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Bela Vista-MS Domingo, 05 de Maio de 2024
Vereadores de Bela Vista aprova projeto que concede isenção de Taxa de Iluminação pública a famílias de baixa renda

Vereadores de Bela Vista aprova projeto que concede isenção de Taxa de Iluminação pública a famílias de baixa renda

A Câmara de Vereadores de Bela Vista aprovou na sessão desta segunda-feira, dia 13 de abril, o Projeto de Lei 005/2020, de autoria da Prefeitura de Bela Vista, onde autoriza o Poder Executivo de Bela Vista a conceder isenção da Contribuição para Custeio de Iluminação Pública (COSIP) aos contribuintes vinculados às unidades consumidoras enquadradas na Tarifa Social de Energia Elétrica.

O projeto faz parte de um plano para ajudar famílias de baixa renda em meio a pandemia do novo Coronavírus que assola todos os municípios do Brasil.

No período de 1° de abril a 30 de junho de 2020, ficam isentos do pagamento da Contribuição para o Custeio de Iluminação Pública (COSIP), os contribuintes vinculados às unidades consumidoras enquadradas na Tarifa Social, cujo consumo seja inferior a 220 kWh/mês.

A isenção será concedida somente a uma única unidade consumidora por família de baixa renda.

O projeto foi aprovado por unanimidade por todos os vereadores em Regime de Urgência Especial. Justifica-se a aprovação da presente propositura, em vista da publicação pelo Governo Federal da Medida Provisória n° 950, de 08 de abril de 2020, que dispõe sobre medidas temporárias emergenciais destinadas ao setor elétrico para enfrentamento do estado de calamidade pública decorrente da pandemia do Novo Coronavírus (CADID-19).

No período de 1° de abril a 30 de junho de 2020, deverá ser concedido desconto de 100% da parcela de consumo de energia elétrica até 220 kWh para o conjunto de consumidores residenciais classificados como de baixa renda em todo o território nacional.

Ademir Mendonça – Assessor de Imprensa

Isolamento social continua baixo em MS e consequências podem vir em duas semanas

Isolamento social continua baixo em MS e consequências podem vir em duas semanas

Campo Grande (MS) – A adesão do sul-mato-grossense ao isolamento chegou a 47,7% no sábado (11.4) conforme mostra o sistema de monitoramento da In Loco que mede a taxa média de distanciamento social em todo País com base nos dados de geolocalização de aparelhos celulares. A média nacional para o sábado foi de 52,4%, e o estado voltou a segunda pior posição do ranking.

Sete Quedas (29,6%), Tacuru (37%), Iguatemi (39,1%), Glória de Dourados (40,7%), Naviraí (40,9%), Figueirão (41%), Alcinópolis (41,3%), Ivinhema (41,8%), Maracaju (42,7%) e Jardim (43,3%) são os municípios de Mato Grosso do Sul que ocupam as dez piores colocações no ranking das cidades.

A baixa adesão ao isolamento social identificado nos últimos dias, pode vir a sobrecarregar o sistema público de saúde nas próximas duas semanas, provocando o que as autoridades mais temiam: o pico da pandemia com número de leitos insuficiente para atender todos os infectados pela Covid-19.

Durante apresentação da taxa média de isolamento social na live deste domingo (12.4) o secretário de estado de saúde, Geraldo Rezende pediu atenção de prefeitos e secretários de saúde para esse monitoramento e suas possíveis consequências.

“Estamos divulgando para que prefeitos e secretários de saúde tenham de fato a noção, e possam fazer intervenções no sentido de chamar a população ao isolamento social. Quero dizer mais uma vez que aquilo que acontece hoje com relação ao isolamento social, vai estar diretamente ligado ao acréscimo de casos que vão acontecer daqui a duas ou três semanas”, destacou.

Neste domingo (12.4) a Secretaria de Estado de Saúde (SES) anunciou mais um caso de coronavírus em Mato Grosso do Sul, passando a 101 o número de confirmados, e 63 estão em investigação.  Confira o boletim completo e detalhado aqui.

