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Bela Vista-MS Quarta-Feira, 15 de Maio de 2024
Porque precisamos perder pra dar valor? – Por Janir Arruda

Porque precisamos perder pra dar valor? – Por Janir Arruda

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Janir Arruda

Porque só damos valor quando perdemos? Seja um amigo, uma pessoa ou um grande amor. Todos nós sabemos disso, mas sempre temos que cometer um erro para ver o quanto aquela pessoa era importante. Pode ser uma foto indevida no WhattsApp pode ser o próprio jeito frio de tratar, esquece de mandar recado ou simplesmente, não valorizar as conquistas do outro. Mas e porque será, que antes, nós não percebíamos o valor? Era tão insignificante assim? Depois, a gente passa horas chorando, querendo aquela pessoa de volta.

As vezes até tem volta, mas em diversos  casos não. Porque precisamos perder pra dar valor? Para amar? Deve ser porque gostamos de sofrer, só pode! E quando a felicidade está tão próxima, nós a ignoramos. Isso já aconteceu comigo e com amigas e certamente contigo que lê este artigo. Afinal, quem nunca passou por uma situação desta? Eu sei, é horrivel.  Mas é preciso agir para mostrar e demonstrar a pessoa querida a sua devida importância.

O tempo é um milagroso remédio. De repente esse mundo corrido nos torna um pouco egoístas a ponto de  não percebemos os sentimentos dos outros e os ignoramos. Não agradecemos por tê-los e não fazemos bom proveito dos bons momentos. Então, acho melhor todos nós aproveitarmos os bons momentos da vida, afinal tudo passa e passa cada vez mais rápido.

Agradeça pelo seu amigo, seu irmão, sua mãe, seu pai, seu namorado. Um dia eles não estarão mais aqui com você ou então irão se aborrecer tanto que não vão querer alguma proximidade.. Viva o momento, porque ele é único. Amar significa acordar cada dia com uma só pessoa na sua mente, fazê-la feliz, falar carinhosamente, cuidar, obter lágrimas de alegria e felicidade e dar-lhe prioridade. Não deixe o amor para amanhã.

E, com certeza devemos valorizar tudo a nossa volta. Desde as pequenas coisas até as maiores. A vida é muito curta e não sabemos quando ela irá acabar. Devemos valorizar a vida e tudo o que temos.Vamos amar mais quem está a nossa volta e sempre demonstrar para as pessoas que gostamos e principalmente, o quanto elas são importantes pra gente.Quando a gente menos espera tudo pode mudar,então não irá adiantar nenhum choro e nenhum arrependimento.Vamos viver o agora! Vamos cuidar de quem gostamos e fazê-los importantes pra nós E se você não fizer: outra faz !

*Assessora Executiva

Educação e o futuro da alimentação – Por Ronaldo Mota*

Educação e o futuro da alimentação – Por Ronaldo Mota*

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Ronaldo Mota*

Educação deve colaborar na preparação de todos para o pleno exercício da cidadania e, especialmente, formar os jovens para uma vida profissional que contribua com o desenvolvimento econômico, social e ambiental sustentável. Estas missões envolvem aspectos muito complexos, especialmente em uma sociedade em permanente e profundas transformações.

No início do século passado, as ocupações rurais eram responsáveis por algo da ordem de 90% dos empregos e hoje respondem por menos de 5%. Mesmo assim, a cadeia que envolve produção, armazenagem, transformação, transporte e consumo de alimentos tem crescido sistematicamente e é um dos setores econômicos que permanecerão crescendo nos cenários futuros. O ciclo completo, desde a produção ao consumo, responde por, no mínimo, 6% do PIB global e representa, para um cidadão de classe média, em torno de 15% das despesas diárias.

Peter Diamandis, visionário e fundador da Singulary University (https://su.org/), tem apresentado interessantes discussões acerca do tema alimentos no futuro (http://www.abundance360summit.com). Segundo Diamandis, atualmente, para alimentar os mais de 7 bilhões de habitantes do planeta, cuidamos de mais de 60 bilhões de animais, os quais ocupam mais de um terço do território, consomem 8% da água disponível e são responsáveis por 18% dos gases do efeito estufa. A empresa Modern Meadow(http://www.modernmeadow.com/) já produz em laboratórios carnes bovinas, de suínos e de frangos, bem como couros, via sofisticadas engenharias de alimentos e impressoras 3D.

Tais inovações podem contribuir com a diminuição de danos ambientais, sendo que com essas tecnologias usaremos 99% menos solo, 96% menos água, 45% menos energia e poderemos reduzir os efeitos nocivos de gases na ordem de 96%. Não é claro onde estas inovações nos conduzirão, mas melhor entendê-las bem até mesmo para evitarmos exageros.

