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Bela Vista-MS Quinta-Feira, 21 de Novembro de 2024
Um passo para igualdade: Marcelo Carneiro dos Santos

Um passo para igualdade: Marcelo Carneiro dos Santos

Em 2024, o 20 de novembro, Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, será celebrado como feriado nacional pela primeira vez na história. Originalmente criado por jovens universitários negros do Rio Grande do Sul, o movimento por uma data em que o protagonismo seja verdadeiramente dos negros surge para reforçar a luta por liberdade e prega direitos iguais em todos os setores da sociedade.

Essa forma de visibilidade é importante, principalmente para a valorização cultural de elementos afro-brasileiros. O samba, as religiões de matriz africana, a capoeira e outras danças tradicionais como exemplo deste legado, transmitido de geração a geração. Negar a herança africana, é negar o próprio Brasil. A cultura africana faz parte da nossa origem, dos nossos antepassados e da nossa história, e isso influencia o nosso modo de viver.

O mês de novembro oferece uma oportunidade valiosa para refletir e discutir questões raciais e de identidade dentro das universidades. A disciplina de educação física, por exemplo, pode ser uma boa porta de entrada para introdução de elementos da cultura africana, como as danças e as práticas corporais em geral.

Dentro da sala de aula é uma oportunidade para explorar atividades dos esportes e das danças de matriz africana, como a capoeira e o samba, que têm raízes profundas na história do povo negro e são exemplos poderosos de resistência e preservação cultural. Para o professor é relevante não apenas ensinar a técnica, mas também contextualizar o valor histórico e cultural dessas práticas, abordando a história do movimento negro e das lutas por reconhecimento e espaço dentro do esporte e da sociedade como símbolo de resistência.

Temas como a representatividade de atletas negros, os estereótipos raciais e como o preconceito afeta tanto a prática quanto o acesso ao esporte em diferentes níveis também merecem espaço na discussão. As universidades têm importante papel em desenvolver pesquisas que investiguem o impacto do racismo na saúde física e mental da população negra, além de estudar como as barreiras raciais influenciam o acesso a práticas esportivas e oportunidades profissionais.

Promover a valorização da herança africana no Brasil exige um compromisso diário de todos, não apenas no ambiente acadêmico, mas também no dia a dia. A herança africana está presente em inúmeros aspectos da nossa cultura, como a música, a dança, a culinária, a linguagem, as religiões e as artes, mas, infelizmente, muitas dessas influências ainda são pouco reconhecidas ou valorizadas como merecem, vejo que há muitos avanços ainda necessários para promover a inclusão e a valorização da população negra no Brasil.

*Marcelo Carneiro dos Santos é docente da Estácio e mestre em educação física.

Cuidado com as tentações financeiras: Wilson Aquino

Cuidado com as tentações financeiras: Wilson Aquino

No Brasil, o endividamento das famílias tem se tornado um problema grave e persistente. De acordo com dados recentes, mais de 77% das famílias brasileiras estão endividadas, enfrentando dificuldades para arcar com compromissos financeiros básicos. Esse alto índice de endividamento, em muitos casos, leva à inadimplência, causando estresse emocional, problemas de saúde e até mesmo rupturas familiares. Esse cenário torna evidente a necessidade de cautela ao lidar com o orçamento doméstico, especialmente em períodos de alta pressão consumista como agora, no final de ano.

A facilidade de acesso ao crédito e o apelo constante ao consumo fazem com que muitas pessoas sejam levadas a gastar mais do que podem. Promoções como o “Black Friday”, liquidações de final de ano e descontos em compras parceladas são estratégias eficazes do comércio para atrair consumidores, mas podem levar ao consumo impulsivo e desnecessário. Estudos indicam que, em média, os brasileiros gastam até 30% a mais do que o planejado em eventos como o “Black Friday”. A tentação de aproveitar essas ofertas, especialmente sem um planejamento adequado, resulta em um acúmulo de dívidas que muitos não conseguem honrar, criando um ciclo de endividamento cada vez mais difícil de controlar.

No começo de cada ano, novas despesas se acumulam, como IPTU, IPVA, matrícula escolar e materiais didáticos, pressionando ainda mais o orçamento familiar. Em 2024, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a inadimplência no início do ano subiu cerca de 15% em relação ao mesmo período do ano anterior. Essa realidade evidencia que muitos brasileiros estão adiando compromissos financeiros importantes em função de gastos supérfluos realizados no final do ano, dificultando a organização do orçamento nos primeiros meses do ano e afetando outras áreas essenciais da vida.

