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Bela Vista-MS Terça-Feira, 06 de Maio de 2025
Setembro Amarelo: A importância de uma rede de apoio

Setembro Amarelo: A importância de uma rede de apoio

O Brasil é um dos países com a maior taxa de suicídio do mundo, segundo uma pesquisa produzida pelo DATASUS. Os dados são de julho deste ano, e indicam que o número de casos de suicídio no Brasil subiu de 7 mil para 14 mil nos últimos 20 anos, o que significa que há mais de um suicídio cometido a cada hora, sem contar casos não notificados. Nesse sentido, é importante que haja uma conscientização da população e uma intervenção por meio das políticas públicas para compreender e mudar este cenário.

A campanha do Setembro Amarelo é uma ação organizada por diferentes entidades da área da saúde para o combate ao suicídio. A campanha tem por enfoque trazer o tema à tona para discussão, uma vez que por muitas vezes é abordado como um tabu, para que sejam pensadas formas de prevenção.

Não tem como prever quem cometerá suicídio, mas é possível avaliar alguns riscos individuais. O principal fator de alerta está relacionado à verbalização da ideação suicida. Se a pessoa faz constantes menções à insustentabilidade desse desgaste emocional, ao fato de ‘não aguentar mais’, se mostra profundamente desesperançosa quanto à possibilidade de sair de uma crise, é necessário ficar em alerta.

Outros possíveis fatores de alerta podem estar relacionados a um isolamento persistente dos meios sociais, ausência de perspectiva de vida ou de desejo de maneira generalizada (inclusive para a execução de atividades cotidianas que antes não se mostravam tão penosas).  De toda forma, é necessário analisar caso a caso.

É importante verificar se a pessoa possui acesso a uma rede de apoio sócio-afetiva; a lazer; a condições de trabalho, renda e sobrevivência dignas; ao acesso à saúde e condições de sono e descanso de qualidade. A mobilização de uma rede de apoio para a prevenção do suicídio é fundamental, tanto como um suporte para casos de emergência, quanto porque os laços são muito potentes para a produção de sentidos para o sujeito, para que este se se veja amparado e como alguém cuja vida tem importância para aqueles que estão à sua volta.

Para além disso, a construção de uma rede de cuidado, que pode envolver apoio multiprofissional (em se tratando de saúde) e de diversos âmbitos da vida do indivíduo (família, trabalho, escola, círculos de amigos, campos de lazer) é extremamente relevante no sentido de proporcionar um cuidado integral ao sujeito. Posto que, sendo o suicídio um processo multifatorial, este requer, portanto, ações integradas, mas que partam de diversas vias, desde que sempre pautadas pelo acolhimento.

As principais vias de ação e prevenção são o acolhimento, o acionamento da rede de apoio e a viabilização do acesso à informação. É importante que o sujeito seja ouvido/acolhido por aqueles a quem solicitar ajuda, sem julgamentos, comparações, e outras tentativas de diminuição de seu sofrimento. Isso é possível através de uma escuta profissional, por essa razão é importante orientar o indivíduo em risco a buscar esse tipo de auxílio, de preferência já disponibilizando possíveis serviços que prestem atendimento a este tipo de demanda.

Por isso, é importante que aqueles que compõem a rede de apoio do indivíduo e se disponham a estar com ele compreendam que seu papel é diferente de um acompanhamento profissional. Ambos são relevantes ao processo de acolhimento, mas diferentes. Por essa razão, é importante garantir que, além de uma rede de cuidado, o indivíduo tenha acesso a uma escuta e tratamento conduzidos por profissionais capacitados. Além disso, é fundamental mobilizar a rede de apoio mais próxima e de confiança do indivíduo, para que esse suporte venha de múltiplas direções.

Por fim, é fundamental que o Setembro Amarelo não seja tratado como uma campanha pontual e puramente mercadológica, como se vê em algumas estratégias empresariais e publicitárias. Mas que seja uma constante, um compromisso tanto da população e dos governos em relação ao cuidado à saúde mental – uma vez que os índices podem ser atenuados, entre outros fatores, pela implementação de políticas públicas e ações coletivas.

