abr 4, 2025 | Colunistas
LIDERANÇA-1: Direto ao ponto; atualmente temos que admitir a falta de líderes nas comunidades, nos segmentos ligados à administração pública ou à política partidária. Convenhamos, a tão sonhada liderança pode ser comparada a beleza: até difícil de se definir, mas muito fácil de reconhecer ao deparamos com ela.
LIDERANÇA-2: Bastaria ao leitor olhar ao seu redor, no seu ambiente do dia a dia, para se deparar com o deserto de protagonistas diferenciados. Não se pode confundi-los com aventureiros, invasores deste vácuo de carência, que se apresentam como solução para todos os males. Ora! Eleição não é programa de calouros.
PERIGO: Exemplos de Campo Grande, de Dourados e de outros rincões mostraram que seus ‘aventureiros de estimação’, no lugar de resolver os desafios acabaram por agravá-los. Em outra dimensão, o ex-presidente Collor de Mello ficou conhecido pelo cognome de ‘Salvador da Pátria’ – por motivos óbvios, de memória nacional.
REQUISITOS: Dwight Eisenhower defendia que ‘a qualidade suprema da liderança é a integridade’. Ignácio Granados entende que ‘a coerência na política é fundamental para edificar a imagem e a reputação do candidato’. Para ele, ‘ser exemplar é ter um comportamento capaz de suscitar admiração e de querer ser imitado’.
SAARA: Num país populoso, de dimensão continental, não temos meia dúzia de líderes que possam ser vistos como timoneiros de nossos sonhos. Não vale citar Datena, Pablo Marçal, Gustavo Lima e nem culpar o Regime Militar. Os motivos são outros. Somos os culpados. Afinal, liderança é a capacidade de transformar a visão em realidade.
COMPROMISSO: Em comparação com outros povos, economicamente inferiores, como é o Vietnam por exemplo, conclui-se que o brasileiro olha apenas para o próprio umbigo. Desdenha seu país, não pensa no coletivo. A ‘Lei de Gerson’ – a opção pela vantagem, representa nossa postura e caráter. Isso afeta a credibilidade no campo das lideranças.
POLÍTICA: Eleitores votam em líderes, não em partidos. Você constata isso das eleições municipais às eleições nacionais. Os partidos engessados funcionam como as capitanias hereditárias. Prova disso que sinto no ar o cheiro de desconfiança quanto aos anunciados ‘casamentos partidários’. Será que muda o que?
EXEMPLO: Indaguei do deputado João Catan qual sua visão quanto ao caminho do PL (fusão-federação) em 2026. Não disfarçou, ao admitir que a tendência seria de caminhar com as próprias pernas, pois a sigla sabe de seu tamanho. Reiterou que o PL só aceitará a proposta que reconheça e valorize sua estatura. Portanto, sem ilusões.
CONCORRÊNCIA: Pré-candidatos com potencial para a Assembleia Legislativa: os ex-prefeitos Odilon (Aquidauana), Guerreiro (Três Lagoas), Helio Peluffo (Ponta Porã), Alan Guedes (Dourados), Alcides Bernal e Puccinelli (capital), Jerson Domingos, os vereadores da capital Marcos Trad, Luiza Ribeiro e Rafael Tavares.
CALCULO: Hoje, apenas Mara Caseiro e Jamilson Naime disputariam a Câmara Federal, enquanto Marcio Fernandes e Paulo Correa concorreriam a indicação ao TC-MS no lugar de Jerson Domingos que completará 75 anos em 14 de novembro próximo. Os demais (20) tentariam a reeleição numa disputa acirrada. Haja votos – haja money!
FATOS NOVOS: Pelo retrovisor vemos as lições no MS. Azarões ganharam, favoritos perderam, como no futebol. É preciso frisar que as decisões influentes ocorrerão só 6 meses (abril) antes do pleito, quando vence o prazo para a concretização das fusões e federações partidárias. Até lá teremos conchavos, rasteiras e traições – é claro.
FATOR GERSON: Tudo é possível. Estão em curso as articulações do deputado Gerson Claro (PP) junto a senadora Tereza Cristina (PP) para viabilizar seu nome para disputar uma das duas vagas ao Senado. Claro quer fortalecer o PP na composição do futuro Senado a ser eleito em 2026. Claro costura o apoio do governador Riedel, de Azambuja e de seus colegas deputados.