O tema do endividamento familiar também possui uma perspectiva bíblica sobre prudência e gestão dos recursos. A Bíblia nos ensina em Provérbios 22:7 que “o rico domina sobre os pobres, e quem toma emprestado é escravo de quem empresta”. Esse princípio nos alerta sobre os perigos de se endividar e viver além dos próprios meios.

Em Lucas 14:28-30, Jesus conta uma parábola sobre um homem que deseja construir uma torre, ressaltando que ele primeiro deve calcular os custos para ver se tem condições de terminá-la. Assim, na vida financeira, é preciso primeiro refletir sobre os recursos disponíveis e os compromissos que se pode assumir. Esse ensinamento bíblico nos convida a analisar cuidadosamente nossas decisões financeiras, evitando que dívidas comprometam a harmonia familiar e resultem em dificuldades que poderiam ser evitadas com prudência.

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias ensina princípios sólidos de autossuficiência e administração financeira como parte da vida espiritual e familiar. Uma das orientações fundamentais da Igreja é que os membros vivam dentro de seus meios, independentemente do nível de renda. O ideal é que as famílias nunca gastem mais do que 70% de sua renda, reservando o restante para poupança. Esse princípio está alinhado com a visão de uma vida previdente e regrada, promovendo a segurança e a paz dentro do lar.

O Élder Robert D. Hales, do Quórum dos Doze Apóstolos da igreja, enfatizou a importância de administrar as finanças com sabedoria. Ele declarou: “A verdadeira felicidade não está na acumulação de bens materiais, mas em viver uma vida de gratidão e serviço ao próximo. Evitar dívidas desnecessárias é essencial para alcançar essa paz.” O Élder Hales também aconselhou que poupar regularmente, ainda que sejam pequenas quantias, é um ato de fé e preparação para o futuro.

A Igreja também incentiva os membros a serem previdentes, planejando com antecedência suas necessidades. Esse conselho é especialmente importante em tempos de incerteza econômica, quando despesas inesperadas podem surgir. Um orçamento familiar bem elaborado, baseado nos princípios do evangelho, ajuda a evitar o endividamento e promove maior estabilidade e harmonia entre os membros da família.

Ao final, é preciso lembrar que a prosperidade verdadeira vem da paz e do equilíbrio na vida familiar e espiritual. Gastar com sabedoria e evitar dívidas são formas de honrar a família e preservar o bem-estar de todos. A prudência nas finanças, alinhada aos princípios bíblicos, permite que as famílias enfrentem os desafios financeiros com serenidade e segurança. Dessa forma, estaremos plantando uma semente de prosperidade e harmonia, não apenas para nós, mas também para as gerações futuras.

*Jornalista e Professor            

Leia Coluna Amplavisão: Simplicidade, conta muito na vida pública

Leia Coluna Amplavisão: Simplicidade, conta muito na vida pública

SEM MÁSCARA:  O discurso era falso. É o que se deduz da decisão do TRE-MS ao condenar o ex-deputado federal ‘Tio Trutis’  e sua mulher Raquellle Souza (PL) por lavagem de dinheiro (R$776 mil) no pleito de 2022. Podem ficar inelegíveis. Após perder a eleição para vereador da capital neste ano, Trutis insistirá em 2026?

VOANDO ALTO: O governador Riedel (PSDB) ocupando espaços na grande mídia, reforçando a imagem de bom gestor. Agora mesmo falará em nome dos governadores na Reunião das cidades do ‘G20’ no Rio de Janeiro. “Compromisso com a Ação: a Abordagem Brasileira para uma Governança Climática Multinível’ – o tema de palestra nesta sexta.

VAZIOS: Tanto a situação como a oposição enfrentam o mesmo desafio para as eleições nacionais de 2026. Pelas razões conhecidas o cenário não produziu novos personagens rotulados de protagonistas já prontos, lapidados, para cargos de efetivas lideranças.  A oposição rachada e Lula cansado: é o que temos até agora.

QUEM MESMO? Tarcísio de Freitas, Ratinho Junior, Eduardo Leite, Ronaldo Caiado e Pablo Marçal teriam figurinos ideais de candidatos oposicionistas? Lula – mesmo  ‘enroquecido’, Fernando Haddad e Geraldo Alckmin, as opções da situação. Pelos perfis dos dois últimos – dependendo das pesquisas, Lula deve repetir a chapa com Alckmin.