Leia Coluna Amplavisão: Candidatos afiam as facas para o 2º turno

Leia Coluna Amplavisão: Candidatos afiam as facas para o 2º turno

PASSOS LENTOS: Estive com Leite Schimidt, eleito deputado estadual em 1974 e Cleomenes N. da Cunha, eleito deputado estadual em 1966/1970/1974,  último presidente da Assembleia Legislativa ( do MT-uno) sucedendo Paulo Saldanha que renunciou para tomar posse como deputado estadual no MS. Explico: vários deputados, no último ano de mandato em Cuiabá, eram candidatos aqui.  Hoje, Schimidt e Cleomenes acompanham de longe a campanha eleitoral.

REMANESCENTES: Dos 24 integrantes daquela legislatura mato-grossense estão entre nós, além dos dois citados acima – Londres Machado (único com mandato parlamentar), Ruben Figueiró, Sergio Cruz, Paulo Saldanha, Valter Pereira e Cecílio J. Gaeta (reside em Nobres-MT) Em 1974 Garcia Neto foi nomeado Governador e Cassio  L. de Barros (Corumbá) vice governador, que assumiu o Governo em 1978 com a candidatura de Garcia ao Senado.

MUDANÇAS: A tendência é que na próxima legislatura tenhamos  bancadas com menor número de deputados. A previsão decorre do ‘emagrecimento’ das bancadas dos partidos tradicionais pela pulverização partidária que tem elegido bancadas menores. Aquelas bancadas que polarizavam por força do bipartidarismo  ‘contra e a favor’ do Governo é passado.

‘FIGURINHAS’: Quando a gente pensava que ficaria livre delas, voltaram nestas eleições.  A propósito, carro de som assustou os moradores do nosso bairro com a propaganda de candidato que há anos se mudou da região. Vários os motivos: massagem do ego, algum tipo de vantagem futura, falta de autocrítica pelo baixo desempenho em pleitos anteriores.

REFLEXÃO: Será que o mandato parlamentar ainda mantém aquele charme de poder de antigamente ou acabou se desgastando ao longo dos últimos anos com  tantos escândalos e denúncias pelo Brasil afora?  Em muitas situações políticos tem sido motivos de piadas, chacotas e críticas mordazes. O pior é que fomos nós que os colocamos lá.

BASTA!  Candidatos estreantes menos avisados ou desinformados, inserindo na lista de propostas a criação de leis, segundo eles, com o objetivo de melhorar nossa vida e vencer alguns desafios. Ora! Cumpre-nos alertá-los de que o Brasil e o Mato Grosso do Sul têm leis em excesso, muitas delas inexequíveis por motivos diversos.

“POR UNA CABEZA”:  A disputa por vaga na Assembleia Legislativa enseja citar a canção memorável de Gardel. A concorrência entre candidatos do mesmo partido e ou coligação é tal que alguns postulantes poderão ficar de fora por falta de pouco mais de meia dúzia de votos. É o que mostram as pesquisas. Como no turfe, surpresas ocorrem na reta final.

LOUCURAS: Às vezes de nada adianta o candidato ir bem, se os seus companheiros de legenda não contribuírem. O critério do quociente eleitoral tem produzido ao longo das eleições verdadeiras aberrações. E convém lembrar que ainda temos a utilização das nebulosas sobras dos votos dos eleitos que podem ajudar candidatos de votação baixa a se elegerem. Espere pra ver!

1-CARONISTAS: São muitos os candidatos a deputado estadual e federal tentando colar a sua imagem ao presidente Bolsonaro para colher dividendos nas urnas. Mas não é tão simples assim passar essa pretensa intimidade entre eles. É preciso haver vários fatores que caracterizem ou justifiquem esse enlaçamento entre o cidadão comum e o Presidente da República. Sei não…

2-CARONISTAS: A mesma pratica vem sendo adotada pelos candidatos do PT e de partidos coligados exagerando no destaque a figura do candidato Lula. Eles investem na imagem do ex-presidente com argumentos nem sempre convincentes, como se o eleitor não tivesse o real discernimento para separar pessoas, capacidade, diferença de situações e de cenários.

