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Bela Vista-MS Segunda-Feira, 07 de Abril de 2025
Exigência de avaliação psicossocial amplia debate sobre saúde emocional nas empresas 

Exigência de avaliação psicossocial amplia debate sobre saúde emocional nas empresas 

A prática da terapia de florais pode contribuir para a redução do risco psicossocial em ambientes de trabalho 

A partir de 26 de maio de 2025, todas as empresas brasileiras deverão estar mais atentas às questões psicossociais no processo de gestão de Segurança e Saúde no Trabalho (SST). A medida faz parte da atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), promovida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Com essa obrigatoriedade, cresce a discussão sobre a importância da saúde emocional no ambiente corporativo e a adoção de estratégias para mitigar os impactos do estresse ocupacional.

Uma das abordagens que vêm ganhando espaço nesse cenário são as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), entre elas a terapia de florais, que proporciona um cuidado especial para aqueles que desejam encontrar equilíbrio emocional e paz interior, mantendo a saúde e o bem-estar em harmonia.

Mato Grosso do Sul tem se destacado como referência nessa prática integrativa, especialmente com sua implementação no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2018, em vários municípios atendidos pela terapeuta.

Joseanne e mulheres do corpo de bombeiros

Além do SUS, instituições públicas e privadas também buscam melhorar o bem-estar de seus colaboradores. A terapeuta floral Joseanne Roque, especialista na área há mais de 22 anos, destaca que a nova norma do MTE fará com que as empresas tenham um olhar mais humanizado dentro das organizações. “A saúde emocional no ambiente de trabalho é tão importante quanto a segurança física. Cada vez mais, as empresas estão percebendo que colaboradores equilibrados emocionalmente são mais produtivos, criativos e satisfeitos”, pontua.

Roda de diálogo sobre saúde emocional

Nas últimas semanas, Joseanne tem levado o conhecimento sobre terapia de florais a diversos ambientes profissionais. Recentemente, a convite do Sicredi Centro Sul MS-BA, agência de Ivinhema-MS, ela realizou uma palestra sobre saúde emocional e o uso de florais para as mulheres colaboradoras da Fazenda São Luís e da Granja Muraoka, duas grandes empresas do agronegócio. “É fundamental estarmos presentes no campo, pois, embora o agro mova nosso estado, isso não significa que as pessoas que trabalham nesse setor não enfrentem desafios emocionais. Todos precisam de acolhimento e apoio”, destaca Joseanne.

Promovida pelo Centro de Atendimento Biopsicossocial (CAB) do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS), Joseanne Roque também palestrou recentemente sobre saúde e bem-estar para as bombeiras militares. Essa sessão permitiu que as participantes refletissem sobre suas experiências e desafios, promovendo um espaço seguro para compartilhar emoções e histórias.

“Com a nova regulamentação, muitas empresas precisarão buscar alternativas para cuidar da saúde mental de seus colaboradores. O uso da terapia de florais é uma opção acessível e eficaz para ajudar nesse processo. Precisamos apaziguar as emoções”, explica Joseanne.

Iniciativas que promovem o bem-estar e o equilíbrio emocional dos trabalhadores tendem a se tornar cada vez mais comuns, refletindo diretamente na produtividade e na qualidade de vida dentro das organizações. O método utiliza essências florais com o objetivo de equilibrar sentimentos como medo, ansiedade, trauma, luto, cansaço e outros fatores que causam desequilíbrio e, muitas vezes, estão na raiz de diversas enfermidades. As essências florais são vistas como ferramentas para melhorar o bem-estar físico, mental e emocional por meio de uma abordagem sustentável e não invasiva. Além disso, oferecer palestras sobre temas de saúde mental, como a síndrome de burnout – conhecida como síndrome do esgotamento profissional –, é essencial para estimular a reflexão e a conscientização sobre o comportamento no ambiente de trabalho.

Joseanne Roque é terapeuta floral há mais de 22 anos, professora practitioner do Sistema Florais de Saint Germain, embaixadora da paz pelo Cercle Universel Des Ambassadeurs de La Paix Suisse/France e diretora do NIEPPICS-MS (Núcleo de Implementação Estratégica para Práticas Integrativas e Complementares em Saúde e Educação de Mato Grosso do Sul).

Como Evitar Comparações Tóxicas com Casais das Redes Sociais

Como Evitar Comparações Tóxicas com Casais das Redes Sociais

As redes sociais se tornaram parte essencial de nossas vidas, mas também podem gerar impactos negativos, especialmente quando se trata de relacionamentos. Com a popularização das postagens de casais felizes, é fácil cair na armadilha da comparação e começar a se sentir inadequado ou insatisfeito com o próprio relacionamento. A seguir, vamos discutir algumas estratégias para evitar essas comparações tóxicas e proteger seu bem-estar emocional.