 

MS contra o coronavírus: da criação do Centro de Operações Especiais à isenção do ICMS da luz

MS contra o coronavírus: da criação do Centro de Operações Especiais à isenção do ICMS da luz

Campo Grande (MS) – Mato Grosso do Sul completa nesta semana (12 a 18 de abril) um mês de intensificação das medidas contra o novo coronavírus. Seguindo as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), do Ministério da Saúde e de infectologistas, o governador Reinaldo Azambuja tem tomado medidas para conter o avanço da pandemia e minimizar os impactos na economia, principalmente para a população mais carente.

A primeira medida foi a criação do Centro de Operações Especiais contra o Coronavírus (Coe-MS), ainda em janeiro. Entre as mais recentes estão a isenção do ICMS da tarifa social da conta de luz, beneficiando 142 mil famílias, e o início do agendamento de exames para o coronavírus pelo sistema Drive-Thru.

Reinaldo Azambuja destinou ainda dinheiro para as prefeituras usarem nas ações de saúde, ampliou o Vale Renda, suspendeu o vencimento das prestações dos contratos de programas habitacionais, isentou do pagamento quem tem a tarifa social de água, proibiu os cortes desse serviço e do gás natural, contratou novos leitos hospitalares, suspendeu as aulas e instituiu teletrabalho para os servidores.

O governador também implantou controle sanitário no Aeroporto Internacional de Campo Grande e em 13 pontos de divisas com outros estados brasileiros, fechou parques estaduais e centros esportivos e proibiu férias de bombeiros militares e dos servidores da saúde, entre muitas outras medidas.

Confira as decisões em ordem cronológica:

 

31 de janeiro (sexta-feira)

– Criado o Centro de Operações Especiais contra o Coronavírus (Coe-MS)

 

16 de março (segunda-feira)

– Proibição das férias de bombeiros militares e servidores estaduais da área da saúde durante o período da pandemia. Isso por causa do aumento da demanda desses profissionais;

– Em casos necessários, autorizada a requisição de bens e de serviços de pessoas naturais e jurídicas, hipótese em que será garantido o pagamento posterior com base na “tabela SUS”, quando aplicável, ou mediante justa indenização a ser definida pela Administração Pública Estadual em processo administrativo próprio;

– Determinação: servidor, empregado público, terceirizado, colaborador, trainee, estagiário ou aprendiz que apresentar febre ou condições respiratórias é obrigado a reportar o caso suspeito ao dirigente do órgão em que trabalha;

– Determinação: servidores que retornaram ou tiveram contato direto com pessoas que regressaram de locais com transmissão comunitária da Covid-19, independentemente de apresentarem sintomas, devem comunicar este fato à chefia imediata, sendo que os que apresentarem sintomas deverão procurar um serviço de saúde e ser afastados do trabalho, sem prejuízo de sua remuneração, pelo período mínimo de 14 dias ou conforme determinação médica;

– Determinação: servidores, empregados e colaboradores que regressaram desses locais e que não apresentem sintomas deverão desempenhar as atividades em domicílio, em regime excepcional de teletrabalho, pelo prazo de sete dias, a contar do retorno ao Estado;

– Suspensão de qualquer evento ou atividades pelos órgãos do Governo que implique em aglomeração de pessoas e da participação de servidores em eventos oficiais fora de Mato Grosso do Sul;

– Proibição de reuniões presenciais, no âmbito de qualquer órgão ou entidade da Administração Estadual, com a participação de qualquer pessoa que tenha regressado de locais com transmissão comunitária do vírus;

– Autorização do teletrabalho (trabalho em casa) para servidores que, cumulativamente, tenham mais de 60 anos e sejam portadores de doenças crônicas que compõem grupo de risco;

– Reunião com representantes de oito universidades em Mato Grosso do Sul para o alinhamento de informações referentes ao monitoramento dos casos de infecção por coronavírus com adoção de medidas paliativas que reduzam a concentração de estudantes sem prejudicar o calendário acadêmico;

– Reunião com representantes do setor produtivo para convocar o Comitê de Monitoramento da Crise (CMC) e alinhar ações de prevenção ao novo coronavírus. O CMC é formado pela Fiems, Fecomércio-MS, Famasul, Sebrae/MS e outras entidades.