‘BALANCÊ’:  Como as anteriores, o ritmo da campanha entre os postulantes ao Governo principalmente, vai se transformando. Os discursos mudam de tom e focam determinados assuntos para atingir um e outro adversário com objetivos óbvios.  Nos últimos dias a guerra eleitoral tem ficado mais incisiva e agressiva, inclusive nas redes sociais.

ESMERIL: Candidatos afiam as facas exercitando o cálculo para saber que terá pela frente no 2º turno e preservando outros concorrentes na intenção de atraí-los para seu lado. É assim que funciona: aumenta o peso do discurso contra alguns candidatos e evita usar o mesmo critério contra possíveis aliados no segundo turno. Uma dosimetria que requer tato.

SAIA JUSTA: O candidato a Governador pelo PCO – indígena Magno Souza melhorou a performance nos debates e entrevistas.  No debate da ‘Fetems’, ao seu estilo destilou a pérola que arrancou aplausos/risos ao dizer: “Já que tamos na brincadeira mesmo, é melhor ‘nóis’ sorrir do que ficar bravo um com o  outro – porque nessa disputa aqui todo mundo é errado – ninguém é santo pelo que tô sabendo…”

LIÇÕES: Duas delas bem vivas e que merecem registro aqui no Mato Grosso do Sul.  A primeira em 2014: Delcídio do Amaral, após o 1º turno avassalador (mas insuficiente) acabou perdendo no 2º turno para Reinando Azambuja. A segunda foi em 2018 com o estreante ex-juiz Odilon, que no 2º turno chegou a 47,65% dos votos válidos contra o vencedor Reinaldo.

‘INESQUECÍVEIS’:  Em 2018, de cada 4 senadores que tentaram a reeleição, 3 não conseguiram. Na Câmara a renovação foi de 51%. Favoritos ao Governo nas pesquisas perderam em Minas Gerais, Santa Catarina e Rio de Janeiro. Os cientistas políticos justificaram que o país ‘virou a direita’ e votou contra o PT. Agora é hora de conferir: o eleitor continua o mesmo?

HIPOCRISIA: Só elogios para Elizabeth II. Não se fala da omissão dela em episódios sangrentos envolvendo interesses do Reino Unido na Índia, Quênia, Uganda, Tanzânia, África do Sul, Egito, Sudão, Gana, Nigeria, Somália, Zâmbia, Zimbáue e Austrália. O  forte poder da mídia britânica, tratou o reinado dela como um ingênuo conto de fadas. A rainha e a mídia são cumplices.

MARCHA LENTA:  Ao observar por minutos as ações dos apoiadores dos candidatos em pontos tradicionais do centro de Campo Grande, deu para concluir que os motoristas não permitem a adesivagem.  Uma mostra inequívoca do clima de certa apatia que ainda reina no seio do eleitorado. Será que nesta reta final do 1º turno as coisas melhorem? Talvez sim, talvez não!

MINEIRICE:

“Nenhum dos dois é o perfil que eu gostaria de ver presidindo o Brasil. Agora, eu terei sempre uma dificuldade enorme de compreender que o retorno do PT possa fazer bem ao Brasil”. Essa a reposta do deputado federal Aécio Neves (PSDB) a pergunta se apoiaria Lula ou Bolsonaro num eventual segundo turno.

A franqueza do candidato indígena Magno Souza:

“ (-)…nessa disputa aqui todo mundo é errado – ninguém é santo pelo que tô sabendo…”

Como podemos superar traumas: Wilson Aquino*

Como podemos superar traumas: Wilson Aquino*

Desde o seu nascimento, o indivíduo está sujeito aos mais variados desafios. É obrigado a enfrentar fortes ventos e tempestades e a carregar pesados fardos. O efeito dessas dificuldades varia de pessoa para pessoa, onde alguns conseguem resistir à dor e às aflições e ainda saírem fortalecido delas; outros conseguem, com muita dificuldade, seguirem em frente sem olhar para trás. Porém, grande parte sente o impacto de forma traumática, que acaba afetando suas vidas, sua personalidade, seu modo de ser, de pensar e de reagir diante das coisas, afetando, consequentemente, seus relacionamentos social, profissional e familiar.

