Menor cheia havia ocorrido em 1971, com 1,11 metro. Agora, começou a baixar após atingir 90 cm. Só chuva acima da média impedirá seca histórica
Embora ainda seja prematuro para concluir que o período de vazante do Rio Paraguai tenha começado em pleno mês de março, três meses antes do que acontece historicamente, o fato é que o nível na régua de Ladário chegou e 90 centímetros no dia 7 de março e faz doze dias que parou de subir, conforme mostram os dados divulgados diariamente pela Marinha. Nesta segunda-feira (18), está em 88 centímetros, dois a menos que na semana passada.
A não ser que ocorram chuvas atípicas daqui em diante, esta tende a ser a menor cheia em 124 anos. Segundo o professor e estudioso do comportamento do nível do Rio Paraguai, Carlos Padovani, da Embrapa Pantanal, a menor cheia desde 1900, quando começaram as medições, ocorreu em 1971, ano em que máxima foi de apenas 1,11 metro, o que significa 21 centímetros acima do pico que ocorreu até agora em 2024.
Antes disso, em 1964, o pico havia ficado em apenas 1,33 metro. E foi neste ano em que também foi registrado o nível mais baixo até hoje, que foi de 61 centímetros abaixo de zero na régua de Ladário. Depois disso, o menor nível ocorreu em 2021, com 60 centímetros abaixo do zero.
Em 18 de março de 1971, ano em que foi registrada a menor cheia, o nível estava em 89 centímetros, segundo o professor Carlos Padovani. Ou seja, estava um centímetro acima dos 88 centímetros registrados nesta segunda-feira (18).
E, no dia 18 de março de 2021, ano da segunda pior seca da história, a régua em Ladário marcava 1,82 metro, quase um metro acima daquilo que está atualmente nesta segunda-feira. O normal histórico para essa época do ano seria de 2,52 metros, conforme o Serviço Geológico do Brasil, do Ministério das Minas e Energia. Naquele ano, a máxima chegou a 1,88 metro e o período de vazante começou em 12 de abril.
No final de fevereiro o Ministério divulgou um boletim extraordinário informando que o nível máximo do rio em 2024 chegaria e 1,5 metro, no final de maio. Porém, a escassez de chuvas parece ser bem mais grave e por conta disso o nível do rio está em declínio em pleno mês de março, dois meses e meio antes do previsto pelo Ministério de Minas e Energia.
Historicamente o rio começa a baixar somente a partir de meados de junho. Mas, conforme boletim do Ministério divulgado no último dia 14, “todos os rios estão com níveis inferiores ao esperado para esta época do ano. O Alto Rio Paraguai apresenta os níveis mais baixos registrados no histórico para este período do ano”. Em Cáceres, um dos principais pontos de referência, o nível está o mais baixo da história há 40 dias.
Para o professor Carlos Padovani, a provável seca histórica do Rio Paraguai faz parte de um ciclo de estiagem que começou ainda em 2019. “Estamos atravessando fenômeno parecido ao da década de 60 do século passado, quando foram 11 anos de pouca água. Esses ciclos fazem parte do comportamento da natureza. O diferente é que agora estamos enfrentando calor sem precedente e os eventos extremos estão cada vez mais comuns”, explica o estudioso.
Consequências
E esta escassez de água, que é reflexo do fenômeno El Niño, é muito mais do que uma mera estatística. Segundo Rogério Iehle, que administra um hotel e um pesqueiro no Passo do Lontra, às margens do Rio Miranda, o movimento de turistas cai em pelo menos 30% em anos sem cheia no Pantanal.
Além disso, lembra ele, a falta de chuvas e a inexistência de alagamentos aumenta o risco de queimadas, que em 2020 e em 2021 destruíram milhões de hectares de vegetação no bioma pantaneiros. Os alagamentos ao longo do Rio Paraguai só ocorrem depois que ele ultrapassa os 4 metros na régua de Ladário.
Sem água, o Rio Paraguai também deixa de ser via de escoamento de minérios e de soja. No ano passado, quando o pico do rio em Ladário chegou a 4,24 metros, foram escoadas 1,62 milhões de toneladas de soja e 6,05 milhões de toneladas de minério. O volume foi 73% superior ao ano anterior.
Para 2024 havia perspectiva de superar estes números, mas por falta de água as barcaças com minério estão descendo o rio com apenas 70% da capacidade. E, se o nível realmente continuar descendo, nas próximas semanas os embarques terão de ser suspensos, fazendo com que todo o minério seja escolado por rodovia.
O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, estará em Assunção, capital do Paraguai, na próxima segunda-feira (18), para um jantar com o presidente do país vizinho, Santiago Peña. O assunto destaque do encontro será a Rota Bioceânica, que estreita ainda mais as relações do Estado com o Paraguai.