COMPLICAÇÕES: Não há inocentes na política. Ainda há de se levar em conta a vice-prefeita Gianni Nogueira (PL) de Dourados – mulher do deputado Rodolfo Nogueira – sempre lembrada por Bolsonaro como valorosa companheira e tida como forte concorrente a vaga ao Senado. Ela tem forte representação Bolsonarista. Uma carta na manga?
CALMA: O senador Nelsinho Trad (PSD) vem se notabilizando por suas ações e confia na força de seu partido em termos nacionais. Sob o comando de Kassab o PSD elegeu 45 deputados federais e conta com 15 senadores (maior bancada). O senador vem também se alinhando com o governador Riedel e o ex-governador Reinaldo.
NUVENS: Não é fácil decifrar os desejos e projetos de Bolsonaro. Para cada entrevista uma conclusão nebulosa que planta dúvidas entre companheiros do PL, PP e de aliados de outras siglas. É notório que ele vive um drama existencial imensurável, mas o problema é que avoca todas as decisões partidárias no Brasil inteiro. Aí fica difícil.
MEMÓRIA: Na chamada ‘jurisprudência’ das decisões das urnas há um vasto repertorio de resultados tidos como traiçoeiros. Mas vou citar apenas um: em 2002, Pedro Pedrossian com seu currículo invejável, era tido como imbatível para o Senado, mas ficou em 3º lugar – atrás de Ramez Tebet e Delcídio do Amaral. Portanto…
QUESTÕES: O cenário continuará o mesmo das eleições de 2024? As mudanças das regras eleitorais vão efetivamente pesar no conjunto das forças? O quadro nacional será fator decisivo no resultado do pleito estadual ou o eleitor conseguirá fazer a separação? Até as eleições haverá a reconciliação nacional ou o país estará ainda mais dividido?
CAFÉ AMARGO: Nas 415 páginas da sentença que começou a decidir o caso do ‘Coffee Break’, envolvendo um punhado de notáveis, há margem para recursos e novos capítulos. Ninguém irá para a cadeia e o ex-prefeito Alcides Bernal não terá o cargo de volta. O dinheiro que poderá receber um dia não compensará o ‘estresse’ sofrido desde 2014. Não terá valido a pena.
POLÍTICA: Longe de discutir o mérito destes tormentosos episódios vividos pelo então prefeito, deve-se aproveitar o fato para uma serena reflexão sobre a política. O sonho de poder, de servir à população, mesmo na mais pura das intenções, nem sempre encontra eco. Os personagens mudam, são outros, mas o enredo é o mesmo. Eis a lição.
VITÓRIA DE PIRRO: A oposição desunida vencerá a fadiga do Lulismo? Para 7 em cada 10 eleitores (71%) Lula fura as promessas de campanha. Para 53% Lula 3 é pior do que Lula 1 e 2. Para 43% é pior que Bolsonaro. Nada adiantaram a isenção do Imposto de Renda; suas viagens e o empréstimo consignado com carteira assinada. Mas, e daí? Lula venceria no 2º turno.
COMUNICADO OFICIAL:
A vida se tornou imensuravelmente melhor desde que fui forçado a parar de leva-la tão a sério. ( Hunter Thompson)
abr 3, 2025 | Colunistas
Ao declarar 2025 como o “Ano Internacional das Cooperativas”, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece a contribuição positiva dessas instituições para o enfrentamento dos desafios globais. Tendo como mote “Cooperativas Constroem um Mundo Melhor”, esse endosso também ressalta o papel dessas organizações no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), principalmente para erradicação da pobreza, redução das desigualdades e combate às mudanças climáticas. Importante lembrar que essa celebração não é inédita, em 2012 a ONU já havia feito essa homenagem ao Cooperativismo – a qual é reforçada este ano com a crescente relevância das cooperativas junto à sociedade.
O cooperativismo é um movimento mundial de longa data. Nasceu em 1844, na cidade de Rochdale, Condado de Manchester, Inglaterra, quando um grupo de 28 operários, em sua maioria tecelões, fundou a primeira cooperativa no auge da Revolução Industrial. Quase 200 anos depois, segue como um modelo de organização econômica e social baseado na colaboração, em que pessoas com interesses em comum se unem para trabalhar juntas e alcançar objetivos coletivos.
