Candidata a prefeita vai fiscalizar concessões, como do transporte público para ampliar pontos cobertos e frota de ônibus
Em debate na noite de ontem (21), promovido pelo site Primeira Página, a candidata a prefeita Rose Modesto (União Brasil) foi clara ao afirmar que não permitirá que a “população pague caro por serviços sem qualidade”. Ela vai “olhar com lupa” cada contrato público.
“Se for cumprido, está tudo certo. Se não, vamos revogar”, declarou. “Vamos buscar respaldo onde for preciso. O que não nos falta é coragem, determinação e vontade de garantir aos 150 mil usuários do transporte público serviço digno”, emendou.
Nos últimos 11 anos, o transporte coletivo da cidade ficou 72% mais caro. Ao mesmo tempo, tem ônibus circulando com mais de 7 anos de idade, sendo que o contrato prevê média de 5 anos, além disso, praticamente a metade dos 4.007 pontos são descobertos.
“Vamos exigir a ampliação dos pontos cobertos e aumento dessa frota”, afirmou Rose. “Vamos olhar com lupa cada contrato de prestação de serviço dessa cidade”, acrescentou.
EMEIs
Sobre a fila de milhares de crianças por vagas em Emeis (Escolas Municipais de Ensino Infantil), Rose tem um plano montado para resolver o drama das famílias. Primeiro, concluir as obras inacabadas, que visitou e que viraram depósito de lixo e abrigo de pessoas com dependência química.
A candidata, inclusive, já levantou com técnicos o custo estimado disso. “São 30 milhões para concluir. O orçamento da educação é de R$ 1,4 bilhão, a folha consome R$, R$ 1,1 bilhão, então, temos R$ 300 milhões para custeio e investimentos”, detalhou.
Rose também buscará recursos do governo Federal para construir mais 10 escolas e gerar mais vagas.
“Zerar essa fila é prioridade, é direito da criança”, frisou. “Quando não consegue vaga, mãe ou pai não conseguem ir para o mercado de trabalho”, completou a candidata a prefeita da Capital.
Saúde
Na saúde, Rose planeja descentralizar o modelo de compra dos medicamentos. “São 7500 funcionários na Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), temos muitos técnicos competentes para ajudar e agilizar a distribuição dos remédios”.
Para reduzir a fila de 75 mil pessoas que aguardam por exames, consultas com médicos especialistas e por cirurgias, Rose fará mutirões e implantará um sistema eficiente de telemedicina e, é claro, melhor gestão dos recursos públicos. “Vamos fazer o dinheiro chegar aonde tem que chegar e o endereço é o povo”, disse.
Asfalto
Ainda no debate, Rose se manifestou contrária ao custo milionário com operações tapa-buraco. “Nos dois últimos anos, foram R$ 100 milhões gastos com tapa-buraco, que não recupera o pavimento. Tapa hoje, chove amanhã e abre de novo”, lamentou.
Após conversa com engenheiros da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Rose combinou um levantamento para saber onde não adianta mais tapa-buraco. “Não cabe mais tapa-buraco, vamos recapear, resolver e parar de gastar dinheiro à toa”, afirmou. “Temos que mudar o jeito de governar”, emendou.
Rose está convicta de cumprir a promessa. “Como deputada federal, trouxe mais de R$ 390 milhões de emendas para Campo Grande e todo o Estado, tenho experiência e sei os caminhos para buscar recursos em Brasília e faremos bons e eficientes projetos”, destacou.
Segurança nas escolas
Ampliar as rondas e unir todas as forças de segurança pública no combate à criminalidade são metas de Rose para garantir paz nas escolas municipais.
“Vamos falar com todos os segmentos para acabar com assaltos, furtos e consumo de drogas nos entornos dos colégios. Esse planejamento de forma transversal será assertivo”, acredita.
“Professores precisam de segurança para poder fazer seu trabalho e a família precisa de segurança para ter paz ao deixar seus filhos nas escolas”, defendeu a candidata a prefeita.
Final
Por fim, Rose afirmou que se sente ‘pronta’ para o desafio de recuperar o atraso e colocar Campo Grande no centro das decisões do Centro-Oeste.
“O que me deu coragem, o que me motivou é a certeza de que é possível tirar essas milhares crianças da fila por uma creche; é possível reduzir e dar dignidade aquelas 75 mil pessoas que sofrem na fila por especialistas e exames e é possível ter um asfalto de melhor qualidade”, contou.
