(67) 99634-2150 |
Bela Vista-MS Terça-Feira, 29 de Abril de 2025
Acosta Ñu: a sangrenta batalha em que crianças lutaram contra o Exército do Brasil na Guerra do Paraguai

Acosta Ñu: a sangrenta batalha em que crianças lutaram contra o Exército do Brasil na Guerra do Paraguai

Batalha de Tuyutí, uma das muitas em que o Exército paraguaio foi derrotado pela Tríplice Aliança

Há 150 anos o Paraguai foi cenário de “uma das mais terríveis batalhas da história militar do mundo”, a de Acosta Ñu.

Assim foi descrito o confronto pelo jornalista Julio José Chiavenato em Genocídio Americano: a Guerra do Paraguai, publicado há quase quatro décadas e considerado importante obra da historiografia regional.

No Brasil, o episódio ficou conhecido como a Batalha de Campo Grande.

Ainda que muitos de seus dados tenham sido posteriormente questionados ou desmentidos, o texto de Chiavenato serviu para lançar luz sobre o que hoje é amplamente reconhecido como o conflito mais sangrento da história da América Latina: a Guerra do Paraguai (ou “Guerra de la Triple Alianza”, como é conhecida no vizinho).

Entre 1865 e 1870, o Paraguai enfrentou os Exércitos do Brasil, da Argentina e do Uruguai.

Calcula-se que, em 5 anos, tenham morrido entre 200 mil e 300 mil paraguaios, que correspondiam na época à metade da população do país. Do total de mortos, 80% eram homens.

Mas o que aconteceu na Batalha de Acosta Ñu para que ela se tornasse, nas palavras de Chiavenato, o “símbolo mais terrível da crueldade dessa guerra”?

Travada em 16 de agosto de 1869, a batalha foi protagonizada, do lado paraguaio, crianças e adolescentes. Seu impacto foi tão forte que a data acabou virando o Dia da Criança no Paraguai.

Em memória aos combatentes e ao aniversário de 150 anos do episódio, o governo paraguaio inaugura nesta sexta-feira (16) um monumento na cidade de Eusebio Ayala.

A ‘guerra total’

“O ano de 1869 marca definitivamente o conceito de guerra total”, diz o historiador paraguaio Fabián Chamorro à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC.

om o Exército paraguaio praticamente exterminado, explica Chamorro, figuras importantes dentro das forças aliadas chegaram a sinalizar que a guerra teria terminado e que seria o momento de deixar o país.

Conforme Chiavenato, uma dessas figuras era o general Luís Alves de Lima e Silva, futuro duque de Caxias, que liderava as tropas brasileiras no Paraguai.

“Quanto tempo, quantos homens, quantas vidas e de quantos recursos necessitaremos para terminar a guerra, quer dizer, para transformar em fumaça e pó toda a população paraguaia, para matar até os fetos no ventre das mulheres?”, argumentou com o imperador Dom Pedro 2º.

A ordem, entretanto, era de que a guerra só chegaria ao fim com a morte do presidente do Paraguai, o marechal Francisco Solano López, o que só aconteceria em 1º de março de 1870.

“Não tinha necessidade de fazer toda essa caçada, em que a população civil foi a principal prejudicada”, ressalta Chamorro.

Enquanto lutava pela própria sobrevivência, Solano López recrutava soldados cada vez mais jovens.

“Primeiro eles tinham 16 anos, depois 14, 13 anos”, relata Barbara Potthast, professora de História Ibérica e Latinoamericana na Universidade de Colônia, na Alemanha.

Paraguaios

Mulheres e crianças acabaram integrando o Exército do Paraguai

A historiadora encontrou até registros de alistamento de meninos de 11 anos – que não chegavam a ir para a frente de batalha, mas se dedicavam a outras tarefas, como transportar materiais.

O mesmo acontecia com as mulheres, muitas vezes encarregadas da logística.

“Não era um exército profissional como conhecemos hoje”, pontua Potthast. “Como muitos dizem, era o ‘povo pegando em armas’.”

Escudo humano?

Solano López conseguiu escapar algumas vezes dos aliados. Sua última “fuga milagrosa” aconteceu quatro dias antes de batalha de Acosta Ñu, quando caiu Piribebuy.

“Em 12 de agosto (de 1869), as forças paraguaias se dividiram em duas: o marechal ia em uma coluna e, em outra, mulheres, crianças e idosos”, conta Chamorro.

O último grupo levava toda a logística do Exército em carros de boi: canhões, armas, vestuário, acessórios de cozinha.