No dia seguinte, Riedel seguirá para Porto Murtinho, município 644,4 km distante de Assunção, para visitar a obra da ponte que liga o município sul-mato-grossense a Carmelo Peralta, no Paraguai. Também devem estar presentes na visita a ministra do Planejamento e Orçamento do Brasil, Simone Tebet, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e o ministro dos Transportes, Renan Filho.
O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa após o lançamento do PantanalTECH-MS, realizado no Bioparque Pantanal na manhã desta sexta-feira (15).
“Vou à Assunção na segunda-feira, tenho um jantar com o presidente do Paraguai, Santiago Peña. O Financial Times está promovendo o encontro, uma discussão de infraestrutura. Na terça-feira eu saio de Assunção e passo em Murtinho. Nós teremos a presença da ministra Simone, o ministro Waldez também está convidado, e o ministro Renan, para que a gente veja in loco as obras da ponte”, disse o governador.
As obras do lado brasileiro da ponte foram retomadas recentemente, após quase 80 dias paralisada. Ela foi interrompida pela Receita Federal, que embargou a entrada de materiais de construção vindos do Paraguai por falta de documentação que comprovasse o recolhimento dos tributos de importação.
No fim de fevereiro, a questão foi resolvida, após o delegado da Alfândega da Receita Federal em Ponta Porã, Daniel Cesar Saldivar, assinar um ato declaratório executivo autorizando a entrada e saída de insumos e materiais destinados à construção da ponte sobre o Rio Paraguai.
Segundo o governador, agora tudo está nos conformes para a continuidade da obra, que está sendo realizada dentro do prazo.
“O problema que teve foi sanado, do ponto de vista da Receita Federal aqui do Brasil. Está tudo equacionado, e estamos dando continuidade dentro do cronograma”, concluiu Riedel.
A ponte
Construída pela Itaipu Paraguai com investimento de U$$ 85 milhões, essa ponte terá 1.294 metros, com sua entrega prevista inicialmente só para o primeiro semestre de 2025.
Binacional, a obra foi licitada e contratada pelo Paraguai, com o Consórcio Pybra, que esclareceu que os vergalhões e itens apontados pela Receita foram comprados no Paraguai.
Com isso, foi pedido à AssembleiaLegislativa o acréscimo de um “Termo de Reciprocidade”, justamente para descomplicar essas questões aduaneiras.
Por parte da Pybra, há esperança de uma cooperação “rápida e efetiva”. Do lado brasileiro, estima-se que as obras tenham sido paralisadas com cerca de 40% dos trabalhos concluídos, estando um pouco mais avançada no País vizinho (beirando 60%), uma vez que o Paraguai iniciou pouco antes suas etapas da construção.
Importante ressaltar que, a ideia da Ponte Bioceânica é consolidar uma ligação rápida de produtos brasileiros com o mercado asiático. Ainda, as rotas devem melhor integrar também o País ao Paraguai, Chile e Argentina.
O prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra, anunciou mais uma grande conquista para a cidade: projetos apresentados pelo município foram contemplados pelo PAC do Governo Federal, no total de R$ 20 milhões, e a maioria dos recursos será aplicada na primeira fase do programa.
“Sem dúvida, uma notícia promissora para a nossa população, que está acompanhando a transformação da cidade com obras por todos os cantos”, comemorou o prefeito murtinhense, que no início da semana recebeu do govenador Eduardo Riedel a garantia de investimentos do Estado em obras estruturante no valor de R$ 20 milhões ainda este ano.
“Temos atuado nas esferas federal e estadual com bons projetos e Murtinho nunca recebeu tantos recursos como agora, quando todas as atenções convergem para uma região que foi secularmente esquecida e se tornará o novo Canal do Panamá”, completou.
Educação e saúde
Nesta primeira fase do PAC, a cidade Portal da Rota Bioceânica receberá uma ambulância do Samu e uma unidade odontológica móvel e serão construídas uma escola em tempo integral, uma creche, uma unidade básica de saúde e uma escola de educação infantil.
Na segunda etapa do programa, estão previstos a construção de espaço esportivos comunitários e a aquisição de um ônibus de transporte escolar. Todos os projetos da prefeitura foram aprovados.
Os investimentos federais previstos pelo PAC podem chegar a R$ 40 milhões caso seja habilitada a proposta de drenagem do canal da Avenida Larangeiras, que está em análise, obra de grande importância para controle e escoamento das águas pluviais no entorno do dique.