1. Reconheça que as redes sociais mostram apenas uma parte da realidade

É importante entender que as postagens nas redes sociais raramente refletem a totalidade da vida de uma pessoa. As fotos de casais sorrindo, viagens incríveis e declarações de amor intensas são apenas uma fração do que acontece nos bastidores. Muitas vezes, a realidade de um relacionamento é bem diferente daquilo que é mostrado online, e as dificuldades ou momentos difíceis não são compartilhados.

Dica: Lembre-se sempre de que ninguém posta as brigas, as dificuldades do dia a dia ou as imperfeições do relacionamento. O que você vê nas redes sociais é apenas a versão polida e curada.

2. Evite a comparação direta

Comparar seu relacionamento com o de outra pessoa é um dos maiores erros que se pode cometer, especialmente nas redes sociais. Cada relação tem suas particularidades, desafios e dinâmicas únicas. Comparar é injusto tanto com você quanto com a pessoa do outro casal, pois ignora as diferenças fundamentais entre as duas histórias.

Dica: Foque no que faz o seu relacionamento  com sugar daddy único e especial. O amor é vivido de maneiras diferentes por cada casal, e não existe um padrão único de felicidade.

3. Pratique a gratidão pelo seu relacionamento

Em vez de se concentrar nas postagens dos outros, dedique tempo para refletir sobre os aspectos positivos do seu relacionamento. Reconheça o que você e seu parceiro têm em comum e o que os torna felizes juntos. A gratidão é uma prática poderosa para melhorar a autoestima e fortalecer a conexão com quem você ama.

Dica: Tente estabelecer uma prática diária ou semanal de gratidão. Isso pode ser feito através de anotações ou conversas com seu parceiro sobre as pequenas coisas que você aprecia nele e no relacionamento de vocês.

4. Desative a pressão das redes sociais

As redes sociais podem criar uma pressão constante para que os casais mostrem uma vida perfeita e impecável. No entanto, é essencial lembrar que a vida offline não precisa ser compartilhada com todos. Você pode escolher o que mostrar ao mundo e, muitas vezes, menos é mais.

Dica: Considere diminuir o tempo que passa navegando nas redes sociais ou até mesmo ajustar suas configurações para ver menos postagens que envolvam comparações. Isso pode ajudar a reduzir a pressão externa e a melhorar o foco em sua própria vida e relação.

5. Abrace a individualidade do seu relacionamento

Cada casal é único. O que funciona para um casal pode não ser o que funciona para outro, e está tudo bem. Em vez de se preocupar com o que os outros estão fazendo, concentre-se no que você e seu parceiro querem de seu relacionamento e nas metas que desejam alcançar juntos.

Dica: Defina suas próprias expectativas e objetivos de relacionamento, em vez de seguir padrões externos. A chave para um relacionamento saudável é a autenticidade e a compreensão mútua.

6. Converse abertamente com seu parceiro sobre suas inseguranças

Se as comparações com outros casais estão afetando sua autoestima ou sua percepção do relacionamento, é importante conversar abertamente com seu parceiro sobre isso. Eles podem oferecer apoio, compreensão e até mesmo ajudar a identificar o que pode ser feito para fortalecer ainda mais a relação.

Dica: A comunicação aberta é a base de qualquer relacionamento saudável. Não tenha medo de expressar suas preocupações e inseguranças de maneira respeitosa e construtiva.

7. Busque ajuda profissional se necessário

Se você perceber que as comparações nas redes sociais estão prejudicando sua saúde mental ou afetando negativamente seu relacionamento, procurar ajuda profissional pode ser uma boa opção. Um terapeuta pode ajudá-lo a lidar com inseguranças, autoestima e oferecer estratégias para manter um relacionamento saudável.

Dica: A terapia de casal ou individual pode ser uma ferramenta eficaz para lidar com as pressões das redes sociais e melhorar a dinâmica do relacionamento.

Conclusão

As redes sociais têm o poder de distorcer nossa percepção da realidade e gerar comparações tóxicas, especialmente no contexto de relacionamentos. No entanto, ao praticar a gratidão, focar na individualidade do seu relacionamento e evitar comparações, é possível preservar a saúde emocional e fortalecer o vínculo com seu parceiro. Lembre-se de que cada casal tem sua própria jornada e que a felicidade de um não deve ser medida pela felicidade do outro.

