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Bela Vista-MS Quinta-Feira, 08 de Maio de 2025
Envelhecer com elegância: Rosildo Barcellos

Envelhecer com elegância: Rosildo Barcellos

Vamos seguir o caminho seguro
Pra continuarmos assim no futuro
Pareço contigo, sem mais nem por quê
Vamos seguir nossas pistas com toda incerteza
Pra continuarmos felizes à mesa
Eu dou um valor absurdo na vida
Ela me traz bem mais que alegria
Traz alguém pro meu sozinho

Você às seis e trinta             (Seis e Trinta/Jota Quest)

Conforme o corpo envelhece, ele tende a ficar deficitário em alguns aspectos. Os mais expressivos são a perda de força muscular, a energia para realizar as mesmas atividades do dia a dia, e se recuperar depois de esforços físicos. Entretanto, um dos riscos da terceira idade é que algumas doenças silenciosas e que trazem o agravo rápido da saúde podem se instalar com mais facilidade. Entre elas, o Parkinson,  o Alzheimer e a Sarcopenia — a perda de massa muscular. Nesse sentido, praticar exercícios na terceira idade é uma forma sábia para se prevenir dos contratempos que surgem com maior frequência, nessa fase da vida. O envelhecimento para muitos é visto como o fim da vida, onde a pessoa idosa não tem mais condições de realizar com firmeza as tarefas que sempre executou, mas existe também aqueles que tem uma vontade imensa de viver, como o caso do jovem idoso francês, de 105 anos, Robert Marchand, que bateu o recorde ao percorrer 22,547 quilômetros em uma hora.

Há estudos que indicam que o envelhecimento dos nossos órgãos internos passa a ocorrer a partir dos 28 anos de idade, isso significa que tanto internamente como externamente o envelhecimento provoca progressivamente uma perda estrutural e funcional no organismo do ser humano.Aos 30 anos de idade homens e mulheres começam a perder massa muscular e possuem uma forte tendência a aumentar o percentual de gordura. Quando há perda de massa muscular há perda de força, o que tende a se agravar com o tempo e levar a vida de forma independente e autônoma torna-se uma tarefa difícil devido à falta de energia e o cansaço físico. É de extrema importância que todas as pessoas iniciem uma atividade física o quanto antes, pois além de proporcionar benefícios para o corpo a atividade física proporciona benefícios para a alma.

A falta de oportunidade de praticar atividade física na terceira idade faz com que os idosos desanimem ainda que tenham muita vontade de viver, e para essas pessoas a atividade física é um modo de mostrar que ainda são capazes de fazerem coisas extraordinárias. A atividade física oferece importantes benefícios à população da terceira idade, tais como: a prevenção e diminuição de problemas cardiovasculares, pulmonares, auxílio no controle da diabetes, artrites, fortalecimento muscular, manutenção da densidade óssea, bem estar físico e mental entre outros benefícios; proporcionando melhorias significativas no equilíbrio, na velocidade de andar, no reflexo, na ingestão alimentar, diminuição da depressão, e prevenindo a tão temida osteoporose e suas consequências degenerativas. A relação entre atividade física, qualidade de vida e envelhecimento é cada vez mais discutida e analisada na atualidade, e é praticamente um consenso entre os profissionais da área da saúde, que um estilo de vida ativo, alimentação variada, suplementos vitamínicos, são fatores determinantes para um envelhecimento com qualidade.

*Articulista

 

Leia Coluna Amplavisão: Candidaturas geram expectativa pelos projetos

Leia Coluna Amplavisão: Candidaturas geram expectativa pelos projetos

MUITO BOM: Apesar do ano eleitoral e da polarização, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) tem avaliação positiva. Segundo a ‘Ranking Pesquisas’ (3 mil pessoas em 30 cidades), a sua aprovação é superior a 70% da população, com 45% de bom e ótimo e 34% de regular. Fruto de suas ações presentes em todas cidades e seus segmentos sociais.

ESPECULAR: A nossa corrida eleitoral ainda no início. O número de pretendentes ao cargo de governador é elevado. Ouso questionar: qual o plano de administração de cada um deles para gerir o Estado que passa por metamorfose em sua matriz econômica/social? Ao longo da campanha oficial espera-se pelos indicativos do que eles planejam fazer.

