Era uma vez… José Antônio Pereira, que traçando os limites do povoado, denominou-o ARRAIAL DE SANTO ANTÔNIO DO CAMPO GRANDE, em homenagem ao Santo de sua devoção. Quando de mudança, passando por Santana de Paranaíba, foi obrigado a interromper por alguns meses sua viagem em virtude da malária que estava acometendo a população daquele lugar. Prático de farmácia e adepto da fitoterapia, tido naquela época como um bom “médico”, permaneceu o tempo suficiente para debelar a epidemia, salvando muitas vidas, tanto nessa ocasião como em outras, até o fim de sua existência. Foi lá que fez uma promessa a Santo Antônio de Pádua, cuja imagem já o acompanhava, de construir uma Igreja quando aqui chegasse, caso não perdesse um só dos seus.
Esta foi a origem do abençoado nome da capital do Estado. Mas como a música encarna a paixão, o desejo, as lembranças e as histórias tivemos em pleno 13 de junho, para lembrar o santo de devoção do fundador de nossa cidade, festa na Praça do Rádio, e para abrilhanta-la, aconteceu entre outras atrações a apresentação de Max Henrique, que emocionou todos os presentes cantando as coisas do amor, que nada mais é do que: ter/ de a todo momento escolher/ com acerto e precisão/ a melhor direção. Por isso na música e no amor o melhor é não ter medida.
E assim foi com Max Henrique quando aos cinco anos ganhou de seus pais Bento Josué e Dulce Tereza um violão. Assim em tenra idade com uma envolvência tirada de um sonho, onde a natureza beijava com uma leva brisa os rostos, o som da água que ecoava na mente faziam daquele lugar, daquele minuto, dia,… algo único, intemporal e assim surgiu “Juras de Amor” a primeira música – “ Me diz o que eu te fiz, o que deixei faltar, eu nunca quis te magoar, tenha certeza que não vou negar que eu te amei e sempre vou te amar”.
A música, que é parte da cultura humana desde tempos remotos, é um instrumento de diálogo não verbal. Max Henrique prova e comprova que ela é inata e pode desencadear profundos processos de transformação pessoal, que afeta não só o próprio indivíduo, mas também o universo que o rodeia em todas as suas manifestações e formas.
E assim, do sonho e da inspiração para o papel e para o violão, gravou o primeiro CD “Juras de Amor”, e a aceitação foi tanta que logo em seguida o segundo CD “Já Foi” e emplacou o terceiro CD “Bem Longe Daqui” e o DVD tem o titulo “Quando Abre o Sorriso” e recentemente emplacou “Ex que se Preze”. Certo é, que a música, mais do que qualquer outra arte, tem uma representação neuropsicológica extensa, com acesso direto à afetividade, controle de impulsos, emoções e motivação. Certamente que a motivação do público e dos que gostam da boa música sertaneja, sabem que o caminho a trilhar deste jovem, é longo e duradouro. E Max Henrique, tal qual timoneiro hábil e experiente, segura firmemente o leme, conduzindo a grandiosa barca musical de nossos sonhos e emoções, traduzidas em forma de canção, aportando uma vez mais são e salvo no cais da arte absoluta. História, devoção e música juntos.
*Articulista