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Bela Vista-MS Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024

Crimes virtuais são ‘nova moda’ em MS e tumultuam trabalho da Polícia

Segundo o Delegado titular do 4º DP, a polícia tem dificuldade de encontrar aqueles que cometem crime na internet e seria necessário criar uma delegacia especializada no Estado.

A operação “Face to Fake” , deflagrada no último dia 18 de agosto  pela Polícia Federal, mostrou uma nova modalidade de crimes, que vem tumultuando o trabalho policial em Mato Grosso do Sul. A operação teve objetivo de identificar pessoas responsáveis por perfis falsos criados em diversas redes sociais e utilizados para atacar os candidatos ao Governo do Estado de Mato Grosso do Sul durante as eleições passadas.

Porém, esse tipo de crime, que não ocorre apenas em época de eleição, gera transtorno no trabalho realizado pela polícia diariamente na Capital, já que exige tempo para que a polícia consiga adquirir informações sobre o individuo que está agindo de má fé por trás das telas.

O delegado titular do 4º DP (Delegacia de Polícia), Sérgio Luiz Duarte, afirmou ao Top Mídia News, que a maior dificuldade dos policias é encontrar provas diante de crimes praticados pela internet, levando em consideração a falta de empenho dos internautas, que disponibilizam informações pessoais, colocando a vida em “risco”.

“As pessoas se valem das redes sociais para praticar ameaça, injúria. Esses são os riscos que algumas pessoas fazem você ter, porque pegam suas fotografias da área pública e criam perfis falsos. Algo que a gente tem dificuldade é que não existe mecanismos jurídicos para investigar esse tipo de crime e coibir, temos que enquadrar crimes como este  como difamação, injúria, em coisas comuns, quando na verdade podem ser até mais graves e acabam sendo apontadas como crime de menor potencial ofensivo”, diz o Delegado

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Segundo o Delegado, algumas pessoas utilizam computadores de Lan House e no momento em que a polícia chega no local para checar quem utilizou o computador, o dono do estabelecimento acaba não tendo controle dos clientes que utilizam as máquinas e isso dificulta ainda mais o trabalho da polícia.

Para a Delegada Adjunta do 4º DP, Célia Maria Bezerra, o correto é a pessoa manter o perfil bloqueado para aqueles que não pertencem a sua rede social e evitar expor  a vida íntima nas redes.

“Tem casos que a pessoa expõe o local onde está e tem que ter a consciência que postando isso na internet, estará deixando claro que não está em casa no momento, facilitando a entrada de um bandido. Tem pessoas que colocam joias na rede e devem se conscientizar de que assim, ela atrai a atenção de algumas pessoas sobre o que tem de valioso dentro de casa”, explica a Delegada.

Célia Maria destaca ainda, que algumas pessoas tem a conta da rede social invadida e procura a polícia pedindo ajuda. “Tivemos um caso de uma menina que invadiram a conta dela do facebook la no Rio de Janeiro, ela mora aqui no bairro Cidade Morena. Eles mudaram a senha dela e começaram a mandar muitas mensagens dentro do perfil dela de cunho sexual. Ela fez boletim de difamação e acionamos a polícia do Rio para tomar as providências. A internet é muito vulnerável, trabalhamos em cima de quebra de sigilo com autorização judicial, enquanto o criminoso não precisa disso”.

Tanto a Delegada adjunta, como o Delegado titular defendem a criação de um setor especializado em crimes virtuais no Estado. “Se especializarem e se aparelharam. Em alguns estados existem delegacias especializadas, seria muito bom se o Estado investisse nisso, porque essa criação para a apuração de crimes virtuais é fundamental para fortalecer o nosso trabalho”, diz Célia.

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Reportagem – Top Midia News