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Bela Vista-MS Sábado, 19 de Abril de 2025
Turismo de aventura em Bonito ganha mais emoção com circuito aquático na Nascente Azul

Turismo de aventura em Bonito ganha mais emoção com circuito aquático na Nascente Azul

Um dos principais complexos de ecoturismo de Bonito, a Nascente Azul acaba de inaugurar mais uma atividade no seu balneário. É o Aqualokko Floats, uma extensão do já existente Aqualokko, um brinquedo multiaventura sobre o lago. O novo equipamento é um circuito inflável aquático, composto por 18 módulos flutuantes, como escorregador, trampolim, rampas, pula-pula, parede de escalada e muito mais, indicado para toda a família.

O Aqualokko Floats vem acrescentar mais adrenalina e experiência única nas atividades de aventura na Capital do Ecoturismo, que integra, juntamente com Jardim e Bodoquena, a badalada Rota Turística da Serra da Bodoquena. A nova atração do balneário é uma tendência nos principais parques aquáticos pelo mundo, como o AquaFun, em Dubai, e está incluso em todas as modalidades de ingresso da Nascente Azul, distante 22 km da cidade pela MS-178.

Gestor da rota turística, o Bonito Convention & Visitors Bureau (BCVB) tem como associados os atrativos que oferecem, dentre as opções, as melhores atividades de aventura, além da Nascente Azul: Cabanas Aventura, Parque Ecológico do Rio Formoso, Boca da Onça, Cachoeiras Serra da Bodoquena e Estrela do Formoso. O visitante escolhe o nível de emoção: rapel, tirolesa, bóia cross em corredeiras e pilotando um quadriciclo desbravando a natureza.

Rapel, quadriciclo e arvorismo

Os destinos turísticos da região estão situados no Cerrado, que abriga um dos mais fascinantes ecossistemas de Mato Grosso do Sul: o Parque Nacional da Serra da Bodoquena, onde se concentram dezenas de cachoeiras, rios cristalinos, paredões com inscrições rupestres, vales de beleza cênica e rica biodiversidade. Nesse paraíso, acontecem os melhores passeios de aventura, com roteiros integrados que o visitante define nas agências de turismo.

Em Bonito, o Cabanas Aventura, situado ao lado do Balneário Municipal, oferece o arvorismo, feito em passarelas suspensas e ideal também para observação de aves; o bóia cross, em descida de 1.200m por cachoeiras e corredeiras e ainda a tirolesa. O Formoso Adventure no Parque Ecológico é imperdível: trilha suspensa em meio a um túnel de árvores. O passeio se completa com o mais incrível bóia cross e o circuito de tirolesa aquática de tirar o fôlego.

Na Boca da Onça, em Bodoquena, uma das principais atrações é o rapel de 90m de altura com plataforma de 34m de cumprimento, de onde o aventureiro se projeta no abismo em descida pelo paredão da morraria da serra. Ainda no destino, o Cachoeiras Serra da Bodoquena oferece um passeio em quadriciclo em trilha de 8 km. A mesma opção pode ser feita no Estrela do Formoso, em Bonito. A atividade proporciona contato com a natureza e diversão em família.

Mais informações
www.bcvb.com.br

(Assessoria de Imprensa do Bonito Convention & Visitors Bureau)

Inclusivo, Festival de Inverno de Bonito teve tradução simultânea em Libras e áreas reservadas

Inclusivo, Festival de Inverno de Bonito teve tradução simultânea em Libras e áreas reservadas

No Festival de Inverno de Bonito 2024, as atrações foram feitas para todas as pessoas. Durante os cinco dias de festa, seis intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais) se revezaram para traduzir em tempo real as rodas de conversa, os eventos literários, as peças de teatro e os shows, tornando o evento mais acessível às pessoas surdas ou com perda auditiva.

“Aqui a gente está fazendo um trabalho de tradução, interpretação e Libras para as pessoas da comunidade surda. Estamos fazendo um apoio também na deficiência física. Todos os espaços na frente dos palcos têm um espaço de acessibilidade. E a Fundação de Cultura também se programou para que todos os espaços físicos aqui dos stands tivessem rampas”, explicou Felipe Sampaio, da Comunica Acessibilidade. A empresa atende o Festival de Inverno de Bonito desde 2022.