 

17 de março (terça-feira)

– Suspensão das aulas na Rede Estadual de Ensino por 15 dias, de 23 de março a 6 de abril, sem prejuízo aos alunos que não comparecerem à escola na semana atual. No período sem aulas, os alunos têm atividades para realizar em casa;

– Adotado o sistema de entrevistas coletivas on-line para evitar a proliferação do vírus entre os profissionais de imprensa.

 

18 de março (quarta-feira)

– Anúncio da abertura de processo para compra emergencial de cinco mil kits de testes para o novo coronavírus.

 

19 de março (quinta-feira)

– Disponibilização do sétimo andar do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, para atendimento exclusivo de eventuais pacientes com coronavírus. Ao todo, são 48 leitos;

– Suspensão do atendimento em alguns ambulatórios do HRMS para diminuir a aglomeração de pacientes na unidade. Dessa forma, só estão em funcionamento: Clínica da Dor Crônica; ICC (Insuficiência Cardíaca Congestiva); TAP (Tempo de Atividade da Protrombina); egressos de cirurgia de cabeça e pescoço; egressos de cirurgia geral; egressos de cirurgia pediátrica; gestantes de alto risco; hematologia; oncologia clínica; egressos de oncologia cirúrgica; egressos de urologia; follow up; paracentese; pulsoterapia; e serviços de imagem.

– A pedido do Governo de MS, o Governo Federal fechou as fronteiras do Mato Grosso do Sul com os países vizinhos – Bolívia e Paraguai;

– Suspensão de visitas nos presídios;

– Anúncio da contratação de 207 leitos hospitalares;

– Anúncio da antecipação do lançamento do programa MS Digital que visa o atendimento ao público, online;

– Encaminhamento à Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul do projeto de decreto legislativo para implantar Estado de Calamidade Pública em MS;

– Autorização de teletrabalho para o servidor público estadual;

– Anúncio da antecipação do lançamento do aplicativo MS Digital, que reúne 80 serviços para cidadãos e servidores públicos de forma remota.

 

20 de março (sexta-feira)

– Regulamentação do home office e teletrabalho;

– Fechamento dos parques estaduais e dos centros esportivos;

– Decretado estado de Emergência em Saúde.

 

21 de março (sábado)

– Compra emergencial de 200 kits de testes de coronavírus que vão possibilitar a realização de 10 mil exames de detecção da doença.

 

23 de março (segunda-feira)

– 12 mil famílias carentes de Mato Grosso do Sul são isentas do pagamento da conta de água por três meses (abril, maio e junho);

– Proibido o corte de água em todas as unidades consumidoras da Sanesul;

– Resolução obriga todos os laboratórios particulares de Mato Grosso do Sul a notificar a Secretaria de Estado de Saúde quantos aos casos suspeitos, detectados e positivos para a Covid-19;

– Implantado o Disk Corona, serviço para esclarecimento de dúvidas sobre o coronavírus pelo telefone 3311-6262;

– Portaria torna obrigatório o treinamento de servidores, colaboradores e estudantes do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, na Capital, contra o coronavírus. O HRMS é referência contra a pandemia;

– Suspensão dos prazos administrativos no âmbito da Administração Pública Direta e Indireta do Poder Executivo, de 20 de março a 30 de abril;

– Publicada portaria mudando o calendário para proprietários de veículos com placas final 1 e 2, que precisariam quitar seu licenciamento no mês de abril, para que possam pagar o imposto somente no mês de maio.

 

24 de março (terça-feira)

– Atendendo a um pedido de Reinaldo Azambuja e de outros governadores, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) suspendeu os cortes no fornecimento de energia elétrica de consumidores residenciais que não conseguirem pagar as contas. A medida vale por 90 dias;

– Portaria dá autonomia aos médicos-legistas para deixar de fazer o exame interno do cadáver durante o período de pandemia do novo coronavírus. O objetivo é garantir a segurança dos profissionais e evitar a disseminação da Covid-19;

– Semagro institui um comitê de monitoramento com o objetivo de auxiliar na orientação ao setor produtivo, além de acompanhar, avaliar e orientar as ações desenvolvidas pela secretaria no combate e na mitigação dos efeitos da pandemia do coronavírus (Covid-19).