PROMESSAS: São acenos de esperança, ainda que em forma de referências genéricas (elaboradas por marqueteiros) como na saúde e educação. Mas o eleitor quer algo mais próximo e consistente. Daí que o candidato precisaria de uma consultoria técnica idônea para subsidiar determinadas obras ou projetos sócios econômicos considerados pilares referenciais da futura gestão.

FRACASSO: Ganhar eleição apenas com discursos e promessas genéricas é um perigo! Foi o caso de Alcides Bernal, então prefeito eleito de Campo Grande que adiou ‘sine die’  os nomes da futura equipe de governo. Ele, não tinha identidade social e relações nos segmentos sociais onde habita gente com o perfil apto a gestão pública. Deu no que deu.

AJUDA? Convenhamos, o universo do MS é pequeno, o que facilita a identificação de pessoas com protagonismo positivo no ambiente social/político onde vivem. A notícia da possível escolha delas por exemplo, para servir ao futuro governo pode até influenciar positivamente junto à opinião pública e por extensão a alguns setores do eleitorado.

‘FAZ PARTE’: O pedido de aposentadoria do conselheiro Jerson Domingos no Tribunal de Contas e a indicação de Sergio de Paula para seu lugar na corte. A concretização das pretensões ocorrerá sem sustos. Jerson comandaria a campanha de Puccinelli ao Governo. Ao colunista o conselheiro admitiu que há entendimentos sobre o assunto, mas não deu maiores detalhes.

O LÍDER:  No 6º mandato o deputado Paulo Correa colhe dividendos de sua atuação com 600 proposições no período. Na última pesquisa da ‘Ranking’ ele lidera a preferência dos eleitores consultados em 30 municípios para as eleições ao parlamento estadual. Apesar da pandemia, o presidente da Alems  manteve o ritmo dos trabalhos com 72 sessões no 1º semestre de 2022.

‘BRIGADEIRO’:  Eleições no Brasil nada tem em comum com patriotismo ou algo parecido. Campanha eleitoral não é cruzada cívica como pensava o brigadeiro Eduardo Gomes ao perder em 1945 para Eurico G. Dutra e em 1950 para Getúlio Vargas. Aliás, a maioria ignora – para arrecadar fundos seu partido (UDN) vendia doces, entre eles, aquele de chocolate batizado popularmente de ‘brigadeiro’ em alusão ao candidato.

IDEALISMO: Como diria Galvão Bueno: “Pode isso Arnaldo? Vender doces para conseguir dinheiro de uma campanha presidencial? ” Quanto ingenuidade ou pureza do candidato Eduardo Gomes para demonstrar sua honestidade de propósitos. E pensar que hoje os partidos deitam e rolam com verbas oficiais milionárias para suas campanhas.

OS PROFISSIONAIS:  Hoje não há espaço para amadores e idealistas. Os personagens do processo eleitoral movidos pelo dinheiro e perspectivas de vantagens. A escala destes atores da cena política vai dos legislativos das pequenas cidades ao suntuoso Palácio do Planalto. A diferença entre esses protagonistas fica apenas no corte dos ternos ou do estilo do nó da gravata. O resto…

DEFINIÇÕES:  Eleição é igual casamento. A gente só sabe como começa. Eleição não é um baile onde você escolhe a música, com quem dançar e a bebida que quiser. Eleição é  guerra – onde às vezes se mata ou se morre. O conceito de moral e de direito na eleição é relativo. Depende de que lado você está. Na eleição não há ‘derrota honrosa’. Só não vale perder.

DISCURSOS:  Devem ser objetivos para alcançar o eleitor. Veja por exemplo trecho da fala na contramão, de Eduardo Gomes no evento da UDN que oficializou sua candidatura em 1950: “A solução dos problemas só será digna de encômios, quando influir rápida e favoravelmente na situação dos que mais sofrem as desigualdades da fortuna. ”  Não podia mesmo ganhar com esse estilo.