Em Bonito, a comunidade surda que participa dos eventos, segundo Felipe Sampaio, é de aproximadamente 20 pessoas. Elas participam de um grupo de WhatsApp em que recebem um material adaptado do Festival de Inverno. “Nós mandamos toda a programação para a comunidade surda através desses vídeos e a gente sempre coloca, faz uma arte específica para a acessibilidade, avisando que vai ter a área PcD na frente para que as pessoas consigam se locomover de forma mais segura”, contou Sampaio.

Intérpretes de Libras traduziram a magia dos shows, conectando emoções e experiências (Fotos: Álvaro Rezende)

Nessas áreas reservadas, que ficam em um local privilegiado, bem na frente do palco, é possível ver, em todos os shows, pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e, algumas vezes, pessoas surdas.

No show do Olodum, com participação especial de Sandra Sá, foi possível presenciar pessoas surdas curtindo o espetáculo, sentindo na pele e no corpo os ritmos e as vibrações dos instrumentos e vendo a tradução feita por intérprete de Libras.

Pessoas com mobilidade reduzida também aprovaram o espaço reservado, em localização privilegiada, diante do palco. “Esse espaço é uma maravilha. Maravilha mesmo! Nem sempre tem isso. O Festival é o primeiro evento, dos que eu fui, que tem espaço reservado para a gente”, contou a cadeirante Carolini da Rocha Barros. Ela avaliou ainda que é preciso melhorar a acessibilidade, mas que o espaço reservado está aprovado.

Carolini viu de pertinho os shows do FIB no Palco Lua (Fotos: Álvaro Rezende)

O Festival de Inverno de Bonito 2024 também contou com uma oficina feita por uma pessoa com deficiência. Maria de Jesus, que é cadeirante, ministrou a Oficina de Biojoias da Natureza, no stand do Artesanato, na Praça da Liberdade.

Walfrido Castro de Sá, cadeirante de 78 anos, veio de Campo Grande para aproveitar o fim de semana em Bonito. Ele acompanhou os shows do Olodum com Sandra Sá e a apresentação do último dia, com João Haroldo e Betinho, e Teodoro e Sampaio. Para Walfrido, que frequenta o Festival anualmente, o espaço acessível foi uma surpresa positiva. “Eu gostei muito de todos os shows. Mesmo com o frio, não deixei de vir. A propaganda na TV foi o que me trouxe aqui, e estou aproveitando cada dia”.

Sua irmã, Marilene Castro de Sá, farmacêutica aposentada e artesã por hobby, sempre faz questão de se programar para ir ao FIB com um grupo de amigos. Ela prestigiou muitas das manifestações artísticas do evento, tanto na Praça da Liberdade quanto no Festival Bonitinho. Marilene cuida de Walfrido em sua vida diária e o acompanhou durante todo o Festival.

“Viemos de Campo Grande especialmente para o Festival de Inverno, uma tradição que cultivamos com carinho. Meu irmão é minha prioridade, e ver que há um espaço acessível para nós foi um alívio. É uma alegria poder estar aqui, juntos, desfrutando desse momento com conforto e segurança”, compartilhou Marilene.

Élida e Luísa (as duas primeiras, da esquerda para direita) curtiram juntas o FIB 2024 (Foto: Elias Campos)

Luísa Bran, natural de Bonito e surda, acompanhou com entusiasmo todos os shows do Festival de Inverno ao lado de sua amiga Élida Rosa, enfrentando o frio e a garoa. Ela sentiu toda a energia e as batidas de cada apresentação através da tradução dos intérpretes de Libras. “Gostei muito. É muito importante ter esse espaço para que a gente possa participar dos shows. Minha amiga, Élida Rosa, que também é surda, compartilha do mesmo sentimento. O show do Olodum foi legal, deu para sentir a emoção através dos intérpretes. Foi muito bom, muito importante e prazeroso”, expressou.