 

25 de março (quarta-feira)

– Início da distribuição de materiais para combate ao coronavírus para os municípios. Os kits são compostos de litros de álcool 70 líquido (em proporções definidas de acordo com o tamanho e setor de risco de cada município); álcool em gel; EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual), como luvas, óculos de proteção; doses de vacina contra influenza; e material informativo de combate ao coronavírus e dengue;

– Hospital Regional de Ponta Porã recebe duas carretas da saúde para auxiliar nos casos suspeitos de coronavírus;

– Liberação de R$ 2,4 milhões em recursos do Fundo Estadual de Assistência Social para os 79 municípios de Mato Grosso do Sul;

– Prorrogação de prazos para entrega do arquivo digital da Escrituração Fiscal Digital (EFD) e a validade da certidão negativa de débitos referentes aos meses de fevereiro a julho de 2020.

 

Quinta-feira (26.03)

-Governador Reinaldo Azambuja assina Carta dos Governadores do Brasil contendo oito reivindicações para permitir o enfrentamento das consequências econômicas causadas pela pandemia do novo coronavírus, entre elas a aplicação da lei que institui a renda básica da cidadania para todos os brasileiros;

– Repasse no valor de R$ 7,8 milhões para os municípios de Mato Grosso do Sul realizarem ações de enfrentamento ao coronavírus;

– Anúncio da antecipação de salários de servidores e pagamento por etapas – de 31 de março a 2 de abril – como medida de prevenção ao Covid-19, evitando assim a aglomeração de pessoas nos bancos e comércios do Estado;

– Prorrogação de prazos referentes ao Programa de Recuperação de Créditos Fiscais (Refis) do ICMS;

-Compra por dispensa de licitação de equipamentos e kits de diagnóstico para o combate ao coronavírus e à dengue. Investimento total de R$ 889,8 mil;

– SES anuncia aquisição de kits de biologia molecular para diagnóstico de Dengue, no valor de R$ 130 mil;

-Confecção de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), materiais de higiene, álcool 70º, máscaras, capotes e gorros por reeducandos das unidades penais do Estado.

 

Sexta-feira (27.03)

– Governo do Estado cria Comissão de Controle Sanitário (CCS-MS);

– Entrega de cinco mil litros de álcool 70% líquido para os indígenas do Estado através do Distrito Sanitário Especial Indígena de MS (DSEI);

– Criado Grupo de Trabalho para apoio às compras em caráter emergencial de insumos usados no combate à propagação do coronavírus;

– Repasse de R$ 7,8 milhões para municípios de Mato Grosso do Sul usarem no enfrentamento à Covid-19.

 

Segunda-feira (30.03)

– Início do funcionamento da barreira sanitária no Aeroporto Internacional de Campo Grande;

– Publicada resolução com os procedimentos para contratação durante a situação de emergência pela Covid-19, garantindo publicidade, transparência e melhor compra;

– Resolução Sefaz/SES define procedimentos para transferência de recursos para combate ao coronavírus;

– Hospital Regional, de Campo Grande, publica plano de Enfrentamento à Pandemia.

 

Terça-feira (31.3)

– Acréscimo de R$ 60 no Vale Renda;

– Publicado decreto que suspende o vencimento das prestações dos contratos dos programas habitacionais;

– Divulgado “MS Cultura Presente”, no valor de R$ 1,3 milhão, em que aproximadamente 700 produções artísticas, em formato de vídeos feitos em casa, serão feitas para serem divulgados em plataformas digitais e redes sociais da Fundação de Cultura e do Governo do Estado;

– Pagamento dos salários de quem recebe até R$ 2 mil.