O BOLSO: Dizem que o coração do eleitor fica no bolso. Se o povo estiver contente, comendo bem, pagando as contas em dia, fará uma leitura positiva do Governo Lula. Além de curtir o espelho (enorme) em casa, Lula está de olho nos índices de aprovação de sua gestão. Se a eleição fosse dentro do cenário atual Lula ainda venceria. Penso eu.

E AGORA: 6 X1 ou 4 x 3? O embate sobre a propalada mudança da jornada de trabalho promete ser material explosivo para comentários e discussões. Isso é apenas o começo. Trata-se de matéria delicada que envolve vários aspectos da sociedade e que não se resolverá da noite para o dia sem uma apurada análise social e política.

SINAIS: Para o vice-presidente Alckmin, a mudança seria uma tendência mundial. Diz ele: “À medida que a tecnologia avança, você pode fazer mais com menos pessoas e ter uma jornada menor. ” Mas pergunta-se: isso seria aplicável em outros segmentos, como no universo rural? O deputado Zé Teixeira já questionou o fato. Ele tem suas razões.

OUTRO LADO:  Pessoal do comercio teme que ao reduzir a jornada sem diminuir o salário, os custos da empresa fiquem comprometidos. Uma equação nada fácil que não se resolve da noite pro dia. Vale dizer que boa parte dos empregos do setor do comercio   vem dos micros e pequenos negócios, que hoje lutam pela sobrevivência.

  1. LOESTER: Vereador na capital por 4 mandatos e deputado estadual por 3 vezes. Também foi 1º suplente de deputado federal e candidato a prefeito em 1992 pelo PDT, além de candidato a vice-prefeito de Nelson Trad. Simples, está saindo de cena aos 76 anos de idade. Médico, disse-me que irá cuidar melhor do seu corpo. Ainda há tempo.

SIMPLICIDADE: Ainda existe, mas anda rara. O ex-deputado Fabio Trad conta um episódio peculiar. Certa vez foi com seu pai Nelson Trad visitar o ex- prefeito Lúdio Coelho. Papo agradável; vida e política; enquanto Lúdio chupava uma manga ao estilo ‘criança feliz’. Na volta, Fabio comentou a postura de Lúdio e Nelson ponderou: “essa é a simplicidade, que encanta. ”  

DE LEVE: Dizem que a simplicidade é o último degrau da sabedoria. Faz sentido e se contrapõe ao estilo soberbo de autoridades e políticos que se postam acima de tudo e de todos. Esse episódio envolvendo o Tribunal de Justiça oportuniza a reflexão de conduta. Será preciso frequentar mais velórios para entender o real sentido da vida? Ora! Daqui nada se leva!

BOM PRESIDENTE: Visto antes como inexperiente ou sem a bagagem, tida como imprescindível ao cargo, o deputado Gerson Claro transformou a presidência da Assembleia Legislativa no centro de diálogo e de soluções. Esse estilo pragmático e simples de administrar garantiu-lhe a unanimidade para conseguir a reeleição.

FAZ SENTIDO:  Gerson trata bem as pessoas e funcionários da casa. Talvez sua própria origem humilde e os valores que agregou no magistério tenham influenciado na sua formatação. Dos deputados só ouço referências elogiosas ao presidente reeleito, como se pode aferir durante a votação. Pelo visto Lúdio Coelho seria referência para o deputado Gerson.

‘SAIA JUSTA’:  Talvez  o escândalo no Tribunal de Justiça  não altere os prognósticos iniciais quanto as eleições da OAB-MS. Mas será um palco oportuno para se discutir valores, postura e objetivos da entidade. Como ex-conselheiro da entidade tenho ouvido críticas dessa relação da OAB com o Judiciário.

LEMBRANDO:  A OAB, como mostra a história do país, se pautou como defensora da democracia e da justiça transparente. Mas hoje, diante dos fatos gravíssimos divulgados pela mídia nacional inclusive, a entidade local parece acuada e até questionada pela opinião pública.