JULINHO:  O ex-governador do Mato Grosso, famoso pelos episódios protagonizados. Nas eleições de 1990 acompanhava seu irmão Jaime Campos, candidato ao Governo.  Em Arenápolis, mocinhas assanhadas gritavam “Julinho…Julinho”. Ele retribuiu beijando as mãos delas. Jaime o advertiu: “Está louco, beijando mãos de prostitutas? ”. Sorrindo Julinho reagiu: “a mão que elege é a mesma que derrota”. Jaime venceu!

DICA: Candidato não pode discriminar religião. Precisa agradar. Vale citar a experiência de Carvalho Pinto, candidato ao Governo Paulista, assistindo uma missa em Itú. Sem intimidade com o rito do culto, repetia os gestos do casal ao lado. Ao final da celebração confessou: “orientei-me por vocês”.  O homem ponderou: “Nós também não sabemos. Somos evangélicos. ”

NO VÁCUO?  Vai bem a campanha de Flavio do Cabo Almi para a Câmara Federal. Em busca de espaço deixou o PT, (onde seu pai disputou 13 eleições), ingressou no Podemos e apoia Rose Modesto ao Governo. Comerciante, de fala fácil, acessível Flávio herdou as relações e qualidades de Almi, mas é bem articulado e tem luz própria. Nome interessante.

SALVAÇÃO:  Discurso ajuda ou afunda o político. Candidato tinha fama de mau orador no interior gaúcho. Na hora agá dele falar de ‘improviso’ em comício no cinema, pifou a energia. Foi a salvação da lavoura. Ele aproveitou dizendo ao apresentador: “Dê a palavra a outro. Vou esperar a volta da luz, não tive tempo de decorar todo o discurso de improviso. ”

O SABERETA: Jornalista perguntou ao vereador recém-eleito sobre suas preferências literárias. Para tentar não fazer ele feio disparou: “Agora estou lendo o Pequeno Dicionário de Aurélio Buarque de Holanda – mas vou parar onde estou. É um livro   chato, não dá pra seguir direito – muda muito de assunto e as letras são pequenininhas. ”

O DISCRETO:  Geraldo Alckmin sempre foi assim. Vice-governador de Mario Covas era desconhecido. Certa feita num evento teve que preencher formulário e ganhou crachá de visitante para entrar. No elevador cumprimentou a funcionária se apresentando timidamente: “Muito prazer, sou Geraldo Alckmin”. Ela retribuiu: “Conheço o senhor de algum lugar”.

PAGOU O PATO: Em campanha no interior gaúcho, um deputado foi jantar na casa do aliado político. Pato ensopado devorado com gana. Intrigado com o garotinho à mesa que não parava de chorar pergunta-lhe: “E aí guri, não vais comer? Não gostas de pato? ” Soluçando o guri reclama: “Esse aí que o senhor está comendo era meuuu.” E voltou a chorar.

Eleição não é igual as Olimpíadas, onde ‘o importante é participar’.

Educação: um tema ausente na agenda eleitoral 

Educação: um tema ausente na agenda eleitoral 

Ao aproximar-se mais um ciclo eleitoral no Brasil, partidos políticos e formadores de opinião se põem a discutir os temas que irão compor a agenda do debate público. De fato, uma democracia sadia reclama também o escrutínio dos candidatos e a existência de discussão irrestrita, de modo a englobar a maior parte possível da sociedade e dos itens que atendem ao interesse nacional.

A despeito disso, muita tinta é gasta em torno de questões como a probidade moral de determinados candidatos e o temperamento de outros. Também costumam tomar precioso tempo as digressões acerca de conceitos como “comunismo” e “fascismo”, “esquerdismo” e “conservadorismo”.

Ainda que temas mais pragmáticos também recebam algum espaço (o teto de gastos, o desemprego, a inflação, a harmonia entre os Poderes, os programas sociais etc.), a reflexão estratégica sobre o que realmente importa é escassa. A relativa pobreza do debate leva a crer que todas as energias se consomem nos objetivos de curto prazo (as polêmicas do dia e as eleições da vez), em detrimento dos intentos de longo prazo (as futuras gerações e os destinos do país).

O exemplo mais acabado desse processo é a insignificância para a qual é relegada a educação na agenda eleitoral que se desenha. Se o Brasil fosse referência em educação, compreender-se-ia. Não é o caso, contudo. Faltam políticas sólidas e consenso social ativo em torno da importância do tema.

