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Bela Vista-MS Quinta-Feira, 28 de Março de 2024
Automedicação em casos de dengue pode até agravar complicações da doença

Automedicação em casos de dengue pode até agravar complicações da doença

Número de casos de dengue têm aumentado no país, segundo o Ministério da Saúde; 75% dos focos estão nas residências

Somente em 2024, o Brasil já registrou mais de meio milhão de casos de dengue. Os dados são do Painel de Arboviroses, do Ministério da Saúde. A projeção do órgão é que o país registre 4,2 milhões de casos de dengue neste ano, o que seria um recorde nacional. A orientação é que os os cuidados para eliminar os focos do Aedes aegypti, responsável pela transmissão da doença e de outras, como zika e chikungunya, sejam redobrados. Para quem está com algum dos sintomas da doença, a orientação é não se automedicar. A automedicação, em casos de dengue, pode até agravar a situação.

A farmacêutica Kátia Tichota explica que alguns fármacos, como os anti-inflamatórios não esteroides, podem agravar complicações da doença, como hemorragias. A automedicação pode também levar à subestimação da gravidade do quadro. “A automedicação apresenta sérios riscos à saúde e, em caso de dengue, não é diferente. Os sintomas podem ser mascarados pelos medicamentos utilizados, dificultando o diagnóstico preciso”, explica a profissional, que também é coordenadora do curso de Farmácia da Estácio Fapan.

De acordo com a farmacêutica, em alguns casos, a automedicação em pacientes com dengue pode levar, inclusive, a óbito. “A automedicação na dengue pode ter consequências fatais. A subestimação da gravidade da doença e o uso inadequado de medicamentos podem agravar os sintomas, levando a complicações sérias, como o choque hemorrágico, que pode resultar em óbito. Portanto, é necessário que qualquer suspeita de dengue seja prontamente avaliada por profissionais de saúde”, alerta.

Diante da suspeita de ter sido picado pelo Aedes aegypti, ela explica que o correto é procurar atendimento médico imediatamente. A orientação é não se automedicar e relatar ao profissional de saúde todos os sintomas e detalhes relevantes. Exames laboratoriais específicos podem confirmar a presença do vírus da dengue e auxiliar no diagnóstico diferencial com outras enfermidades.

Sintomas da doença

Enfermeira e professora do IDOMED Fapan, Sandra Bonilha explica que, geralmente, a primeira manifestação da doença é a febre. “Geralmente, acima de 38ºC, de início abrupto e com duração de dois a sete dias, associada a dor de cabeça, fraqueza, dores musculares, dor nas articulações e dor retro-orbitária (dor ao redor dos olhos). Perda de apetite, náuseas, vômitos e diarreia também podem se fazer presentes”, explica.

De acordo com Sandra Bonilha, em casos de sintomas, o indicado é aumentar a ingesta hídrica e sempre procurar uma unidade de saúde.

Prevenção dentro de casa

A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, eliminando os prováveis criadouros como pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e recipientes pequenos, como tampas de garrafa. A recomendação do Ministério da Saúde é que a população faça uma inspeção semanal em casa.

O Ministério da Saúde divulgou recentemente os resultados do 3º Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) e do Levantamento de Índice Amostral (LIA) de 2023. Os números indicaram que 74,8% dos criadouros do mosquito da dengue estão nos domicílios, como em vasos e pratos de plantas, garrafas retornáveis, pingadeira, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais e materiais em depósitos de construção (sanitários estocados, canos, etc.).

O levantamento apontou, ainda, que depósitos de armazenamento de água elevados (caixas d’água, tambores, depósitos de alvenaria) e no nível do solo (tonel, tambor, barril, cisternas, poço/cacimba) aparecem como segundo maior foco de procriação dos vetores, com 22%, enquanto depósitos de pneus e lixo têm 3,2%.

“Além de manter bem tampados caixas, tonéis e barris de água, é importante colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira sempre bem fechada; não jogar lixo em terrenos baldios; se for guardar garrafas de vidro ou plástico, mantenha-as sempre com a boca para baixo; deixar ralos limpos e com aplicação de tela; limpar semanalmente ou preencher pratos de vasos de plantas com areia; limpar com escova ou bucha os potes de água para animais”, salienta Sandra Bonilha.

