personagens. Basta ler alguns deles para essa conclusão. Todos se inspiram em Deus, no respeito à sociedade, na convivência harmônica, prometendo o bem estar, obediência a democracia em nome do progresso, do direito e por um futuro melhor.
‘ ESTRANHO’: A opinião pública arrepiada com a decisão do ministro Tófoli que beneficiou o empresário Marcelo Odebrecht, mantendo válida a deleção premiada na ‘Lava Jato’. Assim Marcelo não poderá pedir de volta o dinheiro já pago como multa. Seria comparado ao caso imaginário do juiz que anulou o flagrante do traficante e ficou sem saber o que fazer com a cocaína apreendida. Devolveria ou não ao traficante?
FINALMENTE..
STF reconhece: ‘o uso abusivo de ações judiciais compromete a liberdade de imprensa’.
maio 23, 2024 | Colunistas
Em seus 252 anos, Porto Alegre e outros municípios do Rio Grande do Sul, afetados pelas cheias dos corpos hídricos, decorrentes das chuvas intensas, neste momento enfrentam tragédias humanas consequentes do modelo de desenvolvimento negligente às dinâmicas naturais de cheias e secas dos corpos hídricos em seus territórios municipais.
Desde 2015, o Relatório Brasil 2040 do Governo Federal alerta para a urgência de adaptação às mudanças climáticas, visando um modelo de desenvolvimento que considere as questões climáticas e as consequências socioambientais e socioeconômicas em todas as esferas territoriais ambientais, urbanas e rurais, desde os bairros planejados até as periferias e áreas informais, bem como nos setores da economia industrial e agrícola, dentre outros correlacionados.
No ambiente construído – edificação e cidades, do desenho urbano às infraestruturas incidentes nas decisões de planejamento, observa-se inadequação e obsolescência, intensificando o impacto e agravamento sobre a ocorrência e consequências dos eventos climáticos hidrológicos extremos, sejam no excesso ou na escassez.
Torna-se evidente a urgência em dar início aos processos de adaptação ao clima e ao desastre decorrente do evento extremo, exigindo a readequação e renovação das técnicas de infraestrutura multiescalares, na dimensão do edifício ao macro e microplanejamento e gestão territorial regional (intra e intermunicipais) e metropolitana.
É insustentável não tratar da interrelação entre as questões da natureza sobre o desenvolvimento urbano – soluções baseadas na natureza e o território sensível à água, especialmente no que diz respeito à dinâmica hídrica na microescala do desenho. O transbordamento do volume do rio Guaíba é uma demonstração evidente dessas relações.
Tomando como referência a experiência da Austrália diante da “Seca do Milênio” em 2010, uma década de seca contínua, é possível desenvolver e implementar alternativas de governança socioecológica que efetivem a transição para cidades sensíveis à água.
O modelo de planejamento atrelado ao território sensível à água parte de uma compreensão do território, especialmente pelas bacias hidrográficas como unidade primária de planejamento territorial, com ênfase no valor da infraestrutura de manutenção dos serviços ecossistêmicos, além de promover a formação de comunidades sensíveis à água por meio do engajamento social.
É urgente tomar medidas emergenciais para preservar vidas contra enchentes no Rio Grande do Sul, mas é igualmente fundamental implementar ações de transição em direção ao território – cidade e campo sensíveis à água, a fim de evitar um futuro de tragédias e garantir a permanência humana nos territórios.
*Diogo Sakai é professor de arquitetura e urbanismo da Estácio e doutor em planejamento e projeto urbano e regional.
maio 23, 2024 | Colunistas
O Brasil, infelizmente, enfrenta sérios desafios em sua capacidade de gerir grandes catástrofes naturais. As enchentes no Rio Grande do Sul expuseram a falta de preparo e a ineficácia das medidas preventivas e reativas por parte dos governos, especialmente no âmbito federal. Essa falha na resposta governamental destaca uma desconexão entre a capacidade de previsão e a execução de ações eficazes para minimizar o sofrimento humano e os danos materiais.
Ao contrário do que se observa no poder público, a população demonstrou grande resiliência e nobre espírito de solidariedade. Comunidades locais e de outros estados se organizaram de forma admirável, participando ativamente do resgate de pessoas e animais, além de coordenar a distribuição de mantimentos essenciais para as famílias desabrigadas. Essa mobilização popular é um exemplo claro de como a sociedade pode se unir em momentos de crise, suprindo enormemente as lacunas deixadas pelo Estado.