Ainda que nossos investimentos públicos na área não sejam desprezíveis (em torno de 6% do PIB), os resultados colhidos vêm sendo péssimos há décadas. Logo, fica claro que o problema está na carência de políticas públicas estruturadas, e não no volume de recursos alocados. O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa – maior estudo em educação existente) apontou que o Brasil, considerados os 78 países avaliados, está entre as posições 55 a 59 em Leitura, 69 a 72 em Matemática e entre 64 e 67 em Ciências. Para o mais, 68% dos nossos jovens na faixa etária dos 15 anos não possuem nível básico de Matemática, enquanto 55% não atingem o essencial em Ciências e 50% patinam em Leitura. Ou seja, estamos a “formar” toda uma geração de analfabetos funcionais, que não entende o que lê, não consegue se expressar por escrito adequadamente, é incapaz de realizar operações matemáticas elementares no cotidiano e desconhece os pressupostos da ciência.

No ensino superior, o panorama não é menos desalentador. A universidade brasileira mais bem colocada no QS World University Ranking aparece apenas no modestíssimo 115º lugar. De acordo com a 11ª edição do Mapa do Ensino Superior no Brasil, apenas 18,1% dos jovens de 18 a 24 anos estão matriculados no ensino superior e não mais do que 17,4% das pessoas de 25 anos ou mais concluíram uma graduação. A fim de termos um parâmetro, no Canadá esse índice chega aos 62%, enquanto a Argentina, nossa vizinha, alcança 40%.

É por essas e outras que os resultados do estudo desenvolvido pelo IMD World Competetiveness Center (que compara a competitividade e a prosperidade dos países) insere o Brasil na última posição. Como esperar cidadãos cultos e produtivos sem que haja uma educação consistente na base e adesão razoável ao ensino superior de qualidade? Como esperar geração de riqueza generalizada nessas condições? Enfim, como presumir que teremos bons representantes se aqueles que os elegem poucas condições têm de aprimorar a habilidade do discernimento?

Conforme demonstra reiteradamente a Ciência Política, o eleitor típico costuma votar sobretudo com base nas paixões e na imagem projetada pelos candidatos. Mesmo diante de tal realidade, porém, é imperativo que a educação ganhe protagonismo no debate eleitoral de 2022 a fim de que os eleitos, pressionados pelos setores estratégicos da sociedade, assumam compromissos nesse setor. Do contrário, seguiremos pagando o preço como nação, independentemente de quem venha a ocupar os governos do porvir.

*Marcos Paulo dos Reis Quadros, gestor na Estácio. Bacharel em Ciência Política, mestre, doutor e pós-doutor em Ciências Sociais.

Aqui, nasce o Futuro! Rosildo Barcellos

Aqui, nasce o Futuro! Rosildo Barcellos

Há muito tempo eu queria contar essa história que na verdade é uma saga que demonstra que é possível poder público e população unirem-se em prol de um ideal. Minha última visita foi em 2015 quando fui recebido pelo Dr. Alfeu Duarte de Souza. Na época estavam sendo comprados o reanimador manual de silicone, balança digital pediátrica, mocho giratório em inox, estetoscópio duosson. A Associação de Amparo à Maternidade e a Infância – AAMI, entidade beneficente de Assistência Social da Área da Saúde, foi fundada em 21 de janeiro de 1938, na cidade da Campo Grande, antigo estado de Mato Grosso. Se constitui em uma entidade de direito privado, sob a forma de associação sem fins lucrativos, reconhecida como de Utilidade Pública Federal, Estadual e Municipal. Foi no começo da década de 1930 que surgiu o desejo, entre um grupo de mulheres campo-grandenses junto com os médicos da cidade, de criar um ambulatório e um lactário para atendimento da população. Mas só no ano de 1937 que essa vontade começou a se tornar realidade, com a criação da “Associação Caritativa de Mulheres Campo-grandenses” (ACMC). No ano de 1938, na cidade de Campo Grande, em franco desenvolvimento, iniciava a construção da Igreja São José e se contratava o Escritório Saturnino de Brito do Rio de Janeiro para elaborar o 1º Plano de Saneamento e Drenagem da cidade que tinha na época em torno de 30.000 habitantes.