As cooperativas, por sua vez, são a forma prática de colocar o cooperativismo em ação. E quando olhamos mais diretamente às cooperativas de crédito, encontramos um modelo de negócio mais justo, igualitário e com um propósito genuíno: levar prosperidade às comunidades onde atuam. Constituídas de forma organizada, com base em equidade, solidariedade e transparência, as cooperativas buscam o desenvolvimento econômico e social dos associados e contribuem para a melhoria das condições de vida das comunidades onde estão inseridas, com a geração de renda e emprego.
O último estudo da FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) encomendado pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), de 2024, materializa esse propósito ao mostrar que em municípios acompanhados antes e depois da instalação de cooperativas de crédito, há incremento no PIB per capita em 10%, 15,1% mais vagas de emprego e aumento do número de estabelecimentos comerciais em 15,6%.
Nesse modelo de cooperativismo, os próprios associados da cooperativa se ajudam mutuamente, oferecendo serviços financeiros a condições mais acessíveis e com taxas mais justas. O objetivo está em atender às necessidades dos associados e promover o bem-estar financeiro da comunidade. Todos são sócios que participam das decisões do rumo do negócio, o que proporciona a sensação de pertencimento a um sistema mais justo e democrático.
Dessa forma, a frase do padre Theodor Amstad, fundador do Sicredi há 122 anos, no município de Nova Petrópolis (RS), permanece como uma fonte de inspiração do cooperativismo: “Não trabalhar apenas para mim mesmo, senão pelos outros ou para o bem comum”. É essa a essência que o movimento das cooperativas busca levar adiante, no propósito de construir uma sociedade mais próspera e justa, colocando em prática as boas intenções do discurso da nossa origem para contribuir com o desenvolvimento das regiões e fazer com que cada associado se sinta dono, importante e representado em suas cooperativas.
*Presidente do Conselho de Administração da SicrediPar – Fernando Dall’Agnese*
abr 2, 2025 | Colunistas
É difícil — e doloroso — falar sobre abuso sexual infantil. Mas é necessário. Porque esse mal, infelizmente, tem crescido dentro de casas aparentemente seguras, destruindo a inocência e a saúde emocional de meninos e meninas que deveriam apenas brincar, estudar e sonhar.
Pais e mães precisam abrir os olhos. O inimigo, muitas vezes, não está na rua. Está dentro de casa, ou bem próximo da família. Parentes, amigos próximos, vizinhos… pessoas em quem confiamos. É com eles que, segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, a maioria dos abusos ocorre.
O impacto do abuso sexual na infância é devastador. A criança perde a referência de segurança, passa a viver com medo, culpa, vergonha e confusão. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as consequências incluem depressão, ansiedade, automutilação, tentativas de suicídio e transtornos sérios de personalidade.
Muitos desses traumas, como mostram estudos de psicólogos e psiquiatras, podem interferir na forma como o indivíduo compreende sua sexualidade e suas relações futuras. Mas é importante esclarecer: não se pode afirmar que o abuso leve automaticamente à homossexualidade. Essa é uma generalização sem base científica, e que pode reforçar preconceitos injustos. O que sim é comprovado é que o abuso sexual na infância causa confusões emocionais profundas, inclusive no campo sexual, especialmente quando a vítima não teve qualquer orientação adequada antes ou apoio emocional após o trauma.
Por isso, repito: os pais têm um papel central na formação emocional e sexual dos filhos. É preciso conversar sobre o corpo, os limites, o respeito e os perigos. É preciso orientar com clareza, sem medo, e com o amor que só os pais têm. Crianças bem instruídas têm mais chance de reconhecer abusos e de pedir ajuda.
É comum ver pais permitindo que os filhos durmam fora de casa, em casas de parentes, amigos ou vizinhos, sem avaliar os riscos. Nesses momentos, infelizmente, muitos abusadores se aproveitam da confiança para agir. E o fazem, muitas vezes, sem violência física, mas com manipulação, chantagem e falsas promessas. Isso torna tudo ainda mais cruel.