Traumas, são sequelas das dificuldades pelas quais passaram e que duram muito tempo até serem reconhecidas, controladas e esquecidas. Ou não, pois em muitos perduram por toda a vida.

As origens mais comuns desse problema que afeta milhares de pessoas à nossa volta, são normalmente relativas a abuso sexual, bulling, assédio moral, violência doméstica tanto contra o cônjuge como aos filhos, acidente de automóvel e tantos outros.

Os traumas afetam o desenvolvimento do cérebro, diminui o amor próprio, baixa a autoestima, a segurança, a confiança e provocam profundos sentimentos de incapacidade, de inferioridade e desânimo de lutar e superar obstáculos na vida.

A ciência comprova que quanto mais cedo os traumas se instalam na mente de uma pessoa, quando crianças por exemplo, mais profundas serão as raízes feridas e, consequentemente, o impacto na personalidade do indivíduo.

A pessoa traumatizada sente-se incapaz de buscar e alcançar objetivos mais simples, pois acabam “empacados” na corrida natural da busca por melhoria de qualidade de vida, que ocorre por intermédio do avanço nos estudos e no esforço do trabalho. Vítimas de abuso sexual, por exemplo – crime lamentavelmente comum nesses últimos tempos e dentro do próprio lar – costumam ter grandes dificuldades em se relacionarem socialmente.

Apesar do reconhecimento da gravidade desses traumas e suas consequências negativas na vida das pessoas, há que se ressaltar que tudo pode ser contornado, controlado e afastado para que não mais prejudiquem a vida do indivíduo. Ou seja: Há cura para os traumas e o meio mais eficiente está ligado à religiosidade. Na comunhão do indivíduo com Deus.

Quando o Senhor diz que não dá um fardo mais pesado do que a pessoa possa suportar é uma grande verdade. No entanto, para que a cura se instale, é preciso o exercício constante da fé e da perseverança em avançar firme nesse caminho.

Existem outras formas de tratamento, como a busca por profissionais habilitados para tratar a mente. A psiquiatria, por exemplo. No entanto, afirmo sem sombra de dúvida que o tratamento espiritual é o mais eficaz, com resultados garantidos e seguros.

Acreditar em Deus e que Ele pode realmente ajudar a afastar as sequelas de traumas sofridos de toda ordem é o primeiro grande passo; depois, como o passado não pode ser mudado, assuma-o. Porém, centraliza-se no futuro, nas suas metas e objetivos. Lembrando sempre que o Senhor está contigo.

Situações traumáticas, quando bem enfrentadas, mesmo depois de longo período de medo e angústia, tendem a fortalecer o caráter dos que passam por elas. As Escrituras Sagradas estão cheias de grandes exemplos nesse sentido. É o caso de José, jovem hebreu que viveu antes de Cristo. Era inteligente, dedicado, bondoso e de muita fé em Deus. Seus irmãos o odiavam, movidos pela inveja. Isso os levaram a vendê-lo como escravo. Mais tarde foi preso, injustiçado e no final – depois de mais de duas décadas de sofrimento – saiu vitorioso como uma das maiores autoridades do Egito. Assim sendo, teve a oportunidade de punir severamente os irmãos, como vingança, mas não o fez. Como era um homem de Deus, perdoou os irmãos e até reconheceu que todo seu sofrimento o ajudou a ser uma pessoa muito melhor do que normalmente seria.