 

Quarta-feira (1º/4)

– Prorrogado prazo para pagamento das parcelas de 6 mil contratos do FCO Empresarial (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) em Mato Grosso do Sul;

– Prorrogação da suspensão das aulas presenciais na Rede Estadual até o dia 3 de maio.

 

Quinta-feira (2.4)

– Governo de MS e o Banco do Brasil anunciam a possibilidade de servidores renovarem seus contratos de empréstimos consignados com carência de até 180 dias (seis meses). Juros no período de carência serão diluídos no pagamento das parcelas;

– Pronto Hospital de Campanha no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) para dar suporte no atendimento aos casos de coronavírus;

– Governo amplia de seis para 12 meses a validade de exame de saúde de candidatos de concurso da PM e Bombeiros Militar.

 

Sexta-feira (3.4)

– Início da repatriação de brasileiros vindo de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, seguindo recomendação do Ministério das Relações Exteriores.

 

Segunda-feira (6.4)

– Reinaldo Azambuja anuncia a transferência de R$ 20 milhões de emendas parlamentares para os Fundos de Saúde dos 79 municípios de MS;

– Resolução do Banco Central cria uma linha de crédito especial no FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) para atender empresários impactados pela queda da atividade econômica devido a pandemia do coronavírus. A publicação também prorroga o pagamento das parcelas daqueles que já possuem financiamento;

– Detran altera o calendário de licenciamento em função da necessidade de medidas de prevenção e combate ao coronavírus.

 

Quarta-feira (8.4)

– União reconhece MS como Estado de Calamidade Pública.

 

Sexta-feira (10.4)

– Reinaldo Azambuja anuncia isenção do ICMS da tarifa social da conta de luz, beneficiando 142 mil famílias;

– Governo do Estado e Sesau iniciam o agendamento de exames para o coronavírus pelo sistema Drive-Thru.

 

Sábado (11.4) 

– Agepen/MS prorroga período de suspensão das visitas em unidades prisionais de Mato Grosso do Sul até o dia 22 de abril.

 

Mato Grosso do Sul é o terceiro do Brasil em cura do coronavírus

Mato Grosso do Sul é o terceiro do Brasil em cura do coronavírus

Mato Grosso do Sul tem a terceira maior proporção de pacientes curados de Covid-19 entre os estados que contabilizam a quantidade de pessoas que se recuperaram da doença. Das 97 pessoas que testaram positivo para a doença, 37 finalizaram a quarentena e não têm mais sintomas e sete que estavam internados tiveram alta. Isso quer dizer que 45,36% dos contaminados estão livres da doença.

O levantamento foi realizado pelo Correio do Estado com base nos boletins epidemiológicos de todas as unidades da Federação divulgados até o meio-dia de sexta-feira.

A pesquisa mostra que Alagoas foi o estado com maior quantidade de casos leves ou cujos pacientes conseguiram resistir aos sintomas, com 91,89% de recuperação. Dos 37 casos confirmados, 34 estão curados.

O Acre ocupou a segunda posição com porcentual de cura de 62,90%. O estado da região norte registra 62 pacientes com o novo coronavírus, dos quais 21 continuam internados ou em isolamento domiciliar. Somente duas pessoas morreram em decorrência da Covid-19. Sergipe aparece em quarto lugar no ranking, com 42 pessoas contaminadas pelo vírus, quatro mortes e 18 pessoas declaradas curadas pela Secretaria Estadual de Saúde.

Na sequência vêm Rondônia (28,57%), Brasília (26,29%), Paraíba (25,45%), Paraná (24,27%), Bahia (24,17%), Amapá (21,50%), Rio de Janeiro (21,21%), Maranhão (18,09%), Espírito Santo (13,67%) e Mato Grosso (10,19%).

Três estados tiveram porcentual abaixo dos 10%: Pernambuco (7,93%), Amazonas (6,92%) e o Ceará (3,38%). Este último tem um dos índices mais altos de contaminação do País, com 1,115 casos confirmados e 40 mortes causadas pela Covid-19.

TRANSPARÊNCIA

O levantamento permite à equipe de reportagem observar que Mato Grosso do Sul tem uma das formas mais claras de divulgar os dados do novo coronavírus à população. Em 11 estados a informação de quantas pessoas se recuperaram da doença não vem explícita no boletim epidemiológico.