Crédito da foto: JCOMP/Freepik

Patrícia Belarmino
Com condições favoráveis à chuva, sábado tem tempo instável e temperaturas amenas

Com condições favoráveis à chuva, sábado tem tempo instável e temperaturas amenas

A previsão do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) para este sábado (17) indica tempo instável, com aumento de nebulosidade e condições favoráveis à chuva. Pontualmente, podem ocorrer chuvas intensas e tempestades acompanhadas de raios e rajadas de vento.

Destaca-se ainda uma leve queda das temperaturas máximas ao longo do final de semana. Isso ocorre devido a maior presença de nuvens e possibilidade de chuvas. Os acumulados devem ser significativos, acima de 50mm/24h.

Campo Grande inicia o dia com 23°C e atinge 30°C nos horários mais quentes. Dourados e Iguatemi apresentam valores semelhantes, com mínimas de 21°C e máximas de 31°C. Na região Sul-Fronteira, Ponta Porã também tem mínima de 21°C, com máxima que chega aos 28°C.

No Bolsão, Paranaíba e Três Lagoas marcam 23°C pela manhã e atingem, no período da tarde, 30°C e 31°C, respectivamente. Em Coxim, no Norte, a mínima é de 23°C e a máxima de 32°C.

No Pantanal, Corumbá amanhece aos 27°C e chega aos 33°C; Aquidauana apresenta variação entre 24°C e 31°C. Os termômetros em Porto Murtinho, no Sudoeste, marcam 25°C inicialmente e atingem 33°C ao longo do dia.

Heloisa Duim, Programa de Estágio Supervisionado
Foto: Álvaro Rezende

Sinais de alerta com a saúde mental das crianças

Sinais de alerta com a saúde mental das crianças

Cada ser humano é diferente do outro e a forma como lidam com questões emocionais e de saúde mental também. Muito se fala sobre saúde mental, mas estamos prestando atenção ao comportamento das crianças? É muito importante que todos, que convivam e estejam ao redor do pequeno, estejam atentos às mudanças de humor e comportamento.

Quando falamos de saúde mental nos referimos a como nossa mente e coração se sentem e funcionam. Relaciona-se a como nos sentimos por dentro e como lidamos com nossos pensamentos e emoções. Estar atento à saúde mental infantil se faz necessário porque ela desempenha um papel fundamental em seu desenvolvimento e bem-estar.

Além disso, afeta como elas aprendem, se relacionam com os outros e enfrentam os desafios da vida. Quando as crianças estão emocionalmente saudáveis, têm mais chances de serem bem-sucedidas em todas as áreas e aspectos de suas vidas.

Os principais fatores de risco ligados à saúde mental infantil estão relacionados à violência, social e familiar; bullying; violência sexual; e problemas socioeconômicos.

Alguns sinais de alerta que as crianças demonstram são mudanças drásticas de comportamento, problemas de sono, expressão de emoções, declínio no desenvolvimento escolar e comentários que podem ser vistos como preocupantes. Na mudança de comportamento, passam a se isolar, evitam contato social e expressam tristeza de maneira contínua.

Os problemas de sono têm reações como constantes dores de cabeça, estômago ou recusa em ir à escola. Na expressão de emoções, a criança pode começar a ter, por exemplo, medo de tudo. A expressão de emoções incomuns ou extremas pode ser um indicativo de que algo está perturbando a criança.

Já o declínio no desempenho escolar também pode ser sinal de dificuldades emocionais. Nos comentários preocupantes fazem afirmações como que desejam desaparecer, se machucam ou machucam os outros. Esses comportamentos devem ser levados a sério.

Muitos pais se perguntam o que fazer diante dessas circunstâncias. O mais indicado é conversar com a criança e abrir um espaço seguro para que elas possam falar dos seus sentimentos. É necessária uma escuta empática e sem julgamentos.

Também é importante um apoio profissional para que essa criança seja amparada e que suas necessidades sejam compreendidas. Procure reduzir o estresse criando um ambiente familiar calmo e de apoio. Identifique os sinais de alerta e procure ajuda. Lembre-se, buscar ajuda não é sinal de fraqueza, mas, sim, de amor e cuidado.