Chamar atenção para essa realidade não é exagero. É um alerta urgente. Como pai, cidadão e comunicador, me sinto na obrigação de usar a voz e a escrita para denunciar, para orientar, e principalmente, para convocar os pais à responsabilidade. Não basta amar: é preciso cuidar, acompanhar, observar e proteger — todos os dias.
Na infância, cada gesto, cada palavra e cada experiência deixa uma marca. E quando essas marcas são de dor, o futuro da criança pode ser comprometido. É nosso dever impedir que isso aconteça.
A educação começa em casa. E é em casa que se deve construir a base para um futuro saudável, livre, equilibrado. A omissão dos pais abre espaço para que outros ocupem esse papel — muitas vezes com interesses distorcidos ou criminosos.
Russell M. Nelson, presidente de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, ensinou: “Os filhos são um presente do Senhor. São confiados aos pais terrenos para serem nutridos, protegidos e ensinados. O lar deve ser o santuário mais seguro para eles.” Já a irmã Joy D. Jones, ex-presidente geral da Primária, declarou em uma conferência geral: “As crianças têm direito à proteção e à orientação dos pais. Elas precisam ser ensinadas, desde cedo, a reconhecer o valor de seu corpo como um dom divino e a saber que ninguém tem o direito de tocá-las de forma inadequada.”
O Élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos, também abordou a gravidade de traumas infantis, ao dizer: “A alma de uma criança é sagrada. Qualquer um que, por negligência ou crueldade, macular essa pureza, prestará contas ao próprio Deus.” Essas palavras demonstram que o abuso contra crianças é uma ofensa não apenas contra a lei dos homens, mas também contra a lei de Deus, exigindo dos pais vigilância constante e uma vida centrada no evangelho para proteger os mais vulneráveis.
A Bíblia é contundente ao destacar o papel fundamental dos pais na formação moral e espiritual de seus filhos. Em Provérbios 22:6, está escrito: “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele.” Esse versículo revela que a base da vida de uma criança é construída nos primeiros anos, por meio do ensino e do exemplo dos pais. Quando essa base é sólida — feita de valores, princípios e verdade — ela será um escudo contra as tentações, os abusos e as ideologias nocivas que podem surgir ao longo da vida.
Em Efésios 6:4, o apóstolo Paulo adverte: “E vós, pais, não provoqueis à ira vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.” Essa orientação mostra que a criação dos filhos não deve ser negligente nem autoritária, mas feita com amor, firmeza e ensinamentos que vêm de Deus. A doutrina do Senhor protege, orienta e edifica. Pais que assumem seu papel com sabedoria espiritual ajudam a blindar seus filhos contra os males do mundo e a prepará-los para uma vida de retidão, dignidade e segurança.
Por isso, meu apelo final: pais, não deleguem a formação de seus filhos. Façam parte ativa da vida deles. Estejam presentes. Protejam, eduquem, fortaleçam. Porque a infância não pode ser ferida. E uma vez ferida, nem sempre se cura.
*Jornalista e Professor
mar 28, 2025 | Colunistas
CAMINHOS: Alguns homens procuram na iniciativa privada o meio para formar o seu patrimônio e assim garantir o futuro melhor. É a regra dominante. Uma vida de luta, de altos e baixos. Outros porém, optam pela política. Esses, às vezes desrespeitam o sinal, atravessam a ‘linha’ e acabam ‘atropelados’ gravemente pelos escândalos.
ESCÂNDALOS: Presentes aqui, na velha Europa, do Vaticano ao Palácio de Windsor, passando pelas nossas currutelas. Independentemente dos locais, os casos acabam absorvidos pela opinião pública conivente, ou pela justiça complacente, portadora de um estoque ‘formidável’ de interpretações jurisprudenciais questionáveis.
A REGRA: O político deve ter um bom contador. Cabe a ele a missão de justificar a evolução financeira. Famoso o caso do ex-governador Orestes Quércia, de São Paulo, alvo de suspeitas pelo Governo Militar quanto a origem de seu patrimônio formado no exercício dos mandatos. Aliás, muitos políticos se formaram na ‘escola’ de Quércia.