 

‘GENTE & URGENTE’:

A nova direita não está de passagem. (Wilson Gomes)

“Este país não pode dar certo. Aqui, prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme, traficante se vicia e pobre é de direita”. (Tim Maia)

A PEC para diminuir a carga de trabalho semanal é coisa de quem não tem a menor ideia da realidade do Brasil. É varejo ideológico-populista. (Mario Sabino)

Pela facilidade de acesso, pode-se afirmar que com as bets, permitimos a instalação de um cassino no bolso de cada brasileiro. (Ministra Macaé Evaristo)

Ética – Roubava, sim, mas só em legítima defesa. (Millôr)

E pensar que o Brasil já foi um país onde o máximo de explosão que existia era a do Iraque. (na internet)

Deputados e senadores focam no dinheiro em busca de votos e renunciam ao papel de debater os grandes temas da República. (Senador Oriovisto Guimarães)

Pensar diferente é uma coisa, exterminar o diferente é outra.(ministro Flavio Dino)

‘Turma do Vespa’ é ‘brasa, mora?’: Wilson Aquino

‘Turma do Vespa’ é ‘brasa, mora?’: Wilson Aquino

Há mais de meio século, no calor dos sonhos e na curiosidade própria da juventude, um grupo de jovens ingressava no curso ginasial do Colégio Estadual Vespasiano Martins, em Campo Grande, depois de passar pelo difícil ‘Exame de Admissão’, onde o futuro se desenhava entre risos, desafios e o apoio mútuo. Hoje, essa turma, carinhosamente conhecida como “Turma do Vespa,” mantém acesa aquela chama de amizade que transcendeu as décadas, com encontros anuais que são celebrações de vida, de história e de afeto. Há sete anos, eles se reencontraram, e o vínculo que construíram tornou-se ainda mais forte, com abraços, sorrisos e lembranças compartilhadas em cada almoço, jantar e festas diversificadas.

Esses reencontros são muito mais que reuniões: são como pequenos milagres que aquecem o coração, trazendo benefícios físicos, emocionais e espirituais. Se um estudo científico fosse feito sobre esse grupo, certamente mostraria como essa amizade renova a saúde, revigora o espírito e fortalece a alma de todos. A cada encontro, há sempre mais motivos para celebrar e menos espaço para a distância, pois a alegria e o cuidado entre eles são o verdadeiro alimento nessa grande jornada.

O último encontro realizado foi no domingo (9), na chácara de Edivaldo Matos Martins e Janine, um casal que se conheceu, namorou e casou nos bancos escolares do ‘Vespa’. O encontro de ontem  foi um daqueles momentos inesquecíveis, entre risos e muita conversa, durante um churrasco generoso e uma alegria contagiante que deram o tom de mais um capítulo desta bela história de amor e amizade. Foi o quinto encontro do ano, e cada um é único, trazendo o melhor de cada participante e revelando o poder de uma conexão que se tornou inquebrantável.

A amizade da Turma do Vespa reflete as palavras de Deus, em Provérbios 17:17, que dizem: “Em todo tempo ama o amigo, e para hora da angústia nasce o irmão.” Essa amizade é um amor constante, que resiste ao tempo e às mudanças da vida, transformando companheiros de escola em verdadeiros irmãos.

E como Jesus ensinou em João 15:12-13: “O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.” Inspirados por essa verdade, os membros da Turma do Vespa doam-se de coração, apoiando-se incondicionalmente e vivendo um amor altruísta e genuíno. A amizade deles é um reflexo do amor de Deus, uma aliança que transcende o tempo, as distâncias e as dificuldades, provando que o amor fraternal é um dom divino que ilumina e abençoa a jornada de cada um.

Quando o querido Professor Wellington Amaurier Nazareth (instrutor de fanfarra da escola na época), o “patriarca” da turma, partiu, no ano passado, para integrar a uma nova orquestra, no céu, o grupo sentiu o impacto. Mas, a força da amizade sobreviveu e se fortaleceu na figura de Rose Mary de Aguiar, a grande matriarca, cuja energia e sorriso são o combustível que mantém viva agora, essa conexão. Hoje, Rose continua a reunir o grupo com seu entusiasmo contagiante, como uma guardiã da amizade que pulsa com mais vigor a cada reencontro.