Foto: Pexels-photo

Protagonistas na democracia em MS provam que lugar de mulher é na política

Protagonistas na democracia em MS provam que lugar de mulher é na política

Com o tema “Mulher, democracia e participação política”, o segundo painel da Secretaria de Estado da Cidadania dentro do Delas Day levou representatividade ao palco.

Mediado pela secretária da Cidadania, Viviane Luiza, o diálogo reuniu mulheres que são liderança em MS e carregam no currículo histórias que inspiram tanto no empreendedorismo quanto na trajetória pessoal.

As convidadas foram Adriane Lopes, prefeita de Campo Grande; Inaye Lopes Kaiowá, vereadora em Antônio João; Mara Caseiro, deputada estadual, Margarete Coelho, diretora nacional do Sebrae e Tereza Cristina, senadora por Mato Grosso do Sul.

Painel trouxe para o palco Mara Caseiro, Tereza Cristina, Margarete Coelho, Adriane Lopes e Inaye Kaiowá. (Foto: Bruno Rezende)

Na abertura, Viviane Luiza que é titular da primeira secretaria do País com dedicação exclusiva à pauta da Cidadania, trouxe dados da ONU, que dos 36 mil assentos parlamentares no mundo, apenas 26% são ocupados por mulheres.

“Ainda segundo a ONU, nós temos 145 anos de distância para a equidade e a paridade de gênero na política. Aqui estão as nossas convidadas que rompem as estatísticas, que nos mostram que a coragem é o que nos une. Não estamos falando de legenda partidária, e sim de uma única bandeira chamada ser mulher”, apresentou Viviane.

Ao falar sobre como a democracia brasileira ainda convive com avanços e retrocessos quando o assunto é representatividade, a diretora nacional do Sebrae, que foi a primeira mulher vice-governadora do Piauí e deputada federal, relembra que a política ainda é uma herança patriarcal.

“Os partidos políticos foram feitos por homens e para os homens. Então, nós mulheres temos que adentrar nesse mundo dos partidos. Nós temos menos mulheres eleitas, porque nas famílias a herança da política não é das mulheres, é dos homens”, explica.

Margarete que também é pesquisadora com doutorado na área de violência contra a mulher também trouxe, de forma muito didática, outro ponto: a nossa régua para eleger mulheres é alta demais.

“O check-list de uma mulher para votar em outra é enorme. A frase mais comum é: ‘ela não me representa’, porque ela é dona de casa ou porque não é. Porque é gorda, porque se arruma ou porque não se arruma. Eu não pergunto para o homem quem está cuidando dos filhos enquanto ele está na política. Não posso exigir de uma mulher a mais do que eu exijo de um homem”, compara.

Primeira prefeita mulher a ser eleita em Campo Grande, Adriane Lopes contou como começou vendendo sorvete de porta em porta até chegar ao cargo executivo. Isso sem antes ouvir comentários machistas.

“Foram dois anos e oito meses como empossada, e me diziam: ‘ela não é legítima, ela não concorreu, ela só assumiu um cargo e quem manda é o marido dela'”, recorda.

Ao ser convidada para deixar um recado às mulheres na plateia, Adriane resumiu que sua mensagem é o que vem colocando em prática na gestão. “A paridade na política, nos espaços de poder, é discutida mas muitas vezes não é praticada. Eu, como a primeira mulher eleita prefeita, estou abrindo a porta para outras mulheres. Os desafios são gigantes, mas quando vocês não encontrarem um caminho, façam um caminho novo”, parafraseou.

De Antônio João, a liderança indígena Inaye Kaiowá contou como chegou à política. (Foto: Bruno Rezende)

Liderança indígena kaiowá, vereadora no segundo mandato em Antônio João e mestre em História pela UFGD, Inaye Lopes Kaiowá compartilhou como tem equilibrado a ancestralidade com as exigências da política institucional.

A trajetória de Inaye começa ao ver que era preciso ocupar espaços de poder para que a comunidade indígena fosse ouvida. “Não foi fácil, primeiro você tem que buscar voto para você, disputar com tantas pessoas naquele partido, mas temos que ter estratégia de trabalho também”, comenta.

Quanto à questão de que mulher não vota em mulher, a vereadora complementa dizendo que este pensamento também pode ser vivenciado dentre os indígenas.

“Mulheres indígenas também não são diferentes das não indígenas, muitas não votam em mulheres indígenas, não votam em candidato indígena, mas a gente tem que mudar esse cenário, temos que se abraçar, andar de mãos dadas, para que a gente possa vencer esse desafio”, afirma.

