A jornalista Veruska Donato, de Campo Grande, ingressou com ação na Justiça do Trabalho contra a TV Globo de São Paulo, onde trabalhou por 21 anos. Ela denuncia assédio moral e responsabiliza a emissora da família Marinho por ter desenvolvimento a síndrome burnout. A repórter ainda pede indenização de R$ 13 milhões.
Conforme o site Notícias da TV, o processo foi protocolado na 37ª Vara da Justiça do Trabalho de São Paulo e tem primeira audiência marcada para o dia 27 de março deste ano. A TV Globo demitiu a jornalista no dia 3 de novembro de 2021, cinco dias após ela retornar de um afastamento em decorrência dos problemas de saúde.
Atualmente, Veruska apresenta o Balanço Geral Manhã, na MS Record, de Campo Grande. Formada em jornalismo pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), ela foi repórter do SBT MS antes de ir para a TV Globo.
A jornalista pede o reconhecimento do vínculo empregatício porque atuou como PJ (Pessoa Jurídica) por 17 anos, entre 2002 e 2009. Somente nos últimos anos, a TV Globo a contratou pelo regime da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), pagando todos os direitos, como INSS, férias e 13º.
Os advogados da repórter também alegam que ela desenvolveu a síndrome burnout em decorrência da exaustão extgrema, do estresse e do esgotamento físico prolongado ao trabalhar na TV Globo.
Na ação, ela anexou e-mails de Cristina Piasentini, diretora de jornalismo, e de Ana Escalada, chefe de redação e sucessora da primeira, em que pressionavam as repórteres a manter o padrão de beleza da emissora carioca. Em uma das mensagens, Cristina orientava as mulheres a usarem roupas comportadas e que não usassem as que marcassem o quadril ou a barriguinha persistente. Também determinava que as mulheres tivessem uma dieta equilibrada para manter o peso.
Até 2019, Veruska apresentou o quadro Sala do Emprego no Jornal Hoje, em rede nacional. Após perder o espaço, ela foi acusada de não brigar pelas boas pautas.
Fonte: ojacare