Com orçamento anual da prefeitura, administração eficiente e equipe técnica, Rose prevê com convicção colocar seu plano de governo em prática. “Só preciso de uma oportunidade para mostrar que posso mudar essa realidade e melhorar a vida das pessoas”, finalizou.
Falta apenas um mês! No dia 22 de setembro, 25 mil pessoas irão as ruas para participar da Corrida do Pantanal. Histórias de superação sobre a maior corrida de rua do Centro-Oeste não faltam, mas poucas são as que estão marcadas na pele, como a de Leandro Bernal, de 30 anos. Como forma de celebrar a transformação de vida a partir do esporte, Leandro fez uma tatuagem com a data da primeira edição da Corrida do Pantanal, que ele participou em 9 de outubro de 2022.
“A corrida me salvou dos meus pensamentos turbulentos, da ansiedade, da depressão. Me tornei uma pessoa melhor”, resume.
Leandro preferia musculação e não tinha interesse por corridas. Ele conta que a corrida de rua foi o caminho encontrado para ter mais saúde mental.
“Em 2014, perdi meu avô em decorrência de um câncer. Depois entrei em depressão e tive vários picos de depressão e ansiedade. Passei por acompanhamento psicológico, fui encaminhado ao psiquiatra e ele me passou medicação. Como eu não queria ficar dependente de remédio, perguntei ao médico o que poderia fazer. Ele me indicou caminhada, leitura e corrida”.
A prescrição médica instigou a curiosidade de Leandro, que aproveitou a chamada de inscrição à primeira edição da Corrida do Pantanal, em 2022, para garantir um lugar na prova de 7 km. O desconhecimento sobre o esporte e o pouco tempo de preparação não foram empecilhos para que Leandro aceitasse o desafio.
“Procurei a assessoria do Sesi e comecei a fazer aulas faltando 30 dias para o evento. É pouco tempo de preparação para correr 7 km. Mas fui aprendendo, pegando a prática. No fim, consegui terminar a prova. Lógico que quem é iniciante vai andar, vai cansar mais, mas consegui fazer a prova no tempo que eu esperava”.
Depois da Corrida do Pantanal, Leandro conta que foi “picado pelo bicho das corridas de rua” e nunca mais largou o esporte. A musculação tornou-se complemento dos treinos de corrida, com objetivo de fortalecimento e prevenção de lesões. Até a vida profissional foi influenciada: Leandro, que tem graduação em contabilidade, hoje está cursando a faculdade de Educação Física. E a saúde mental teve uma melhora significativa.
“Através da corrida, fiz muitos amigos e tive a oportunidade de conhecer lugares novos e fazer o que amo. Hoje já não sei mais viver sem estar no meio dos eventos, seja trabalhando nos bastidores ou correndo junto com a galera. A corrida é libertadora. Não importa ritmo, quilômetros percorridos, se você é velho ou novo demais, magro ou acima do peso. Não importa se o tênis é de placa ou simples. Apenas vista-o e corra. Você vai ver a melhora na autoestima, na saúde como um todo”.
Neste ano, Leandro quer acrescentar mais uma medalha da Corrida do Pantanal à sua coleção. Há um mês para a edição 2024, os treinos serão intensivos para a disputa da prova de 15 km.
“Participei dos 15 km no ano passado e este ano quero melhorar meu tempo. Embora a distância ainda seja desafiadora para mim, vou me esforçar para superar meu desempenho anterior”.
O programa MS Supera, que oferece auxílio financeiro para estudantes de baixa renda, abre inscrições para a Fase E de seleção a partir de hoje, 22 de agosto, até o dia 3 de setembro. Esta fase oferece mais uma oportunidade em 2024 para estudantes ingressarem no programa, que atualmente conta com 1.807 acadêmicos já beneficiados, mas ainda dispõe de 193 vagas. O link para inscrição está disponível no site www.sead.ms.gov.br.
O objetivo do MS Supera, coordenado pela Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos), é garantir a permanência de estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica em cursos de nível técnico ou universitário, evitando a evasão escolar e promovendo a inclusão educacional, com foco especial nos estudantes indígenas.
