dez 12, 2024 | Polícia
Para acessar as áreas atingidas pelos incêndios florestais no Pantanal sul-mato-grossense, o CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul) manteve um planejamento logístico e de atuação eficiente, que garantiu a efetividade do trabalho realizado durante todo o ano.
“Nós sabíamos desde o começo que seria um ano atípico e nos preparamos para isso e a grande inovação foram as bases avançadas. Foi muito difícil, mas foi a grande diferença para esta temporada. Saímos vitoriosos com certeza, porque as previsões eram bem piores que 2020, que foi a comparação que sempre foi feita, quanto a escassez de chuva, nível do Rio Paraguai, tivemos a pior seca da história, e mesmo assim tivemos muito menos área queimada. Vamos melhorar ainda mais a nossa logística com as bases avançadas, além da questão da segurança dos nossos militares. Tudo já está sendo planejado para o ano que vem”, explicou o coronel Adriano Rampazo, subcomandante-geral do CBMMS.
Para a próxima temporada, a instalação das bases avançadas em 13 diferentes regiões do bioma, uma das principais ações desenvolvidas na Operação Pantanal 2024, será mantida. O trabalho foi essencial para a atuação eficiente e ainda garantir resposta rápida em caso de incêndios florestais em locais de difícil acesso.
“Eu estava aqui gravando com o secretário estadual de segurança. Secretário, gostaria que o senhor falasse dessa troca de comando que muda, né, daqui pra frente de conferência. Olha, primeiro a gente usou a Tatiana num momento de crise. Ela mostrou total competência liderando, sendo um exemplo de eficiência, de dedicação. Cumpriu a missão dela e agora vai pra uma nova missão desafiadora, mas deixa um legado pra nós todos. É proteger o meio ambiente, é muito importante.
“Mato Grosso do Sul tem o bioma Pantanal e outros, como Mata Atlântica e o Cerrado, onde as mudanças climáticas têm atuado de uma forma muito contundente. E dar uma pronta resposta, uma satisfação para a população, entregar bons resultados, é essencial”, afirmou o secretário Antonio Carlos Videira (Sejusp).
Além das bases avançadas, os bombeiros acessaram áreas com incêndios florestais em lugares remotos do Pantanal, por terra, água e ar. A travessia de balsa pelo Rio Paraguai e os demais que formam o bioma, foi constante para a realização do trabalho de combate às chamas, e a equipe de comunicação do Governo do Estado acompanhou um desses deslocamentos, no dia 23 de junho. Na ocasião o grupo de bombeiros militares seguia para uma missão na área conhecida como Maracangalha, e além do trabalho em solo também recebeu reforço aéreo com o apoio de uma aeronave air tractor.
O sargento Elcio Matheus Barbosa, especialista em combate a incêndio florestal, participou da missão e falou sobre as dificuldades encontradas no dia a dia do trabalho de contenção e extinção das chamas. “A região do Pantanal, por ser bastante extensa, a gente tem uma dificuldade de locomoção muito grande. Os acessos são difíceis, principalmente por causa da vegetação, que é bastante intensa, e muitas vezes não conseguimos acesso ao fogo”.
Mesmo em meio as dificuldades do trabalho realizado no Pantanal, seis meses atrás, o sargento Matheus já pontuava sobre a motivação para atuar no combate aos incêndios. “O motivo é a sensação do dever cumprido, a sensação de proteger o meio ambiente. Além de tudo, nós somos profissionais e seres humanos. A gente vê o Pantanal rico, um bioma tão fantástico, a fauna que é a coisa mais linda. Para mim, o significado do Pantanal é vida”, disse um dos “anjos do Pantanal”, como os bombeiros são chamados pelos pantaneiros.
Na manhã desta quarta-feira (11), durante a divulgação dos dados relativos ao fechamento da Operação Pantanal e a passagem do cargo da DPA (Diretoria de Proteção Ambiental), o sargento e o cabo Luiz Carlos Muller que também esteve em diferentes regiões do bioma, avaliaram o trabalho realizado durante o ano de 2024.
“A gente sabe a dimensão que o nosso Pantanal tem. E o contato direto com o fogo, a gente requer uma certa experiência e a gente precisa de todo suporte, tanto de pessoas, quanto alimentação, lugar para ficar. Foi bastante cansativo, algumas noites nós tivemos que ficar a maior dificuldade foi essa. Mas o Corpo de Bombeiros fez um trabalho muito bom”, disse o sargento Matheus.
“Dentro da missão, nós conseguimos proteger o meio ambiente e as comunidades. A gente andou muito dentro do Pantanal, vimos comunidades totalmente isoladas. Uma família, vendo que o fogo estava chegando, e tivemos que abandonar o combate para tirar a família”, disse o cabo Muller.