POSTURAS: Variam de acordo com cada político. Há os hipócritas que optam pela discrição: moradias e hábitos simples, carros populares. Existem também os que adoram ostentar na linha de novos ricos deslumbrados com as benesses do poder. Ainda é levada em conta na análise – a origem social deles. A maioria era humilde.
GOLPE: Manobras subterrâneas mostram que nem todos os políticos procuram servir à sociedade para o bem estar dela. Querem aferir vantagens/lucros/ilegais para pavimentar sua ascensão social. Questiona-se: como amealham tanta riqueza em tão pouco tempo em tempos difíceis? Como dizia o radialista Zé do Brejo: “quem souber favor avisar”.
DELÍRIO: Leio que o ex-senador Delcídio do Amaral tem planos para as eleições de 2026 e que está registrando suas memórias. Nada contra, mas ele precisa se conscientizar de que seu tempo exauriu por culpa exclusiva dele. Sem grupo e sem raízes, longe de ser comparado às figuras de Pedrossian, Lúdio e Wilson Martins.
PASSOU: O caso do carismático corumbaense mostra como a vida de um homem público pode ir do céu ao inferno num passe de mágica. Como se diz: da noite para o dia. No caso dele – de pouco valem os reflexos da decisão judicial favorável tardia. Não servem para lavar sua honra e recuperar a imagem e prestígio. Tarde demais.
JUNIOR MOCHI: “Pagamos pelo sonho que tivemos e vivemos o pesadelo que temos”. O desabafo do deputado retrata o drama dos usuários da BR-163 que nestes 11 anos foi palco de 480 mortes. No dia 7 de abril, audiência pública na Câmara de Campo Grande juntará as forças políticas para legitimar o pedido de socorro ao Ministério Público Federal. É tudo ou nada.
BALA DE PRATA: As eleições de 2026 estão no ar. Esse projeto de isenção do Imposto de Renda para quem ganha entre 2 a 5 salários visa apenas seduzir essa fatia do eleitorado onde o Governo tem 57% de desaprovação. Mais uma estratégia eleitoral que deixará os congressistas da oposição de saia justa. Quem votará contra?
INDECISÕES: As lideranças políticas continuam com o exercício de interpretação do futuro cenário eleitoral, agora com o ‘complicador’ Bolsonaro junto ao STF. Pelas declarações de deputados estaduais, por exemplo, há mais dúvidas do que certezas. Cada qual fazendo suas contas dentro do partido e da possível futura federação.
DOIS ALVOS: Deputados federais garantem mais recursos financeiros aos partidos e federações. Aberta a luta pelas 8 vagas. Veja os votos de 2022: Pollon 103.111 votos; Beto Pereira 97.872 votos; Geraldo Resende 96.519 votos; Vander 76.571 votos; Camila 56.552 votos; Dagoberto 48.217 votos; Luiz Ovando 45.491 votos; Rodolfo Nogueira 41.773 votos. Quem ficará de fora?
JOGO DE XADREZ: Clima de suspense, de cautela quanto a formação dos futuros grupos políticos e respectivas lideranças. Quem ficará mais forte? O chamado centro ou o centro da direita (raiz) bolsonarista? Como será a convivência destes líderes neste próximo ano com eleições tão importantes? Não há bola de cristal para responder.
SUCESSÃO: Não é fácil passar o bastão para gente da família. O êxito vai depender de vários fatores. Pode se concretizar o projeto do deputado Geraldo Resende em lançar sua filha Barbara – advogada – candidata à Assembleia Legislativa. Neste caso ele tentaria o Senado, dando assim suporte a candidatura da filha. Interessante.
TRANQUILO: Confesso ter visto – desde a criação do Estado – apenas o governador Pedrossian gosando de uma zona de conforto, de tranquilidade e aprovação como ocorre com o governador Riedel. Sem oposição política e com a situação das finanças em dia, ele surfa bem, evitando polêmicas desgastantes e acidentes de percurso.
SOB CONTROLE: As relações com todos os poderes constituídos estão tranquilas. Na Assembleia Legislativa, por exemplo, eu diria que o ambiente é acolhedor, de deputados parceiros, comprometidos com o projeto de governo. Mesmo com a proximidade das eleições não há possibilidade de alterações neste clima ameno.
