Marquinhos Trad é o segundo melhor prefeito do País, diz levantamento
O prefeito de Campo Grande conquistou, definitivamente, a posição de destaque ao realizar 21 das 43 metas do plano de governo e ainda segundo levantamento, estão em pleno funcionamento mais 10 metas, totalizando mais de 72% das ações, na metade de seu mandato. Ele está atrás apenas do prefeito de Porto Alegre, que cumpriu nove, de um total de 16 prometidas em campanha.
Marquinhos superou outros 24 prefeitos de capitais e conquistou um percentual bem acima da média de todos os prefeitos de capitais, que juntos têm 29,99% de metas cumpridas até o momento.
O estudo aponta que outras 10 metas, das 43 do levantamento, já foram realizadas parcialmente. Se considerar as metas cumpridas e as parcialmente cumpridas, Marquinhos chega a 72,09% de execução nos dois primeiros anos de mandato.
Outras 12 estão em fase de implantação ou foram substituídas por questão de economia, visto que o prefeito pegou a administração devendo, aproximadamente, R$ 500 milhões só para fornecedores, além de salários atrasados.
É o caso do compromisso de criar a Secretaria de Assuntos Fundiários, que segundo o G1, foi feito durante uma entrevista. Neste caso, por economia, o prefeito criou a Diretoria de Assuntos Fundiários. Outro compromisso citado pelo site é o da criação da Secretaria para Pessoas com Deficiência. Também por economia, o prefeito criou a Coordenadoria de Apoio à Pessoa com Deficiência, dentro da Subsecretaria de Direitos Humanos.
Outras metas estão em fase de implantação, visto que o prefeito ainda está na metade do governo. É o que ocorre com a Nota Fiscal Eletrônica, que está em fase de estudo de viabilidade técnica e impacto financeiro.
O Programa Campo Grande Solar também foi citado entre os compromissos não cumpridos. Porém, no dia 31 de agosto de 2018 foi assinado o edital de chamamento público, que buscará empresas interessadas em participar na estruturação de um protótipo de árvore digital a ser instalado em praças e parques da cidade. A ideia é que o projeto tenha a capacidade de captar energia solar para recarregar aparelhos eletrônicos, como celulares, e servirá como um replicador de internet wi-fi no local.
A revitalização do antigo Terminal rodoviário é citada como meta não cumprida. Porém, a Prefeitura já solicitou R$ 15,5 milhões à União para requalificação do terminal. A realização de concursos para saúde e educação, também citada como meta não cumprida, está em andamento. Em abril de 2018 a Prefeitura autorizou concurso e está em fase de levantamento das necessidades.
O levantamento do portal leva em conta as metas do plano de governo, mas também declarações dadas durante entrevistas, ainda na campanha pela prefeitura.
“Campo Grande foi maior que a crise nacional. Não sucumbiu. Mostrou vitalidade, pujança, graças ao esforço da gestão, em parceria com a Câmara Municipal, e a capacidade do trabalho do nosso povo. Em 2019, vamos intensificar o processo de recuperação financeira da cidade para aumentar a capacidade de investimento, com foco na saúde, mobilidade urbana, educação, segurança, lazer e habitação.
‘Templo do Esporte’, Guanandizão será reinaugurado em 2019
Campo Grande (MS) – Dois mil e dezenove será o ano da entrega de uma obra emblemática: a reforma geral e adequação do Guanandizão. Prevista para o mês de agosto, a conclusão será um presente para a Capital, que completará 120 anos de emancipação.
Localizado na avenida Ernesto Geisel, na Vila Nhanhá, o ginásio poliesportivo Avelino dos Reis foi palco de eventos importantes como a partida Brasil x Portugal pela Liga Mundial de Vôlei, em 2004, e o show do cantor Roberto Carlos, em 2013 – o último evento realizado antes da interdição.