As intervenções tanto do governo federal quanto do estadual foram marcadas por ineficiências, principalmente no resgate de pessoas e animais e na distribuição de recursos básicos como alimentos, água e agasalhos. Relatos de entraves burocráticos que dificultaram as ações de voluntários, vindos de várias partes do país, são especialmente preocupantes e indicam uma necessidade urgente de revisão nos protocolos de atuação em emergências.
Outra questão crítica é a ausência de um fundo financeiro destinado especificamente para o socorro imediato em catástrofes. Enquanto isso, observa-se uma disparidade nas prioridades de alocação de recursos públicos, com somas de bilhões de reais direcionadas a eventos eleitorais e incentivos culturais, cuja distribuição não atende às necessidades básicas da população mais vulnerável.
A necessidade de uma política nacional de gestão de riscos e desastres é evidente e urgente no Brasil. Essa política deve começar com a criação de um sistema de alerta precoce que seja capaz de detectar sinais de desastres naturais com antecedência suficiente para permitir a evacuação segura e a preparação das comunidades. Esse sistema deveria ser integrado com plataformas de comunicação modernas para disseminar alertas de forma eficiente e acessível, alcançando a população por múltiplos canais.
A capacitação e o treinamento contínuo do pessoal da Defesa Civil também são aspectos cruciais. É necessário que esses profissionais estejam equipados não apenas com conhecimentos técnicos, mas também com equipamentos de última geração para resgate, comunicação e logística. Investimentos em veículos especiais, embarcações e aeronaves adaptadas para resgate, sistemas de comunicação avançados e equipamentos de proteção pessoal devem ser priorizados para garantir uma resposta rápida e eficaz durante as emergências.
A logística de ação em resposta a desastres também precisa ser meticulosamente planejada e executada. Isso inclui a definição de rotas de evacuação claras, a criação de centros de abrigo temporário bem equipados, seguros e o estabelecimento de estoques de recursos críticos, como alimentos, água potável, medicamentos e agasalhos, em pontos estratégicos para rápida distribuição. A colaboração entre o governo federal, estaduais, municipais e agências não governamentais é essencial para coordenar esses esforços e garantir que os recursos sejam utilizados de maneira otimizada e não permitir como ocorreu em diversos pontos onde houve conflitos devido à falta de organização governamental.
Por fim, uma estratégia eficaz de mitigação de desastres deve incluir um componente de revisão e melhoria contínua. Após cada desastre, é vital conduzir análises detalhadas do que funcionou e do que não funcionou na resposta à emergência. Aprender com cada evento e adaptar a estratégia de gestão de riscos é fundamental para aprimorar constantemente as capacidades do país em lidar com catástrofes naturais, tornando cada resposta subsequente mais eficiente e menos impactante para a população. Implementar essas medidas pode transformar profundamente a maneira como o Brasil enfrenta suas frequentes e variadas emergências naturais.
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, fundada há 200 anos e que não possui clero remunerado, é um bom exemplo ao Governo Brasileiro de ajuda humanitária. Com sede em quase todo o mundo, ela desenvolve um dos maiores programas de ajuda ao próximo – principalmente em situação de calamidade – do mundo.
Não é à toa que seus membros, voluntários, estão entre os primeiros a chegarem em locais onde ocorrem sinistros como esse no Rio Grande do Sul. Chega com auxílio de mão de obra e toneladas de alimentos, roupas, agasalhos, cobertores, água e outros materiais e equipamentos para o resgate e o acolhimento das vítimas.
A igreja mantém grandes depósitos de produtos e materiais para as mais variadas situações de catástrofe, para utilização em qualquer lugar do mundo. Ela freta aviões e carretas para conduzir esses materiais para os locais necessários de forma extremamente organizada. Seus membros recebem treinamentos, inclusive de primeiros socorros, para serem mais úteis durante as operações que realizam.
A situação do Rio Grande do Sul é crítica e as coisas ficarão muito mais delicadas depois que as águas baixarem e as famílias terem que voltar para reconstruir absolutamente tudo. Elas precisam muito da ajuda de todos e o poder público tem grande responsabilidade nessa reconstrução. Espera-se, no entanto, que no final, as cidades gaúchas arrasadas e as famílias desabrigadas não fiquem no esquecimento como o judiciário e o executivo federal fizeram com as famílias de Brumadinho.
*Jornalista e Professor.