(*) Luciana Brites é CEO do Instituto NeuroSaber (https://institutoneurosaber.com.br ), autora de livros sobre educação e transtornos de aprendizagem, pedagoga, palestrante, especialista em Educação Especial na área de Deficiência Mental e Psicopedagogia Clínica e Institucional pela UniFil Londrina e em Psicomotricidade pelo Instituto Superior de Educação ISPE-GAE São Paulo, além de ser Mestra e Doutoranda em Distúrbios do Desenvolvimento pelo Mackenzie.

Sem andar e se alimentando por sonda, Luiz busca ajuda para viver

Sem andar e se alimentando por sonda, Luiz busca ajuda para viver

Todos podem ajudar através da Donativa

Luiz tem 12 anos e tem distrofia muscular congênita merosina negativa, ele usa sonda de gastrostomia e ventilação não invasiva BIPAP. A doença foi descoberta com apenas dois meses de vida e teve o diagnóstico fechado com cinco meses.

Hoje, ele enfrenta desafios após uma pneumonia aspirativa grave, levando-o a longos períodos no Hospital. Ele depende de uma sonda para se alimentar e por isso corre risco de infecção, devido ao início de um granuloma. Além disso, ele precisa de fisioterapia para lidar com a escoliose e úlcera de pressão, que surgiram devido ao uso constante da cadeira irregular que utiliza há anos.

As cadeiras necessitam de troca ou reforma. A mãe, Sandra Aparecida Costa Campos, recebeu a indicação médica de levá-lo a São Paulo para adaptações nas cadeiras. O SUS cobre as passagens, mas ela precisa arcar com hospedagem, alimentação e transporte na cidade para visitar a empresa Cavenagui, responsável pelas adaptações.

Sandra luta para proporcionar conforto ao Luiz, viajando com frequência e tentando se mudar de Nova Andradina para Campo Grande e fornecer maior estrutura ao menino. Essa vaquinha busca custear despesas de viagem, fraldas, suplementos, fisioterapia e principalmente, iniciar a reforma das cadeiras de rodas.

‘O Luiz cresceu e as cadeiras estão pequenas, ele até já tem início de escoliose devido a isso, essa reforma é fundamental para a qualidade vida dele e evitar outros problemas de saúde’, explica a mãe.

Todos podem ajudar o Luiz a ter uma melhor qualidade de vida através da Donativa, que é uma plataforma de crowdfunding, que não possui fins lucrativos e não cobra taxas. Atualmente tem mais de 100 projetos ativos do Brasil inteiro, que beneficiam milhares de pessoas. Todos podem ajudar, a partir de R$ 10,00 já é possível fazer uma doação.

A plataforma é on-line, segura, potente e estruturada para abrigar projetos em diversas modalidades. São diversa causas apoiadas pela Donativa, tratamento de doenças raras, de câncer, de síndromes, além de incentivo ao esporte, cultura e de proteção ao meio ambiente.

Conheça a plataforma, e faça parte dessa família, que ajuda muitos com um pouquinho de cada um. Acesse e ajude https://donativa.org.br/vaquinha/sem-andar-e-se-alimentando-por-sonda-luiz-busca-ajuda-para-viver

Dicas simples podem livrar sua casa dos focos da dengue e se prevenir contra doença

Dicas simples podem livrar sua casa dos focos da dengue e se prevenir contra doença

Com aumento de casos da dengue no Mato Grosso do Sul e em todo Brasil, algumas medidas simples podem livrar sua casa dos focos da doença e assim evitar a contaminação da sua família.

A principal forma de se prevenir contra dengue é reduzir a infestação do mosquito Aedes aegypti, que é o responsável por transmitir o vírus. Eliminar o criadouro é fácil e pode ser feito em pouco tempo, adotando ações simples do cotidiano.

Evitar água parada em pneus, latas e garrafas vazias sempre é importante, assim como cuidar as plantas e vasos, potes e outros objetivos que acumulam água. Realizar a limpeza regular da caixa d’água e sempre mantê-la fechada, com tampa adequada também entra nesta lista. O cuidado com a sua residência, terreno e lote vai fazer a diferença no combate à doença.

Outro ponto citado por especialistas é a verificação das calhas, retirando por exemplo folhas, galhos e tudo que possa impedir a água de correr por elas. Colocar lixo em sacos plásticos e manter a lixeira fechada, assim como eliminar entulhos do seu quintal. O pote de água para seu animal de estimação também deve ser trocado com frequência.