Os alimentos em seu prato, por incrível que pareça, percorreram algumas centenas, às vezes milhares, de quilômetros a partir de onde foram produzidos, fazendo com que mais da metade do custo final de varejo decorra do transporte, armazenagem e demais cuidados decorrentes. Portanto, soluções que viabilizem aproximar os centros produtores e consumidores podem significar grandes ganhos, em custos e em qualidade. A solução passa também por fazendas verticais, onde cada andar ou setor seja dedicado a um tipo diferente de alimento, todos controlados por inteligência artificial regulando as necessidades de luz, água e demais nutrientes. Ambientes monitorados e limpos podem dispensar pesticidas e herbicidas, além de estarem imunes às intempéries climáticas e produzindo com muito maior eficiência. Tal conceito já contou com investimentos de mais de 1 bilhão de dólares em 2015 e há projetos em curso com previsão de investimentos de mais de 6 bilhões de dólares para os próximos anos. É possível explorar a permacultura nas fazendas verticais, ou seja, um sistema de justaposição de plantas complementares para a criação de ambientes humanos sustentáveis e produtivos em equilíbrio e harmonia com a natureza.

Hoje, como regra geral, todos comemos de tudo, a partir do que está disponível e daquilo que nos apetece. Um novo ingrediente estará cada vez mais presente: o que efetivamente necessitamos, individualmente e a cada momento. É a chamada alimentação personalizada e customizada. Biosensores, a partir da genética específica e das peculiaridades de cada um, aconselharão os ingredientes mais indicados e os melhores horários de ingestão dos mesmos. Obviamente, espera-se, resguardando os legítimos prazeres de podermos preparar e degustar o que mais gostamos e na hora que melhor nos agrada.

Por fim, do ponto de vista entrega de alimentos em sua porta, além das incríveis facilidades já existentes (quase todos os supermercados e restaurantes já têm disponível via Internet esta opção, incluindo até drones de entrega), acredito que teremos em breve algo ainda mais revolucionário. Cada família ao fazer sua alimentação doméstica, em caso de excedentes (pequenas porções), poderá colocar, via aplicativos de compartilhamento, à disposição de seus vizinhos pratos saudáveis e diversificados a custos muito acessíveis.

A escola contemporânea, neste novo cenário, terá de lidar com temas que vão desde alimentação saudável e obesidade às discussões envolvendo a adoção de tecnologias inovadoras, sustentabilidade, economia doméstica hábitos e costumes que marcarão os próximos tempos.

(*Reitor da Universidade Estácio de Sá)

Síndrome da carência afetiva…

Nunca gostei de escrever, trabalhar ou associar meu apoio a atos ou projetos político/social que levasse alguém ao constrangimento calcados em mentiras ou calúnias. 

Faço esta observação diante da enxurrada de ofensas, provocações e calúnias de um pequeno grupo de pessoas desprovidos de sentimentos afetivos que ainda não entenderam que tudo tem começo meio e fim. 

Passados cerca de sessenta dias das eleições municipais e o que temos visto em Rio Verde de Mato Grosso-MS, é que de um lado o da vitória, o atual prefeito e agora reeleito continua a trabalhar pelo bem estar da população buscando recursos e investimentos em áreas essênciais como a saúde com mais duas ambulâncias e três academias ao ar livre que serão instaladas na cidade, além de uma ponte de concreto recentemente anunciada num evento na governadoria, e tudo isso após as eleições.

Porém do outro lado capitaneado por um “Guerreiro”, uma desafinada orquestra entoa ópera de uma nota só, todos os dias, semanas nas redes sociais atacando, desacatando e até espalhando falsas notícias de uma maneira que beira a insanidade coletiva.

Se esquecem os carentes afetivos que tudo tem limite e que dentre a maioria que preferiram a reeleição do atual prefeito, existem pessoas dos mais variados perfis, crenças e matizes que já não suportam mais ver o triste teatro que se arma a cada fato novo na cidade.

A sociedade com certeza irá se manifestar contra esses ataques gratuitos contra a figura pessoal e institucional do representante oficial do município outorgado pelo povo que se lhe imputam as mais condenáveis frases e crimes que supostamente tenha praticado, esquecendo-se os anunciadores do apocalipse que a justiça por estar vendada significa que é imparcial e não cega.

