Um homem de 35 anos foi preso após estuprar a própria filha por 6 anos, o caso aconteceu na última sexta-feira (04), no município de Dourados. A denúncia chegou a partir do Conselho Tutelar, que foi acionado pela escola onde a vítima estuda, no distrito da Vila Vargas – local onde a família também reside, em um sítio.
De acordo a documentação escolar apresentada pelas testemunhas (todas conselheiras tutelares), a adolescente procurou a coordenação pedagógica e contou sobre o abuso sexual sofrido na madrugada do mesmo dia, sendo praticado por meio de conjunção carnal e atos libidinosos nos seios.
Foi relatado também que os abusos aconteciam desde que a menina tinha 8 anos de idade, incluindo sexo anal. Atualmente a vítima tem 14 anos.
Segundo o médico legista responsável pela realização do exame de corpo de delito, a adolescente possui hímen rompido e cicatrizado, o que confirma a versão da menina, que os abusos ocorrem há anos.
Em depoimento, a mãe apenas afirmou que a adolescente nunca teve namorados e ressalta que nunca desconfiou de nada.
Diante da situação apresentada, o autor dos fatos foi preso em flagrante e teve a prisão preventiva decretada após audiência de custódia.
Crime
Em agosto deste ano, o Correio do Estado noticiou que em 8 meses foram registrados 1.335 boletins de ocorrência denuncinando estupros em Mato Grosso do Sul. Destes, 1.076 apontam para vítimas com idade inferior aos 18 anos, número que corresponde a 80,5% dos registros, ou seja: quatro a cada cinco vítimas de estupro têm entre 0 e 17 anos.
Os dados são da Secretaria de Justiça e Segurança Pública de MS (Sejusp), que divide as faixas-etárias em criança (0 a 11 anos) e adolescente (12 a 17 anos).
As crianças são a maioria das vítimas, e representam, sozinhas, 46,2% dos casos no Estado, com 618 registros.
Já os adolescentes são o segundo grupo mais vulnerável, com 458 registros, que correspondem a 34,3% dos casos.
Vale reforçar que os números representam apenas aqueles casos que chegaram ao conhecimento da polícia, ou seja, o número de vítimas deve ser ainda maior.
Saiba
Para denunciar casos de abuso e exploração sexual contra crianças, há canais como o Disque 100 (Disque Direitos Humanos), o Conselho Tutelar e o número 190 de emergência policial.
Fonte: Alicia Miyashiro – Correio do Estado