Mapa da batalha de Acosta Ñu

A batalha de Acosta Ñu aconteceu há 150 anos em local próximo ao que hoje é a cidade de Eusebio Ayala, no centro do Paraguai

Segundo o historiador, eles foram alcançados pelos aliados – em sua maioria soldados brasileiros – e “não tiveram outra opção a não ser lutar”.

Já Potthast cita outra teoria. “O que se diz, e não tenho motivos para duvidar, é que nessa batalha a função das crianças e jovens era servir como uma espécie de barreira para o avanço do Exército.”

O fato é que Solano López conseguir mais uma vez fugir para o Norte com o restante das tropas, onde continuaram a resistência.

20 mil contra 3,5 mil

A batalha de Acosta Ñu aconteceu próximo ao que hoje é a cidade de Eusebio Ayala, no centro do Paraguai, e foi, nas palavras de Chamorro, “um verdadeiro massacre”.

“De um lado estavam os brasileiros, com 20 mil homens”, escreveu Chiavenato. “De outro, os paraguaios, com 3,5 mil soldados entre 9 e 15 anos, além de crianças de 6, 7 e 8 anos que também acompanhavam o grupo.”

Prisioneiro paraguaio e seu captor brasileiroDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionPrisioneiro paraguaio e seu captor brasileiro: Guerra do Paraguai durou 5 anos

Ainda que não haja consenso sobre o número – e alguns relatos chegam à cifra de 700 -, os diferentes historiadores e registros destacam a crueldade que marcou a batalha.

As crianças e jovens lutaram ao lado de alguns veteranos de guerra, um contingente estimado em algo entre 500 e 3 mil, a depender da fonte.

De qualquer forma, existia uma assimetria grande entre os dois exércitos, que não só era númerica e etária, mas também tecnológica.

“As armas usadas pelos paraguaios tinham um alcance máximo de 50 metros”, diz Chamorro, enquanto “os rifles Spencer, usados sobretudo pela cavalaria imperial do Brasil, tinha um alcance de mais de 500 metros.”

“Ou seja, para que o paraguaio pudesse confrontar um brasileiro, tinha que encarar dez descargas de bala. Era impossível”, completa.

A isso se soma o fato de que os mais novos não tinham nem força física para empunhar as armas, muito menos nas condições em que estavam, com fome e muitas vezes doentes, acrescenta Potthast.

No campo de batalha

A batalha começou pela manhã e terminou cerca de 10 horas depois, com poucas baixas do lado brasileiro e quase nenhum sobrevivente do lado paraguaio.

Monumento de Acosta Ñu em obrasDireito de imagemSECRETARIA NACIONAL DE CULTURA DO PARAGUAY
Image captionMonumento em ‘honra aos heróis da pátria, os meninos mártires de Acosta Ñu’ durante sua construção

Os detalhes sobre o confronto, mais uma vez, divergem a depender da fonte.

Potthast afirma que, para que os soldados brasileiros não percebessem que lutavam contra crianças, foram colocadas barbas falsas nos meninos. Já Chamorro argumenta que não haveria tempo naquelas circunstâncias para que se preocupassem com esse tipo de detalhe.

Diz-se ainda que os pequenos iam armados com varas que simulavam rifles.

“As crianças de 6 a 8 anos, no calor da batalha, aterrorizadas, se agarravam às pernas dos soldados brasileiros, chorando, pedindo que não os matassem. E eram degoladas no ato”, escreveu Chiavenato em sua obra, conforme a tradução do Portal Guaraní.

À tarde, ele acrescenta, quando as mães recolhiam os corpos dos filhos e ainda havia feridos, os brasileiros teriam queimado todo o lugar.

O general brasileiro Dionísio Cerqueira, entretanto, que participou da batalha, deu outra perspectiva. “Que luta terrível entre a piedade cristã e o dever militar! Nossos soldados diziam que não lhes dava gosto lutar contra tantas crianças.”

“O campo ficou repleto de mortos e feridos do lado inimigo, entre os quais nos causava muita pena, pelo número elevado, os soldadinhos, cobertos de sangue, com as perninhas quebradas, alguns nem sequer haviam atingido a puberdade”, completou.

Potthast, por sua vez, encontrou relatos que afirmavam que, pelo contrário, os pequenos não choravam, mesmo quando eram feridos.

Nas palavras da historiadora alemã, o único ponto em comum entre os observadores e historiadores de todos os lados era o “valor e a coragem da luta dos paraguaios, inclusive dos meninos soldados”.

Identidade nacional

Tanto Chamorro quanto Potthast ressaltaram que o conceito de infância no século 19 não era o mesmo que hoje. Ainda assim, a ideia do “menino herói” que morreu defendendo sua nação é parte da identidade nacional paraguaia.