O falso testemunho é crime previsto no Art. 342 do CP, além do mais, contratação de menores como cabo eleitoral, ultrapassar limites permitidos em lei nos gastos de campanha e  armar situações utilizando-se do grau de parentesco entre si, além de crime causam danos a administração da justiça, o bom senso deveria levar também alguns blogs especializados em “notícias falsas”, que tem gastado tempo e energia provocando raiva e descontentamento ao teclarem ofensas e falsas notícias sem comprovação da fonte endereçadas ao atual prefeito nas redes sociais a uma nova postura, por enquanto a fala é totalmente enganosa e induzida.

Na tentativa de desestabilizar o sistema político, social e jurídico do município, colocam-se no revés da história e do tempo pois todos esperamos muito mais dos novos e jovens agentes políticos do que “notícias imaginárias”, crendo que a sociedade tomará como verdade algo completamente falso, criado pela mente doentia de alguns que formam uma pequena massa de manobra e estão pagando um mico inacreditável.

Fica então o questionamento, o que leva um ser humano a utilizar o seu tempo de trabalho ou de ociosidade descer ao lamaçal da calúnia e da difamação?

Apenas isso, já mereceria um profundo estudo psicológico ou uma boa explicação nos tribunais. Porém lamentavelmente estão querendo dividir a cidade pelo ódio, uma pena que a história da vida pública de um homem que sempre disse ter lutado pelo melhor a sua cidade tem agora nos últimos tempos visto sua biografia sendo jogada numa vala comum.

Após duas derrotas eleitorais consecutivas em que se transformou em refém da ganância de terceiros e do próprio grupo nem de longe lembra o “Guerreiro” como se intitulou no passado por suas conquistas eleitorais.

Tal como acontece frequentemente nestes tempos de internet, essas “piadas” se espalham como “notícia” de maneira impressionante por todas as redes sociais, gerando comentários tão desagradáveis e absurdos que temos a impressão que todo mundo que não pertence ao grupo oposicionista se transformou em bandido de uma hora para outra. 

Pessoalmente por tudo que tenho lido e visto, que vão desde covardes agressões publicadas nas redes sociais, depoimentos, gravações e conversas em grupos de relacionamentos, questionamentos indiretos a pessoas e profissionais que simpatizam ou prestam serviços ao outro grupo político é assustador.

Mas com o ensinamento de Voltaire podemos afirmar que “Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até o fim para que você tenha o direito de dizê-lo. Não adianta tentar intimidar alguém impondo algo, mostrando seu desprezo ou indignação com ironias ou grosserias, que isso não atribui credibilidade a ninguém.

Uma reflexão sobre o assunto poderá aumentar consideravelmente as chances de sucesso.

Lembrando a todos que esta é só minha humilde opinião…

A busca de alimentos e a preservação ambiental, é luta diária !

A busca de alimentos e a preservação ambiental, é luta diária !

    douradoO sustento de milhares de famílias versus a ameaça de extinção do “Dourado” nos faz ter preocupação com o futuro pesqueiro da nossa Ladário.  A nossa cidade precisa prosperar, com fundamento na geração de empregos, tanto diretamente, quanto no setor hoteleiro quanto na sustentabilidade ambiental, e inclusive ter o peixe como participante da merenda escolar do estudante ladarense. E para tanto é necessário desenvolver urgente um trabalho com participação das entidades de pescadores e também do setor produtivo, setor de alimentos, Agraer, e Secretaria de Fomento de Ladário para que possamos  atualizar dados; criar uma política de Estado com gestão compartilhada em relação ao setor pesqueiro e de pr odução de alimentos calcados na agricultura familiar e; questionar a construção irregular de barragens. Preciso dar mais importância para o setor pesqueiro, com ênfase na pesca artesanal, que deverá ser tratada dentro da legalidade e precisa ser socialmente justa e ambientalmente correta. “As famílias que dependem da pesca para o seu sustento precisam de uma solução. Além disso, é preciso estabelecer um ordenamento, objetivando uma definição de políticas de Estado para a gestão pesqueira com resolutividade, eficácia e monitoramento. Na cidade de Aquidauana/MS,  projeto de lei do vereador Wezer Lucarelli (PSDB) foi aprovado e aguarda ser sancionado pelo prefeito,  proíbe a pesca do Dourado, já a partir de janeiro do próximo ano, por um período de oito anos..