E o que dizer então do apóstolo Paulo? Depois da morte de Cristo, foi perseguido, preso, espancado, passando também por grandes sofrimentos. Nem por isso, mesmo na prisão, perdeu seu amor à vida, ao próximo e ao Senhor. Permaneceu firme na sua fé e acabou sendo usado pelo Senhor para escrever e deixar grandes mensagens sagradas, as quais podemos ter livremente hoje nas mãos para conhecimento e reflexão, e que proporcionam o fortalecimento espiritual de todos aqueles que buscam respostas e força nas palavras de Deus.

*Jornalista e Professor

Leia Coluna Amplavisão: Promessas enganosas geram estelionato eleitoral

Leia Coluna Amplavisão: Promessas enganosas geram estelionato eleitoral

PESQUISAS: Oportuno repetir na atual fase da campanha eleitoral: “pesquisa não é prognóstico, é diagnóstico. ”  Diagnóstico é o resultado atual de uma avaliação no momento presente. Prognóstico é um resultado prévio, algo que pode ocorrer no futuro. O prognóstico é possível a partir da leitura feita com base nos dados do diagnóstico. Tal qual na medicina, na política o segundo depende do primeiro para existir.

‘PEGADINHAS’: Para os mais experientes ou rodados em campanhas eleitorais é recomendável adotar algumas manhas na leitura das pesquisas. Pesa a credibilidade do instituto pesquisador, os critérios adotados do trabalho a campo (locais e perfis sócios/econômicos do eleitor) e principalmente a interpretação correta desses números.

AVISO! As surpresas ocorrem em todas eleições. Em 2018 candidatos que já tinham encomendado roupas da posse acabaram frustrados. Essa não será diferente por várias razões. O alto número de candidatos ao Executivo implica na concorrência maior para Assembleia Legislativa e Câmara Federal. Às vezes não se ganha eleição apenas com o nome ou pose.

NO DIVÃ: A cada 7 de setembro voltamos a questionar os erros e acertos do Brasil ao longo da sua história. A propósito vale citar uma declaração preciosa de D. Pedro II a um jornal português. Disse o imperador: “É uma pergunta que sempre me faço e não consigo responder. O que foi melhor? Permanecer esse monstro unido, ou teria sido melhor se separar em vários países.

INGOVERNÁVEL: Pelas suas dimensões oceânicas, há quem sustente a tese de que o Brasil teria tido mais chances de êxito se dividido em 4 países: São Paulo, Rio, Bahia e Minas juntos; Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul unidos; Pernambuco (Olinda) de Alagoas ao Ceará e finalmente a Amazônia liderado pelo Pará. Agora, tarde demais.

‘TOPA TUDO’: Impressiona a obstinação do ex-promotor Sergio Harfouche (Avante).  Lá atrás iria tentar o Governo como vice de Simone Tebet. Hoje sua candidatura à Câmara Federal esbarra na falta de desincompatibilização do cargo, como decidiu o TRE.  O relógio contra Harfouche. Como desafiava o apresentador de TV: “para ou continua? ”

PROMESSA: Sinônimo de pacto, jura, palavra. Se na religião é voto feito a Deus ou a um santo, na política é apenas palavra dita, ou seja, palavra em vão, que efetivamente não corresponde a um compromisso de ação futura. Ao longo da história a promessa perdeu a credibilidade pela sua vulgarização e o não resgate na maioria dos casos. Aí a promessa se transformou em estelionato eleitoral.

SUGESTÃO: Já que estamos em plena campanha, com promessas para todas situações, vale lembrar que uma boa maneira de avaliar a credibilidade dos políticos é exatamente verificar o cumprimento das promessas anteriores. Vale também um estudo profundo do potencial do candidato, se ele é capaz de viabilizar o cumprimento das promessas.

SEM EXCEÇÃO: Pelas entrevistas, debates e declarações diversas dos candidatos, concluo que suas assessorias lançaram mão de todos os remédios para sanar nossos males. Criatividade quase comparável as fantasias de Harry Potter, mudando cenários, situações e personagens. Basta o eleitor analisar quem é quem para adotar uma postura cautelosa na escolha.