Lucas Castro e Paulo Fernandes, Festival de Inverno de Bonito
Fotos: Álvaro Rezende e Elias Campos

Em cinco dias, Festival de Inverno proporciona arte, cultura e lazer para 95 mil pessoas

Em cinco dias, Festival de Inverno proporciona arte, cultura e lazer para 95 mil pessoas

Com 16 mil pessoas somente no show da dupla Teodoro e Sampaio, o Festival de Inverno de Bonito chegou ao fim levando arte, cultura, entretenimento, movimentação econômica e sustentabilidade para um público de 95 mil pessoas – quatro vezes mais do que a população do município sul-mato-grossense, que é de 23 mil pessoas.

Show de Teodoro e Sampaio reuniu 16 mil pessoas no Palco Lua (foto: Elias Campos)

Para quem queria música, tiveram ainda os shows nacionais de Alexandre Pires, Zé Ramalho, Olodum e Sandra Sá, a apresentação internacional Norberto Cruz (Concerto Gaya), de Portugal, e as apresentações emocionantes da Catedral Erudita.

Com o tema ‘Na terra viva, nossa arte vibra’, não foram só os shows musicais que movimentaram Bonito. Teve danças no chão e nas alturas (com a ajuda de um guindaste), gastronomia, teatro, circo, economia criativa, literatura, circo, exposições, artesanato, oficinas, ações de conscientização, músicas diversas (do clássico ao sertanejo), esportes, cinema infantil, tecnologia, sustentabilidade e inclusão.

Tudo isso de graça, sem necessidade nem mesmo de cadastro. Foi só chegar e prestigiar. A inclusão, aliás, é uma das marcas do Festival de Inverno. Os eventos contaram com tradução simultânea em Libras (Língua Brasileira de Sinais), os stands tiveram acessibilidade e os shows contaram com uma área específica, em uma localização privilegiada, para PcDs (Pessoas com Deficiência).

Um dos animais mais admirados do Pantanal, onça foi feita com materiais reciclados 

No primeiro destino de ecoturismo carbono neutro do mundo, certificação concedida pela Green Initiatives em 2022, o cuidado com a preservação foi outro ponto forte do festival. O evento contou com reaproveitamento e destinação adequada do lixo, esculturas feitas com material reciclável, e ações e práticas com foco na neutralização de carbono, contribuindo com os objetivos do Programa Estadual de Mudanças Climáticas.

Realizado pelo Governo de Mato Grosso do Sul, o Festival de Inverno de Bonito foi feito para as famílias. Por isso mesmo, pelo 2º ano consecutivo, o Festival Bonitinho marcou presença e se consolidou como parte essencial do evento. É o que contou a bonitense Lucilene Rodrigues, que assistiu uma apresentação de circo “O Grande Salto” com a filha Isabela, de 4 anos.

Lucilene Rodrigues e a filha Isabela curtiram o Festival Bonitinho

“A Isabela adorou a apresentação! O Festival é bem família mesmo. E nesses últimos anos aqui eles têm pensado nas crianças, desde o ano passado. Está muito bom!”. Estava mesmo. Em sua 23ª edição, o Festival de Inverno de Bonito terminou neste domingo (25) depois de movimentar a economia com turismo, ocupação hoteleira e vendas e deixar marcas de prosperidade, sustentabilidade, inclusão e tecnologia.

Paulo Fernandes, Festival de Inverno de Bonito

Fotos: Álvaro Rezende e Elias Campos (Teodoro e Sampaio)

Festival de Inverno de Bonito 2024 aquece turismo e encanta visitantes do Brasil e do Mundo

Festival de Inverno de Bonito 2024 aquece turismo e encanta visitantes do Brasil e do Mundo

A 23ª edição do evento transformou Bonito em um polo de arte, cultura e turismo, atraindo milhares de visitantes e impulsionando a economia local. Bonito, um dos destinos mais deslumbrantes do Brasil, está se despedindo do Festival de Inverno de Bonito (FIB), que ocorreu de 21 a 25 de agosto de 2024. Com o tema “Da Terra Viva, Nossa Arte Vibra”, o evento ofereceu 83 horas de arte e cultura, distribuídas em 57 atrações que encantaram toda a família. Mais do que um simples festival, o FIB consolidou-se como um dos principais eventos culturais de Mato Grosso do Sul, transformando a cidade em um verdadeiro motor de desenvolvimento econômico e um grande atrativo para turistas do Brasil e do exterior.