Nesses casos, foi preciso acionar as secretarias de Saúde por e-mail cobrando os dados, e nem todas enviaram. Goiás, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo afirmaram que, de fato, não dispõem desse tipo de levantamento, mas que os órgãos competentes trabalham em sistemas informatizados para tornarem possível expor essa informação ao público ou ainda estão calculando a quantidade de pessoas que tiveram alta da Covid-19.

Roraima, Tocantins, Piauí, Santa Catarina e Pará sequer responderam à equipe de reportagem com as informações solicitadas.

SEM PÂNICO

A infectologista sul-mato-grossense Marcia dal Fabro afirma que embora os dados tragam esperança para a população de modo algum indicam que as medidas de isolamento social já podem ser descartadas.

O pico de casos da doença ainda não aconteceu e o vírus ainda está circulando. Isso significa que se uma quantidade expressiva de pessoas se contaminarem nos próximos dias a probabilidade é de aumentar os casos graves e, consequentemente, reduzirem o porcentual de cura.

“Sobre o levantamento, é preciso analisar a faixa etária dos pacientes e se eles têm comorbidades. Você tem de pensar que os primeiros casos que vieram ao Estado eram, em sua maioria, pacientes jovens que vieram de fora do País ou de outros estados. Os contatos que eles tiveram primeiro, quando chegaram aqui, também foram com pessoas da mesma faixa etária deles. Não que por serem jovens não evoluam para um quadro grave, mas o porcentual é menor”, disse Márcia.

Ela reforça que ser jovem não significa estar imune a uma manifestação mais grave da doença. “Já foi provado que ela mata crianças, mata jovens e mata adultos”, explica a infectologista.

Isso significa que não tem como prever, dos pacientes que ainda não pegaram a Covid-19, quantos que poderão evoluir negativamente a ponto de precisarem de unidade de terapia intensiva (UTI) ou morrerem.

A população tem cobrado a divulgação dos dados de pacientes curados, mas existe a preocupação de que essas informações passem uma ideia falsa a respeito da seriedade da doença.

“Temos de manter as medidas de isolamento para continuarmos baixando o pico da curva”, completa a especialista.

MS sai do topo de pior isolamento do País e Governo pede para população continuar em casa

MS sai do topo de pior isolamento do País e Governo pede para população continuar em casa

Campo Grande (MS) – Orientação sistemática do Governo do Estado para população ficar em casa e feriado santo podem ter contribuído para uma melhora significativa nos índices de distanciamento social em Mato Grosso do Sul. Com taxa média de 54,9% nesta sexta-feira (10.4), o estado saiu do topo de pior isolamento social, passando à frente dos estados de Alagoas (52,6%), Roraima (52,6%), Tocantins (54,1%) e Rondônia (54,6%).

Apesar da flexibilização das medidas com a reabertura do comércio em algumas cidades, os gestores municipais têm atuado em parceria com o Estado no enfrentamento ao novo coronavírus. O reflexo pode ser sentido na crescente melhora dos índices de isolamento social em algumas cidades do Estado.

A Capital que chegou a registrar 37,8% na quinta-feira (9.4), apresentou ontem índice de 53,8%, sendo o segundo melhor resultado das duas últimas semanas. Segunda maior cidade do Estado, Dourados também registrou nesta sexta, taxa média de 56,9%, depois de três dias seguidos de isolamento abaixo dos 40%.

Taxa média de isolamento na Capital nas ultimas semanas

Entre os cinco melhores índices de sexta-feira estão os municípios de: Jaraguari (78,5%), Paranhos (75,8%), Aral Moreira (74,2%), Novo Horizonte do Sul (70,9%), e Douradina (66,5%). Já as cidades de Costa Rica (48,8%), Nova Alvorada do Sul (49%), Rio Verde de Mato Grosso (50,4%), Coronel Sapucaia (50,5%), e Três Lagoas (52,2%), ocupam posição inversa no ranking.