Em nome desse sentimento que nos uniu desde os dias de juventude no Colégio Estadual Vespasiano Martins, é uma honra lembrar e nomear, um a um, os queridos membros da Turma do Vespa, que escreveram e continuam a escrever essa história de amor e amizade. São eles: Amara Dias Rocha, Antonia Célia Almeida de Araújo, Celso Almeida de Oliveira, Denair Soares Samaniego, Dina Terezinha Farias, Donizete Nunes de Menezes, Edilson Coelho, Edivaldo Matos Martins, Gilda de Oliveira, Janete Rosa de Souza, Janine Chicrala da Silva Martins, Juciara Gomes Isnarde, João Carlos Alves da Silva, Luzia Navarro, Luiz Carlos (Mano), Maria Auxiliadora Espíndola, Maria Auxiliadora Nunes, Maria Madalena Navarro Menezes, Maria Madalena Pacheco, Marcos Daniel de Aguiar, Marilene Inês de Freitas, Marli Bigattao, Nadia Maria de Aguiar Oliveira, Nelson dos Santos, Nilton José, Olímpio Samaniego, Rose Mary de Aguiar, Ricardo Isnardi, Sandra Navarro Bonazza, Silvia Almeida de Oliveira, Solange Aparecida S. C. Silva, Sonia Lúcia Correa, Suely Miguel Versoza, Tania Rosa Navarro de Menezes, Vera Eunice Aquino, Walter Júnior, Wilson Aquino, Zaira Chaves, Zeilda Ribeiro e o querido Professor Marivaldo Miranda, médico veterinário (Agraer), um grande amigo que nunca perdeu de vista muitos de nós.

Que essa lista seja uma celebração a cada história, cada lembrança e cada momento compartilhado. Unidos por esse laço indissolúvel de amizade e carinho, os membros da Turma do Vespa são um exemplo de amor fraternal, mostrando a todos o valor e a beleza de uma amizade duradoura, que não perde seu brilho, mas, ao contrário, renova-se e fortalece-se com o passar dos anos.

*Jornalista e Professor

Leia Coluna Amplavisão: Adversário político e compadre: Você conhece?

Leia Coluna Amplavisão: Adversário político e compadre: Você conhece?

‘NÓS CONTRA ELES’:  Tenho sustentado há tempos que a política – no lugar de unir as cidades – acaba sim dividindo as comunidades por interesses múltiplos, em nome da democracia (direito a escolha).  O problema é que, em muitas ocasiões, esse ranço partidário acaba interferindo de forma maligna nas relações do sagrado dia a dia.

LAMENTÁVEL: Mais uma vez constatei essa realidade no papo desta semana com prefeitos atuais e vários dos eleitos nestas eleições. Pelos argumentos não há a menor chance de mudanças no cenário. Vencedores e perdedores dificilmente estarão no mesmo palanque em 2026. Vaidade que divide famílias e destrói velhas amizades.

CONSTATAÇÃO  Todos os políticos com quem conversei alegam que a política tem mais de pessoalidade e menos de ideologia ou algo afim. Lembram que o universo interiorano (em Juti, Aquidauana ou Itaquirai) é diminuto – com as pessoas se vendo em diferentes situações e locais do cotidiano. Compadre adversário político? Nem pensar!

EXEMPLOS: Essas influências não são exclusivas do interior.  Nem que chovesse canivete, por exemplo, o deputado Zeca do PT convidaria o ex-governador Puccinelli para padrinho de um neto seu. Imagine também Geraldo Alckmin e João Dória – o ex-governador Reinaldo Azambuja e o ex-Juiz Odilon na mesma situação.

AGRADÁVEL:  Não por acaso a coluna sustentou faltar adversários para Riedel em 2026. Ele voltou a agradar com fala irretocável no recente congresso de prefeitos. Cresce a sua intimidade com o palco político usando bem os recursos gestuais, tom de voz compatível e boa capacidade de síntese. Pegou a ‘embocadura’. Pegou o jeito.

CAUSA & EFEITO: Para uns a candidata Rose Modesto perdeu pelo estigma de ter ido para a Sudeco graças ao PT de Lula. Para outros seria a falta ‘daquele’ importante ‘combu$tivel’ na reta final. Convenhamos, dona de mais de 200 mil votos Rose é cobiçada pelo o Governo Estadual. Feito o convite, aguarda-se a resposta. Isso se chama política.

BETO PEREIRA: Dizem que ele não escondia que seu projeto maior seria disputar e vencer as eleições para o Palácio do Planalto. Mas convenhamos:  era delírio puro. Seu desgaste nestas eleições da capital é infinitamente superior aos sonhados dividendos. A opinião pública sugere a troca da soberba (tipo ‘dr. Google’) pela humildade.