FIB 2024 chega ao fim, mas fica claro que o evento não apenas aquece a economia local, mas também toca os corações

Presidente da Fundação de Turismo, Bruno Wendling compara o impacto do festival ao de um réveillon, criando uma alta temporada fora do período tradicional. “O Festival de Inverno é como se fosse o réveillon para Bonito. Uma alta temporada fora da alta temporada. Este ano, trabalhamos com antecedência para atrair um público que não costumava vir a Bonito nesta época, focando no festival. Nossa expectativa é aumentar ainda mais o número de turistas nacionais nos próximos anos. O Festival de Bonito é de suma importância para o turismo de Mato Grosso do Sul, diversificando o turismo de natureza e ampliando-o para a arte e cultura”, ressalta Wendling.

“O Festival é de suma importância para o turismo de MS”, destacou Bruno Wendling

A integração entre cultura, turismo e esporte é um dos grandes diferenciais do FIB, como destaca Marcelo Miranda, secretário de Esporte, Turismo e Cultura (Setesc). “Eu não tenho dúvidas de que este é um dos principais eventos de Mato Grosso do Sul. Movimenta o trade turístico, e este ano estamos vendo uma Bonito cheia de turistas nacionais, graças ao trabalho transversal que realizamos via Fundação de Turismo. Essa conexão entre cultura, turismo e esporte está enriquecendo o Festival de Inverno com ações, inovações e atrações para toda a família”, enfatiza Miranda.

A experiência proporcionada pelo festival vai muito além dos números. Turistas como Maria de Andrade, do Paraná, testemunham o impacto emocional e cultural do evento. “Este Festival de Inverno é incrível! Nunca vi um evento que combine tão bem cultura, natureza e um clima tão acolhedor. As atrações são de altíssimo nível, mas o que mais me impressionou foi a energia daqui. Bonito já é um lugar maravilhoso por si só, mas o festival eleva a experiência a outro patamar. A organização está impecável, os shows, as atividades ao ar livre… tudo perfeito! Com certeza voltarei no próximo ano e trarei mais amigos para vivenciar isso tudo!”, compartilha Maria, encantada com a atmosfera única do festival.

“Essa conexão entre cultura, turismo e esporte está enriquecendo o Festival de Inverno”, afirmou o secretário Marcelo Miranda

Juan Marquez, turista vindo de Costa Rica, expressa sua admiração pela integração do festival com a natureza local. “Este festival é uma verdadeira joia cultural! Viajando pelo mundo, raramente encontro eventos que capturam tão bem a essência de um lugar como o Festival de Inverno em Bonito. As apresentações artísticas são maravilhosas, mas o que realmente me fascina é a maneira como o festival se integra à natureza ao redor. As pessoas são tão calorosas e hospitaleiras, e o ambiente é simplesmente deslumbrante. É uma experiência inesquecível, e estou encantado por poder fazer parte disso!”, afirma Juan, impressionado com a sinergia entre arte e ambiente.

Para Marinez Rodrigues, proprietária de uma pousada em Bonito, o FIB é um dos momentos mais aguardados do ano. “O Festival de Inverno é um dos momentos mais aguardados por nós, da rede hoteleira. É um evento que não apenas movimenta a economia local, mas também coloca Bonito em destaque nacional e internacional. Durante o festival, nossa pousada fica lotada de turistas ansiosos para vivenciar as atrações culturais e a beleza natural da região. Esse fluxo de visitantes fortalece todo o comércio, desde os restaurantes até os pequenos artesãos. Além disso, o festival é uma oportunidade única para mostrarmos a hospitalidade e os serviços que oferecemos, fidelizando clientes que retornam ao longo do ano. Para nós, é um evento fundamental que traz visibilidade e sustentabilidade para o nosso negócio.”

