out 8, 2024 | Polícia
O balanço final da Operação Eleições 2024, divulgado pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp) aponta uma queda de 47,37% no número de crimes em geral, durante o pleito municipal. Este ano foram registradas 261 ocorrências contra as 496 contabilizadas durante o pleito municipal de 2020.
Para o secretário-executivo de Segurança Pública da Sejusp, coronel Wagner Ferreira da Silva, o planejamento e o emprego de recursos de forma antecipada foram fundamentais para a redução. “Dessa forma conseguimos empregar o efetivo de forma estratégica, naqueles locais em que a inteligência nos indicou haver necessidade, o que tornou a operação mais eficaz”, acredita.
Ao todo foram registrados 67 crimes eleitorais em todo o estado durante o primeiro turno das eleições municipais, sendo que a boca de urna (12), compra de votos (11) e transporte ilegal de eleitores (11) lideraram as ocorrências. Foram registradas ainda 6 tentativas de violação do sigilo do voto e 6 tentativas de prejudicar os trabalhos eleitorais.

Embora tranquilo, o primeiro turno eleitoral terminou com 12 de prisões em flagrante. Entre os presos estão 4 candidatos, 7 eleitores e 1 colaborador da Justiça Eleitoral.
Também foram apreendidos R$ 1.725,00 em dinheiro e 2.373 panfletos e santinhos de candidatos, que estavam sendo utilizados para a realização de boca de urna. “Houve ainda uma grande quantidade de derramamento de material de propaganda próximo aos locais de votação”, lembra Wagner.
Para a operação foram empregados pela Sejusp um efetivo de reforço de 3.413 homens e mulheres, 4 aeronaves, sendo 3 helicópteros e 1 avião, mais 683 viaturas além daquelas utilizadas no policiamento de rotina e 4 embarcações.
Monitoramento em tempo real
Toda a movimentação policial e o atendimento de ocorrências foram acompanhados em tempo real tanto pelas forças estaduais, como federais e municipais de segurança pública, que estiveram de prontidão no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), no Parque dos Poderes, em Campo Grande, do início ao final do pleito eleitoral, facilitando a tomada de decisões e agilizando as ações operacionais.
Durante a Operação Eleições 2024, estiveram no CICC, que esteve o tempo inteiro interligado com o Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN), em Brasília, equipes da Sejusp, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Científica, Corpo de Bombeiros Militar, do CIOPS, Guarda Civil Municipal, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Defesa Civil, Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e Tribunal Regional Eleitoral.
A Operação Eleições 2024 teve início em 22 de agosto, com a elaboração do Plano Estadual de Atuação Integrada do Mato Grosso do Sul e encerrou às 21h de ontem, dia 06 de outubro, quando o Tribunal Regional Eleitoral finalizou a apuração dos votos.
Joelma Belchior, Comunicação Sejusp
Fotos: PM5 e PCMS
out 7, 2024 | Polícia
Um menino de 6 anos foi brutalmente agredido pelo irmão, Maico Amarlia Ricart, de 18 anos, no domingo (6), na Aldeia Bororó, em Dourados. A agressão ocorreu por volta das 11h, após uma discussão entre os dois, que teria começado por conta de comida.
Durante o desentendimento, Maico pegou um pedaço de madeira e desferiu vários golpes no irmão mais novo. A criança sofreu uma fratura na perna e foi socorrida e encaminhada para o Hospital da Vida.
Outro irmão, ao presenciar a agressão, tentou defender a vítima arremessando uma pedra na cabeça de Maico.
A Polícia foi acionada e prendeu o agressor ainda no local. Maico foi levado para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac), onde foi autuado em flagrante pelo crime de lesão corporal grave.
Crédito: Osvaldo Duarte/Dourados News
out 4, 2024 | Polícia
O pai de santo de 44 anos, preso por estuprar e dopar adolescentes, em Campo Grande, já teria feito pelo menos 11 vítimas entre meninos e meninas. Ele subjugava as vítimas fazendo ameaças para que não fosse denunciado, segundo as delegadas Anne Karine e Nely Gomes da Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente).
De acordo com as delegadas, cinco vítimas já foram qualificadas e outras seis estão em processo de qualificação. Ainda conforme a delegada, outras possíveis vítimas estão sendo identificadas. O pai de santo aproveitava da vulnerabilidade social das vítimas para cometer os crimes.
Conforme as delegadas, os adolescentes eram atraídos com a promessa de que teriam um lar para morar e que seriam amparados por ele com cuidados. Segundo a delegada Nely Gomes, no começo tudo era bom, mas com o passar do tempo, o pai de santo se tornava violento e agressivo. Ele ainda usava de uma passagem policial por homicídio para fazer ameaças às vítimas, caso fosse denunciado.