COMPARAÇÃO:  Há por exemplo o consumidor que acredita piamente de que o preço do produto anunciado como ‘promoção’ é o melhor. Aí fideliza e só compra deste anunciante. Nas eleições por sua vez, há o eleitor que opta pelo candidato que mais promete soluções. Igual ao consumidor, esse eleitor não faz comparações com as ofertas dos concorrentes.

ESTELIONATO? A expressão ‘estelionato eleitoral’ lembra por analogia o artigo 171 do Código Penal. O candidato registra seu plano de governo e por má fé ou ignorância das atribuições do cargo, promete ações que não pode realizar – se eleito. Aliás, o registro do tal ‘plano de governo’ serve para fiscalizar se o candidato (eleito) cumpriu as promessas. Mas legalmente  ele não é obrigado a cumpri-las.

BELEZA!  No papel os planos de governo encantam pelo pragmatismo como são tratados  os desafios da administração em todos os níveis. Se sobra o otimismo fantasioso – há carência de planejamento correto como é adotado na iniciativa privada.  Seria como empreender uma longa viagem sem tomar as devidas precauções contra os imprevistos.

ESPERTEZA:  Cerca de R$1,5 bilhão que deveria beneficiar os clientes pelo desconto do ICMS ficaram com a Claro, Oi, Vivo e Tim. Após a denúncia do deputado Paulo Duarte (PSB) e que protocolou representação contra as operadoras no MPF, a Adecom (Associação  de Defesa dos Consumidores de MS) foi a justiça para receber em dobro o que foi apropriado pelas empresas. Às vezes a esperteza come a mão do esperto.

TEM JEITO? Em 2018, dos 513 deputados federais eleitos, só 27 deles se elegeram com seus votos, sem depender de redistribuição de votos pelo coeficiente eleitoral. Houve  caso do candidato com 128 mil votos que não se elegeu e de outro com apenas 200 votos que chegou lá. Com tanta gente beneficiada pelas regras generosas, é impossível aprovar a reforma partidária.

LAMENTÁVEL: Já falamos aqui do erro de Sergio Moro em deixar a Magistratura pelo inseguro cargo de Ministro da Justiça. Agora não há como ignorar a persistência dele no erro ao concorrer ao senado. As notícias mostram o quanto tem sido alvo de bombardeio de críticas na mídia. Uma vez mais faltou-lhe um bom conselheiro. Decididamente não precisava disso.

DE VOLTA: Contrariando a maioria das previsões, o ex-senador Delcídio do Amaral (PTB) deve mesmo disputar a Câmara Federal. E não foi fácil ‘dar a volta por cima’ no TRF da 1ª. região ( Brasília) e chancelada pelo desembargador Julizar B. Trindade após  decisões desfavoráveis. Agora ele luta contra o tempo num cenário desafiador.

E VOLTA?  O ex-poderoso e ex-imponente prefeito de Campo Grande – Alcides Bernal –  decidiu – como se diz – calçar as sandálias da humildade para confessar sua situação financeira precária e que o incapacitaria de resgatar compromissos impostos pela justiça. Pelos indicativos, sua derrocada na política terá a mesma velocidade de sua ascensão meteórica.

CONVENHAMOS: A mídia publica que o candidato a deputado federal pelo MDB, Carlos Bernardo – empresário do ramo educacional na fronteira – teve sua candidatura barrada. O fato foi motivado por falta de orientação jurídica por extrapolar o valor numa doação eleitoral. O caso cabe recurso, mas é uma lição aos candidatos para que não cometam erros primários perante a justiça.

REELEIÇÃO:  “A reeleição é um insulto à Nação…( – )…Se o presidente Castelo Branco tivesse querido, teria sido reeleito…(- )…Pois bem. Foi preciso que chegasse a Presidência da República – não um militar, mas um civil, um professor universitário, para que o Brasil regredisse ao nível mais baixo da América Latina em matéria de provimento de chefia do Estado…” ( Paulo Brossard – ex-senador)

AVALIAÇÃO: Nesta ressaca de 7 de setembro o assunto principal se refere a postura do presidente Bolsonaro nas comemorações. Claro, há muitos interesses em jogo na grande mídia inclusive.  Mas pergunta-se: Essa movimentação trará reflexos capaz de interferir na tendência do eleitorado que as pesquisas mostram? Pelo sim, pelo não, vamos esperar.