O prefeito do município de Porto Murtinho, Nelson Cintra Ribeiro (PSDB), iniciou a semana na capital do estado, Campo Grande, com agendas importantes, dentre as quais, garantiu aporte de recursos do Governo do Estado no valor de R$ 20 milhões, em reunião com o Governador Eduardo Riedel na companhia dos vereadores Elbio dos Santos Balta (presidente da Câmara), Sônia Ferreira, Jary Brum, Aline Costa Soares Dias, Thiago da Silva Souza, Jayme Evandro Sanches, Rodrigo Fróes Acosta e Rudimar Castro, a senhora Ludemila dos Santos Almeida, presidente do Conselho Municipal de Assistência Social, representando a Vereadora Maria Donizete dos Santos nesta segunda-feira (11/03).
Dando continuidade nesta terça-feira (12/03) reuniu-se com o Superintendente Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) – Euro Nunes Varanis Júnior, juntamente com o Deputado Estadual Paulo Corrêa, a Gerente de Projetos arquiteta Fernanda Gonzaga e o Secretário de Obras, Habitação e Serviços Públicos Alexandre Viana em reunião tendo como pauta o acesso à Rota Biocêanica, ao qual
Fotos: Saul Schramm / Governo MS e Assessoria de Comunicação
Com investimentos do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul em infraestrutura e logística, realizados em Porto Murtinho, o município é preparado para receber uma das mais importantes ligações do Brasil ao mercado asiático, por meio do Oceano Pacífico, a Rota Bioceânica.
Para o planejamento de novas intervenções necessárias, o governador, Eduardo Riedel recebeu o prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra, na tarde desta segunda-feira (11), em uma reunião onde foram apresentadas as prioridades do município.
“A gente tem acompanhando desde o início o que tem acontecido com Porto Murtinho, que é um município que faz parte da transformação logística do Estado. Com certeza vai crescer mais ainda, com serviços, empresas, e também virão desafios. Por isso precisamos estar atentos e tomar decisões planejadas”, explicou Riedel.
Entre os projetos apresentados, o Governo do Estado vai investir aproximadamente R$ 15 milhões no asfaltamento e recapeamento dos bairros Dom Pepe e Salim Cafure – a maior parte do recurso, em torno de R$ 12 milhões, será destinada para execução das obras ainda em 2024. Também serão destinados R$ 1,5 milhão para equipar o Hospital Municipal Oscar Ramires Pereira, que atualmente passa por reforma e ampliação, para expandir a capacidade de atendimento no município.
Foi confirmado também o investimento de R$ 1,3 milhão para o balizamento do aeroporto, R$ 700 mil para iluminação de acesso a BR-267 e recursos para a realização de duas festas tradicionais, o Rodeio e o Festival do Chamamé.
“A reunião foi muito produtiva. Fizemos um projeto e trouxemos para o governador que vai nos atender. Os bairros carentes e que precisavam ser asfaltados, fizemos o projeto. O desenvolvimento de Porto Murtinho é para o norte onde tem terras férteis e vai passar o corredor e o acesso a ponte. Estamos estruturando toda a parte com posto de saúde, escola”, disse Cintra.
Os secretários Hélio Peluffo (Seilog) e Eduardo Rocha (Casa Civil), também participaram da reunião, além da equipe técnica e vereadores do município, os deputados federais Geraldo Resende e Luiz Ovando, e os deputados estaduais, Paulo Corrêa, Márcio Fernandes e Lídio Lopes.
Atualmente o Governo do Estado mantém obras com investimentos de R$ 72,6 milhões em Porto Murtinho, especialmente nas áreas da saúde, educação e infraestrutura.
Obras e investimentos
A Rota de Integração Latino-Americana (RILA), ou Rota Bioceânica, que começa em Mato Grosso do Sul, por Porto Murtinho, em direção ao Paraguai, por Carmelo Peralta, será um caminho mais curto ao Oceano Pacífico para acesso aos mercados asiáticos. Com a nova rota a previsão é de ganhos expressivos na exportação, importação, competitividades dos produtos regionais, e promoção de intercâmbio entre o Brasil e a Ásia.
O Governo do Mato Grosso do Sul mantém investimentos robustos nas cidades que farão parte da Rota Bioceânica, entre elas Porto Murtinho que recebeu R$ 40,6 milhões em obras nos últimos anos. Também foram garantidos incentivos para reativar a hidrovia do Rio Paraguai, atraindo operadores e empreendimentos portuários à região.
Outro foco foi a articulação junto ao Governo Federal para realização das obras complementares que vão contribuir com a Rota Bioceânica. Entre elas o acesso à Ponte Bioceânica, por meio da rodovia BR-267, onde serão pavimentados 13 km, além da construção de um centro aduaneiro, trabalho de terraplanagem e acesso elevado à ponte.
