Nessa jornada em busca da equidade de gênero é fundamental reconhecer os desafios que as mulheres ainda enfrentam diariamente. Uma década depois dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a agenda mundial adotada durante a Cúpula das Nações Unidas e que ainda está em progresso, tem como um de seus 17 objetivos alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres. No mercado de trabalho, isso consiste em incentivar a participação e a ascensão profissional feminina, oferecendo as condições necessárias, oportunidades e espaços para o desenvolvimento de suas lideranças. Mas ainda há uma longa caminhada pela frente.
Na minha carreira, passei por inúmeras situações em que senti a desigualdade de gênero na pele e percebi como é difícil mudar mentalidades e desfazer preconceitos, é como se sempre tivéssemos um “step” a mais para superar. A partir disso, firmei um compromisso pessoal de sempre, em qualquer situação ou posição, ser uma facilitadora de políticas e processos de inclusão nas organizações, além de atuar como uma alavanca no desenvolvimento e fortalecimento de outras mulheres.
Neste 8 de março, quando celebramos o Dia Internacional da Mulher, convido a uma reflexão do quanto cada um de nós tem feito para avançarmos nessa pauta; do quanto temos reconhecido as conquistas e os desafios das mulheres em um mercado de trabalho que ainda carrega e reforça estereótipos, do quanto temos considerado e mensurado suas contribuições, de quantas mulheres vemos nas mesas de tomada de decisão e, acima de tudo, do quanto temos sido verdadeiros aliados.
Na Arcos Dorados, esse caminho foi traçado desde o início e veio ganhando força nos últimos seis anos, com a criação do Comitê de Diversidade e Inclusão e a implementação da Rede de Mulheres, que atua diretamente no eixo de gênero, cujo objetivo é promover práticas de equidade diante das oportunidades, ações afirmativas, letramento e conscientização, além de dar visibilidade aos talentos dentro da companhia, os reconhecendo, investindo em sua formação e promovendo lideranças baseadas em competências.
Importante salientar que a inclusão de gênero não se limita apenas à representação numérica, mas, também em garantir que todas tenham voz, espaço, oportunidades para crescer, prosperar e liderar. Assim, oferecer um ambiente de trabalho respeitoso, seguro psicologicamente e inclusivo é o ingrediente fundamental para construir um futuro com menos desigualdade, onde encontraremos mais mulheres em altos cargos de liderança, abrindo suas próprias empresas, gerenciando grandes equipes e principalmente, sendo ouvidas e respeitadas.
Ações afirmativas significam decisões intencionais para ajudar a eliminar os obstáculos. Na Arcos, abrimos nossas portas para mulheres nas mais diversas situações, garantimos a paridade salarial para os mesmos cargos e criamos espaço para que elas possam crescer profissionalmente. Como reflexo desse compromisso, hoje as mulheres são 57% do quadro de colaboradores no Brasil e 51% dos cargos de liderança, além disso, conquistamos um aumento gradativo no número de promoções de mulheres a cada ano e triplicamos a presença delas na equipe de alta liderança, ampliando a representação feminina no mais alto nível de gestão dentro da companhia.
À medida que celebramos este dia, refletimos sobre como podemos continuar gerando espaços qualificados, ambientes em que todas as pessoas se sintam confortáveis para serem quem são e, principalmente, como podemos ser alavancas individuais e coletivas para o crescimento e empoderamento das mulheres na nossa sociedade.
Mariana Scalzo é Diretora de Comunicação Corporativa da Divisão Brasil da Arcos Dorados