Apesar da melhora na taxa média geral de isolamento social de Mato Grosso do Sul no comparativo com dias anteriores, a preocupação das autoridades é com o aumento de confirmados. Neste sábado (11.4) o Estado completou 100 exames positivos para o coronavírus, e mais uma vez o isolamento foi citado como estratégia principal para reduzir o contágio pela Covid-19.

“Estamos com aumento no número de casos, numa curva ascendente o que é bem preocupante. Nesses próximos 15 dias o distanciamento será fundamental para que essa curva não se multiplique 10 vezes mais e esgote o sistema de saúde. Daí a importância do isolamento social em todas as cidades de MS”, destacou a secretária-adjunta da Secretaria de Estado de Saúde (SES) Dra. Cristine Maymone.

A melhora nos índices de isolamento social precisa ser constante para que os resultados apareçam, ponderou o titular da SES, Geraldo Rezende. “O reflexo do isolamento de hoje poderá vir daqui a 14 ou 21 dias”, alertou.

Para conferir o boletim epidemiológico atualizado, acesse www.coronavirus.ms.gov.br.

Boletim epidemiológico de Mato Grosso do Sul atualizado 11 de abril

Startup

A base de dados da In Loco, tem como referência 60 milhões de telefones celulares existentes no País, e tem sido utilizada por cientistas e autoridades em saúde de todo País para estudar o comportamento da população e como isso tem refletido no aumento dos casos confirmados. Foi comprovado que o aumento da reclusão no fim do mês de março evitou infecções e internações. Porém o afrouxamento das medidas de isolamento nos municípios pode mudar o cenário nas próximas semanas.

Coronavírus transformou a vida em Batayporã, que agora é sinônimo de medo

Coronavírus transformou a vida em Batayporã, que agora é sinônimo de medo

Batayporã, a 311 km de Campo Grande, foi uma das 19 cidades sul-mato-grossenses que passaram os 365 dias de 2019 sem registrar um único homicídio. Com 11.329 moradores, segundo estimativa feita ano passado pelo IBGE, o povoado encravado entre o município de Nova Andradina e a Usina Hidrelétrica Sérgio Motta, no Rio Paraná, é um lugar tranquilo, onde todo mundo se conhece.

Mas a palavra “Batayporã” agora mete medo nas pessoas. E o motivo é um só: o novo coronavírus que aterroriza o mundo e até esta quarta-feira (8) já tinha afetado quase 1,5 milhão de pessoas e provocado a morte de 87 mil no planeta.

“Você está indo para Batayporã? Não está com medo?”, se assustou o frentista de um posto de combustíveis na MS-276, rodovia que dá acesso de Dourados à região de Nova Andradina e depois a Batayporã.

Foi nessa pequena cidade emancipada em 12 de novembro de 1963 que ocorreram as duas primeiras mortes por Covid-19 em Mato Grosso do Sul: Eleuzi Silva Nascimento, 64, no dia 31 de março, e Sônia Regina dos Anjos, 66, na madrugada de segunda-feira (6).

Da esquerda para direita: Anderson Tolotti, Marcela Leite Macedo, Sidney Olegário Marques e o prefeito Jorge Takahashi (Foto: Helio de Freitas)
Outros quatro moradores de Batayporã estão com o coronavírus. Todos infectados por contato com a primeira vítima, eles estão isolados em casa e são acompanhados diariamente por uma médica da saúde pública.

Aos 63 anos de idade, Jorge Takahashi faz parte dos grupos de risco apontados pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Por isso tem passado boa parte do tempo isolado no sítio. Nesta quarta, ele aproveitou que precisava assinar documentos na prefeitura e reuniu parte da equipe para falar com a reportagem.

Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

Além do prefeito, estavam presentes os secretários de Administração e Finanças Sidney Olegário Marques e de Saúde Marcela Leite Macedo e o coordenador da Vigilância Sanitária Anderson Tolotti.

