set 13, 2022 | Economia
Para o ciclo 2021/2022, Conab prevê volume 35,6% superior à safra passada. Cereal vem tendo alta adesão de pecuaristas, sobretudo para suprir a alimentação animal nos meses mais secos.
Mesmo com vários registros de intensos estresses hídricos no principal estado produtor (Goiás), o cultivo de sorgo no Brasil se mantém em expressiva ascendência. A projeção da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), feita em seu último boletim de grãos em 8 de setembro/2022, aponta que a produção do cereal na safra 2021/2022 será 35,6% maior do que a safra anterior, superando a casa de 2,8 milhões de toneladas. Este avanço exigiu um incremento de área plantada de apenas 19,4% de uma safra para outra. Confirmando estes números, a produção de sorgo no Brasil terá crescido 75% em 12 anos no País, saindo de 1,6 milhão/t na safra 2009/2010 para as 2,8 milhões/t no ciclo 2021/2022.
“Produzir mais em menor área mostra avanço em produtividade, ou seja, revela claramente que o produtor está ajustando tecnologia e escolhendo com mais critério as cultivares para obter resultados cada vez melhores”, avalia Willian Sawa, diretor executivo da Latina Seeds, referência em sorgo no Brasil.
Em Mato Grosso, a Conab observou “incremento expressivo de área” e uma produtividade média de 2.708 kg/ha. Segundo a companhia, o uso mais crescente do sorgo é na função de substituto de outro cereal: o milho. Isso acontece sobretudo nas propriedades que evitam corre risco de entrar com esta cultura fora da janela recomendada, uma vez que o sorgo possui a vantagem de ser mais tolerante à escassez hídrica se comparado com as demais culturas comerciais plantadas em terras mato-grossenses.
Em Mato Grosso do Sul, a Conab registrou mais de 80% das áreas colhidas com “produtividades acima das expectativas, surpreendendo os técnicos que possuem ainda pouca experiência com o cereal”. A companhia informa que a cotação do sorgo vem acompanhando 80% do preço ofertado pela saca de milho e que a comercialização (mais da metade já vendida) vem ocorrendo prioritariamente entre produtor e consumidor final (confinadores de bovinos e fábricas regionais de ração)
Na opinião de Sawa, o crescimento das lavouras de sorgo pelo Brasil reflete também os avanços em modelos de orientação ao produtor, sobretudo em relação às janelas de risco de cultivo. Ele lembra, por exemplo, que em 2020 o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) instituiu o zoneamento agrícola do sorgo granífero. Em 2021 foi a vez da criação do zoneamento para o sorgo forrageiro, hoje em uso crescente em modelos de integração lavoura-pecuária e em sistemas de produção que adotam o resgate (ou sequestro) de animais no pasto durante os meses secos (oferecendo o volumoso no cocho). O produtor que segue o zoneamento ganha em segurança e proteção. Muitos agentes financeiros só liberam crédito para lavouras em áreas zoneadas e em uso de cultivares indicadas.
O sorgo é uma cultura muito antiga, originária da África e parte da Ásia. No entanto, somente no final do século passado começou a ocupar espaços agropecuários significativos pelo mundo. Em 1984 já foi o quinto cereal mais produzido no planeta, perdendo apenas para trigo, arroz, milho e cevada. Sua versatilidade vem chamando a atenção da agroindústria brasileira, uma vez que pode ser usado para o consumo humano, de animais e por diversas formas nas indústrias. No País a diversificação da matriz produtiva vem estimulando os cultivos de sorgo sacarino, granífero, forrageiro, vassoura e biomassa.
ago 17, 2022 | Economia
A princípio o Projeto de Lei 1748/22 vem para estabelecer piso salarial de R$ 6 mil para médicos veterinários com jornada de 30 horas semanais. Sendo assim o valor será atualizado conforme variação anual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) aumento salarial.
Conforme aumento salarial, será analisada na Câmara dos Deputados, o texto abrange o dispositivo na Consolidação das Leis do Trabalhador (CLT), tratando daqueles contratados pelo setor privado. Entre os mesmos pisos e jornada valerão no serviço público de todos os entes federativos.