Hoje, Inaye é mais do que uma vereadora na câmara da sua cidade. “Represento a comunidade indígena e enquanto mulher indígena. O pessoal me manda mensagem: ‘vereadora, tem como você entrar em contato com o pessoal do Estado, tem como fazer uma agenda, uma reunião? Eu não reclamo, porque tenho os contatos, e a gente tem que estar ali para representar a população indígena, então eu sou bastante feliz”, descreve.

Senadora da República, Tereza Cristina trouxe reflexões e ressaltou que as mulheres devem se impor na política. (Foto: Bruno Rezende)

Deputada estadual no quarto mandato na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Mara Caseiro reforça que apesar de ter um crescimento significativo de mulheres em cargos políticos nas eleições de 2024, ainda são passos lentos.

“Hoje nós temos 13 prefeitas eleitas, 20 vice-prefeitas eleitas, e 181 vereadoras. Mas ainda estamos com apenas 20% de participação. É muito pouco, precisamos alavancar isso”, ressalta.

A deputada relembrou as legislações vigentes, como o Estatuto da Mulher Parlamentar, que traz as definições de assédio e violência política, especificando atos que são considerados violência política contra as mulheres candidatas, eleitas e empossadas para o cargo eletivo.

“A gente é tão acostumado com isso, que acha que não é uma violência política. Então, por isso, nós colocamos dentro desse Estatuto da Mulher Parlamentar quais são os atos que configuram violência política, como: impor por estereótipo de gênero a realização de atividades e tarefas não relacionadas com as funções e competências, quando também impedem, durante sessões ordinárias e extraordinárias, ou qualquer outra atividade que envolva a tomada de decisões, o direito de falar e votar em igualdade de condições, quando restringem o uso da palavra em sessões, reuniões de comissões, solenidades, e isso é muito comum acontecer”, lembra Mara.

A parlamentar frisa que o caminho é encorajar umas às outras, inclusive a denunciar passa não permitir que situações assim continuem acontecendo.

Pluralidade do painel trouxe para a plateia os mais diferentes segmentos e público. (Foto: Bruno Rezende)

“Para avançar nessas questões, entendo que temos que reforçar as políticas de financiamento para campanhas femininas, porque ainda que a gente tenha muita desigualdade nas estruturas de campanha, precisamos também criar mais mecanismos para punir a violência política de gênero”, propõe.

O encerramento ficou por conta da senadora Tereza Cristina, que lembrou a trajetória como presidente da Famasul, secretária de Estado em MS, deputada federal por dois mandatos e também quando assumiu como ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

“Nós só chegamos, aonde nós chegamos, porque a gente não teve medo, a gente sabia onde queria chegar, o que é que a gente queria fazer. O mundo na política é mesmo um mundo machista. Queria dizer para vocês que não tenham medo, tenham coragem de representar aquilo que vocês acham que precisam representar na sociedade”, sustenta.

Tereza Cristina reforçou o quanto o Delas Day reuniu diferentes segmentos e que é fundamental falar com todos os diferentes públicos e despertar nas mulheres a importância da participação política.

“Sofremos preconceito na política, mas não podemos ficar chorando, temos que nos impor e sem mimimi, porque isso tem mudado a realidade da política brasileira. Todas aquelas que querem, que gostam da política, devem começar a se colocar. A gente tem que sair da nossa zona de conforto pra poder chegar lá. Perder a eleição não é feio, mas não participar é muito ruim. Então, na política, as mulheres precisam participar mais. Não tenham medo, digo pra vocês, vale a pena”, finaliza.

Paula Maciulevicius, da Comunicação da Cidadania
Fotos: Bruno Rezende/Secom

Painel sobre protagonismo feminino no desenvolvimento de Mato Grosso do Sul abre o ‘Delas Day’

Painel sobre protagonismo feminino no desenvolvimento de Mato Grosso do Sul abre o ‘Delas Day’

Com nomes que são referência no empreendedorismo feminino e na construção de um Estado próspero, o painel ‘Desenvolvimento com elas, o presente em construção’ abriu a programação do Delas Day, evento realizado pelo Governo de Mato Grosso do Sul e Sebrae, no Bosque Expo, em Campo Grande.

Promovido pela SEC (Secretaria de Estado da Cidadania), o painel foi palco de depoimentos que inspiram novas histórias, sob mediação da primeira-dama, Monica Riedel.

“Este é um evento que foi criado com muito carinho, construído com muita dedicação e principalmente respeito por todas as mulheres que estão aqui participando. Temos caravanas vindo do interior do Estado, e este pavilhão que não é pequeno está cheio de mulheres buscando inspiração e conhecimento para levar para a vida. Estamos aqui num encontro informativo para realmente ampliarmos nossos horizontes”.