GRAVE: Um desafio para nossos proprietários rurais da faixa de fronteira em 45 municípios: revalidar seus títulos sob pena dos imóveis serem incorporados à União. O prazo vence no dia 25 de outubro e o deputado Renato Câmara lidera movimento junto as prefeituras e sindicatos rurais. Não é difícil antever problemas de toda ordem.
DA ASSEMBLEIA: Deputada Mara Caseiro requer limpeza das margens das rodovisas MS 180 e MS 295. Deputado Junior Mochi lidera debate da concessão da BR-163. Audiência no dia 7 de abril na Câmara da capital. Deputado Gerson Claro apresentou projeto arquitetônico da Assembleia Legislativa, alvo de elogios e aprovação unânime. Deputado Zé Teixeira reivindica investimentos para Angélica e Rio Brilhante nas áreas da Educação, Cultura e Segurança Pública. Deputado Hashioka e o prefeito de Ivinhema solicitam melhorias na BR-376. Deputado Paulo Duarte quer a conversão de multas de trânsito leves e médias em advertência por escrito. Deputado Rinaldo Modesto, fez a entrega do título de cidadania à reitora Camila Itavo, da Universidade Federal de MS. Deputado Lídio Lopes propõe isenção de IPVA aos veículos de aplicativos. Deputado Caravina tem PL limitando em 45% os descontos na folha dos servidores estaduais para consignados. Deputados Marcio Fernandes e Neno Razuk recebendo novas adesões ao Projeto sobre a pesca do Dourado. Deputada Lia Nogueira, protagonista nas causas em defesa das mulheres, da saúde de Dourados e na educação. Deputado Pedrossian Filho, sempre presente nos embates envolvendo entidades que prestam serviços à comunidade de Campo Grande. Deputado Antonio Vaz, tem PL reservando 10 por cento das vagas de estágios da administração estadual aos deficientes físicos. PL de grande alcance social.
RISCO CRUEL:
Se a lei contra os estrangeiros tiver efeito retroativo, os índios vão acabar ficando com tudo. (Millôr)
mar 25, 2025 | Colunistas
Nos últimos anos, a influência da esquerda brasileira nas escolas, desde o ensino básico até as universidades, tem se intensificado de forma alarmante. Sob a falsa bandeira do “pensamento crítico”, há uma estratégia clara de doutrinação de crianças, adolescentes e jovens, incutindo neles valores que questionam e subvertem a família, a moral e os princípios espirituais. Essa agenda segue um modelo político já experimentado em outros países que, ao longo do tempo, sucumbiram a regimes socialistas e autoritários.
A Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) são claras ao estabelecerem que a educação deve estar a serviço do desenvolvimento integral da criança e do jovem, e não ser usada como ferramenta de manipulação ideológica. No entanto, a realidade mostra o contrário. Professores ativistas utilizam salas de aula para promover suas ideologias, desrespeitando a autoridade dos pais e substituindo a formação familiar por discursos carregados de viés político e social.
Muitos jovens que ingressam em universidades públicas chegam despreparados – como livros em branco – para enfrentar a avalanche ideológica a que serão expostos. Não é coincidência que símbolos como Che Guevara — um assassino confesso, responsável por execuções em massa e perseguições a minorias, incluindo homossexuais — sejam amplamente cultuados nesses ambientes. O mesmo ocorre com a defesa irrestrita de grupos extremistas, como o Hamas, que promove atentados terroristas e violações graves aos direitos humanos, incluindo estupros e assassinatos de mulheres e crianças.
Se esse processo de doutrinação já é visível no ensino superior, ele começa muito antes, ainda na infância. Crianças em idade escolar têm sido alvo de professores que as encorajam a “descobrir sua identidade de gênero”, sem o conhecimento dos pais. A ideologia de gênero, amplamente criticada por especialistas e rejeitada em diversos países, tem sido imposta como se fosse uma verdade absoluta, desconsiderando princípios científicos e psicológicos fundamentais.
A responsabilidade dos pais nunca foi tão crucial. Se eles não instruírem seus filhos em casa, ensinando valores morais sólidos, princípios éticos e uma visão crítica sobre a realidade político/social, a escola fará isso por eles — e não necessariamente da melhor maneira. A família deve ser a primeira instituição educativa da criança, preparando-a para questionar discursos prontos e resistir à imposição de ideologias destrutivas.