A tenente-coronel Tatiane Inoue, que atuou como diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar, responsável pelo monitoramento e ações de combate aos incêndios florestais no Estado, e deixou o cargo hoje (11), também pontuou sobre o sucesso da Operação Pantanal 2024.
“É uma sensação de deve cumprindo, foram muitos desafios, mas olhando tudo que a gente conseguiu evoluir em pouco espaço de tempo com a ajuda de muitos, é gratificante. Mato Grosso do Sul tem uma política bem organizada em direção ao compromisso assumido pelo Estado de neutralidade de emissão de carbono até 2030 e isso a gente vê concretamente na corporação com investimentos e capacitação do nosso pessoal. O Estado é referência pela construção de cada um, com vários órgãos trabalhando juntos”.
Para 2025, a DPA já realiza o planejamento das ações de combate. “Nosso planejamento é dar continuidade às ações que nós vimos que foram efetivas. Como um exemplo positivo, a gente viu a situação das bases no Pantanal que nós devemos manter, são diversas bases no Pantanal para que efetivamente exista a presença do Estado nos locais e que a resposta seja muito mais eficaz quando aconteceu o incidente”, afirmou o major Eduardo Teixeira, sub-diretor da DPA.
Natalia Yahn, Comunicação Governo de MS
Fotos: Bruno Rezende
dez 11, 2024 | Polícia
As apreensões de drogas em Mato Grosso do Sul registraram um aumento expressivo de 30% em 2024, conforme dados divulgados pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública). Entre janeiro e novembro deste ano, o volume total de entorpecentes interceptados chegou a 525.163,6 quilos, contra 403.540,8 quilos no mesmo período de 2023.
A Superintendência de Inteligência de Segurança Pública e a Coordenadoria de Fiscalização e Controle, setores vinculados à Sejusp, apontam que o maior volume foi registrado no interior do Estado, com 471.060,6 quilos, enquanto a Capital somou 54.103,0 quilos.
O grande destaque deste ano foi a apreensão de maconha em Mato Grosso do Sul, que totalizou 499.755,4 quilos. A cocaína foi a segunda droga com maior volume de interceptações no Estado, com 11.623,1 quilos apreendidos, seguida de outras substâncias ilícitas em menor escala conforme mostra o quadro abaixo:

O levantamento também revela variação de 6% nas ocorrências relacionadas ao tráfico, levando em consideração o mesmo comparativo. Em 2024 foram registradas 3.759, contra 3.558 ocorrências registradas em 2023.
O Diretor do DOF (Departamento de Operações de Fronteira), tenente-coronel Wilmar Fernandes, atribui os bons resultados da instituição às estratégias de integração com outras entidades de segurança pública em todo o país. Entre essas parcerias, destaca-se a colaboração com as unidades federativas que compõem a SULMASP — bloco que reúne os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo, por meio de suas respectivas Secretarias de Segurança Pública.
“Neste ano implementamos o curso de operações de fronteira e trouxemos polícias militares da SULMASP, fortalecendo ainda mais a integração entre as forças policiais”, destacou o diretor. O diretor do DOF também enfatizou a colaboração estreita com órgãos de inteligência como a Polícia Federal, a Receita Federal, o Exército Brasileiro, além de parcerias com o estado de Goiás.
Outro ponto relevante, segundo o diretor, são os investimentos em tecnologia e equipamentos realizados pelo Governo do Estado, que têm contribuído para melhorar significativamente as condições de trabalho das equipes do DOF.
Já o delegado Hoffman D’Ávila Cândido e Sousa, titular da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (DENAR), destacou as três frentes de atuação da instituição: prevenção, repressão e incineração de entorpecentes apreendidos. O delegado ressaltou que o uso de serviços de inteligência aliado ao trabalho de campo tem gerado resultados expressivos, como o fechamento de bocas de fumo em diversos bairros de Campo Grande.
“Quando fechamos uma boca de fumo na cidade, evitamos vários tipos de sofrimento para a população, principalmente crimes contra o patrimônio e contra a vida. Isso leva um pouco de sossego aos moradores da capital”, afirmou o delegado.
A soma de esforços entre as diferentes instituições e o compromisso com a melhoria constante são, segundo os dirigentes, os principais fatores que sustentam os avanços alcançados tanto no combate ao crime quanto na segurança da população.
Assessoria de Comunicação Sejus20
Foto: Divulgação/Sejusp
dez 9, 2024 | Polícia
Uma ação conjunta entre policiais do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e policiais da Denarc (Divisão Estadual de Narcóticos) da Polícia Civil do Paraná, resultou na apreensão de 310 quilos de maconha, neste sábado (07), em Amambai. Um homem, de 35 anos, foi preso em flagrante.
Após compartilhamento de informações, entre as duas forças de segurança, policiais do DOF conseguiram interceptar o veículo VW Fox, na MS-289, zona rural do município, onde era transportada a maconha.