A preocupação com a saúde era um ponto crucial para a cidade, pois aqui chegavam famílias e comerciantes para se instalarem e grandes contingentes populacionais exigiram uma infraestrutura local melhor.  Em 21 de janeiro 1938, o então prefeito da Capital, Dr. Eduardo Olímpio Machado, convocou uma reunião no Rádio Clube de Campo Grande, para, enfim, fundar a Associação de Amparo à Maternidade e à Infância (AAMI), e no dia 24 de janeiro, três dias depois, criar a primeira diretoria, presidida pela então primeira-dama da cidade, Dona Elvira Coelho Machado. A diretoria tomou posse a 07 de fevereiro de 1938 em sessão solene realizada no Cine Alhambra. Em 11 de agosto de 1938 a recém-criada Maternidade, recebeu uma verba municipal de 300 mil réis. Com este capital, deu-se início aos trabalhos de implantação dos serviços da AAMI, que vinha minimizar um quadro de saúde em que a cidade não dispunha de abertura e tranquilidade, quando se tratava de atenção à saúde das gestantes e dos recém-nascidos.

O primeiro trabalho foi a instalação de um posto de puericultura, um lactário e um ambulatório maternal na Loja Maçônica Oriente à avenida Calógeras, onde eram atendidas gestantes e crianças até 10 anos de idade. Em 8 de janeiro de 1939, a entidade comprou por cinquenta contos de réis, uma casa na rua 15 de Novembro, esquina com a rua 14 de Julho (atual Lojas Americanas) onde instalou todos os seus trabalhos, que tinham como diretor clínico o dr. Vespasiano Martins auxiliado por seus colegas Walfrido Arruda, Alcindo de Almeida, Arthur Vasconcelos e Fernando Correa da Costa.

Em 21 de janeiro de 1941 a AAMI lança a pedra fundamental da Maternidade Cândido Mariano, tendo sua presidente Elvira Coelho Machado, justificado a escolha da data:Escolhemos hoje para o lançamento da pedra fundamental da AAMI – Maternidade Cândido Mariano, por ser a data natalícia do presidente Getúlio Vargas, inspirado animador das instituições de amparo à maternidade e à infância de nosso país. A 21 de julho de 1944, dona Elvira e demais diretores da associação, finalmente entregavam à população a Maternidade Cândido Mariano, a primeira de Campo Grande. Desde então, esta Maternidade tem prestado inúmeros serviços à população sul-mato-grossense, constituindo-se hoje em referência estadual para partos e terapia intensiva neonatal. Aproveito para lembrar que a maternidade ainda precisa do apoio da população e ressalto um benefício que contempla as mulheres servidoras estaduais, doadoras de leite materno, por meio do Decreto Estadual 11.694/2004. A determinação concede abono de três dias às trabalhadoras que doarem leite humano de três a cinco meses, cinco dias de abono às que doarem por até oito meses, e sete dias pela doação por nove meses. Apesar da equipe de nutrição neonatal da Maternidade Cândido Mariano ter um treinamento voltado às lactaristas sobre a forma correta no preparo das fórmulas infantis, na ausência do leite humano; é interessante que seja divulgado esta legislação.

As ampliações e benfeitorias realizadas por diversas administrações, tornaram a Maternidade Cândido Mariano um serviço de excelência no Estado de Mato Grosso do Sul, que atende além da macrorregião de saúde de Campo Grande, aos municípios do interior, sendo estes responsáveis por 16% de suas internações da Maternidade. Voltei em 2019 para realizar o curso de assepsia para fotógrafos especializados em partos ministrada pelo Daniel Alves, que trabalha no centro cirúrgico do Hospital Regional. Outrossim, quero ressaltar e aproveitar e deixar neste texto uma homenagem ao Dr. Cezar Luiz Galhardo, meu inspirador na área da saúde e a quem eu dedico a Comenda “Vespasiano Martins” que muito me orgulha em ter na minha parede de homenagens. Dr. Cezar com seu amplo leque de diplomacia, auxiliou nas conquistas alcançadas nos anos que permaneceu à frente da direção da Maternidade Cândido Mariano. Que com abertura e diálogo angariou parceiros que possibilitaram realizar melhorias nos processos físicos, financeiros e assistenciais da instituição; deixando a batuta para o atual presidente da instituição, o Dr. Daniel Miranda, a quem desejo sabedoria divina para continuar esta árdua missão haja vista que essa instituição representa a história de Campo Grande e de Mato Grosso do Sul, e representa a vida de várias gerações a exemplo do Ginecologista Orcidney Aparecido Bissoli, que atuou desde 1966 naquele espaço, não se constituindo apenas em  um  “fallow up” de recém-nascidos e sim uma ambiente de alegria…um entreposto da vida.