“Essa guerra é o acontecimento mais importante da história do Paraguai”, disse a historiadora alemã à BBC News Mundo. “É pedra fundamental do nacionalismo que se desenvolveu no século 20.”

A ideia difundida por uma parte dos acadêmicos e por vários governos, sobretudo militares, foi a de que os paraguaios “perderam a guerra, mas lutaram com heroísmo, e é desse heroísmo que tiram força”, destaca Potthast.

A batalha de Acosta Ñu foi usada como uma “excelente propaganda para transformar as crianças em futuros soldados”, acrescenta Chamorro, que lembra, porém, que o serviço militar no Paraguai é obrigatório.

O decreto que em 1948 fixou o 16 de agosto como Dia da Criança no Paraguai destacava a importância de “fomentar por todos os meios a difusão e intensificação do sentimento nacionalista por meio das grandes memórias”.

Sobre as crianças especificamente, destacava que elas deveriam ser educadas com base no patriotismo.

“Há trabalhos escolares escritos depois de 1948, por exemplo, em que se vê um garoto assistindo a um desfile militar e falando para o pai: ‘Papai, quero ser soldado’. Ao que ele responde: ‘Você já é um soldado’.”

Um século e meio depois, o monumento inaugurado neste 16 de agosto pelo presidente Mario Abdo Benítez é, segundo a Secretaria Nacional de Cultura, “em honra aos heróis da pátria, os meninos mártires de Acosta Ñu”.

Fonte: https://www.bbc.com

Evangeho do dia: São Mateus 19, 13-15

Proclamação Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus:

Naquele tempo: 13Levaram crianças a Jesus, para que impusesse as mãos sobre elas e fizesse uma oração. Os discípulos, porém, as repreendiam. 14Então Jesus disse: ‘Deixai as crianças, e não as proibais de virem a mim, porque delas é o Reino dos Céus.’ 15E depois de impôr as mãos sobre elas, Jesus partiu dali.

– Palavra da Salvação
– Glória a Vós, Senhor

Carro ‘recheado’ de maconha é apreendido após colidir contra barranco

Carro ‘recheado’ de maconha é apreendido após colidir contra barranco

Policiais do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) prenderam, na tarde de quinta-feira, o condutor de um veículo VW Logus vermelho, com placas de Mercedes (PR), por tráfico de drogas. O veículo estava carregado com sete fardos de maconha, com peso total de 125 quilos.

A prisão do homem de 20 anos ocorreu durante uma abordagem do bloqueio policial para fiscalização, na região de Paranhos. Os policiais deram ordem de parada ao condutor, que ignorou e empreendeu fuga em alta velocidade.

Durante perseguição, o homem perdeu o controle da direção, saiu da pista, colidiu com o barranco às margens da rodovia, abandonou o veículo e tentou fugir a pé para um matagal próximo, sendo alcançado e detido.

Disse aos policiais que pegou a droga em Paranhos e levaria até Mundo Novo.

A ocorrência foi registrada e entregue na Delegacia de Polícia Civil de Paranhos, onde o homem foi ouvido e autuado, em flagrante, pelo crime de Tráfico de Drogas.

Dia do Gordo, do Sorvete, do Gato… só não Dia de Deus!

Dia do Gordo, do Sorvete, do Gato… só não Dia de Deus!

Wilson Aquino

Numa pesquisa sobre datas comemorativas no calendário 2019, pode-se constatar uma infinidade de profissões, atividades, e personalidades homenageadas em praticamente todos os dias do ano. Vemos até alguns absurdos: “Dia do Gordo(10/09); “Dia do Sorvete”(23/09), “Dia do Gato” (17/02) “Dia do Automóvel”(13/05), “Dia Nacional do Aço”(9/04) e até a criação do Facebook, em 2004, ganhou data comemorativa (4/2). Só não vemos o Dia de Deus.

E no domingo(11), com a justa homenagem ao Dia dos Pais, provedores do lar junto com as esposas, nesses tempos modernos e evoluídos da sociedade, pesa ainda mais a ausência de reverência ao Pai Eterno, o Criador de tudo e de todos.

Nem mesmo Jesus Cristo, que também é Pai de todas as criaturas da Terra, inclusive o próprio homem, tem merecida honra no calendário. Aí então se poderia dizer: – Isso não é verdade, pois comemoramos sim, Seu nascimento e ressureição, com as respectivas festividades natalinas e a Páscoa.