     Na cidade vizinha, Corumbá, desde  janeiro de 2012 a pesca, embarque, transporte, comercialização, processamento e industrialização do peixe dourado está suspensa, por meio da Lei Municipal nº 2.237/2011. Com validade de cinco anos, o prazo para a medida expirará  em 31 de janeiro de 2017. Inclusive esta preocupação já existe pois para  avaliar a viabilidade da suspensão, desta lei,  o vereador eleito pelo município, Luis Francisco de Almeida  Vianna (SD) tem promovido diálogos co diversos setores para se posicionar a respeito. Ele comenta que “Há anos os pescadores reclamam da queda drástica no número de peixes na região e precisamos avaliar de que modo podemos ajudar a solucionar o problema, se é proi bindo a pesca, se a causa da redução de peixes é o excesso de iscas saindo do município ou se são as cheias”

      Particularmente concordo que a proibição tem ação direta para casos de  risco de extinção, do contrário, ao proteger um peixe específico como o (Salminus maxillosus) “dourado”, os menores, dos quais ele é predador,  poderão acarretar  um desequilíbrio ecológico. Seria interessante verificar todo o sistema.  A sociedade está preocupada com as questões ambientais, precisamos pensar e respeitar as formas de manter esse equilíbrio, através dos cuidados com o habitat do peixe, os resíduos lançados nos rios e a produção de alimentos, assim como ao ambiente em torno, e este é o sentimento, que carregamos no peito. O que fizermos hoje, sentiremos no nosso amanhã.

 Janir Arruda *Assessora Executiva

Reforma do Ensino Médio e Educação Contemporânea – Por Ronaldo Mota*

Reforma do Ensino Médio e Educação Contemporânea – Por Ronaldo Mota*

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Ronaldo Mota*

A convite do Congresso Nacional, participei da Audiência Pública promovida pela Comissão Mista que acolhe a Medida Provisória (MP) de iniciativa do Executivo Federal modificando o ensino médio. Como educador, reafirmo minha tendência de valorizar as etapas de esclarecimentos e convencimentos, imprescindíveis ao sucesso educacional. Tais procedimentos conflitam com a figura de MP. Mesmo assim, há que se ressaltar que, no caso, os elementos formais de MP, urgência e emergencial, são atendidos.

O indicador de qualidade mais adotado, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, IDEB, evidencia que, entre os níveis da educação básica, o ensino médio é aquele que está em pior situação. A realidade atual de treze disciplinas obrigatórias em si contribui para limitar ou mesmo impedir que melhores e mais adequadas estratégias no processo ensino-aprendizagem sejam debatidas ou implementadas. Os argumentos para manter como obrigatórios tanto o ensino de artes como o de educação física são plausíveis e respeitáveis. Tanto quanto para filosofia, sociologia, história e geografia. Da mesma forma, como físico, teria pouca dificuldade em apontar os prejuízos e deficiências de um formando do ensino médio que não tivesse tido acesso a um mínimo de física e uma introdução ao raciocínio embasado no método científico. A mesma lógica vale para biologia e química. Enfim, tal caminho argumentativo, definitivamente, não funciona e melhor tratarmos mais de conteúdos e interdisciplinaridades e menos de disciplinas isoladas.

Além disso, Anísio Teixeira apontava, desde a década de 1950, que a educação secundária era excessivamente propedêutica. Priorizava a visão de etapa preparatória a estudos mais aprofundados de nível superior, subestimando o relevante papel de preparação técnica profissional dos jovens para o mundo do trabalho. Nos países mais competitivos e bem-sucedidos, a maioria dos jovens que fazem o ensino médio regular o fazem juntamente com educação profissional. No Brasil, somente 11% adotam tal estratégia. Como está estruturado hoje, a concepção subjacente é de que o ensino médio quase exclusivamente prepara ao ensino superior. Porém, contraditoriamente, menos de um quinto dos jovens vão para as faculdades e menos de 12% da população adulta têm diploma universitário.

O processo ensino-aprendizagem no ensino médio depende de muitos fatores, mas cabe especial destaque às condições de trabalho dos professores que atuam neste nível educacional. Em geral, eles são mal remunerados e os cursos de formação, quando ofertados, não conseguem capacitá-los adequadamente à adoção de metodologias inovadoras e contemporâneas, especialmente quanto ao uso de novas tecnologias no ambiente educacional.

Má qualidade do ensino médio tem também como consequência um parque universitário extremamente limitado na sua capacidade de gerar ciência e inovação que sejam mundialmente competitivas. Seremos reduzidos, cada vez mais, a meros consumidores de tecnologias desenhadas no exterior e adquiridas via commodities com preços aviltantes, num ambiente de baixa produtividade e de altas taxas de desemprego.