*Articulista

Expansão do império da intolerância – II – Wilson Aquino*

Expansão do império da intolerância – II – Wilson Aquino*

O amor ao próximo, segundo maior mandamento de Deus, é a chave do perdão, que livra o homem das maldades e consequências da intolerância que prolifera como erva daninha nos campos sociais, profissionais, religiosos e familiares de nossa sociedade.

A insistência do homem em não aceitar o contraditório às suas ideias, pensamentos e ações, tem acirrado ânimos, elevado temperamentos e provocado a discórdia não apenas entre estranhos, mas também entre parentes, amigos e colegas de trabalho. Esses, que passam boa parte do dia, e por que não dizer da vida, juntos, lamentavelmente não têm o devido amor e respeito àqueles que pensam diferente.

Na semana passada, após a publicação da parte “I” deste tema, vivenciei uma repercussão considerável sobre a mensagem e diante de alguns episódios e desabafos, resolvi dar continuidade ao assunto, na esperança de que mais e mais pessoas ponderem sobre a intolerância; sobre seus próprios procedimentos e busquem, no final, um melhor relacionamento com o próximo.

É necessário que você e eu aprendamos ser mais humildes e perseverantes para trilhar com alegria e harmonia o caminho, com todos aqueles que nos cercam, mesmo que na vida real isso pareça ser muito difícil.

E como Deus é incrível! Ele sabia que o coração das pessoas se esfriaria nesses últimos tempos. Ele deixou isso muito claro nas Escrituras Sagradas (MT. 24:12). Tanto é verdade que se pegarmos como exemplo pessoas de uma mesma empresa, que convivem por anos e anos diariamente, muitos até  por mais de década, são incapazes, salvo raras exceções, de estabelecer laços de verdadeira amizade e companheirismo com a maioria.

Viram a mesa e se ofendem com a menor discordância de ideias e opiniões contrárias às suas ou à de uma maioria. Lamentável essa intolerância entre pessoas que deveriam se respeitar mais e se relacionar como irmãos, como na verdade todos o são.

Precisamos (todos nós) nos desarmar: do conceito de que somos sempre os detentores da verdade e da razão;  do preconceito em relação ao nosso próximo, de que tudo nele não nos agrada, como suas ideias, pensamentos, jeito de falar, de vestir, de cortar o cabelo;  de pensar que os outros são os que precisam mudar para o perfil que achamos correto e que precisam corrigir suas falhas, fraquezas e imperfeições, se espelhando em nós, no que somos e no que pensamos.

Nesses últimos tempos, acende o alerta espiritual, aquele alicerçado nos ensinamentos e mandamentos de Deus, de que todos deveriam se conscientizar, de que pensar e agir assim leva à intolerância e às suas desastrosas consequências como temos visto em todos os ambientes de nosso convívio.

Membros de uma família me confidenciaram esta semana que somente agora conseguiram consertar uma grande ruptura de sua base familiar que os dispersou por quase uma década, por conta da intolerância. Foi necessário muito esforço e trabalho de alguns, com a ajuda de Deus, para que a união e a harmonia voltasse a reinar entre eles.

Um outro contou que depois de conhecer a Palavra de Deus, conseguiu enxergar o quanto era intolerante dentro de casa e do mal que isso fazia para a esposa e filhos.

Um conhecido contou que se considerava uma pessoa calma e pacífica. Porém, no trânsito, disse que se transformava numa pessoa impaciente e até violenta. E que chegou a partir para vias de fato por pelo menos três vezes com outros motoristas. Trabalhou muito nisso e hoje é mais tolerante quando dirige e reconhece o grande risco que correu por muito tempo em sua vida ao se confrontar com outras pessoas por motivos banais nas ruas e avenidas.