Será o fim de uma longa espera de cinco anos. O prédio estava interditado desde 2013 pelo Corpo de Bombeiros Militar por conta de falhas na estrutura hidráulica. Com a reforma, o governador Reinaldo Azambuja espera que o espaço volte a abrigar eventos da Seleção Brasileira de Vôlei, Copa Brasil de Futsal e jogos escolares e universitários, incentive o esporte e a cultura e fomente a economia regional.
Segundo o diretor-presidente da Fundesporte, Marcelo Miranda, a revitalização traduz um grande anseio dos desportistas do Estado. “Após a inauguração e reabertura do Guanandizão, vários eventos tantos desportivos como culturais e religiosos poderão ser realizados no local, movimentando a cidade e consequentemente a economia”, diz.
Ele conta ainda que na reinauguração será realizado um jogo da Seleção Brasileira de Vôlei. “O Guanandizão é o templo do esporte em Mato Grosso do Sul. Com a reforma, as especificações do Corpo de Bombeiros Militar serão respeitadas e poderemos voltar a utilizar a estrutura para seu devido fim”.
Orçada inicialmente em R$ 2,387 milhões, a reforma e adequação foi licitada por R$ 1,881 milhão – uma economia superior a meio milhão de reais. A revitalização será total, incluindo a recuperação da parte hidráulica, parte elétrica, arquibancada, vestiários, alojamentos, banheiros, cobertura, pintura e reurbanização da área externa do complexo esportivo.
Entre as melhorias também estão adaptações para garantir acessibilidade e segurança. A obra, que terá início em janeiro, é uma parceria da Fundesporte com o município de Campo Grande e os recursos são do Governo do Estado. Inaugurado em 1984, o ginásio Guanandizão faz parte da história de Campo Grande. A capacidade do local é de 8.240 pessoas.
Paulo Fernandes – Subsecretaria de Comunicação (Subcom), com informações de Vanessa Ayala – Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte-MS)
Fotos: Edemir Rodrigues
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Mediação é alternativa para resolver conflitos de forma mais ágil e pacífica
A técnica foi tema da primeira tese de Doutorado defendida no Programa de Desenvolvimento Local da UCDB
De acordo com o Conselho Nacional de Justiça, mediação é uma nova modalidade de solução de conflitos intermediada por alguém imparcial, que auxilia e organiza a comunicação entre os envolvidos. Para a professora e pesquisadora Elaine Cler, é também um instrumento para a pacificação social, e foi o tema escolhido para sua tese de Doutorado, a primeira a ser defendida no Programa de Desenvolvimento Local da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), no último dia 23. “Mediação é permitir que, por intermédio de um terceiro desinteressado, as partes consigam se ver, se olhar e resolver seu próprio problema, sem indicação de julgamento, pois não decidimos nada. A gente faz com que as partes percebam seu problema e assim criem a solução”, define.
Mediadora judicial do TJMS (Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul) desde 2012, Elaine vê na prática uma possibilidade de empoderamento para indivíduos fragilizados por situações de conflito. “Empoderar é mostrar para cada pessoa a força que ela tem. Na fragilidade do conflito ela despercebe sua força maior e negociadora nata, e a gente faz com que isso venha à tona”. Para o orientador do trabalho de Elaine, o professor Pedro Pereira Borges, a mediação ganha ainda mais relevância no cenário atual. “Estamos passando por um momento de higienização social, de violência, a mediação é justamente para mudarmos esta perspectiva e transformarmos nossa sociedade em um lugar mais pacificado, e o trabalho que ela fez vai ajudar nesse ponto”, comenta.
Para o professor Heitor Romero Marques, que também integrou a banca de Elaine Cler, a mediação é a promoção da justiça na prática. “Se as famílias aprendessem a dialogar, a gente não teria tantos desencontros. É um tema altamente relevante, é o poder da conversação, do entendimento”, define. A tese da pesquisadora foi aprovada pela banca, por ter obtido sucesso na missão de relacionar mediação com educação e desenvolvimento local. Para ela, a modalidade é o caminho para que o Brasil se desenvolva sem ajudicialização excessiva de decisões. “A mediação desenvolve as pessoas a prosperaremnas suas soluções e conflitos, porque não é dar a alguém aquilo que eu penso, é dar o que ele tem de direito, e quem tem mais conhecimento do que é seu direito do que a própria pessoa?”, finaliza.