Na palestra, abordei o tema das tecnologias digitais que permitem explorar um novo cenário educacional em que todos aprendem (não sabíamos disso, pensávamos que somente alguns aprendiam), em que todos aprendem o tempo todo (antigamente a aprendizagem estava circunscrita ao ambiente escolar, delimitando espaços e tempos que, hoje, extrapolam os muros e os tempos da escola) e, por fim, o mais relevante, descobrimos que cada educando aprende de maneira única e personalizada (uma espécie de DNA educacional que caracteriza cada um de nós). Apoiados pela analítica da aprendizagem e por plataformas de aprendizagem, os educadores poderão conhecer muito mais sobre seus educandos, bem como estes sobre si mesmos, propiciando desenvolver trilhas educacionais personalizadas que atendam às características, circunstâncias e peculiaridades de cada aluno individualmente.

 (*Reitor da Universidade Estácio de Sá)

Desenvolvimento industrial, empregos e sustentabilidade:eis os grandes desafios

Desenvolvimento industrial, empregos e sustentabilidade:eis os grandes desafios

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Janir Arruda

Podemos considerar que o início da atividade industrial na Cidade Branca veio com a observação e constatação das imensas reservas de calcário que favoreciam as indústrias de cimento (o grupo Itaú veio em 1950) e as riquezas minerais atraiam as mineradoras (em 1975 chegou a Urucum Mineração S/A e a Companhia Vale do Rio Doce). O Moinho Mato-grossense que trabalhava o trigo argentino que chegava até Corumbá. Em 1977, com a criação do estado de Mato Grosso do Sul, Campo Grande (a nova capital) se tornou o centro das atenções, restando a Corumbá poucas ativid ades industriais, um comércio ainda em expansão e a grande atividade econômica assentada na pecuária.

   A agricultura é desenvolvida quase que exclusivamente nos assentamentos. A falta de água ou a irregularidade no abastecimento, provocados pelos pequenos índices pluviométricos, são fatores que prejudicam principalmente as culturas anuais. Este é um dos principais fatores limitantes da produtividade agrícola nos assentamentos.  Os  assentamentos Tamarineiro, Tamarineiro II, Taquaral, Mato Grande, Urucum e Paiolzinho somam uma área total de 28.885 hectares, a terra está distribuída entre 1.1 65 lotes.

   Uma das empresas instaladas em nosso município que gue gostaria de usar como exemplo da minha análise  é a  Vetorial, que é um dos maiores produtores independentes de ferro-gusa no Brasil. A empresa foi fundada em 1969, tem sede em Belo Horizonte, mas concentrou sua atuação em Mato Grosso do Sul onde é responsável pela geração de mais de 1.000 empregos diretos.   A estrutura é verticalizada com negócios independentes. A Vetorial Energética (gestão florestal e produção de carvão vegetal) tem plantio atual de 40 mil hect ares em Ribas do Rio Pardo, Água Clara, Nova Andradina e agora Dourados. A p roposta é chegar a 80 mil hectares em 2017. A Vetorial Mineração produz em Corumbá (Maciço de Urucum) e exporta minério de ferro. A Vetorial Siderurgia produz ferro gusa em Corumbá, Campo Grande e Ribas do Rio Pardo.

    Considerada uma das exceções no país, a Mina de Urucum, especializada na extração de minério de ferro e manganês, é uma das únicas a ter dois bens minerais em uma única morraria. A produção da mina gira em torno de 2.5 milhões de toneladas de minério de ferro e cerca de 800 mil toneladas de manganês. O produto é exportado para a Argentina e países europeus por vias terrestre e fluvial. Esse volume pode se tornar ainda maior com a expansão subterrânea de manganês, prevista para acon tecer nos próximos anos. Além disso, a empresa gera riquezas com responsabilidade social e ambiental. A empresa tem no carvão vegetal seu principal insumo. Por isso busca, constantemente, a autossuficiência em suas matérias primas e no caso do carvão vegetal, esta meta será atingida através do plantio intensivo e constante de florestas de eucalipto. aonde espera-se  totalizar em 2018, 48 mil hectares de florestas plantadas. tornando a Vetorial uma empresa 100% sustentável.  Além disso a sustentabilidade é esperada tanto pela população como também pela natureza e por isso tem uma equipe especializada  no desenvolvimento dos projetos de  plantio de espécies nativas, em área de preservação ambiental que são  na nascente do Córrego Areias, importante corpo d´água do município de Ribas do Rio Pardo e no córrego Piraputangas no município de Corumbá, ande são pl antados as mudas de Ipê,  Ingá; Oiti; Angico; Balsimin; Paineira;e Imbaúba. Para os Ladarenses e corumbaenses, unir o desenvolvimento industrial,oferta de postos de trabalho e a sustentabilidade ambiental, ao bem estar da população será sempre o grande desafio.

Por Janir Arruda *Assessora Executiva