A classificação dos candidatos para esta fase de seleção seguirá uma ordem prioritária, começando por pessoas indígenas, que terão preferência. Em seguida, serão considerados aqueles com menor renda média familiar, mães solo que residam com filhos menores de 18 anos ou mães de filhos com deficiência, pessoas com deficiência, e, por fim, a idade será utilizada como critério de desempate, favorecendo candidatos mais velhos. Esses critérios seguem resolução publicada em edição extra do DOE/MS (Diário Oficial do Estado) de quarta-feira (20).
Para se inscrever, os candidatos precisam cumprir uma série de requisitos. Dentre eles, comprovar renda individual de até um salário mínimo e meio, ou renda familiar bruta que não ultrapasse três salários mínimos. Além disso, é necessário estar matriculado em curso de graduação, seja presencial ou a distância, em instituição de ensino superior pública ou privada, ou em curso técnico de nível médio com duração mínima de 18 meses ou 800 horas.
Outros requisitos incluem a residência no Estado de Mato Grosso do Sul por mais de dois anos, não possuir graduação de nível superior, e não ser beneficiário de outro auxílio financeiro similar. A relação completa de requisitos pode ser conferida na página do MS supera no site da Sead .
O benefício concedido pelo programa é pago diretamente ao estudante por meio de transferência bancária via PIX, o que facilita o acesso ao auxílio. A iniciativa visa que os estudantes mais vulneráveis possam concluir seus estudos e melhorar suas perspectivas futuras.
Com o início das inscrições se aproximando, os estudantes que se enquadram nos critérios estabelecidos devem se preparar para garantir sua participação na Fase E de seleção do MS Supera. “Este é um passo importante para aqueles que buscam superar as barreiras econômicas e alcançar seus objetivos acadêmicos, contando com o apoio financeiro necessário para permanecerem no caminho da educação e do desenvolvimento pessoal”, finaliza a superintendente do programa, Moema Urquiza.
Além do monitoramento de focos via satélite, o combate aos incêndios na Amazônia e no Pantanal é tema de constantes encontros entre representantes onde ficam os biomas atingidos pelo fogo em uma das piores estiagens das últimas décadas.
Na noite desta quarta-feira (21), os governadores Eduardo Riedel (MS), Antônio Denarium (RR), Wilson Lima (AM), Gladson Cameli (AC) e Carlos Brandão (MA) discutiram o assunto em Brasília.
“O Pantanal já sofreu bastante, temos uma previsão de baixo índice de chuva nos próximos dois meses ainda e todas as nossas forças mobilizadas com o Governo Federal também apoiando bastante o Estado neste momento”, disse Riedel.
Em Mato Grosso do Sul a área queimada pelos incêndios florestais chega a 1.495.475 hectares de janeiro deste ano até 20 de agosto (o que corresponde a 15% do Pantanal em MS). Mais de 500 bombeiros militares, policiais, integrantes das Forças Armadas, brigadistas da União e do governo estadual combatem as chamas dentro de um planejamento que começou a ser feito no início de 2024, diante das previsões climáticas anunciando a pior seca em 70 anos.
Os governadores foram recebidos no Distrito Federal por seis ministros: Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento), Marina Silva (Meio Ambiente), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome) e Laercio Portela (Comunicação).
A União anunciou que nas próximas semanas vai montar frentes de atuação em regiões amazônicas com maior número de incêndios florestais.
“Nós temos 21 municípios que concentram 50% de todos os focos de incêndios na Amazônia. E nós estamos separando em três regiões onde a gente quer instalar frentes multiagências interfederativas, ou seja, com órgãos federais e estaduais, e vamos chamar também órgãos municipais, para gente atuar sobre essas novas ignições de incêndio”, afirmou André Lima, secretário extraordinário de Controle de Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial no MMA.
As três áreas prioritárias são as regiões entre Porto Velho, em Rondônia, e Humaitá, no Amazonas, na abrangência da BR-319; a região de Apuí, no Amazonas, por onde passa a BR-230, que é a Rodovia Transamazônica; além da região de Novo Progresso, no oeste do Pará, abrangida pela BR-163. Nessas localidades, serão instaladas bases multiagências, envolvendo órgãos federais, entre eles o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), além da Polícia Federal, polícias estaduais e outras agências estaduais.