Educar não é apenas ensinar matemática, português ou ciências. É formar caráter, ensinar o que é certo e errado, falar sobre política sob uma perspectiva crítica, discutir os perigos das drogas, sexo e do álcool, e reforçar a importância dos princípios espirituais e morais que sustentam uma sociedade saudável.
Se a sociedade brasileira, majoritariamente conservadora, não reagir, veremos o país seguir o mesmo caminho de nações como a Venezuela, onde a doutrinação foi o primeiro passo para a destruição da economia, da liberdade e dos direitos individuais.
Portanto, pais, abram os olhos! Eduquem seus filhos com sabedoria, fornecendo a eles um alicerce sólido para que não sejam presas fáceis de professores militantes, universidades aparelhadas e uma mídia comprometida com projetos políticos de poder. O futuro do Brasil depende dessa conscientização. Não deixemos que o país seja tomado por ideologias que já provaram ser destrutivas em outras partes do mundo.
A Bíblia é clara ao estabelecer que a responsabilidade de ensinar os filhos recai, em primeiro lugar, sobre os pais. Em Provérbios 22:6, está escrito: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele.” Ele ressalta a importância de uma base sólida, desde a infância, para que os filhos cresçam firmes em princípios corretos e não sejam levados por ventos de falsas doutrinas. Quando os pais negligenciam essa função, deixam seus filhos vulneráveis a influências externas que podem distorcer seus valores e afastá-los da verdade.
Além disso, Deuteronômio 6:6-7 orienta os pais a ensinarem diligentemente os mandamentos de Deus a seus filhos: “Estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos e delas falarás sentado em tua casa, andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te.” A educação moral e espiritual não pode ser delegada inteiramente a escolas ou governos, pois Deus confiou essa missão primeiramente à família. Quando os lares se tornam fracos espiritualmente, abre-se espaço para que ideologias contrárias aos princípios divinos dominem a mente das crianças e dos jovens.
O apóstolo Paulo também advertiu sobre os perigos da influência secular sobre os cristãos. Em Colossenses 2:8, ele exorta: “Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo.”
Autoridades gerais de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias ensinam que a família é a base de um plano divino e que os pais têm o dever sagrado de educar seus filhos na retidão. No documento A Família: Proclamação ao Mundo, emitido pela Primeira Presidência e o Quórum dos Doze Apóstolos, está declarado: “Os pais têm o sagrado dever de criar seus filhos com amor e retidão, prover suas necessidades físicas e espirituais, ensinar-lhes a amar e servir uns aos outros, a guardar os mandamentos de Deus e a ser cidadãos responsáveis da sociedade.” Essa instrução deixa claro que os pais não podem delegar essa responsabilidade a terceiros, especialmente quando há riscos de que seus filhos sejam ensinados de maneira contrária aos princípios do evangelho.
O Élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos, enfatizou em um discurso que “o mundo tentará de todas as formas desviar nossos jovens do caminho certo, oferecendo filosofias que distorcem a verdade e tentando normalizar comportamentos que são contrários aos mandamentos de Deus. O melhor antídoto para isso é um lar onde o evangelho de Jesus Cristo seja ensinado com amor, onde a oração e o estudo das escrituras sejam constantes.” Ele reforça que as crianças e os jovens precisam de uma base firme na fé para que, ao enfrentarem ideologias seculares e contrárias ao evangelho, tenham convicção suficiente para rejeitá-las.
*Jornalista e Professor
mar 21, 2025 | Colunistas
Desde sua origem até nossos lares, o rádio veio conquistando a atenção e carinho de seus ouvintes. E sua invenção ainda é uma rivalidade entre dois países: Itália e Brasil. Os europeus atribuem seu surgimento na Itália sob a responsabilidade de Guglielmo Marconi, italiano nascido na Bologna em 1874. Já os brasileiros se orgulham de que o rádio foi inventado pelo padre gaúcho Roberto Landell de Moura, nascido em Porto Alegre em 1862.
Em 1893, Landell inventou um aparelho que recebia a voz humana, sem a utilização de fios condutores. Sua primeira experiência ocorreu em São Paulo, naquele mesmo ano. Foi considerado louco por muitos. Não conseguiu apoio do governo brasileiro. Viajou para os EUA, em 1901, onde patenteou o telégrafo sem fio, o telefone sem fio e o transmissor.