Representante da Associação Empresarial de Bonito (Asseb), Rodrigo Loureiro Lopes ressalta a importância estratégica do festival para a economia local. “O Festival de Inverno é um pilar essencial para o desenvolvimento econômico e cultural de Bonito. Como representante da Associação Empresarial, posso afirmar que esse evento é um dos principais motores que impulsionam o turismo e fortalecem os negócios locais. Durante o festival, vemos nossa cidade repleta de visitantes, o que gera oportunidades para os empresários, fomenta parcerias e movimenta toda a cadeia produtiva. Além disso, o festival não apenas atrai turistas, mas também projeta Bonito como um destino de qualidade, onde cultura e natureza se encontram em harmonia.”

À medida que o FIB 2024 chega ao fim, fica claro que o evento não apenas aquece a economia local, mas também toca os corações de todos que têm o privilégio de participar dessa celebração única de arte, cultura e natureza. Com cada edição, o Festival de Inverno de Bonito reforça sua posição como um dos principais eventos culturais do Brasil, atraindo um público cada vez mais diversificado e consolidando Bonito como um destino imperdível para turistas do mundo inteiro.

Karina Vilas Boas, Festival de Inverno de Bonito

Fotos: Álvaro Rezende

No encerramento, Festival de Inverno de Bonito emocionou gerações com show de Teodoro e Sampaio

No encerramento, Festival de Inverno de Bonito emocionou gerações com show de Teodoro e Sampaio

A última noite do Festival de Inverno de Bonito foi inesquecível, marcada pela apresentação da dupla sertaneja Teodoro e Sampaio, que levou 16 mil pessoas à Praça da Liberdade em um show repleto de grandes sucessos. Com 43 anos de carreira e mais de 35 discos lançados, a dupla, que teve seu primeiro álbum lançado em 1981, mostrou por que continua a ser uma referência no cenário da música sertaneja.

No show em Bonito, os cantores emocionaram o público com hits que marcaram gerações, como “Mulher Chorona”, “Pitoco”, “Vestido de Seda”, e “É Mentira Dela”. Além desses, a dupla surpreendeu ao incluir em seu repertório clássicos de outros artistas, como “Anna Julia” e “Boate Azul”, ampliando ainda mais a conexão com a plateia.

Teodoro, visivelmente emocionado, agradeceu a calorosa recepção do público e compartilhou que ele e seu parceiro haviam preparado um grande show para aquecer a noite. Os termômetros marcavam 12 graus no momento da apresentação. “Preparamos um grande show, com frio e tudo! Cheio de muitos sucessos, canções que a gente canta hoje e sempre”. Além disso, ele ficou bastante impressionado com a plateia, que estava repleta de pessoas de todas as idades. Segundo ele, gente que aprendeu ao longo dos anos a gostar dos sucessos da dupla.

O carinho dos fãs ficou evidente nas histórias de quem estava presente. Ivanyr Medina e seu marido Manoel Medina chegaram quatro horas antes do início do show, acompanhados por netos, cunhados e sobrinhos, em um grupo de cerca de 10 pessoas. Manoel, um admirador fervoroso da dupla, compartilhou sua admiração. “Eu amo suas músicas, canto, toco no violão, no meu celular tem mais de 100 músicas deles. Tenho 62 anos e escuto desde os 22, quando eu e Ivanyr casamos. Eu sou tão fã que, mesmo com minha mãe internada, decidi vir ao show”, contou.

A neta de Ivanyr e Manoel, Maria Julia, de apenas 8 anos, também estava aguardando o show na grade com os avós e se mostrou entusiasmada. “Eu queria muito vir, topei na hora e estou feliz de estar aqui.” A presença dela reforça como o amor pela música sertaneja é passado de geração em geração.

Outro momento marcante foi a presença de Silvino Ximenes, que assistia pela primeira vez a um show da dupla ao vivo. “Escuto Teodoro e Sampaio desde sempre e estou realizando um sonho hoje. Moro há 32 anos no Pantanal e sou nascido e criado em fazenda. A música sempre foi uma companheira. O que eu mais gosto deles são as modas de bailão, que eu e minha mulher gostamos muito de dançar”, relatou Silvino, acompanhado de seu neto João Pedro, de 10 anos, que complementou: “eu gosto muito de ouvir, aprendi com meu avô.”

Sucesso local

Antes de Teodoro e Sampaio subirem ao palco, a dupla campo-grandense João Haroldo e Betinho abriu a última noite de shows do Festival de Inverno de Bonito, trazendo uma mistura de nostalgia e novidades.

