A economia criativa é considerada uma das formas mais eficazes de valorizar e promover a cultura local. Dentro deste contexto, e com o objetivo de gerar inclusão socioeconômica e promover os produtos do bioma pantaneiro, o Sebrae/MS foi uma das instituições parceiras da primeira edição do Pantanal Tech em Aquidauana.
O evento aconteceu no campus da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) na sexta-feira (28) e sábado (29) e foi uma realização do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul com a participação de diversos atores inseridos na valorização do Pantanal como região de origem de produtos exclusivos.
Para levar o empreendedorismo para o evento, o Espaço Economia Criativa, estande do Sebrae/MS junto à Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc), reuniu expositores locais que puderam comercializam produtos de artesanato e agroindústria.
“No ano passado a Superintendência de Economia Criativa do Estado propôs a construção participativa do primeiro Plano Estadual de Economia Criativa. Este plano visa contemplar todas as regiões do estado, reconhecendo sua diversidade, incluindo o Pantanal, a Fronteira, Costa Leste e o Oeste. Como desdobramento do plano, surgiram demandas por espaços de comercialização, importantes para que produtores possam vender seus produtos” explica Danieli Muniz da Silva Vieira, analista do Sebrae/MS responsável pelas ações de economia criativa.
Made in Pantanal
Inserido neste projeto estão os produtos que utilizam insumos pantaneiros ou que foram feitos no bioma e participam do selo Made In Pantanal, uma ação do Sebrae para valorizar essa rica produção regional.
Além de terem acesso à divulgação, as empresas inscritas no Made in Pantanal são acompanhadas por agentes de mercado para aprimorarem o empreendimento, convidados a expor em feiras e eventos e, também, participarem de rodadas de negócios. Todo esse conjunto de ações permite aos negócios acesso a mercado e novas possiblidades.
Lúcia Maria Oliveira Monteiro é proprietária rural e empreendedora à frente da A Vaca Que Ri Queijos Artesanais, localizada na zona rural do município de Anastácio, e é uma das participantes do projeto. A empresa começou suas atividades em 2021 e produz diferentes tipos de queijos e doces artesanais, tendo como principal produto o queijo Nicola, um queijo típico do Pantanal, receita de família que usa um soro fermento próprio e que passa por um processo de cura de 15 dias, resultando em uma base de mussarela adaptada para formato comercial viável.
“Estamos sendo assessorados pelo Sebrae há um ano, o que trouxe uma diferença gigantesca e foi fundamental para profissionalizar nossa produção, ajudando na formalização, tabelas nutricionais, análise de produtos, melhoria na produção, metodologia, embalagem, rótulo e tabelas. O Made in Pantanal nos abriu portas e deu mais visibilidade para nossos produtos” ressaltou Lúcia.
Outra empreendedora que expôs seus produtos no Pantanal Tech foi Marlúcia Pereira Alves Morelli, proprietária de um pequeno sítio de 11 hectares em Itaporã, na Gleba Santa Terezinha, onde cultiva 3 hectares de goiabas juntamente com a irmã. “O selo Made in Pantanal agrega muito valor aos nossos produtos, pois somos produtoras aqui do Mato Grosso do Sul e isso é muito significativo para nós.
Na agroindústria, fazemos goiabada cascão, geleia de goiaba pura, geleia de goiaba com pimenta, geleia de goiaba com gengibre e geleia de goiaba com doce de leite. Também aproveitamos outras frutas, como tamarindo, para fazer geleias, e produzimos ketchup de goiaba e molho de goiaba apimentado, que têm tido uma boa aceitação, e o Sebrae continua nos dando assistência sempre que precisamos”, ressalta Marlúcia.
A relação entre turismo e economia criativa também é vista como uma ferramenta poderosa de inclusão socioeconômica, e quem passou pelo Pantanal Tech pôde conhecer o espaço de divulgação do distrito de Camisão, em Aquidauana, organizados pela Associação dos Empreendimentos do Corredor Turístico Paxixi (Aecopaxi), que foi responsável por acolher os participantes do evento que necessitassem de hospedagem, em uma parceria entre UEMS e Sebrae/MS.
Economia Criativa
A Aecopaxi é uma associação que reúne empresas ligadas ao turismo e a gastronomia incluindo pousadas, pesqueiros, propriedades rurais, restaurantes e agroindústrias que valorizam a gastronomia e as produções alimentícias locais. Localizado entre o Cerrado e o Pantanal, Camisão e apresenta diversas belezas naturais, e por isso é um local que favorece o desenvolvimento sustentável do ecoturismo.
“Tivemos total apoio do Sebrae no processo de climatização, identificação visual e infraestrutura do estande. Todos os nossos empreendimentos foram representados, com um folder criado para garantir visibilidade igual para todos. A proposta foi bem recebida, com muitos visitantes elogiando a sensação de estar em um ambiente confortável e acolhedor”, explica Miriam Aveiro, presidente da Aecopaxi.
Com estas ações, o Sebrae/MS fomenta o desenvolvimento do estado por meio da economia criativa e do turismo sustentável, fundamentais para promover a cultura local, gerar inclusão social e contribuir para a sustentabilidade ambiental, fortalecendo comunidades e preservando suas tradições de forma inovadora.
Mais informações por meio da Central de Relacionamento do Sebrae, no número 0800 570 0800.