A delegada afirma que os pais dos adolescentes não sabiam o que ocorria no terreiro devido ao medo das vítimas de contarem sobre os fatos. Os pais concordavam que os filhos ficassem no terreiro pela posição que o autor exercia como líder religioso.
Eles acreditavam que o pai de santo estava fazendo o bem para os filhos. As delegadas ainda relataram sobre a personalidade agressiva do pai de santo. Ele negou os crimes durante a prisão. Mas não negou que morava com o adolescente com quem mantinha o relacionamento dede os 13 anos.
Adolescente fugiu e pediu ajuda
Conforme informações das delegadas, um adolescente de 16 anos procurou ajuda relatando que havia sido levado para a casa do pai de santo onde foi agredido durante toda a madrugada, ingeriu bebidas alcoólicas e drogas e foi estuprado.
Outros três adolescentes também relataram estupros e agressões.
Relato de terror
O adolescente mantinha um relacionamento com o pai de santo e morava com ele. À polícia, o menor de idade contou que passou a morar com o autor em julho deste ano. Ele relatou que no começo era tudo tranquilo, mas que depois o pai de santo começou a ficar violento.
O pai de santo xingava constantemente o adolescente de ‘burro’, dava tapas no rosto dele e jogava objetos contra ele. Em uma das agressões, o pai de santo arremessou um martelo contra o garoto, acertando o celular da vítima.
No domingo (29), o adolescente contou que foi obrigado a ir ‘a uma macumba e depois foi a um pagode’, e de lá o autor o levou para a casa de outro adolescente. O pai de santo deu cocaína e remédios controlados para a vítima e cometeu um estupro.
Imagens das câmeras de segurança mostram o momento em que o adolescente estava na residência, se desequilibrando por diversas vezes e sendo arrastado pelo homem, pois não conseguia andar. O quarto onde o adolescente foi colocado tinha manchas de sangue e estava revirado.
Ainda segundo o relato, o autor agrediu a vítima durante os abusos. O adolescente foi forçado a beber conhaque, pinga e cerveja. Com isto, a vítima teve vários ferimentos e foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), e encaminhado para o hospital.
O pai de santo já tem outras passagens na polícia por ameaça e lesão corporal dolosa.
out 1, 2024 | Polícia
Os golpes digitais vitimaram 24% dos brasileiros com mais de 16 anos nos últimos 12 meses. São mais de 40,85 milhões de pessoas que perderam dinheiro em função de algum crime cibernético, como clonagem de cartão, fraude na internet ou invasão de contas bancárias. Os dados são de uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (1º) pelo Instituto DataSenado.
De acordo com o estudo “Panorama Político 2024: apostas esportivas, golpes digitais e endividamento”, a distribuição dos golpes é uniforme em todas as regiões do país, quando consideradas as margens de erro. Os menores índices ocorrem nos estados do Ceará (17%) e do Piauí (18%).
Segundo a pesquisa, não há um perfil claro para as vítimas desse tipo de crime. O DataSenado investigou variáveis como tamanho do município, situação de domicílio (se urbano ou rural), religião, situação no mercado de trabalho, renda, escolaridade, faixa etária, sexo, cor e raça. “As pessoas que relatam ter perdido dinheiro com esse tipo de crime nos últimos 12 meses estão distribuídas em proporção semelhante às características socioeconômicas da população brasileira”, conclui o documento.
Endividamento
O “Panorama Político” também investigou o tema do endividamento. De acordo com a publicação, 32% dos brasileiros têm dívidas em atraso há mais de 90 dias.
Nesse caso, foi possível delinear um perfil mais claro das vítimas: as mulheres representam a maioria dos endividados (54%). A incidência também é maior entre pessoas com renda familiar até dois salários-mínimos e que moram com cinco ou mais familiares na mesma casa.
Segundo a pesquisa, há uma distribuição uniforme entre as unidades da Federação. As exceções são Santa Catarina, que registra patamar inferior ao nacional (22%), e Amazonas, que registra índice superior (42%).
De acordo com o DataSenado, as pessoas que pagam sozinhas as contas da casa estão mais endividadas do que aquelas que compartilham essa responsabilidade com alguém. “Entre as pessoas que são as únicas responsáveis pelo domicílio, 38% estão endividadas, enquanto 62% não possuem dívidas. No grupo que compartilha a responsabilidade pelo lar, esses percentuais são de 33% e 67%, respectivamente”, destaca o documento.