Reconhecidos como uma das duplas mais conhecidas de Mato Grosso do Sul, eles marcaram o final dos anos 1990 e início dos anos 2000 com sucessos como “Coração Idiota” e “Pode Voltar Paixão”. Pioneiros no estilo sertanejo universitário no Brasil, eles embalaram o público com clássicos de sua carreira e reinterpretações de hits de outras duplas consagradas, como Leandro e Leonardo, Guilherme e Santiago, Chrystian e Ralf e Gian e Giovani.

Um dos momentos mais emocionantes da apresentação foi a homenagem a João Carreiro, cantor e compositor falecido no início de 2024. Além dos sucessos, a dupla apresentou uma música inédita e anunciou o lançamento do novo trabalho “De volta à Choperia”, disponível em todas as plataformas digitais.

João Haroldo expressou sua satisfação com o evento, destacando a organização do Festival e o cuidado com cada detalhe. “Ficamos muito orgulhosos de fazer parte dessa grande celebração”, afirmou o cantor.

Legado

A 23ª edição do Festival de Inverno de Bonito encerrou em grande estilo, com uma noite sertaneja que marcou o fim de uma celebração histórica de arte e cultura. Ao longo dos cinco dias de evento, aproximadamente 95 mil pessoas prestigiaram shows de grandes nomes como Alexandre Pires, Teodoro e Sampaio, Zé Ramalho, Sandra Sá, Olodum e o artista português Norberto Gonçalves da Cruz. Com mais de 150 atrações distribuídas em 15 horas diárias de programação, a cidade de Bonito foi tomada por uma verdadeira maratona cultural.

O Festival de Inverno de Bonito é promovido pelo Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Fundação de Cultura, e tem como objetivo principal a promoção da arte e cultura sul-mato-grossense, além de valorizar a produção cultural de todo o país, sempre alinhado com a preocupação ambiental do município. Este ano, o festival alcançou a neutralidade de carbono, graças à parceria com a startup Compensei, que compensou as emissões geradas durante os cinco dias de evento, e com a Dubem, responsável pelo recolhimento e destinação dos resíduos produzidos.

Destaque também para o “Festival Bonitinho”, que em sua segunda edição trouxe diversas atividades interativas voltadas para o público infantil, consolidando o compromisso do evento com a formação cultural das novas gerações. Com entrada totalmente gratuita, o Festival de Inverno de Bonito se reafirma como um importante impulsionador do turismo e da cultura nacional, sendo um verdadeiro patrimônio cultural do Mato Grosso do Sul.

Em edição histórica, FIB reuniu 95 mil pessoas em cinco dias de shows e tornou-se carbono neutro.

Evelise Couto, Festival de Inverno de Bonito

Fotos: Elias Campos

Em show cheio de energia, Olodum e Sandra Sá levam multidão para o Palco Lua

Em show cheio de energia, Olodum e Sandra Sá levam multidão para o Palco Lua

banda que já tocou com Michael Jackson e realizou shows por todo mundo fez uma apresentação brasileiríssima, muito animada e inesquecível em Bonito – município sul-mato-grossense de 23 mil habitantes. Não faltaram batucadas contagiantes, carisma e alegria. E para coroar a penúltima noite do Festival de Inverno, neste sábado (24), o Olodum recebeu a não menos vibrante Sandra Sá.

O repertório amplo do Olodum invadiu a madrugada, com músicas autorais como “Alegria geral” e “Nossa Gente (Avisa lá)”, clássicos da MPB como “Cotidiano”, de Chico Buarque; “Gostava tanto de você”, imortalizada por Tim Maia; “Sina”, de Djavan; e “Nos bailes da Vida”, de Milton Nascimento, além de “Vem meu Amor” e “Prefixo de Verão”. Já a participação de Sandra Sá, ao lado do Olodum, teve “Demônio Colorido”, que é uma parceria com Maria Gadú, o sucesso autoral “Olhos Coloridos” e “Sozinho”, de Peninha.