“Trata-se de categoria profissional de grande importância, mas financeiramente pouco reconhecida, e a condição sacrifica esses profissionais tão indispensáveis ao País”, afirma o autor da proposta, deputado licenciado Moses Rodrigues (União-CE).
Contudo, o projeto tramita em caráter conclusivo e sendo analisado pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
ago 9, 2022 | Economia
A receita com a exportação de produtos industriais de Mato Grosso do Sul alcançou em julho US$ 416,3 milhões, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems, indicando crescimento de 2% em relação ao mesmo mês de 2021, quando o valor ficou em US$ 408,5 milhões. Esse foi o melhor resultado já registrado para o mês em toda a série histórica da exportação de produtos industriais do Estado.
Já no acumulado de 2022, a receita total alcançou US$ 2,82 bilhões, proporcionando crescimento de 16% em relação ao mesmo período de 2021, quando o valor ficou em US$ 2,42 bilhões, resultando na maior receita já alcançada no período indicado. “Quanto à participação relativa, no mês, a indústria respondeu por 57% de toda a receita de exportação de Mato Grosso do Sul. Já no acumulado do ano, a participação está em 58%”, explicou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende.
Grupos que apresentaram maior participação nas receitas de exportação
Ainda conforme o economista, os grupos “Complexo frigorífico”, “Celulose e papel” e “Óleos vegetais e demais produtos de sua extração” respondem por 87% da receita das exportações do setor industrial no período de janeiro a julho, sendo 34% para o primeiro grupo, 31% para o segundo e 22% para o terceiro grupo. Logo em seguida estão os grupos “Açúcar e álcool”, com 4%, “Extrativo mineral”, com 3%, e “Metalmecânica”, com 2%.
No grupo “Complexo frigorífico”, a receita de exportações em julho alcançou US$ 42,8 milhões e no acumulado de janeiro a julho, US$ 948,9. Os principais produtos exportados foram carnes desossadas congeladas de bovino, pedaços e miudezas congelados de frango e carnes desossadas refrigeradas de bovino. Os principais países compradores foram China, Chile, Estados Unidos, Egito e Emirados Árabes.
Quanto ao grupo “Celulose e papel”, a receita de exportações registrou em julho US$ 112,4 milhões, enquanto no acumulado do ano foi de US$ 870,6 milhões. Os principais produtos exportados foram pastas químicas de madeira e os principais países importadores foram China, Estados Unidos, Itália, Holanda e Emirados Árabes.
Já no grupo “Óleos vegetais e demais produtos de sua extração”, a receita de exportações de industrializados atingiu em julho US$ 78,1 milhões e no acumulado do ano, US$ 615 milhões. Os principais produtos comercializados foram bagaços e resíduos sólidos da extração do óleo de soja, farinhas e pellets da extração do óleo de soja, óleo de soja bruto, óleo de soja refinado. Os principais países compradores foram Índia, Holanda, Indonésia, Venezuela e Tailândia.
Sonora com Ezequiel: https://we.tl/t-RVd4xXSGze
ago 5, 2022 | Economia
Em reunião convocada pela Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste para discutir a implementação das novas regras do FCO na modalidade não-rural, o Banco do Brasil anunciou que iniciará a migração das taxas de juros dos financiamentos a partir de 15 de agosto.
Durante a reunião, a instituição também se comprometeu em oferecer simulação aos clientes para que eles possam verificar se a operação é vantajosa. “Nós parlamentares trabalhamos por essa possibilidade desde o ano passado com o setor produtivo e a Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste. Pensamos em como oferecer maior segurança e condições para que os empresários possam se reerguer após a pandemia”, afirmou o senador Nelsinho Trad.
O anúncio atende demanda da Fiems, que em julho já havia apresentado preocupação com riscos de inadimplência devido à elevação das taxas de juros. Segundo o presidente Sérgio Longen, os empresários atendidos pelo FCO com taxas pós-fixadas estavam com dificuldades em honrar os compromissos, em um cenário de inflação fora de controle e altas inesperadas nos preços da economia.
“Nossa preocupação é que nossos associados, empresários do meu Estado e também dos demais Estados atendidos pelo FCO, estão ficando em situação ruim. Quem está devendo, avalia que sua empresa está com dificuldade de pagamento e com desenho claro de que a situação vai piorar”, afirmou.