O vereador Luís Alexandre Palmieri, o Xande (União Brasil), usou a tribuna da Câmara Municipal de Bela Vista para denunciar um pregão presencial que, segundo ele, poderá comprometer até R$ 4,6 milhões dos cofres públicos com a locação de estruturas para eventos nas secretarias municipais.
“Hoje é um dia muito triste. Precisamos falar sobre um pregão no valor de R$ 4 milhões para locação de tendas, mesas, cadeiras, som e outros equipamentos para organização de eventos as secretarias”, afirmou o parlamentar, visivelmente indignado.
Segundo Xande, a administração municipal demonstra falta de compromisso e respeito com a população. “Você que vai ao posto de saúde atrás do seu remédio e não encontra, saiba que isso é reflexo da má gestão. Enquanto falta medicamento na farmácia básica, a prefeitura quer autorizar um contrato milionário para festas. Isso é uma vergonha”, disparou.
O vereador criticou ainda a condução das finanças municipais. “Na pasta de finanças tem um cidadão que não tem compromisso com Bela Vista. Está aí a prova: falta de respeito com a comunidade, um contrato milionário para eventos enquanto faltam insumos essenciais para a saúde”.
Xande foi além, acusando que os recursos podem ser usados de forma irresponsável: “Esse valor pode ser pago para outras coisas, cachaçadas de secretários, entre outras coisas. Isso é inaceitável. Eu sou da oposição, mas, acima de tudo, sou bela-vistense e vejo o desrespeito com o dinheiro da comunidade”.
De acordo com o vereador, o pregão está marcado para o dia 11 de junho. Ele afirmou que acompanhará atentamente todo o processo e prometeu acionar o Ministério Público Estadual. “Vou fazer uma denúncia formal, levar pessoalmente ao promotor para apurar essa aberração contra a população”, anunciou.
Para Xande, a situação reflete um descaso generalizado da administração. “Não temos médicos, não temos dentistas, e agora querem fazer farra com o nosso dinheiro. Isso é falta de respeito. Não vou admitir que levem a minha Bela Vista para o buraco, mas já está: tanta falta de competência que a administração já está no fundo do poço”, concluiu.