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Bela Vista-MS Segunda-Feira, 29 de Abril de 2024

No dia 16 de dezembro, a partir das 10 horas, no Plenário Celina Martins Jallad, o Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) terá uma sessão especial para definir o novo presidente da Corte de Contas para o biênio 2023/2024 em substituição do conselheiro Iran Coelho das Neves, que está no comando da Corte de Contas desde 2019, ou seja, por dois mandatos.

Conforme fontes ouvidas pela reportagem do Correio do Estado, o nome de consenso seria do conselheiro Flávio Kayatt, para evitar uma disputa entre os conselheiros Jerson Domingos e Ronaldo Chadid.

Ex-prefeito e ex-vereador de Ponta Porã, Flávio Kayatt, que também foi deputado estadual por três mandatos, está no TCE-MS desde 2017 e, nesses cinco anos, já chegou à vice-presidência da Corte de Contas.

Em conversa com o Correio do Estado, o conselheiro garantiu que, no momento, a Corte de Contas está trabalhando para que o consenso prevaleça.

“Temos praticamente nove dias para a formação de uma chapa de consenso, quando procuraremos, de uma forma coletiva, a continuidade da harmonia dentro da nossa instituição”, reforçou, informando que nesta quarta-feira (07) foi realizada uma reunião com os sete conselheiros que compõem o TCE-MS, porém o quadro não mudou, ou seja, continua sem consenso.

“Temos apenas nove dias para definir a questão do novo presidente do TCE-MS, pois as tratativas só começaram com o lançamento do edital publicado no dia 29 de novembro. Acredito que da próxima semana não passa”, brincou o conselheiro, referindo-se ao fato de que a eleição está marcada para o dia 16 de dezembro.

Questionado pela reportagem se aceitaria ser o nome de consenso para apaziguar os ânimos dentro da Corte de Contas, Flávio Kayatt afirmou que só assumiria a presidência se for o desejo de todos. “Não sou candidato de mim mesmo. Quero escutar todos os conselheiros primeiro para depois tomar uma decisão. Não quero o tribunal dividido”, assegurou.

Jerson Domingos

Com sete anos no TCE-MS, o conselheiro Jerson Domingos, atual vice-presidente, leva uma certa vantagem sobre Ronaldo Chadid para assumir a presidência da Corte de Contas em razão da larga experiência adquirida nos anos em que atuou na Assembleia Legislativa, onde chegou a presidir a Casa de Leis.

Além disso, em razão de já ter 72 anos de idade, essa será a sua última chance de presidir o tribunal, pois, conforme a Emenda Constitucional nº 88, resultante da chamada PEC da Bengala, 75 anos é a idade limite para a aposentadoria compulsória, impossibilitando que ele tente o cargo novamente no fim de 2024.

Procurado pela reportagem, Jerson Domingos confirmou que é candidato a presidente do TCE e até chegou a brincar com o fato de já estar perto de se aposentar em decorrência da PEC da Bengala.

“Mais um motivo para que eu seja o escolhido para que possa encerrar meu mandato na Corte de Contas tendo no currículo a presidência. Estou à disposição para contribuir com o crescimento do tribunal, respeitando a sociedade sul-mato-grossense, que cobra um comprometimento de quem ocupa um cargo público”, declarou.

Na avaliação dele, os sete conselheiros do TCE estão aptos a presidir a Corte de Contas, pois todos reúnem as condições necessárias para a função, porém, antes de externar esse desejo, seria bom olhar para o lado de fora, entender o momento atual em que a sociedade cobra e pede um bom serviço.

“A vaidade tem de ficar de lado, e o respeito ao cidadão tem de ser prioridade”, pontuou, concluindo que é candidato e espera que até segunda-feira (12) tudo esteja esclarecido sobre o nome de consenso para presidir o TCE-MS. “O importante é a preservação da imagem do Tribunal”, garantiu.

Ronaldo Chadid

O outro postulante ao cargo de presidente do TCE-MS é o conselheiro Ronaldo Chadid, que está no 4º mandato de corregedor-geral e já foi duas vezes vice-presidente.

Fontes ouvidas pela reportagem informaram que ele também tenta obter o apoio dos outros seis conselheiros para assumir o cargo, mas, por enquanto, seria a terceira via. Os demais integrantes da Corte de Contas de Mato Grosso do Sul são os conselheiros Waldir Neves, Osmar Jeronymo, Marcio Monteiro e Waldir Neves, que já foi presidente por dois mandatos.

A reportagem também ouviu o conselheiro Waldir Neves, mas ele disse ao Correio do Estado que não é nem pretende ser candidato a presidente do TCE-MS.

“Não sou candidato, estou apenas acompanhando o desenrolar do processo. Sou apenas um eleitor dentro desse contexto”, assegurou, deixando transparecer que os 13 anos na Corte de Contas e o fato de ter sido presidente por dois mandatos, de 2015 a 2018, já foram suficientes.