Isso, entretanto não é inteiramente verdade, pois de Cristo foi “roubada” a data de Seu aniversário, em 25 de dezembro. Em Seu lugar, comemora-se a chegada de um tal “papai” Noel, que apesar de sua boa intensão, nem de longe lembra o pequeno menino Jesus na sua manjedoura. Até os Presépios que, nos lares e nas ruas, vivificavam o amor e memória do Salvador, foram, aos poucos, abolidos da cultura humana, enquanto Noel, filho de uma indústria internacional de refrigerantes, “nascido” em 1930, salvo engano, lamentavelmente ocupa, no coração do povo, o lugar de Jesus.

Alguém então poderia dizer que temos a Páscoa, quando se comemora a Ressurreição de Cristo, depois que Ele foi morto e pregado na cruz pelos pecados da humanidade. Ocorre que essa lembrança também vem sendo apagada. Nessa data as crianças estão sendo educadas e orientadas que é o dia do “coelho da páscoa” que, contrariando todas as leis da natureza, “bota” ovos. E de chocolates.

Duas grandes festas! Marcantes na vida de (muitas) pessoas que desprezam Seu Salvador, o único capaz de curar, fazer milagres e proporcionar paz, alegria, harmonia, e prosperidade a cada indivíduo em todo e qualquer lugar.

E olhando para traz, para a história da humanidade registrada nas Escrituras Sagradas, entristece e preocupa saber que toda comunidade que se afastou de Deus e de Jesus Cristo, sofreu muito, pagando caro por essa lamentável escolha.

Esqueceram que o propósito da vida é descobrir a verdade que está entesourada no coração de todo ser humano: A verdade de que Deus é o único Ser Supremo e Absoluto em quem devemos crer e adorar. Ele é o “Grande Pai do Universo”, que contempla toda família humana com cuidado, carinho e atenção paternos.

Quando Jesus viveu na Terra, ensinou: “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. (…) Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê Nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6:38,40).

Então, mesmo fora do calendário anual das comemorações, Deus e Jesus Cristo precisam ocupar mais diariamente corações e mentes dos homens, em pensamentos, atos e orações, para que possam ser merecedores das incontáveis bênçãos que tornarão suas vidas muito mais felizes e seguras.

*Jornalista e Professor

Bandidos armados com fuzis sequestram homem na fronteira

Bandidos armados com fuzis sequestram homem na fronteira

Adolfo Gonçalves Camargo teria sido levado por engano (Foto: Arquivo pessoal)

Quatro bandidos armados com fuzis sequestraram um homem nesta sexta-feira (16) em Ponta Porã, município localizado a 323 km de Campo Grande.

De acordo com a Polícia Civil, Adolfo Gonçalves Camargo foi levado pelos bandidos em uma caminhonete S-10, com placas do Paraguai, no Bairro do Granja.

Em Caracol, Academia da Saúde oferece atividades para melhorar a qualidade de vida da população

Em Caracol, Academia da Saúde oferece atividades para melhorar a qualidade de vida da população

Prefeito Manoel Vias acompanhando as atividades físicas na Academia da saúde.

A Academia da Saúde de Caracol tem o objetivo de melhorar a saúde dos moradores da cidade, a qualidade de vida, reduzir o número de medicamentos além de proporcionar bem estar à comunidade.

Com atividades durante a manhã, tarde e noite e Academia da Saúde tem várias opções, entre elas têm PILATES para mulheres e homens. Se você tem interesse em participar é fácil, vá ao Posto de Saúde passe pela consulta médica e após a avaliação comece a fazer Pilates na Academia da Saúde as terças e quintas 17; 20.

Atividades fisica visa melhorara a qualidade de vida da comunidade

A Academia da Saúde oferece uma ampla programação para população Caracolense. Todos estão convidados a participar.

As Atividades e Treinamentos são realizados na Academia da Saúde. Confira nossos horários:
– Segunda e Quarta as 16 hrs (Treinamento Funcional)
– Quarta e sexta 7:15 manhã e Terça e sexta 16h ( Zumba)
– Terça e quinta 7; 20 manhã (Pilates)
– Terça 18:30 e 19; 30 (Dança de Salão)

Oferecer a prevenção é o melhor remédio, e atividade física é o principal ingrediente dessa receita. Aos cuidados e atenção da Educadora Física, Jaqueline várias mulheres participam do treinamento Funcional na Academia da Saúde duas vezes por semana.

O Prefeito Manoel Viais fez uma visita e gostou muito de ver o empenho das pessoas assistidas dessa atividade. Lembrando que na Academia da Saúde sempre tem alguma atividade física, participe, é gratuito.

O Prefeito Manoel Viais também está participando e acompanhado as atividades. De acordo com Manoel a prevenção é o melhor remédio. Aproveite você também de mais este tratamento de saúde oferecido gratuitamente pela Secretaria de Saúde. (Com informações da Assessoria de Imprensa).

Redação – Fronteira News