De uma forma dinâmica, cada uma das cinco convidadas compartilharam sua trajetória pessoal e também profissional no empreendedorismo e na gestão.

Na introdução, a mediadora contextualizou que Mato Grosso do Sul é considerado um dos estados que mais cresce no País. “Estamos em pleno desenvolvimento tanto a nível nacional quanto internacional, e isso é fruto de pilares como investimento e inovação em tecnologia, respeito ao Meio Ambiente e também inclusão, sem deixar ninguém para trás”, apresentou Mônica.

CEO do grupo Vale Brum e presidente da franquia O Boticário em MS, Solange Brum contou como iniciou a jornada profissional e quais foram os desafios iniciais.

“A minha história começa com um perfume do Boticário que ganhei do meu marido e a inspiração veio pela busca da minha independência financeira”, lembra.

Solange ganhou de presente um perfume e resolveu ligar no 0800 da marca para saber onde encontrar uma loja próxima. Um ano depois da ligação, ela inaugurou a primeira loja em Coxim, que na época contava com 14 mil habitantes.

“Aquilo foi me desafiando todos os dias, porque eu não tinha experiência dos produtos, eu não tinha experiência de franquia, mas eu tinha o sangue de vendas nas veias. Comecei de porta em porta, igual hoje as nossas revendedoras fazem”, completa.

Empreendedora em turismo e no esporte, Kassilene Cordadeiro, brinca que apesar de ser conhecida pelas corridas, a carreira começou no primeiro segmento, e já conta com mais de 20 anos.

Sobre os desafios, Kassilene pontua que o maior deles está na contratação de mão de obra. “De pequena à grande empresa, todo mundo reclama do quanto é difícil contratar pessoas. Eu entrei numa busca de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal e ao estudar, percebi que precisamos entender as pessoas e os talentos. Então, se o gestor tiver essa sensibilidade, quanto mais ele entender de gente, mais vai conseguir usufruir dessa mão de obra que está entrando e aloca-la na posição correta. Se eu pudesse dar uma dica seria essa: a pessoa que quer empreender tem que gostar de gente, estudar sobre gente, porque isso vai dar muitos frutos”, diz.

Quando a conversa seguiu o tema de representatividade e como as mulheres podem se fortalecer em um ambiente empreendedor, a palavra foi da gestora de RH da Suzano em Três Lagoas, Mônica Catânia.

“Nós não vamos permanecer em um ambiente de trabalho se a gente não se sentir segura, respeitada e principalmente onde tenha a oportunidade de se desenvolver e de crescer. Então, incluir tem que ser uma inclusão genuína, tem que acontecer de fato. Não só contratar, temos um papel de acolher as mulheres que estão chegando, oferecer mentoria, compartilhar nossas histórias mão no lugar de super-heroína, mas no lugar de trocar experiência, de aconselhar para que elas se sintam bem-vindas”, ressaltou.

Na vida de Thayanni Ribeiro, gestora do Recanto do Peão, atrativo de turismo rural em Bonito, o empreendedorismo exigiu dela muita persistência para fazer com que a fazenda da família se voltasse ao turismo. O trabalho começou ofertando cavalgadas em Bonito, fora das terras familiares.

“A gente implantou lá o passeio a cavalo, no fim de 2014. No primeiro mês, a gente não recebeu ninguém, nenhum turista veio. Quando foi dia 5 de janeiro de 2015, eu falei para o meu marido: é lua cheia, hoje nós vamos fazer passeio a cavalo à noite. A gente precisa inovar nesse negócio de cavalo, a gente não tem água para atrativo, não tem como concorrer com as pessoas que já existem”, lembra.

O negócio deu certo e levou cinco anos para Thayane trazer a ideia para a fazenda do sogro. “Vocês acreditam? Cinco anos. Hoje, participo de vários eventos, e minha sogra vê em mim o reflexo daquilo que talvez ela gostaria de ter feito na área rural e não conseguiu”, acredita.

À diretora de indústria da Semalo, Adriana Sato, coube compartilhar o que teria feito de diferente na carreira com o aprendizado que vivencia hoje? A resposta foi autoconhecimento.

“Nós temos que saber quem nós somos, quais habilidades nós temos, e principalmente, quais não temos e que nós precisamos desenvolver. O autoconhecimento é muito importante, porque nós precisamos ter um ponto de partida. Se você não sabe onde você está, para onde você está indo, é muito fácil você se perder no meio desse caminho”.