Segundo o governo, já existem cerca de 360 frentes de incêndios em atuação no Norte do país, com mais de 1,4 mil brigadistas. De janeiro até agora, foram registrados mais de 59 mil focos de incêndio na Amazônia, o pior número desde 2010. O resultado disso é que a fumaça das queimadas atinge cidades de dez estados.
Imagens obtidas pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos mostram a concentração do monóxido de carbono sobre uma faixa que se estende do Norte do Brasil até as regiões Sul e Sudeste, passando sobre o Peru, Bolívia e Paraguai. Na última semana, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) fez um alerta sobre os cuidados necessários para a saúde nesses casos.
Danielly Escher e Bruno Chaves, Comunicação Governo de MS (com informações da Agência Brasil) Fotos: Divulgação Casa Civil/PR
Maior evento paradesportivo do planeta, os Jogos Paralímpicos começam em Paris, na França, no dia 28 de agosto e se estenderão até 8 de setembro. Contemplados pelo Bolsa Atleta, programa do Governo de Mato Grosso do Sul coordenado pela Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer) e Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), dois atletas sul-mato-grossenses são favoritos ao pódio: Fernando Rufino, da paracanoagem, e Yeltsin Jacques, do atletismo. Ambos os atletas conquistaram medalhas e bateram recordes na última edição dos Jogos, a Tóquio-2020.
Além dos atletas, a professora de judô Anne Talitha Silva também foi convocada para representar o Brasil nas Paralimpíadas como auxiliar-técnica. Com uma trajetória dedicada ao treinamento de atletas paralímpicos desde 2006, a profissional é contemplada pelo programa Bolsa Técnico do Governo do Estado e traz sua vasta experiência para a equipe brasileira, contribuindo para o sucesso do esporte paralímpico nacional. Na capital francesa, a técnica comandará duas atletas sul-mato-grossenses nos tatames: Kelly Victório e Erika Cheres.
Fernando Rufino: o “Cowboy de Aço” na paracanoagem
Fernando Rufino de Paulo, popularmente conhecido como “Cowboy de Aço”, representará Mato Grosso do Sul na canoagem paralímpica. Natural de Eldorado, Rufino tem se destacado em competições internacionais, incluindo a recente conquista do ouro na categoria VL2M200m no Mundial de Paracanoagem, o que o torna uma das grandes promessas para Paris.
Rufino, que já brilhou nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 com uma medalha de prata, fez história na Tóquio-2020 ao conquistar a medalha de ouro nos 200 metros, com o impressionante tempo de 53,077 segundos. Para ele, o apoio governamental foi crucial em sua trajetória. “O programa Bolsa Atleta foi fundamental para minha preparação de nível mundial, permitindo-me obter bons resultados no Campeonato Mundial e nas Paralimpíadas. Espero continuar contando com esse suporte rumo a Los Angeles 2028, acreditando que, com esse apoio, podemos alcançar alta performance e garantir uma medalha em 2028”, afirma o atleta.
O “Cowboy de Aço” tem uma história de superação inspiradora. Seu sonho inicial de ser peão de rodeio foi interrompido por um acidente que o deixou paraplégico. No entanto, ele encontrou no esporte uma nova paixão e uma oportunidade de realizar novos sonhos. “O esporte mudou minha vida de uma forma maravilhosa e completa. Sou uma pessoa realizada, com uma carreira de sucesso, e o legado que quero deixar é que, mesmo vindo de uma pequena cidade do interior e tendo meu sonho interrompido, o esporte me deu a oportunidade de sustentar minha família e construir uma vida estável.”
Rufino também destaca o poder transformador do esporte na vida das pessoas. “Quero mostrar que todos podem alcançar seus objetivos. O ‘cowboy de aço’, que era peão de boiadeiro, tornou-se campeão paralímpico e conheceu mais de 20 países. O esporte não é apenas uma maneira de salvar pessoas das ruas ou das drogas; é uma profissão onde, com dedicação, disciplina e respeito, todos podem se tornar alguém na vida.”
Yeltsin Jacques: incansável e imparável
Yeltsin Francisco Ortega Jacques, de 33 anos, natural de Campo Grande, é outro nome de peso nas Paralimpíadas de Paris. Convocado para disputar as provas de 1.500 e 5.000 metros na classe T11, destinada a atletas cegos, Yeltsin é o atual campeão mundial dos 5.000 metros e recordista mundial nas duas provas. Ele entra como um dos favoritos para conquistar medalhas, depois de sua impressionante performance em Tóquio-2020, onde levou o ouro em ambas as categorias, além de estabelecer o recorde mundial.