No fim de dezembro de 2023 foi assinada a ordem de serviço para realização desta obra, com investimentos de R$ 472,4 milhões por parte da União. A expectativa é que a alça seja concluída em 36 meses.
No Paraguai, além da pavimentação de estradas que vão dar prosseguimento à rota, o principal projeto é a construção da ponte binacional sobre o Rio Paraguai, na fronteira entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta. No local, até agora, 40% dos trabalhos já foram concluídos, com previsão de estar pronta em 2025. A estrutura terá 1.294 metros de comprimento e 29 metros de altura.
Natalia Yahn, Comunicação Governo de MS Fotos: Saul Schramm
O prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra, garantiu aporte de recursos do Governo do Estado no valor de R$ 20 milhões, grande parte para investimento ainda este ano em obras de infraestrutura e saúde, após se reunir com o governador Eduardo Riedel, em Campo Grande, nesta segunda-feira (11). Os projetos prioritários para a cidade, elaborados em acordo com a Câmara de Vereadores, foram aprovados, incluindo verbas para eventos de fomento ao turismo.
“A reunião foi muito produtiva, o Governo do Estado tem sido nosso maior parceiro na reconstrução de Porto Murtinho”, disse o prefeito. “Fizemos os projetos e trouxemos para o governador que vai nos atender. Os bairros carentes terão asfalto e vamos equipar o hospital municipal, que passa por reforma e ampliação. O desenvolvimento de Porto Murtinho é uma realidade, somos o portal da Rota Bioceânica e estamos preparando a cidade”, completou Cintra.
Com investimentos do Governo do Estado e recursos próprios do município e de emendas parlamentares em infraestrutura, logística, saúde e educação, Porto Murtinho está sendo preparado para receber uma das mais importantes ligações rodoviárias do Brasil ao mercado asiático, por meio do Oceano Pacífico, a Rota Bioceânica, que integrará Mato Grosso do Sul com o Paraguai, Argentina e Chile. Murtinho já é denominado o novo Canal do Panamá.
Decisões planejadas
“A gente tem acompanhando desde o início o que tem acontecido com Porto Murtinho, que é um município que faz parte da transformação logística do Estado. Com certeza, vai crescer mais ainda, com serviços, empresas, e também virão desafios. Por isso, precisamos estar atentos e tomar decisões planejadas, como estamos tomando aqui agora ao discutirmos os projetos estruturantes com o prefeito e os vereadores”, explicou o governador Eduardo Riedel.
Em três anos, a gestão do prefeito Nelson Cintra implementou o grande desafio de reconstruir a histórica cidade fronteiriça, que rompe um novo ciclo de desenvolvimento. A cidade transformou-se em um verdadeiro canteiro de obras, com investimentos que somam mais de R$ 150 milhões, dos quais R$ 72,6 milhões foram destinados pelo Governo do Estado, especialmente para as áreas mais carentes, como saúde, educação e infraestrutura urbana.
Hospital equipado
Dentre os projetos apresentados pelo prefeito murtinhense, o Governo do Estado vai investir aproximadamente R$ 15 milhões no asfaltamento e recapeamento dos bairros Dom Pepe e Salim Cafure – a maior parte do recurso, em torno de R$ 12 milhões, será destinada para execução das obras ainda em 2024. Também foi aprovado R$ 1,5 milhão para equipar o Hospital Municipal Oscar Ramires Pereira, que terá sua capacidade de atendimento dobrada.
Foi confirmado, ainda, o investimento de R$ 1,3 milhão para o balizamento do aeroporto municipal e R$ 700 mil para iluminação especial de trecho final da BR-267, na entrada da cidade, que está sendo duplicada e implantação da rede de drenagem com recursos (mais de R$ 8 milhões) do Governo do Estado). Por solicitação do prefeito Nelson Cintra, o governador garantiu R$ 1 milhão para duas festas tradicionais, o Rodeio e o Festival do Chamamé.
Acompanharam o prefeito murtinhense neste evento, realizado no Parque dos Poderes, os vereadores Elbio dos Santos Balta (presidente da Câmara), Sônia Ferreira, Jary Brum Acosta, Aline Costa Soares, Jayme Evandro Sanches, Thiago da Silva Souza e Rudimar Castro, além da equipe técnica da prefeitura. Também presentes o vice-governador Barbosinha, os deputados federais Geraldo Resende e Luiz Ovando, e os deputados estaduais, Paulo Corrêa, Márcio Fernandes e Lídio Lopes.
Nelson Cintra se reúne com Riedel e assegura R$ 20 milhões em investimentos para Murtinho