A primeira transmissão radiofônica (considerada) no país deu-se no ano de 1922, em comemoração ao Centenário da Independência do Brasil, em 7 de setembro daquele ano, sendo que o primeiro programa foi o discurso do, então, presidente da nação, Epitácio Pessoa. Oficialmente, a primeira emissora foi a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, em 1923, fundada por Roquete Pinto, o responsável por trazer a radiodifusão ao Brasil. O dia 25 de setembro, dia em que se comemora o Dia do Rádio, foi criado em homenagem à data de nascimento de Roquete Pinto.
O rádio começou a fazer parte da vida cultural da sociedade com programações variadas como notícias políticas, econômicas, esportivas, música, entrevistas com cantores, radionovelas e a inclusão da publicidade com a presença de muitos “jingles”. Esse meio eletrônico de comunicação perdeu seu posto majoritário com o surgimento da televisão no mundo a partir da década de 40 e, no Brasil, na década de 50. Mas suportou com muita humildade e firmeza a sua chegada. E sobreviveu. Não apenas à televisão, mas sobreviveu ao CD e à internet
Não tem como falar do rádio sem falar do aparelho, que passou por inúmeras modificações, de acordo com as novas tecnologias. São diferentes modelos, com diversos tamanhos e designers. Os rádios mais antigos funcionavam a manivela, e eram maiores para conseguir suportar todas as peças de que precisava para funcionar. Do cristal de galena à era da convergência tecnológica, o aparelho percorreu um longo caminho. E os modos de ouvi-lo também foram ganhando novos contornos. O consumo de rádio passa a incorporar também, além da mobilidade, a escuta individual, os telefones celulares conectam o ouvinte a diversas possibilidades de escuta via internet.
E não há como falar de rádio sem falar de João Bosco de Medeiros. O primeiro programa do radialista, na antiga rádio Educação Rural chamava “Juventude em Brasa” e remetia os ouvintes ao efervescente movimento musical entre as décadas de 1950 e 1960, quando o tango, o bolero, a balada, bossa nova e tropicália demarcavam os movimentos sociais. Uma curiosidade: A vinda de Roberto Carlos para uma festa de formatura de quartanistas do Colégio Batista em Campo Grande é uma das suas recordações.
Fui entrevistado por este ícone do rádio, recentemente, quando lancei minha música mais recente e sobre a comenda Mestre da Cultura que recebi na Assembleia Legislativa do Espírito Santo; e ao conversarmos ao vivo, ele lembrava:”Rádio é um mundo encantado, é emoção. A audiência da rádio permanece porque o ser humano necessita de cumplicidade na comunicação. O rádio traz além da música, o relacionamento do ser humano através do áudio. Trazemos entretenimento, notícias, alegria, sonho e a emoção que o público precisa. É por isso que o rádio não cai e jamais cairá”, asseverou.
Posso dizer que João Bosco de Medeiros é um dos radialistas que há mais tempo está no ar. Desde a época de porteiro da rádio Educação Rural, até chegar a . Comenda Antônio Tonanni, João Bosco de Medeiros inaugurou um dos programas mais longevos do Rádio em Mato Grosso do Sul. O Alto Astral está no ar desde 1987. O programa dominical é transmitido pela Cidade 97,9 para nada menos que 35 cidades, entre elas Dourados, Ponta Porã e Bonito, além da Capital. É o primeiro programa de rádio via satélite em uma emissora que se tornou uma potência. Não poderia ser diferente. Vida longa ao nosso “Totem da Radiofonia”. O “Juventude em Brasa” e o “Alto Astral” nunca serão esquecidos. E para finalizar, dirijo estas duas ultimas linhas ao Comunicador João Bosco de Medeiros quando me indagou o que significa ser “Mestre da Cultura’. Hoje eu posso responder, com propriedade e exemplo. É justamente isso. Eternizar, registrando através das palavras, um pouco da sua história e principalmente, do sentimento que as donas de casa, que os enamorados, que os viajantes, enfim seus ouvintes tiveram ao longo destas seis décadas. Que venham muitos primeiros de maio !
*Articulista