Rafael nasceu com 5.720 gramas e 54 cm de estatura na maternidade do HR
Um bebê de quase seis quilos nasceu de parto cesárea na Maternidade do Hospital Regional Dr. José de Simone Netto (Hospital Regional de Ponta Porã). Este é o segundo bebê que nasce na maternidade com o peso maior que a média dos outros bebês. Em 2016, Ezequiel Vardez nasceu com 6 quilos na maternidade do HR. Por conta do seu tamanho, Rafael Gomes Gonçalves, como foi batizado pela mãe, Dircenia Gomes da Rosa de 33 anos, não tinha roupas que servissem para usar, mesmo sendo recém-nascido, e seu pai Roberto Gonçalves teve que ir comprar roupas maiores para o filho.
“Na hora que ele nasceu e as roupas não serviram, tive que sair para comprar novas roupas. Todo o enxoval já estava pronto, as roupas já estavam lavadas e passadas e as fraldas compradas. Tive que comprar fraldas tamanho grande e roupas de cinco meses de idade para que servissem. Foi uma surpresa para nós”, contou o pai.
A mãe do bebê afirmou que no início achou que teria uma gravidez tranquila, até que descobriu que a glicose estava alta no terceiro trimestre de gestação. “O Rafael é meu terceiro filho, tive anteriormente outras duas gestações e também foram tranquilas. Tudo correu bem até o terceiro trimestre, quando minha glicose começou a subir e ele ganhou peso. Agora no final da gestação ganhou mais ainda, e já estava pesando muito minha barriga, já não aguentava mais andar, respirava com dificuldade. Ele nasceu com 37 semanas de parto cesárea”, relatou Dircenia.
O médico Juscelino Teotonio, especialista em Ginecologia e Obstetrícia, realizou o parto cesárea, que foi considerado de alto risco, e explicou a condição que levou o ganho de peso do bebê.
“O principal fator para a macrossomia fetal caracterizada, principalmente pelo excesso de peso de recém-, é o diabetes. Alguns fatores associados à macrossomia fetal incluem genética, duração da gestação, presença de diabetes gestacional e diabetes mellitus. O parto da paciente foi de alto risco, pois o feto estava na posição transversa o que dificulta a retirada, e pode gerar riscos para a mãe e o bebê. A equipe vai prestar um cuidado diferenciado nesses primeiros dias de vida, pois há necessidade de monitorar os quadros hiperglicêmicos para impedir que ele desenvolva diabetes na fase adulta”, explicou o médico.
As roupas e fraldas que não servirem no bebê Rafael, serão doadas pelos pais para a maternidade do Hospital Regional de Ponta Porã.