Entre as pessoas endividadas há mais de 90 dias, 69% têm renda familiar de até dois salários-mínimos. Na faixa entre dois e seis mínimos, a taxa é de 25%. Entre aqueles que ganham mais de seis salários, o endividamento fica em 6%.
Para José Henrique Varanda, analista do DataSenado e coordenador da pesquisa, os dados mostram que o fenômeno do endividamento tem muita associação com a renda disponível das pessoas e famílias.
— Famílias de menor renda e mais numerosas têm proporcionalmente mais dívidas. Como a pesquisa foi feita com pessoas, não com domicílios e famílias, é natural esperar que aquelas que sejam as responsáveis, seja com responsabilidade única ou compartilhada, concentrem mais dívidas. No grupo de menor renda, há uma proporção maior de mulheres que são responsáveis pelas famílias, o que contribui para o seu maior endividamento neste grupo — explica.
O DataSenado também apurou o percentual de brasileiros que usam aplicativos de apostas esportivas no país. De acordo com a pesquisa, 13% da população com 16 anos ou mais — o equivalente a 22,13 milhões de pessoas — declararam ter apostado em “bets” nos últimos 30 dias.
A pesquisa foi realizada entre os dias 5 e 28 de junho. Por telefone, foram entrevistadas 21.808 pessoas com 16 anos ou mais. O “Panorama Político” é aplicado desde 2008. A pesquisa avalia a opinião dos brasileiros para indicar prioridades para a atuação parlamentar e quantificar percepções em relação à democracia e aos principais temas em debate no país.
Fonte: Agência Senado – Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
set 27, 2024 | Polícia
Edgar Giménez Duarte, de 25 anos, foi preso nesta quinta-feira, dia 26 de setembro, como principal suspeito da morte do pedreiro Daniel Espinola Sanabria, executado a tiros no quintal de casa, no fim de agosto, em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul.
Conforme o jornal paraguaio ABC Color, Giménez alegou que a situação que originou o crime começou com uma discussão entre o irmão e a vítima, na qual tentou intervir para acalmar os ânimos. No entanto, ele negou ter efetuado o disparo que resultou na morte do pedreiro.
O crime teria sido uma represália a supostas denúncias feitas pela vítima contra traficantes de drogas do bairro. Daniel estava sentado na calçada da casa onde mora, no Bairro Mangal, quando foi abordado por um homem em uma motocicleta. Sem dizer uma palavra, começou a disparar vários tiros de calibre 9 milímetros contra a vítima, que não teve tempo de correr e morreu instantaneamente.
Familiares discorrem na imprensa local que Daniel já havia sido ameaçado em ocasiões anteriores.
Fonte: Dourados News – Foto: Reprodução- ABC\Color
set 26, 2024 | Polícia
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul, por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) e a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por meio do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), deflagraram, na manhã desta quinta-feira (26/09), a Operação Forasteiros a fim de dar cumprimento a 07 mandados judiciais de prisão preventiva e 30 mandados judiciais de busca e apreensão nas cidades sul-mato-grossenses de Campo Grande e Aquidauana e também nos Municípios de São Paulo/SP, Pompeia/SP, Marília/SP e Araguaína/TO.
O trabalho investigativo perdurou por aproximadamente 9 meses e revelou a atuação de uma organização criminosa autointitulada “MTS”, cujas lideranças são originárias do Estado de São Paulo, mas que se instalaram em Campo Grande para explorar o “jogo do bicho” e as chamadas máquinas caça-níqueis, praticando, ainda, outros crimes correlatos, necessários para viabilizar a atividade ilícita principal. O grupo, que já explorava essa atividade ilícita em outras localidades do país, passou a atuar nesta Capital pelo menos a partir de meados de 2021, aproveitando-se do vácuo de poder ocasionado pela queda de outra organização criminosa que aqui explorava, há décadas, essas modalidades de jogo e que foi debelada pela Operação Omertà.
A apuração ainda estima que a organização criminosa tenha estabelecido mais de mil bancas de apostas e arrecadado mais de 5 milhões de reais por mês durante todo o período que opera nesta Capital.
Equipes do GAECO do Ministério Público de São Paulo e das Polícias Civil e Militar de SP, além do Batalhão de Choque e o Batalhão de Operações Especiais (BOPE), da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, prestaram apoio operacional ao GAECO/MS.
O nome da operação faz alusão ao fato de a organização criminosa ser liderada por indivíduos naturais do Estado de São Paulo que migraram para o Estado de Mato Grosso do Sul para exercer o monopólio dos jogos de azar em Campo Grande, o que já faziam em suas localidades de origem.
Texto e fotos: GAECO/MPMS