Delas Day

O Governo de Mato Grosso do Sul está levando ao evento Delas Day uma programação especial e transformadora, com a participação de agentes públicos e convidados das secretarias da Cidadania (SEC), de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc), Procuradoria-Geral do Estado (PGE), Funtrab (Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul) e Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de MS).

Temas sobre liderança, empreendedorismo, inclusão social, política, diversidade, justiça, educação, economia criativa, além de ofertas exclusivas de emprego, serão apresentados durante o evento, que conta com o mote ‘Jornadas que inspiram novas histórias’ e acontece nos dias 26 e 27 de março, com entrada gratuita, no Bosque Expo (Shopping Bosque dos Ipês), em Campo Grande.

Paula Maciulevicius, Comunicação da Cidadania
Fotos: Bruno Rezende/Secom

A Busca pela Perfeição no Parceiro(a): É Saudável?

A Busca pela Perfeição no Parceiro(a): É Saudável?

A busca pela perfeição no parceiro(a) é um tema que desperta reflexões profundas sobre relacionamentos, expectativas e felicidade. Em um mundo idealizado pelas redes sociais e pela cultura do “felizes para sempre”, muitas pessoas podem se pegar procurando um parceiro que atenda a uma lista interminável de critérios. Mas será que essa busca pela perfeição é saudável? Este artigo explora os impactos dessa mentalidade e por que abraçar a imperfeição pode ser a chave para relacionamentos mais satisfatórios e realistas.

O Que Significa Buscar a Perfeição no Parceiro(a)?

Buscar a perfeição no parceiro(a) significa ter expectativas irreais sobre como ele ou ela deve ser, tanto em termos de características físicas quanto de personalidade, comportamentos e conquistas. Isso pode incluir:

  • Expectativas de aparência física impecável.

  • Exigências de sucesso profissional ou financeiro.

  • Busca por compatibilidade absoluta em interesses e valores.

  • Esperar que o parceiro(a) sempre atenda às suas necessidades emocionais sem falhas.

Por que a Busca pela Perfeição é Problemática?

Expectativas Irrealistas
Ninguém é perfeito, e esperar que um parceiro(a) atenda a todos os seus critérios ideais é uma receita para a frustração e a decepção. Relacionamentos reais envolvem imperfeições, conflitos e ajustes.

Pressão sobre o Parceiro(a)
A busca pela perfeição pode colocar uma pressão imensa sobre o parceiro(a), fazendo com que ele ou ela se sinta insuficiente ou constantemente julgado. Isso pode levar a inseguranças e ao desgaste do relacionamento.

Foco no Que Falta, Não no Que Existe
Quando se busca a perfeição, é fácil focar nas falhas e nos aspectos negativos do parceiro(a), em vez de valorizar suas qualidades e o que ele ou ela traz de positivo para o relacionamento.

Dificuldade em se Comprometer
A busca incessante por alguém “perfeito” pode levar a uma dificuldade em se comprometer, já que sempre haverá a sensação de que alguém melhor pode estar por aí. Isso pode resultar em uma série de relacionamentos superficiais ou na solidão com sugar daddy.

Impacto na Autoestima
Para quem busca a perfeição, a sensação de nunca encontrar alguém que atenda a todos os critérios pode afetar a autoestima, gerando sentimentos de inadequação ou desesperança.

Por que Abraçar a Imperfeição é Saudável?

Relacionamentos Mais Realistas
Aceitar que ninguém é perfeito permite construir relacionamentos baseados na realidade, onde os parceiros podem ser autênticos e verdadeiros.

Crescimento Conjunto
Relacionamentos saudáveis envolvem aprendizado e crescimento mútuo. As imperfeições e os desafios são oportunidades para evoluir juntos.

Maior Conexão Emocional
Quando aceitamos as imperfeições do outro, criamos um espaço seguro para a vulnerabilidade e a intimidade emocional, fortalecendo o vínculo afetivo.

Foco no Essencial
Em vez de buscar a perfeição, podemos nos concentrar no que realmente importa: valores compartilhados, respeito mútuo, apoio emocional e compatibilidade nas áreas essenciais.

Redução da Pressão
Abraçar a imperfeição alivia a pressão sobre ambos os parceiros, permitindo que o relacionamento flua de forma mais natural e menos estressante.

Como Equilibrar Expectativas e Realidade?

Defina Prioridades
Identifique quais são as qualidades e valores realmente importantes para você em um parceiro(a). Foque no que é essencial e esteja disposto a flexibilizar em áreas menos críticas.