Felizmente Deus é misericordioso e bondoso para com todos nós, seus filhos. Com Seu grande amor, nos ensina como devemos proceder com nosso próximo, no lar, no trabalho ou na rua.

“Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai Celestial vos perdoará a vós; Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas” (Mt. 6:14-15).

*Jornalista e Professor

Expansão do império da intolerância: Wilson Aquino*

Expansão do império da intolerância: Wilson Aquino*

Você e eu precisamos tomar maior cuidado com as nossas reações diante das manifestações de terceiros, que divergem das nossas ideias e convicções. Dependendo da gravidade do problema, pelo que se tem visto em larga escala na sociedade, é muito provável que se torne necessário um trabalho mais rigoroso de autocontrole e até de tratamento, para que não nos tornemos intolerantes com nosso próximo nos ambientes sociais, profissionais, esportivos e até familiares e religiosos.

A intolerância a ideias, pensamentos e ações contrárias às nossas não pode, em hipótese alguma, nos levar à tomada de atitudes estúpidas, grosseiras e até violentas como temos visto em nosso convívio, na vizinhança, em nosso país.

Um dos mais recentes e de maior repercussão foi esse no Paraná, na cidade de Foz do Iguaçu, onde dois homens ligados à segurança pública, que deveriam ser exemplares no trato humano, se desentenderam e partiram para vias de fato, culminando com a morte de um e ferimento grave de outro, num ambiente que deveria ser de completa alegria: festa de aniversário da pessoa que veio a óbito.

Não cabe aqui qualquer justificativa de nenhum dos lados porque no final o que prevaleceu mesmo foi a intolerância, que provocou o caos para ambas famílias envolvidas e até para os presentes e amigos.

O país e o mundo atravessam momentos difíceis, principalmente devido aos problemas econômicos, agravados pela corrupção, pela pandemia e agora pela guerra da Rússia e Ucrânia, que acabou afetando a todos. Esse clima tenso acaba contribuindo para que os nervos fiquem à flor da pele.

As redes sociais são outro ambiente que refletem bem a intolerância que se alastra nas relações dos indivíduos. Quando uma ideia é postada, ou mesmo um simples comentário contraditório é feito, já basta para surgir os ataques de fúria que levam a brigas, ameaças e rompimento de relações.

Nem mesmo colegas e amigos de trabalho escapam do império da intolerância. Dia desses, numa costumeira oração pela manhã na empresa de um amigo, diante de uma simples palavra de Deus sobre a fé e a obediência às Suas leis, criou-se uma polêmica e desnecessária discussão em torno do assunto, impedindo então que ali se estabelecesse plenamente o Espírito Santo.

E o que dizer então desse período eleitoral pelo qual estamos atravessando? Quantas brigas, desentendimentos e até vias de fato entre aqueles que pensam e agem de maneira diferente? A intolerância impera e promove o caos na sociedade. No esporte, entre tantos exemplos, existe um que arrepia só de lembrar: Ocorreu há anos, mas muitos não se esqueceram pois foi marcante o momento em que, num estádio de futebol, em meio a uma “guerra” entre torcedores, um deles arrancou um vaso sanitário e o atirou andar abaixo, numa área em que centenas de pessoas, crianças e adultos, corriam de um lado para outro, procurando se proteger. Felizmente o pesado objeto se esborrachou no chão sem atingir ninguém. Quando lembro desse episódio arrepiante, vejo as mãos de Anjos do Senhor afastando qualquer vítima.

Howard W. Hunter, membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias ensina: “O mundo seria grandemente beneficiado se todos os homens e mulheres praticassem o puro amor de Cristo, que é bondoso, humilde e manso. Não é invejoso e não se ensoberbece. Não dá lugar à intolerância, ao ódio e à violência. Incentiva povos diferentes a viverem juntas no amor Cristão, a despeito de crenças religiosas, raça, nacionalidade, situação financeira, nível de educação e cultura”.

Portanto, você e eu devemos sempre demonstrar, com respeito, que não apenas é possível, mas também essencial amar um filho de Deus que tem crenças diferentes. Mesmo que esses conceitos não se alinhem com a vontade do Senhor ou à nossa, que devem ser sempre alicerçados nos bons princípios morais e espirituais.

*Jornalista e Professor