Após a repercussão do caso, o Ministério Público Estadual (MPMS) denunciou os policiais por lesão corporal, desacato e constrangimento ilegal
Em um desfecho que gera questionamentos sobre a justiça e a impunidade, os dois policiais militares acusados de agredir o jornalista Sandro de Almeida Araújo, em maio de 2024, em Nova Andradina, a 298 quilômetros de Campo Grande, foram condenados a 1 ano e 9 meses de reclusão em regime semiaberto.
Apesar da condenação, os dois policiais permanecerão em liberdade, pois a pena foi considerada branda e não houve pedido de prisão preventiva.
Sandro de Almeida, que atua como freelancer para diversos veículos de comunicação na região, foi agredido pelos policiais enquanto cobria uma ocorrência de briga de trânsito.
As imagens da agressão, registradas por câmeras de segurança e por testemunhas, mostram os policiais dando socos, chutes e empurrões no jornalista, que caiu no chão e teve ferimentos nas costas, no braço e na perna.
Após a repercussão do caso, o Ministério Público Estadual (MPMS) denunciou os policiais por lesão corporal, desacato e constrangimento ilegal.
A condenação:
Na sentença, a juíza da Vara Criminal de Nova Andradina, Gabriela Ibelli, reconheceu que os policiais agiram com “violência desmedida e desnecessária” contra o jornalista.
A magistrada também ressaltou a importância da liberdade de imprensa e o dever dos policiais de protegerem os profissionais da comunicação.
No entanto, a pena aplicada foi considerada branda por muitos, inclusive pelo próprio jornalista.
A decisão gerou críticas e questionamentos sobre a efetividade da justiça no combate à violência contra jornalistas.
Alguns defendem que a pena deveria ser mais rigorosa, com a aplicação de prisão preventiva aos policiais.
Outros ressaltam a necessidade de medidas que combatam a cultura da violência e a impunidade dentro das forças de segurança.
O caso de Sandro de Almeida Araújo é um triste lembrete dos riscos que os jornalistas enfrentam no exercício da profissão.
É fundamental que as autoridades tomem medidas para garantir a segurança dos profissionais da comunicação e para que casos como este não se repitam.
Vale ressaltar que a decisão ainda cabe recurso, e o caso segue em aberto.
Fonte: FolhaCG