Sobre a autora: Doutora em Desenvolvimento Local pela UCDB, Mestreem Direito pela UNIMAR/SP e especialista em Direito do Trabalho pelo INPG/UCDB. Graduada em Direito pela Faculdade de Direito da Alta Paulista deTupã/SP, é advogada e atua principalmente na mediação extrajudicial. Atualmente, exerce a coordenação do Curso de Direito da UCDBe atua como docente na graduação e na Pós-Graduação damesma instituição.
Tráfico entre MS e MT funcionava como consórcio e chefão agia dentro do presídio
A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul cumpre parte dos mandados de prisão preventiva e busca e apreensão da Operação Captare. A investigação é da PC de Mato Grosso e confirmou que nos últimos quatro meses quadrilha transportou cerca de duas toneladas de maconha nas rodovias dos dois estados.
A ação seria coordenada de dentro do presídio do MS, pelo telefone. Ele encomendava a droga dos fornecedores em Ponta Porã. O nome do preso e o presídio não foram divulgados para a segurança dos agentes penitenciários.
Segundo o delegado da DNAR (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), Reginaldo Salomão, o grupo criminoso utilizava a casa do tio do preso, localizada na rua Padre João Delfino, no Jardim Itamaracá, como entreposto.
O dono do imóvel, Joazo Viera da Silva, 62 anos, recebia como pagamento uma parcela em dinheiro e outra em droga. “Ele recebia alguns tabletes de droga para fazer o comércio dele e ganhar algum dinheiro”, contou o delegado. Durante a prisão foram encontrados 960 gramas de maconha e o idoso também foi autuado.
A residência de Joazo ficava em uma posição estratégica, perto da rodovia, facilitando o acesso do transporte. O grupo aguardava a melhor oportunidade para pegar a estrada e levar os entorpecentes. Além disso o tio do traficante deixou o mato ao entorno da casa crescer para dificultar a visibilidade do o que ocorria lá dentro.
Ainda foram cumpridos as prisões de Wallace Alberto de Souza, Maísa Oliveira Pereira e Ana Cláudia Pereira da Silva em Dourados. Todos vão responder pelo crime de tráfico de drogas e formação de quadrilha.
OPERAÇÃO CAPTARE
Foram cumpridos 52 ordens judiciais nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande (Mato Grosso), Campo Grande, Dourados e Coxim (Mato Grosso do Sul).
Quatro dos alvos terão os mandados cumpridos em unidades prisionais de Mato Grosso (2 no Centro de Ressocialização de Cuiabá, 1 na Penitenciária Central do Estado e 1 mulher na Ana Maria do Coutro May). Em Mato Grosso do Sul são três mandados de prisão, sendo um em cada cidade, Campo Grande, Dourado e Coxim.
O delegado da DRE (Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes) do Mato Grosso, Marcelo Miranda Muniz informou que mais uma vez foi identificada como uma das características da associação criminosa o “consórcio”, montado com o objetivo de dividir os custos com a compra da droga e a logística do transporte.
“A dificuldade e complexidade na investigação se deu pela identificação de ‘modus operandi’ poucos usuais, dentre os quais a utilização de uma quantidade elevada de pessoas para a realização do transporte interestadual da droga”, disse.
Captare é o nome de uma casta de anjo presente na obra literária de ficção Ignavos, escrita por um investigador de polícia desta Especializada. Os Captares, ou rastreadores, como também são conhecidos, são tidos como uma espécie de “serviço secreto”, encarregados de caçar e procurar inimigos, aqui, fazendo uma alusão aos traficantes (inimigos da Lei).