Fim da linha:

O Brasil não é para principiantes ( Tom Jobim)

 

Como obter a ajuda de Deus: Wilson Aquino*

Como obter a ajuda de Deus: Wilson Aquino*

Deus existe e é o Criador de todas as coisas. A humanidade faz parte de Seu maior plano, o do crescimento e desenvolvimento espiritual da humanidade. E para se obter a Sua ajuda para a realização de sonhos e necessidades no dia a dia, é necessário requisitos básicos como: Pedir a Ele com fé, em oração; Ser digno no esforço em obedecer a Seus mandamentos e nunca cruzar os braços à espera de Sua ação e dos milagres. É vital a iniciativa do indivíduo de fazer a sua parte a respeito de tudo o que precisa e deseja. Aí então Ele age (ou não) fazendo a Sua parte.

Ao estudar as Escrituras Sagradas pode-se comprovar inúmeras passagens em que tanto Deus, o Pai, como Jesus Cristo, o Filho Unigênito do Senhor na Terra, operam milagres após o homem tomar atitude de buscá-Los, se levantar e ir até Eles.

Observe Suas palavras em uma das frases mais famosas e que enchem a todos de esperança, especialmente aqueles que atravessam rigorosas tempestades: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt. 12:28). Observe que é preciso “ir a Ele”. Uma condição, para o recebimento das bênçãos.

É como podemos ver em Números (21: 8-9) sobre a história da “Serpente de bronze” feita por Moisés para salvar as pessoas de picadas de cobras no deserto. O Senhor mandou que as pessoas feridas apenas olhassem para a escultura de bronze para serem salvas. Muitos não o fizeram e morreram.

E o que dizer da cura da lepra de Naamã com apenas sete mergulhos no Jordão? Em 2Reis 5, essa é a incrível história de um belo ensinamento sobre o poder da humanidade e da obediência à palavra de Deus.

Naamã foi um general do exército Sírio, quando Ben-Hadade II era rei da Síria (860 a.c.). Em 2Reis 5, encontramos expressões que descrevem sua personalidade, sua honra e habilidade no combate. E o mais importante, era um grande homem diante do Senhor.

Depois de contrair lepra, Naamã parte em uma viagem de aproximadamente 138 km de Damasco a Dotã, para se encontrar com o profeta Eliseu, na esperança de ser curado por Deus.

Após tanto esforço, esperava que Eliseu o recebesse como autoridade e fizesse algum tipo de ritual mágico ou alguma fervorosa oração para que fosse curado. No entanto, “Eliseu lhe mandou um mensageiro dizendo: vai, e lavas-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será curada e ficarás purificado” (2 Rs. 5:10).

Naamã esperava ser recebido com pompas e de ter que fazer alguma coisa complexa, entretanto ele sai da casa de Eliseu, que sequer o recebeu pessoalmente, com apenas uma simples palavra de OBEDIÊNCIA a um mandamento de Deus. Ao cumprir, foi curado.

A história da mulher com fluxo (contínuo) de sangue por 12 anos, também comprova a força da fé. Com esse problema de saúde, ela soube da chegada de Jesus à sua comunidade e venceu a multidão que O seguia para simplesmente tocar-Lhe as vestes, pois acreditava que apenas isso bastaria para curá-la. E o milagre aconteceu exatamente como previu.

Porém, em meio àquele tumulto de pessoas, Jesus sentiu que “poder de si saíra”, indagando quem o havia tocado. Os discípulos disseram que não dava para saber, pois a multidão que o acompanhava era grande. Diante da insistência do Messias, “a mulher, que sabia o que lhe tinha acontecido, temendo e tremendo, aproximou-se, e prostrou-se diante dele, e disse-lhe toda a verdade”. Diante de tamanha fé, humildade e sinceridade, o Senhor lhe respondeu: “Filha, a tua fé te salvou; vai em paz, e sê curada deste teu mal” (Mc. 5: 25-34)

A leitura diária das Escrituras e o esforço individual de obedecer aos ensinamentos e mandamentos de Deus ajudam o indivíduo a conhecê-Lo melhor e a entender o Seu grandioso Plano de Salvação que estabeleceu para a felicidade e alegria de toda a humanidade, agora e para sempre.