Preparando-se para sua terceira participação nos Jogos Paralímpicos, após competir no Rio 2016 e em Tóquio 2020, Yeltsin compartilha sua jornada de 18 anos no esporte, marcada por treinos intensos e desafios diários. “Desde o início, no Mato Grosso do Sul, enfrentamos muitos obstáculos. Naquela época, não havia uma pista de atletismo oficial, nem o programa Bolsa Atleta, nem uma estrutura básica para os treinos”, relembra o atleta.
Yeltsin chegou a se mudar para outro país em busca de melhores condições de treino, mas retornou a Campo Grande assim que a infraestrutura esportiva melhorou. “Morei e treinei fora por um tempo, mas depois, com a infraestrutura disponível em Campo Grande, pude voltar para perto da minha família. Foi difícil ficar longe dos meus pais, mas era um sacrifício necessário para melhorar meu desempenho e alcançar resultados”.
O programa Bolsa Atleta foi um fator decisivo para o retorno de Yeltsin ao Mato Grosso do Sul. “Com o apoio financeiro e a inauguração da pista de atletismo, já treinando em Campo Grande, conquistamos resultados espetaculares em Tóquio”, destaca o atleta, que, em 2024, quebrou o recorde mundial em Kobe, no Japão.
Yeltsin também reflete sobre a importância do esporte paralímpico para a inclusão de pessoas com deficiência. “Já ouvi muitas histórias de pessoas com deficiência que se limitavam, achando-se incapazes até de sair de casa. Hoje, ao verem o esporte paralímpico na TV, dizem: ‘Um dia, quero ser como ele’”.
Ele enfatiza o impacto positivo do apoio governamental ao esporte. “Cada vez mais, o governo do estado, não só com o Bolsa Atleta, mas também com outras políticas de fomento, tem mostrado o caminho para a iniciativa privada. Empresas têm investido e patrocinado o esporte, o que é transformador não só para o alto rendimento, mas também para a educação e a inclusão. Hoje, as universidades oferecem bolsas para atletas, e empresários acreditam e investem no esporte. Isso faz toda a diferença.”
Anne Talitha: pioneirismo e dedicação no judô paralímpico
A professora de judô Anne Talitha Almeida Ferreira Silva também foi chamada para integrar a delegação brasileira nas Paralimpíadas de Paris-2024 como auxiliar-técnica. Com mais de 15 anos de experiência no treinamento de atletas paralímpicos, Anne Talitha traz consigo uma trajetória marcada por dedicação e conhecimento profundo na área.
“Para mim, foi uma grande surpresa e uma enorme felicidade ser convocada. Trabalho com o esporte paralímpico há bastante tempo, especialmente com o judô. É uma realização profissional estar indo para as Paralimpíadas”, afirma a técnica.
Sob a orientação de Anne Talitha, duas atletas sul-mato-grossenses brilharão na competição. Erika Cheres Zoaga, nascida em Guia Lopes da Laguna, competirá na categoria +70 kg da classe J1 (cegos totais). A judoca possui um currículo notável, com conquistas recentes como a prata no Grand Prix de Tiblissi e o ouro no Grand Prix de Antalya em 2024. Desde que começou no judô em 2006, devido ao glaucoma congênito, Erika tem se destacado internacionalmente.
Talitha Silva (ao centro) atua como técnica há quase 20 anos (Foto: Divulgação)
A jovem Kelly Kethyllin Victório, de Campo Grande, também estará sob o comando de Anne Talitha. Com apenas 20 anos, Kelly competirá na categoria até 70 kg da classe J2 (baixa visão). Recentemente, ela conquistou a medalha de ouro no Parapan de Jovens em Bogotá e ocupa a décima posição no ranking paralímpico da Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA). A convocação para os Jogos Paralímpicos de Paris marca mais um passo significativo em sua promissora carreira.
Anne Talitha comemora a participação das judocas sul-mato-grossenses. “Além de ser convocada, a alegria é ainda maior por conseguir levar duas atletas, uma delas, a Erika, que treinou comigo por muito tempo. É uma dupla felicidade poder acompanhá-la na competição. É um momento de muita alegria e ver que Mato Grosso do Sul está bem representado”.
