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Bela Vista-MS Domingo, 28 de Abril de 2024

Atualmente goleiro titular do NY Red Bulls, Carlos Coronel já jogou até uma edição de Champions League, mas nunca atuou profissionalmente no Brasil. Após começar em times de Porto Murtinho-MS, o goleiro ficou dois anos no Paraná e tentou ingressar na base do São Paulo, mas não deu certo.

“Eu tinha uns 15 anos quando fiquei um mês em Cotia no CT e fui aprovado, mas depois fui dispensado. O motivo exato (da dispensa) eu não consigo te dizer. Talvez tenha acontecido algo entre o meu representante na época e algum diretor do São Paulo”, disse ao ESPN.com.br.

Depois disso, Carlos passou por Desportivo Brasil e Paraná até chegar ao Red Bull Brasil, em 2011. Antes mesmo de estrear no profissional, ele mudou-se para o Red Bull Salzburg e foi cedido por três temporadas ao Liefering, clube satélite que disputava a segunda divisão austríaca à época.

“Era a sede do projeto e viajava bastante para acompanharem meu desenvolvimento. Foi bem importante porque precisava de um tempo para me adaptar ao estilo de jogo, língua e cultura diferentes. É tudo muito parecido com o time principal, se você estiver pronto, sobe”.

Com atuações de destaque, o brasileiro foi incorporado ao elenco principal do Salzburg, mas não teve espaço no time titular nos anos seguintes. Por isso, foi emprestado em 2019 ao Philadelphia Union e ao Bethlehem Steel, ambos dos EUA.

O goleiro voltou ao Salzburg depois que o titular se machucou em um acidente de moto. O brasileiro passou a revezar no banco de reservas até receber uma chance contra o Napoli pela Liga dos Campeões. Ele entrou no segundo tempo na vaga do lesionado Stankovic na derrota por 3 a 2 para os italianos.

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“Foi uma coisa que aconteceu muito rápido. É a maior competição de clubes do mundo, todos acompanham. Foi um grande feito na minha carreira e espero jogar mais jogos pela Champions”.

O brasileiro fez mais oito jogos na temporada, incluindo outros dois duelos pela Liga dos Campeões: vitória sobre o Genk por 4 a 1 e o empate por 1 a 1 com o Napoli – ao lado de Erling Haaland, atualmente no Manchester City. Após começar a temporada 2020-21 como reserva outra vez, Carlos resolveu mudar de ares e se transferir para o NY Red Bulls.

“Fiz uma excelente temporada e o então titular voltou para o último jogo da Champions e não nos classificamos. Ele não terminou bem a temporada e não começou bem a outra. Achei que tinha que jogar e pressionei o clube nesse sentido, mas o clube tinha seus interesses. Eles queriam ter retorno com a venda dele”.

“Sentia que estava melhor e isso criava um conflito no grupo pela situação. Resolvi sair porque o treinador não daria oportunidades. Eles me disseram que não iam me utilizar e fui liberado”, contou.

Vida nos EUA

Nas duas temporadas pela equipe norte-americana, ele foi titular absoluto e conseguiu chegar aos playoffs da MLS.

“Gostei do clube, da liga e de morar no pais. Nosso time tem uma base e ano que vem vamos melhorar.”

Agora, ele espera se destacar ainda mais e voltar a jogar as maiores competições de clubes do mundo.

“Chegar à seleção brasileira é um pouco difícil porque temos bons goleiros e penso nisso para o futuro. O próximo passo seria jogar na Europa porque aumentam as chances de convocado. Não chegou algo para mim do Brasil, mas é uma possibilidade. Ficaria muito feliz, mas meu objetivo é voltar para a Europa e jogar em uma das maiores cinco ligas e disputar a Champions”.

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Carlos já teve o gosto de enfrentar alguns grandes atacantes em amistosos contra Liverpool e Real Madrid.

“Contra o Liverpool senti um pouco mais de pressão porque tinha Mané, Salah e Firmino no auge depois de vencerem a Champions. Foi bem especial. Joguei também contra o Benzema e fiz algumas defesas. São experiências que agregam muito”.

Em julho deste ano, ele participou de uma partida amigável pelo NY Red Bulls contra o Barcelona, que terminou com derrota por 2 a 0.

“O mais complicado foi o Lewandowski porque ele se posiciona muito bem. Você tenta ler a situação e muitas vezes ele se movimentava muito. Toda bola aérea ele ganhava”.

Por ter saído cedo do Brasil para a Europa, Carlos virou fã de Manuel Neuer, goleiro da seleção alemã e do Bayern,

“A maneira que ele jogava era a mesma que eu precisava atuar na Europa: sair com a bola e ajudar a defesa. Tento colocar no meu estilo”.

Fonte: portomurtinhonoticias