Olodum

Nenhum dos 16 integrantes do Olodum que participaram da apresentação tinha pisado os pés antes no principal destino de ecoturismo do Brasil. “Era um sonho vir aqui porque eu vejo só vídeos, postagens sobre Bonito. A gente chegou aqui no frio, mas queríamos dar um mergulho naquele rio lá junto com as piraputangas que encantam o mundo inteiro e a gente, como um bom brasileiro, gostaria também. Esperamos voltar para poder dar aquele mergulho como os turistas do mundo inteiro que vêm aqui”, disse Lazinho, um dos integrantes do Olodum.

Ele também elogiou a realização do Festival de Inverno de Bonito. “Acho que o Brasil está no caminho certo. Nós tocamos nos grandes festivais do mundo e no Brasil faltava ter grandes festivais. Tinha um, dois, né? Hoje, graças a Deus, Bonito tem festival. Na Bahia tem um festival de inverno de Vitória da Conquista. Então, esses festivais dão oportunidade a artistas que não são conhecidos pelos brasileiros. Brasileiro tem oportunidade de ter grandes festivais, ainda mais com o governo ou empresas patrocinando para que as pessoas tenham oportunidade de ter grandes eventos no Brasil. Afinal de contas, nós somos um dos maiores consumidores de música do mundo”.

Lucas Di Fiori, do Olodum, defendeu a democratização do acesso à cultura promovida pelo Festival de Inverno de Bonito. “A população precisa ter acesso à educação, cultura e lazer. Isso fortalece, traz receita para o Estado, a gente sabe disso, e eu estava elogiando o pessoal da direção do festival. Não é só música. É música, teatro, gastronomia, então envolve realmente todo o contexto do que a cidade oferece e faz com que essas pessoas que não têm essa oportunidade, nem essa possibilidade de poder viajar e de conhecer essas bandas mais próximas, poder curtir e curtir de graça”.

Michael Jackson

O grupo de música afro-brasileira nasceu como um bloco carnavalesco em Salvador em 1979 e conquistou o mundo, tendo se apresentado em diversos países. Mas um dos momentos mais marcantes da banda aconteceu no Brasil: a participação, em 1996, do clipe “They Don’t Care About Us”, do Rei do Pop, no Pelourinho, em Salvador. Na ocasião, Michael Jackson também gravou no Rio de Janeiro.

Marta Cel e Negabi

Antes de Olodum e Sandra Sá subirem ao palco, foi a vez de outras duas mulheres pretas, Marta Cel e Negabi, encantarem o público. Não faltaram samba, MPB e muita música brasileira com influências africanas. Marta Cel cantou “Sambalê” e “Breveia”, entre tantas lindas canções; enquanto Negabi seguiu com “Vai tristeza”, “Pra que chorar”, de Vinícius de Moraes, e “Água de chuva no Mar”. E elas cantaram juntas músicas como “Ponto de Nanã / Sou de Nanã”, de Mariene de Castro.

Público

O show fez a alegria de muita gente como a procuradora municipal de Campo Grande, Cláudia Melo, que chegou cedo e encontrou um lugar bem na frente do Palco Lua para prestigiar o show de Olodum e Sandra Sá.

“Já é a segunda vez que eu estou vindo ao festival. Eu vim há muitos anos quando foi Caetano Veloso, porque a gente vê muito sertanejo. Então no Festival de Bonito vem muito MPB, isso pra gente é muito legal! Quando vem uma oportunidade assim de MPB, música diferente, nós aproveitamos. Ontem foi o Zé Ramalho, hoje a Sandra Sá. É novidade pra gente”, contou.

Cláudia Melo gostou tanto do Festival de Inverno que sugeriu a criação de eventos como esse em outras estações do ano. “A estrutura é muito boa aqui. Atrai o público, a música é boa. Hoje a gente foi a um restaurante e estava lotado, tinha pessoas na fila aguardando. Então, isso movimenta a cidade, traz progresso. Ficamos muito contentes de ver a cidade crescendo, evoluindo. Se Deus quiser, daqui há quatro anos estou me mudando para Bonito. E uma sugestão que a gente daria também é de fazer um novo festival, Festival de Primavera ou de Outono”.

Paulo Fernandes, Festival de Inverno de Bonito
Fotos: Álvaro Rezende/Elias Campos