Pratique a Autenticidade
Seja honesto sobre suas próprias imperfeições e esteja aberto a aceitar as do outro. Relacionamentos saudáveis são construídos com base na autenticidade.

Valorize o Processo
Em vez de buscar um parceiro(a) perfeito, valorize o processo de conhecer alguém e construir um relacionamento. A jornada é tão importante quanto o destino.

Comunique-se Abertamente
Converse com seu parceiro(a) sobre expectativas, necessidades e limites. A comunicação clara ajuda a alinhar as expectativas e a evitar frustrações.

Aprenda com os Erros
Relacionamentos anteriores podem nos ensinar muito sobre o que realmente importa. Use essas experiências para refinar suas expectativas de forma realista.

Conclusão

A busca pela perfeição no parceiro(a) pode ser uma armadilha que impede a construção de relacionamentos saudáveis e satisfatórios. Em vez de procurar alguém que atenda a uma lista de critérios irreais, é mais produtivo abraçar a imperfeição e focar no que realmente importa: conexão emocional, respeito mútuo e valores compartilhados. Relacionamentos reais são feitos de altos e baixos, e é justamente nessa imperfeição que encontramos a beleza e a profundidade do amor. Ao aceitar que ninguém é perfeito, abrimos espaço para conexões genuínas e duradouras.

Foto: pexels-photo

Governo monitora qualidade do ar para garantir a saúde da população de Mato Grosso do Sul

Governo monitora qualidade do ar para garantir a saúde da população de Mato Grosso do Sul

No Mato Grosso do Sul, fatores como queimadas, incêndios florestais e o aumento da frota veicular contribuem para a emissão de poluentes atmosféricos, resultando na exposição humana com efeitos diretos e indiretos na saúde, meio ambiente e oferta de serviços de saúde.

A qualidade do ar, além de ser uma preocupação ambiental, reflete diretamente nos números do SUS (Sistema Único de Saúde). O aumento das consultas médicas, internações hospitalares e o uso intensivo de medicamentos e equipamentos hospitalares estão entre os reflexos da degradação do ar.

Para enfrentar esse desafio, o Governo do Estado, por meio da Vigiar (Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Poluentes Atmosféricos), tem monitorado de perto os efeitos da poluição e implementado estratégias para proteger a saúde dos sul-mato-grossenses.

A exposição constante a poluentes como a fumaça das queimadas, gases industriais e poluição veicular pode desencadear uma série de doenças respiratórias e cardiovasculares, além de problemas de saúde mental e dermatológicos.

A população mais vulnerável a esses efeitos são as crianças, os idosos e as pessoas com comorbidades, como doenças pulmonares crônicas e problemas cardíacos.

“O impacto da poluição atmosférica na saúde da população sul-mato-grossense exige uma abordagem científica e integrada. O programa Vigiar tem sido fundamental para identificar padrões de exposição e correlacionar os efeitos dos poluentes com o aumento da demanda por atendimentos de saúde”, explica o coordenador de Vigilância em Saúde Ambiental e Toxicológica, Karyston Adriel Machado da Costa.

Responsável pelo projeto, a gerente do Vigiar, Lígia Lechner da Silva Domingos, revela que a estratégia denominada Unidade Sentinela permite um monitoramento detalhado das doenças respiratórias em áreas críticas, possibilitando respostas mais rápidas e assertivas. Além disso, a articulação com outras frentes da Vigilância em Saúde, como a Vigidesastres, fortalece a capacidade de mitigação dos impactos das queimadas e demais fontes de poluição.

“A qualidade do ar não é apenas uma questão ambiental, mas um fator determinante para a saúde pública, exigindo medidas preventivas e ações estratégicas baseadas em dados concretos. Nosso compromisso é seguir aprimorando esse monitoramento para garantir que a população tenha acesso a um ambiente mais saudável e a uma assistência em saúde eficiente”, enfatiza ela.

Mapeando os focos de poluição atmosférica

O programa Vigiar foi criado para identificar as áreas mais afetadas pela poluição atmosférica e, a partir disso, adotar medidas preventivas e de monitoramento. Seu objetivo principal é garantir a proteção da saúde da população exposta a esses poluentes, especialmente em locais com alta concentração de fontes de poluição, como áreas industriais, regiões metropolitanas e zonas com altos índices de queimadas, como o Pantanal.

Para alcançar esse objetivo, o Vigiar faz uso de um conjunto de dados para mapear os focos de poluição e entender como isso impacta a saúde da população. Informações sobre internações hospitalares por doenças respiratórias e dados ambientais, como a presença de fontes fixas de poluentes (indústrias), fontes móveis (frota veicular) e a queima de biomassa (queimadas e incêndios florestais), são analisadas constantemente. Esse monitoramento contínuo permite a identificação precoce de áreas de risco e a implementação de ações mais eficazes de prevenção.