A técnica destaca ainda a importância de fomentar o esporte paralímpico. “Espero que isso motive tanto os professores quanto os atletas a seguirem, porque elas vieram de projetos e programas de apoio do governo, já foram bolsistas, e isso é muito bacana.”
Competições
Yeltsin Jacques
30 de agosto (sexta-feira): 5.000 metros – 04:05 (horário de MS)
1º de setembro (domingo): semifinal dos 1.500 metros – 04:12 (horário de MS)
2 de setembro (segunda-feira): final dos 1.500m – 04:08 (horário de MS)
Fernando Rufino
6 de setembro (sexta-feira): Prova de Paracanoagem – 06:15 (horário de MS)
7 de setembro (sábado): Prova de Paracanoagem – 07:15 (horário de MS)
8 de setembro (domingo): Prova de Paracanoagem – 07:15 (horário de MS)
Kelly Victório
6 de setembro (sexta-feira): luta preliminar, categoria até 70 kg, classe J2 – 04:00 (horário de MS)
Erika Cheres
7 de setembro (sábado): luta preliminar, categoria acima de 70 kg, classe J1 – 03:30 (horário de MS)
Com 83 horas de arte e cultura e 57 atrações para toda a família, o Festival de Inverno de Bonito 2024 começou oficialmente nesta quarta-feira (21). Entre as novidades deste ano está a inclusão da Catedral Erudita – sucesso ano passado no Festival América do Sul, também realizado pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul.
Lançado na última edição do Festival de Inverno, o Bonitinho, com shows e atividades para as crianças, continua para a alegria também das mamães e papais. Outros destaques são a Gastronomia, com uma Cozinha Show, a participação cada vez maior de artistas regionais, e a acessibilidade, com intérprete de libras e espaços reservados para pessoas com mobilidade reduzida. Isso tudo sem contar que Bonito é o 1⁰ destino carbono neutro do mundo.
Até domingo (25), o município de 23 mil habitantes, conhecido pelas belezas turísticas, vai receber 30 oficinas, seis exposições, 11 contações de história, 16 shows ou concertos,sete palestras, sete intervenções artísticas e dois campeonatos de games, além das atividades na Galeria de Artes Visuais e na Tenda dos Saberes. Tudo de graça.
Neste ano, o tema do Festival de Inverno é ‘Na terra viva, nossa arte vibra’. É vibração não falta. A cerimônia de abertura, por exemplo, teve balé, balé aéreo, cortejo com muita música do grupo BojoMalê, de Campo Grande, e muita energia.
No palco Sol, o secretário Marcelo Miranda (Turismo, Esporte e Cultura) destacou que o festival foi construído para valorizar as riquezas da nossa população. “Foi feito com muito amor, pensando em vocês, pensando em valorizar a nossa cultura, valorizar as nossas raízes, gerar renda para a população e, principalmente, utilizar o festival como um produto para geração de fluxo turístico”.
Marcelo Miranda lembrou também que, pela primeira vez, atendendo reivindicação do trade turístico, a programação nacional foi definida com quatro meses de antecedência para poder ser divulgada em uma das maiores feiras de turismo da América Latina.
E o diretor-presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Eduardo Mendes, agradeceu o “exército” de colaboradores, que trabalham para fazer o festival. “Estamos tentando trazer toda a característica do governador Eduardo Riedel, trazendo inovação, um festival verde, um festival sustentável e um festival que possa proporcionar a melhor alegria a todos vocês (…) Que todos tenham uma ótima diversão e aproveitem muito o Festival de Inverno de Bonito”.
Para o diretor de Cultura de Bonito, Lelo Marchi, o festival tomou proporções jamais vistas. “Eu não sei vocês, mas eu tô amando! O Festival esse ano está com cara de festival gigante e isso é graças a vocês. Obrigado ao Governo do Estado! (…) Você que é daqui da nossa cidade, espero que sejam cinco dias de muita diversão e de muita alegria. A cultura está de volta e ela vai permanecer”, finalizou.
Paulo Fernandes, Festival de Inverno de Bonito Foto de capa: Álvaro Rezende/FIB-24
Galeria 1: Marithê do Céu/FIB-24
Galeria 2: Álvaro Rezende/FIB-24