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Bela Vista-MS Domingo, 19 de Maio de 2024

A equipe de divulgadores científicos do Projeto MS +Ciência realizou a intervenção artística “Da Independência à Ciência brasileira”, voltada à popularização de temas e personagens científicos nacionais, durante a recepção de volta às aulas de estudantes da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), conhecido como Programa de Inclusão do Calouro (PROINCA).

Apresentada pelos atores e jornalistas, Bruno Moser e Nicoli Dichoff, a história é contada a partir de personagens que representam Google e Alexa, inteligências artificiais que entram em crise ao não conseguirem responder uma pergunta feita por um humano. Com essa premissa, os dois começam uma importante reflexão sobre o passado da ciência no Brasil e as perspectivas para o futuro.

Além disso, o grupo incentiva a plateia a refletir sobre a realidade das universidades brasileiras, convidando os participantes a pensar em formas de incluir minorias e ajudar diminuir as desigualdades.

“Dentro da peça nós conversamos com a plateia para tentar gerar uma conexão deles com o ensino no Brasil, como isso é legítimo e desejado, para que a gente consiga dar fôlego para o avanço da Ciência e Tecnologia”, explica Nicoli.

O objetivo de fomentar entre os participantes, principalmente entre os estudantes que estão ingressando nas universidades, a reflexão sobre a realidade tem dado certo.

“A peça é muito legal, porque aborda o passado, o presente e o nosso futuro, que são as inteligências artificiais. E também trouxe uma questão muito legal no final sobre a porcentagem de alunos indígenas, negros e pardos dentro da universidade. Acho que isso é muito importante para nós entendermos a situação da educação atual no país e como a gente pode colocar essas pessoas dentro da universidade”, analisa Patrick Bernardo Matias, estudante de Geografia.

“Eu gostei porque eles usam uma forma divertida de falar sobre as questões sociais que acontecem dentro da universidade, o que traz uma reflexão importante. Eles abordaram a questão de ter poucos negros e indígenas na universidade. É um assunto importante que mostra que temos que ter políticas que promovam um acesso mais igualitário”, diz Isabela Pantarotto, estudante de Dança.

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Bruno, que coordena o Núcleo de Popularização do projeto MS +Ciência, da qual a intervenção teatral faz parte, explica que a peça integra uma série de produtos voltados para a divulgação da ciência a partir de intervenções artísticas.

“Essa é mais uma das ações que temos feito, em várias áreas do projeto MS +Ciência. Temos revista, podcast, rede social, por exemplo. E temos a parte artística que tenta fazer essa ligação entre o que os pesquisadores estão fazendo e a necessidade do público por informação qualificada. Nós pensamos em como isso pode chegar para a comunidade e criamos os textos, as artes, com uma linguagem mais simples. Tentamos mostrar, de um jeito acessível, o que está sendo feito na universidade para a população”, explica Bruno.

O coordenador  revela ainda que a peça deverá percorrer o Estado por meio da ação UEMS na Comunidade, que prevê a realização de ações de extensão e de cultura nos 79 municípios. As primeiras cidades nas quais devem ocorrer as apresentações, além da Capital, são Jardim, Maracaju, Dourados, Japorã, Paranaíba, Mundo Novo e Aquidauana.

Histórico – Esta é quarta produção artística autoral realizada pelo Projeto MS +Ciência, que tem apostado no teatro como ferramenta de divulgação científica voltada para crianças, adolescentes e jovens.

O MS +Ciência é um projeto realizado pela Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul), juntamente com a UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul).

Os trabalhos do projeto podem ser conhecidos por meio site www.midiaciencia.com/ e pelas redes sociais @midiaciencia.

Fotos da peça: Leandro Benites Fotos dos entrevistados: Paulo Gomes – texto Paulo Ricardo Gomes