Impactos da poluição no sistema de saúde

Os efeitos da poluição do ar sobre a saúde são amplos e podem ser tanto imediatos quanto de longo prazo. Entre os problemas mais comuns estão as doenças respiratórias, como asma, bronquite e outras doenças pulmonares. Além disso, a exposição contínua a poluentes pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral, especialmente em pessoas com histórico de doenças cardíacas. A poluição também pode contribuir para o surgimento de problemas oftálmicos, dermatológicos, gastrointestinais, além de agravar condições de saúde mental, como estresse, ansiedade e depressão.

Análise de dados: internações e atendimentos

A análise dos atendimentos da Atenção Básica à Saúde revela um aumento na demanda por atendimentos individuais em 2024. Dados extraídos do Sistema de Informações Hospitalares do Ministério da Saúde e analisados pelo Vigiar apontam que os casos de asma cresceram 13% em MS em relação a 2023, enquanto os atendimentos para bronquite registraram alta de 7%.

Os números indicam que, embora as internações hospitalares não tenham mostrado uma alta expressiva, os serviços de saúde básica têm enfrentado uma crescente demanda, refletindo os impactos da poluição no cotidiano das pessoas. Esses atendimentos são um reflexo de problemas respiratórios agravados pela poluição do ar, especialmente durante o período de queimadas.

Focos de calor: Corumbá e outras áreas de risco

Em 2024, os municípios mais afetados pelas queimadas e poluição atmosférica foram prioritariamente monitorados pelo Vigiar. Cidades como Corumbá, Aquidauana, Porto Murtinho, Miranda e Naviraí foram identificadas como as mais impactadas pelos focos de calor, segundo dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Estas áreas têm recebido uma atenção especial do Governo do Estado, que intensificou o monitoramento e as ações de saúde para proteger as populações locais, que são as mais vulneráveis aos efeitos da poluição.

Estratégia de vigilância: unidades sentinelas

Uma das grandes inovações do Vigiar é a Estratégia Unidade Sentinela, que visa monitorar os casos de doenças respiratórias em áreas prioritárias, como regiões industriais, zonas de alto tráfego e locais diretamente impactados pelas queimadas. Esta estratégia possibilita a coleta de dados que muitas vezes não são capturados pelos sistemas tradicionais, permitindo a detecção precoce de casos e a implementação de medidas de controle de forma mais ágil e eficaz.

A Unidade Sentinela contribui para o monitoramento da saúde da população e possibilita a adoção de medidas rápidas para interromper a cadeia de adoecimento. A agilidade nas respostas permite que os gestores de saúde possam intervir de forma mais eficaz e minimizar os danos à saúde pública.

Monitoramento Integrado

O trabalho integrado entre o Vigiar e a Vigidesastres, que monitora os riscos de desastres ambientais, tem sido fundamental para coordenar ações de saúde pública e defesa civil durante o período crítico das queimadas. Em julho de 2024, a SES, junto com técnicos do Vigiar e o Cievs (Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde), acompanhou de perto a situação de saúde em Corumbá, monitorando as internações e notificações relacionadas às queimadas e oferecendo suporte contínuo para a população local.

Além das ações específicas para as doenças respiratórias, o Governo do Estado tem adotado medidas para prevenir surtos de doenças diarreicas, que tendem a aumentar devido à poluição da água e às condições sanitárias precárias durante o período de seca.

“O Vigiar tem se mostrado uma ferramenta essencial na luta contra os efeitos da poluição do ar sobre a saúde pública em Mato Grosso do Sul. Com ações coordenadas, monitoramento contínuo e estratégias como as Unidades Sentinelas, o programa oferece uma resposta eficaz e eficiente para enfrentar os desafios impostos pela poluição atmosférica. Além disso, a integração com outras áreas da saúde, como a Vigidesastres, fortalece a capacidade do Estado de proteger a saúde da população, garantindo que as comunidades mais vulneráveis recebam o suporte necessário para minimizar os impactos da poluição”, avalia o secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões Corrêa. “O monitoramento constante e a rápida resposta são fundamentais para evitar que a saúde da população sul-mato-grossense seja ainda mais comprometida pelos danos causados pela poluição do ar, especialmente após um ano de forte incidência de queimadas no Estado”, finaliza.

Danúbia Burema, Comunicação SES
Foto capa: Saul Schramm