Ações simples como eliminar copinhos plásticos, tampas de refrigerante e sacos abertos que possam acumular água ajudam no combate à dengue. Piscinas que não estiverem em uso podem ser cobertas para evitar a proliferação dos mosquitos. Tampar os ralos é mais uma medida recomendada.

Se tiver ocorrendo obras na residência sempre é bom estar atento a equipamentos como lonas, carrinhos de mão, betoneiras para não acumularem água. Na lista ainda aparece as limpezas da bandeja externa da geladeira e da bandeja coletora de água do ar-condicionado.

Outras medidas

Para sua proteção individual os repelentes também são recomendados, pois podem evitar as picadas dos mosquitos. A composição do produto indica o tempo de proteção e necessidade da reaplicação. Caso for aplicar outros itens como protetor solar ou hidratante, a dica é usar o repelente por último. Se for para crianças, ficar atento se o produto é de uso pediátrico.

Sobre os inseticidas em spray ou de tomada os especialistas alertam que ajudam a matar os mosquitos adultos, principalmente em ambientes fechados, por isso a eficácia é limitada. Já o uso de mosqueteiros e telas nas janelas dos quartos ajudam bastante, para que os mosquitos não entrem nas dependências.

Leonardo Rocha, Comunicação do Governo de MS
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Mato Grosso do Sul vai receber 41.783 vacinas contra a dengue do Ministério da Saúde

Mato Grosso do Sul vai receber 41.783 vacinas contra a dengue do Ministério da Saúde

O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da SES (Secretaria de Estado de Saúde), vai receber 41.783 doses da vacina contra a dengue do Ministério da Saúde, referente a 1ª remessa para operacionalização da estratégia de vacinação contra a dengue.

Ao todo, 33 municípios que compõe a macrorregião de saúde de Campo Grande receberão os imunizantes. Por ora, o Ministério da Saúde ainda não informou o horário da chegada do imunizante, que pode acontecer desta sexta-feira (9) até a próxima segunda-feira (12).

Segundo a coordenadora de Imunização da SES, Ana Paula Rezende Goldfinger, assim que as vacinas chegarem ao Estado, as doses estarão prontas para serem retiradas pelos municípios contemplados para esta primeira fase de distribuição pelo Ministério da Saúde.

“Vamos entregar assim que chegar ao Estado para o município que puder vir buscar”, frisa Goldfinger. O público-alvo nesse primeiro momento serão crianças de 10 e 11 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalização por dengue, dentro do quadro de crianças e adolescentes de 6 a 16 anos.

O esquema vacinal será composto por duas doses com intervalo de três meses entre as doses. A recomendação é que a vacinação seja iniciada pela administração de D1. As demais doses para D2 serão enviadas posteriormente, considerando o intervalo recomendado de 3 meses entre as doses.

A distribuição das doses nos municípios foi determinada com base em três critérios principais: o ranqueamento das regiões de saúde e municípios, o quantitativo necessário de doses para a população-alvo conforme a disponibilidade (prevista pelo fabricante) e o cálculo do total de doses a serem entregues em uma única remessa ao município.

Os municípios elencados são: Campo Grande (24.639 doses), Costa Rica (771), São Gabriel do Oeste (834), Maracaju (1.223), Jardim (731), Coxim (929), Guia Lopes da Laguna (297), Sidrolândia (1.435), Pedro Gomes (182), Chapadão do Sul (945), Rochedo (156), Anastácio (739), Camapuã (338), Bonito (715), Figueirão (108), Nova Alvorada do Sul (764), Aquidauana (1.460), Jaraguari (209), Miranda (883), Dois Irmãos do Buriti ((338), Sonora (434), Ribas do Rio Pardo (746) Alcinópolis (115), Caracol (149), Corguinho (161), Bela Vista (683), Rio Verde de Mato Grosso (549), Paraíso das Águas (184)Terenos (506), Rio Negro (129), Nioaque (390), Porto Murtinho (463), Bodoquena (269) e Bandeirantes (221).

A SES reitera que a estratégia de vacinação do Ministério da Saúde pode sofrer alteração ao longo campanha de vacinação.

Rodson Lima, Comunicação SES
Foto: Rogério Vidmantas/PMD