Durante entrevista, o condutor do carro afirmou que pegou a droga em Coronel Sapucaia e levaria até a cidade de Balneário Camboriú (SC).
Os materiais apreendidos, avaliado em aproximadamente R$ 640 mil, foram encaminhados à Delegacia da Polícia Civil de Amambai.
dez 9, 2024 | Polícia
Policiais militares do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) apreenderam neste sábado (7), na MS-164 em Maracaju, um veículo Ford Ka carregado com mil pacotes de cigarros contrabandeados do Paraguai. Um homem de 24 anos foi preso e um adolescente de 17 anos apreendido.
Os militares faziam bloqueio na rodovia, próximo ao Distrito de Vista Alegre, quando abordaram o carro. Durante vistorias foram encontrados os materiais ilícitos. Questionada, a dupla disse que pegou o veículo carregado em Ponta Porã e deixaria em Campo Grande.
O material apreendido, avaliado em aproximadamente R$ 70 mil, foi encaminhado à Defron (Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Fronteira), em Dourados, junto com os autores.
dez 9, 2024 | Polícia
Policiais militares do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) recuperaram neste sábado (7), em Iguatemi, uma caminhonete Toyota Hilux, furtada no início deste mês no Estado do Paraná. Na ação ninguém foi preso.
Os militares faziam patrulhamento na zona rural do município, quando localizaram o veículo capotado, às margens de uma estrada de chão. Durante vistoria foi constatado que as placas afixadas eram falsas e que a caminhonete havia sido furtada no último dia 3, na cidade de Maringá (PR).
Diligências foram feitas na região, mas nenhum suspeito localizado. O veículo foi encaminhado à Delegacia da Polícia Civil de Iguatemi.
dez 7, 2024 | Polícia
Embora tenham sido absolvidos pela Justiça Militar de Mato Grosso do Sul, os desembargadores da 3ª Câmara Criminal mantiveram a condenação em 1ª Instância dos policiais envolvidos no ataque ao jornalista Sandro de Almeida Araújo, de Nova Andradina.
A decisão atende ação movida pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e foi assinada na última quinta-feira (5). “Ante o exposto, com o parecer, nego provimento aos recursos defensivos e dou provimento ao recurso ministerial”, diz a decisão do Tribunal de Justiça.
Os magistrados envolvidos no julgamento autorizam a condenação de José dos Santos de Moraes, Elizeu Teixeira Neves, Marco Aurélio Nunes Pereira e Luiz Antônio Graciano de Oliveira Júnior pela prática do crime descrito no art. 312 c/c art. 70, § 1º, “l”do Código Penal Militar.
As penas devem ser fixadas aos primeiros, em 03 (três) anos de reclusão, bem como 09 meses de detenção, em regime inicialmente aberto, e ao último em 03 (três) anos, 07 (sete) meses e 06 (seis) dias e 01 ano de detenção, em regime semiaberto.
Os desembargadores também deram provimento à condenação do Tenente-Coronel José Roberto Nobres de Souza pela prática do crime previsto no artigo 319 c/c artigo 70, inciso II, alíneas “a”, “g” e “l” do Código Penal Militar, fixando-lhe a reprimenda em 01 (um) ano e 06 (seis) meses de detenção, a ser cumprida em regime inicialmente aberto.
Justiça Militar
Em junho deste ano, os policiais militares acusados de agredirem o jornalista, foram inocentados dos crimes de prevaricação e falsidade ideológica, por 4 votos a 1, nesta terça-feira (11) em julgamento na Auditoria Militar Estadual.
Imagens de câmera de segurança mostram o momento em que o jornalista teve a casa invadida e foi agredido pelos autores em junho do ano passado.
No julgamento o ex-comandante da Polícia Militar de Nova Andradina, tenente-coronel José Roberto Nobres de Souza, foi absolvido da acusação de prevaricação.
O subtenente José dos Santos de Moraes, o 3º Sargento Luiz Antônio Graciano de Oliveira Júnior, o também 3º sargento Marco Aurélio Nunes Pereira e o cabo Elizeu Teixeira Neves foram inocentados de falsidade ideológica.
Entenda o caso
Sandro disse que estava dirigindo para retornar para sua casa, quando dois veículos descaracterizados, um Renault Sandero e uma caminhonete L-200, com dois homens em cada um, teriam começado a persegui-lo.
Segundo ele, em nenhum momento os ocupantes dos carros se identificaram como policiais militares ou tinham qualquer identificação visual, além de não estarem fardados.
O jornalista afirmou que, só depois, tomou conhecimento de que seriam policiais militares lotados na cidade de Nova Andradina. À polícia na delegacia, disse ter sofrido abuso de autoridade, já que não havia mandado de prisão contra ele.
Fonte: Midia Max