AS CAMPEÃS: Dentre as 100 cidades que mais arrecadaram em 2023 Campo Grande está em 28º lugar com R$12.538.777,32. Cuiabá com R$12.514.974.069,81 vem em seguida. As 100 cidades (que abrigam 36,23% dos brasileiros), representam 76.58% do total arrecadado. Só o município de São Paulo representa 30,01% da arrecadação.

DESIGUALDADE: Os números mostram que ela é real devido a concentração de renda no Sudeste (56 municípios) e Sul com outras 24 – equivalendo a 80% de toda arrecadação.  São Paulo participa desta lista com 30 cidades, Santa Catarina tem 10, Minas Gerais 9 e Paraná e Rio Grande do Sul com 7 cada uma.

CONCLUSÃO: Os números da pesquisa encomendada pela revista Veja permitem conferir nosso potencial como município e cidade, levando-se em conta vários fatores sociais.  Não somos a cereja do bolo –  como Barueri com sedes de bancos e grandes empresas (Grande São Paulo), mas não estamos na lanterna da relação classificatória.

MORADORES DE RUA: Passou da hora das autoridades saírem do discurso para a pratica. A capital infestada deles; paisagem medonha. Exemplo: há meses um jovem negro, de calção ou nu, em plena luz do dia transita entre os carros na esquina das avenidas Afonso Pena e Ernesto Geisel, às vezes se masturbando numa boa. Cada autoridade com sua desculpa. Até quando?

OS MAIORAIS: No MS o PSDB obteve 557 mil votos, elegendo 44 prefeitos e 261 vereadores. Já o PP obteve 330.247 votos, elegeu 16 prefeitos e 150 vereadores. Números expressivos que dão as duas siglas a condição de principais protagonistas para 2026, mesmo que o PSDB venha a implodir. No caso o grupo político seria mantido.

AGUARDEM:  O deputado Zeca do PT falará na próxima semana sobre a citação do nome do procurador Marcos Sottoriva no episódio do TJ-MS. Zeca está motivado, pois no episódio ‘Farra da Publicidade’ (2007/2015) foi acossado pelo promotor, resultando após a improcedência, na indenização por danos morais confirmada pelo STJ. A indenização em prol de Zeca supera R$200 mil.

EXPLICANDO:  O Ministério Público foi implacável na fiscalização dos gastos do estado e municípios com a imprensa.  Um tormento para governantes e empresários do setor midiático. Sottoriva era visto como espécie de ‘paladino da moralidade’. Agora, seu nome é citado neste escândalo judicial, que poderá leva-lo a condição de vilão. A vida como ela é.

‘CASA BRANCA’:  A eleição de Trump resolverá nossos problemas? Ela influenciará o quadro político a ponto de pesar nas eleições de 2026?  Trump estaria preocupado com o Brasil? Nosso país, não foi citado uma única vez nos debates eleitorais. O conceito de ‘que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil’ está desatualizado. Continuamos no time dos latinos ‘cucarachas’ que tentam burlar a fronteira deles.

‘PLIM PLIM’: Não foi fácil digerir o noticiário da Globo e as opiniões de seus comentaristas ao longo do processo eleitoral norte-americano. Mesmo durante a divulgação dos primeiros resultados, seus jornalistas buscavam os mais estapafúrdios dos argumentos para tentar acalentar o sonho da reviravolta dos números. Hilario!

AGNALDO SILVA:  “A mídia tem que parar de falar apenas sobre o que ela quer e voltar a fazer o trabalho dela, que é: falar sobre o que realmente acontece…Que nem sempre é o que ela quer. ”  A manifestação do dramaturgo é um recado claro aos veículos midiáticos que insistem em falsear a verdade tentando doutrinar a opinião pública

DESEJOS: Quem obter 13 votos será eleito para a mesa diretora da Assembleia Legislativa, com poderes para administrar um orçamento de fazer inveja: R$ 520 milhões em 2025 repassados ao Poder Legislativo. Com exceção do deputado José Teixeira nenhum outro deputado manifestou pela imprensa o desejo de concorrer. No caso dele ao cargo de 1º Secretario.

A PROPÓSITO:  Conhecido por Juruna devido sua farta cabeleira – o  ex-deputado Waldomiro Gonçalves (governista convicto) já dizia ‘quem gosta de deputado é deputado’. A frase irônica retrata a reação corporativista dos parlamentares brasileiros em todos os níveis. Na hora do ‘perigo’ eles se unem esquecendo todas as indiferenças.