Usando máscara, assim como todos os assessores presentes na roda de conversa, Jorge Takahashi não esconde a preocupação com os efeitos que o coronavírus ainda pode causar na cidade e admite: tem muita gente com medo de ir até o local. “Já tem estabelecimento com falta de alguns produtos porque o pessoal não quer vir aqui para fazer a entrega, por medo”, afirmou ele.

Nesta semana, o comércio da cidade voltou a funcionar após o prefeito flexibilizar algumas medidas adotadas logo após a primeira morte. Mesmo assim, praças e parques do núcleo urbano continuam fechados. Foi preciso até interditar bancos nas calçadas para evitar aglomeração nesses locais, antes muito frequentados para rodas de conversa e tereré.

Nas ruas, moradores tentam levar vida tranquilamente, mas ninguém esconde o medo de contágio (Foto: Helio de Freitas)

Nas ruas, é possível perceber que os moradores tentam levar a rotina de cidade pequena. Alguns conversavam nas calçadas do centro e em frente às casas nos bairros. Poucos usavam máscara, que passou a ser recomendada pelo Ministério da Saúde.

A reportagem constatou algumas filas, principalmente em frente às duas agências bancárias e à casa lotérica. O prefeito afirma que determinou à equipe rigor na fiscalização para evitar aglomerações e mandou recado: “vamos acompanhar, fiscalizar, orientar, mas se for preciso endurecer as medidas, vamos fazer porque em primeiro lugar vamos pensar na saúde de nossos moradores”.

Reunião do prefeito com a equipe está prevista para a semana que vem, para avaliar os primeiros dias do comércio aberto. Como parte das ações contra a pandemia, a prefeitura decretou ponto facultativo na Semana Santa e apenas serviços essenciais estão funcionando.

Jorge Luiz Takahashi prevê dias difíceis, mesmo após o período de maior contágio, apontado pelas autoridades sanitárias. “Nossa principal fonte de receita é o FPM [Fundo de Participação dos Municípios], que já vem zerado por causa de dívidas antigas parceladas. O ICMS deve cair bastante por causa da crise. Se o governo federal não agir para ajudar os pequenos municípios, não sei o que ainda vamos enfrentar”, disse o prefeito.

Dengue x coronavírus – A pandemia do novo coronavírus, que já atinge um a cada 1.886 moradores de Batayporã, afetou toda a estrutura de saúde pública da pequena cidade, onde nascem em média 120 crianças por ano e as mortes não passaram de 67 no ano passado.

O biólogo Anderson Tolotti, 32, coordenador da Vigilância Sanitária do município, tinha até recentemente como maior preocupação cuidar do combate à dengue e agora precisa correr atrás até para cumprir as regras sobre velório e enterro.

Ao Campo Grande News, ele afirmou que não foi pego de surpresa porque já vinha se informando sobre as orientações do Ministério da Saúde, mas não esconde a dificuldade enfrentada no caso das duas mortes. Formado na Uems em Nova Andradina, Anderson faz mestrado na mesma universidade, em Dourados.

No dia 31 de março, a Vigilância Sanitária acompanhou de Dourados até o cemitério municipal o carro da funerária com o corpo da primeira vítima, Eleuzi Silva Nascimento, 64. O caso dela já tinha sido confirmado como Covid-19, por isso não poderia ter velório e o caixão foi direto para o cemitério para ser enterrado. Um genro e uma neta vindos de Cuiabá (MT), além um representante da família, acompanharam à distância. Os demais familiares que moram na cidade estavam de quarentena.

Na segunda-feira (6), situação semelhante ocorreu após a morte de Sônia Regina dos Anjos, 66, no Hospital Regional de Nova Andradina. O corpo seguiu direto para o cemitério de Batayporã e enterrado, na presença do marido e de dois sobrinhos.

Anderson afirma que a preocupação com os demais assuntos de interesse de sua área não acabou, principalmente com a dengue, mas diz que já pediu reforço na equipe. Além de ajudar a cumprir as medidas sanitárias nos estabelecimentos comerciais que voltaram a funcionar nesta semana, ele também precisa coordenar a higienização dos espaços públicos. Nesta quarta, a limpeza foi feita nos arredores da cadeia local.

Fonte: Campo Grande nNews