Nos deu também o livre-arbítrio, para que cada um tome as decisões que achar melhor e percorra o caminho que preferir. Entretanto, é bom saber que as escolhas erradas têm suas consequências e que sem o Senhor no coração e na mente, as tempestades da vida são muito piores de se enfrentar.

*Jornalista e Professor

APP… a incompreendida ! Rosildo Barcellos

APP… a incompreendida ! Rosildo Barcellos

As Áreas de Preservação Permanente (APPs) são localizações definidas pelo Código Florestal, que em maio completou dez anos, (o primeiro Código Florestal foi editado em 1934, modernizado em 1965 e revisado em 2012, Decreto 7.830 de 17 de outubro de 2012.), onde em tese, são defesos as alterações antrópicas, ou seja, as interferências do homem sobre o meio ambiente, a exemplo de um desmatamento ou de uma construção. a APP ciliar qualifica- se como território non aedificandi. Ao criar o conceito de área de preservação permanente o legislador certamente, tencionou resguardar diretamente a flora, a fauna, os recursos hídricos e os valores estéticos, de maneira a garantir o equilíbrio do meio ambiente e a consequente manutenção da vida humana e da qualidade de vida do homem em sociedade, deixando determinadas áreas a salvo do desenvolvimento econômico e da degradação, posto que as florestas e demais formas de vegetação guardam íntima relação com os elementos naturais citados. Segundo o inciso II do artigo 3º da Lei 12.651/12, APP é uma “área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas”. A Lei 12.651/12 fez com que a linha de demarcação da APP passasse a ser medida a partir da borda da calha do leito regular e não mais a partir do nível mais alto da cheia sazonal, como previa o antigo Código Florestal, o que acaba diminuindo a extensão da área protegida.

O que preconiza a Lei 12.651/12, por certo, inovou ao classificar os manguezais como APP, haja vista que em momento pretérito apenas as restingas estabilizadoras de mangues é que eram enquadradas dessa forma. Uma das maiores divergências conceituais da Lei 12.651/12 foi certamente o estabelecimento do conceito de área rural consolidada, que faz com que os proprietários de áreas desmatadas até o dia 23 de julho de 2008 sejam dispensados de reflorestar a área. O inciso IV do artigo 3º dispõe que área rural consolidada é a “área de imóvel rural com ocupação antrópica preexistente a 22 de julho de 2008, com edificações, benfeitorias ou atividades agrossilvipastoris, admitida, neste último caso, a adoção do regime de pousio”. Como supedâneo, o artigo 61-A determina que “Nas Áreas de Preservação Permanente, é autorizada, exclusivamente, a continuidade das atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural em áreas rurais consolidadas até 22 de julho de 2008”. Isso significa que além do perdão das irregularidades cometidas, os infratores poderão desenvolver determinadas atividades econômicas em suas propriedades, diferentemente dos proprietários que cumpriram a sua obrigação de preservar a APP. Isto posto reitero o entendimento que a Área de Preservação Permanente ciliar (= APP ripária, ripícola ou ribeirinha), pelo seu prestígio ético e indubitável mérito ecológico, corporifica verdadeira trincheira inicial e última – a bandeira mais reluzente, por assim dizer – do comando maior de “preservar e restaurar as funções ecológicas essenciais”, prescrito no art. 225, caput e § 1º, I, da Constituição Federal. Preservar o meio ambiente é preservar o futuro.

*pousio: período geralmente. de um ano em que as terras são deixadas sem semeadura, para repousarem.

*Articulista, com curso de aperfeiçoamento em bases legais para conservação de áreas  úmidas pela  Wetlands International Brasil