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Bela Vista-MS Segunda-Feira, 29 de Abril de 2024

O ex-candidato a prefeito de Amambai pelo PSL e atual coordenador da campanha de Capitão Contar para o Governo do MS, José Bambil, posiciona-se veemente em suas redes sociais contra a invasão de terras, a favor da propriedade privada e do agro, entretanto, mostra-se incoerente ao utilizar-se de terras invadidas para ganhar dinheiro.

Incoerente e traidor. É assim que o líder bolsonarista em Amambai José Cristovão de Oliveira Bambil, popularmente conhecido como Zé Bambil, tem sido visto por seus pares, em especial, pelos que são ligados ao agro e que, infelizmente, sofrem diariamente com a insegurança de ter suas terras invadidas.

Assíduo e engajado nas redes sociais para defender o direito à propriedade privada e para atacar lideranças do município que possuem qualquer relação com as comunidades indígenas, não apresenta o mesmo comportamento e, muito menos a mesma opinião, quando arrenda terras invadidas para ganhar dinheiro.

As terras em questão tratam-se das fazendas Três Poderes e Água Clara localizadas às margens da rodovia MS-386, em Aral Moreira e invadidas em 2015. Os proprietários e trabalhadores dessas localidades foram expulsos de suas terras no meio da noite sob ataque violento de indígenas armados, sendo vítimas de intensas ameaças e agressões.

O ex-candidato a prefeito de Amambai nas eleições de 2020 pelo PSL e hoje coordenador da campanha do candidato ao governo do estado, Capitão Contar (PRTB) em Amambai, é conivente com a invasão de terras, afinal, utilizando-se do prejuízo de produtores que diz defender e de vidas que foram destruídas diante do trauma e do sentimento de perda de patrimônios conquistados com muito trabalho ao longo de gerações, adquire renda e acumula patrimônio.

De acordo com relatório fotográfico realizado durante esta semana nas terras citadas, observa-se claramente a preparação do solo para receber e o plantio das ramas de mandioca feito por Bambil e a empresa a qual é ligado.

Relembre o caso

O conflito entre proprietários de terras e indígenas da região é antigo. Desde 2012, 19 pessoas entre proprietários rurais da região e advogados estão sendo processados, numa total inversão valores, simplesmente por defenderem as terras que tanto trabalharam para conseguir.

Em 2015, em retaliação a uma decisão judicial, um grupo de indígenas invadiu as fazendas lindeiras à um acampamento indígena instalado na região da MS-386. Ameaças e violência permearam a invasão, que obrigou homens, mulheres, adultos e crianças trabalhadores das fazendas fugirem de suas casas.

Inúmeros veículos de imprensa divulgaram o ocorrido. Na mesma semana, outras propriedades rurais da região Sul do Mato Grosso do Sul, como a fazenda Madama, na região de Coronel Sapucaia também foi invadida, demonstrando a insegurança que permeia sobre os proprietários de terra de todo o MS, que lutam para protegerem suas propriedades dos invasores.