PILULAS DIGITAIS:

Kamala Harris é um misto de Dilma Rousseff com Rolando Lero. (Mario Sabino)

Alpinista social é que sobe na vida escalando pessoas.

Política igual ao futebol; pessoas na foto do vestiário, mas que não jogaram.

‘Comovente’: juízes corruptos ‘condenados’ a aposentadoria com salários.

É preciso acabar com a tese de que ganhou a eleição, um vai para o céu, outro vai para o inferno”. (Ronaldo Caiado)

Ao se achar muito importante, visite o cemitério e verá quantos ‘importantes’ se foram – e o mundo segue seu ritmo.

O ideário petista ou é a cartilha revolucionária ou é a cartilha assistencialista. (Mario Sabino)

“Se realmente existir um Deus ele terá que implorar pelo meu perdão”. (na parede de um campo de concentração nazista)

 

Proibição do uso de celular em escolas. Por que é importante?

Proibição do uso de celular em escolas. Por que é importante?

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou, no dia 30 de outubro de 2024, um projeto que proíbe o uso de aparelhos eletrônicos nas escolas públicas e privadas. Inúmeros trabalhos científicos falam que o uso do celular está tendo um impacto importante no desenvolvimento das nossas crianças. Isso tem impacto muito relevante, pois uma criança passa 200 dias letivos numa escola e no mínimo quatro horas por dia.

Todas as pesquisas neurocientíficas são a favor dessa medida, pois a criança poderá se envolver mais com os outros e trabalhar habilidades que estão sendo deixadas de lado. Há habilidades e competências no boom do desenvolvimento, os pontos sensíveis do desenvolvimento, por exemplo, que acontecem justamente na educação infantil e no fundamental. Então, precisamos preservar o cérebro e o desenvolvimento cognitivo, desenvolvimento emocional e o aprimoramento em todas as áreas.

É fundamental os pais se prepararem. Aliás, isso é um ponto de reflexão para os próprios responsáveis. Porque, às vezes, há pais que acabam colocando na tecnologia uma dependência extremamente excessiva. E acabam pormenorizando as relações sociais que eles precisam desenvolver com os filhos.

Proibição do uso de celular em escolas – Imagem Pexels-Foto de RDNE Stock project

Estamos vendo crianças com problemas e atrasos de linguagem. Ou que não têm transtorno, mas que acabam desenvolvendo déficits de linguagem, déficits de habilidades sociais, além de ficarem mais ansiosas.

Nossas crianças estão adoecendo por conta da tecnologia. Não podemos negar que a tecnologia é muito boa e importante, mas ela não pode ter a dimensão que está tendo numa época tão importante quanto o desenvolvimento.

Por exemplo, desde 2018 já se têm pesquisas mostrando que na Inglaterra as crianças estão com dificuldade de segurar no lápis e habilidades básicas como escovar dentes. Isso se dá por não utilizarem as mãos, não utilizarem outras habilidades motoras. Elas estão perdendo essas funções e diminuindo as habilidades por conta dos aparelhos eletrônicos, como smartphones e tablets. A tecnologia é muito boa e pode ser uma grande aliada, mas ela tem que ser mediada. Mediada por quem? Pelos pais, pela família.

Os pais também devem ficar atentos aos sinais de agressividade. Se eles acontecem, já mostra uma dependência. A escola é um momento extremamente relevante onde a criança, além de aprender, desenvolve várias habilidades e competências, pois o cérebro é muito plástico.

Inclusive, o projeto de lei fala algo muito importante, ele proíbe o porte. Já há pesquisas que mostram que o simples fato de termos o porte do celular, ele já é uma atividade que pode provocar distração. Por exemplo, uma criança de cinco ou de seis anos vai ter essa dificuldade em se autorregular e saber se agora pode ou agora não pode mexer. Não há malefícios, somente benefícios.

(*) Luciana Brites é CEO do Instituto NeuroSaber, psicopedagoga, psicomotricista, Mestre em distúrbios do desenvolvimento e doutorando em ciências do desenvolvimento humano, palestrante e autora de livros sobre educação e transtornos de aprendizagem. Instituto NeuroSaber  https://institutoneurosaber.com.br

* Luciana Brites, Mestre e Doutoranda em Distúrbios do Desenvolvimento – Foto: Samara Garcia