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Bela Vista-MS Domingo, 28 de Abril de 2024
Inteligência, investimento e integração das polícias consolidam MS como um dos estados mais seguros do País

Inteligência, investimento e integração das polícias consolidam MS como um dos estados mais seguros do País

Campo Grande (MS) – Inteligência, investimento e integração das polícias consolidam Mato Grosso do Sul como um dos estados mais seguros do país. Segundo dados da Segurança Pública, o primeiro semestre de 2020 registrou um saldo positivo, dos 12 tipos de crimes monitorados, o Estado vem registrando queda em nove itens analisados.

Conforme dados do Relatório do Núcleo de Estatística e Análise Criminal divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) nesta terça-feira (07.07), os índices positivos colocam o Estado entre os mais seguros do Brasil para cada 100 mil habitantes.

Roubo foi o que registrou maior queda entre os números analisados, 28,1% (a cada 100 mil habitantes) se comparado com 2019, de 3.881 ocorrências registradas no ano passado para 2.240 ocorrências neste ano, uma diferença de 1.441 casos a menos registrados.

No caso de roubo em via urbana, o recuo chegou a 27,2% (a cada 100 mil habitantes) – de 3.042 (2019) para 2.240 (2020) -, diferença de quase 1 mil casos a menos em comparação com o ano anterior.

Os crimes contra o patrimônio ainda apresentam redução em outros três itens: 16,2% contra o comércio; de 25,2% de veículos e 27,4% a residência.

Furto também apresentou redução considerável e registrou queda de 18,2%, de 18.097 casos registrados em 2019 passou para 14.963 em 2020. Furto a residência, por exemplo, apresentou redução expressiva com queda de 25%, de 188 ocorrências (2019) para 138 ocorrências (2020).

Para o secretário de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, o trabalho no combate à criminalidade e à violência não se restringe ao trabalho de prevenção e repressão, mas também ao monitoramento constante dos resultados, às medidas de ressocialização e ao investimento de forma equilibrada entre as forças de segurança. “Os números são produto dos chamados três “is”: Inteligência, Investimento e Integração entre as forças de segurança, sistema penitenciário e outras secretarias”.

Crimes contra à vida

O Monitor da Violência – feito pelo G1, Núcleo de Estudos da Violência da USP e Fórum Brasileiro de Segurança Pública – revela que em março, último mês disponível da pesquisa, Mato Grosso do Sul obteve o 4º menor índice de crimes violentos (1,37 para cada 100 mil habitantes). A média nacional foi de 1,97 crimes violentos/100 mil habitantes.

Conforme o estudo, de Janeiro a Junho, Mato Grosso do Sul registrou média de 1,8% nos homicídios dolosos, se mantendo abaixo da média nacional, 1,97 crimes violentos (março/2020). Apesar dos diversos casos de feminicídios registrados no Estado, houve redução de 15% em comparação de 20 casos registrados no primeiro semestre de 2019 para 17 em 2020.

Outro ponto importante é quanto a redução de crimes violentos na faixa de fronteira 18,9%, de 139 casos em 2019 para 114 casos em 2020. Nos homicídios culposos no trânsito (quando não há intenção) a redução chegou 9,6% em comparação com o ano anterior.

MS registro avanço em apenas duas frentes : roubo seguido de morte, com 31,8% e furto de veículos com 5,2%.

Rodson Lima, Sejusp
Fotos: Arquivo Subcom

Sicredi Centro-Sul MS comemora 31 anos de história

Sicredi Centro-Sul MS comemora 31 anos de história

Instituição financeira cooperativa, que nasceu para ser uma alternativa aos associados, comemora mais um aniversário conciliando viabilidade econômica e responsabilidade social

Completando 31 anos de história na região no dia 5 de julho, a Sicredi Centro-Sul MS, é uma instituição financeira cooperativa comprometida com a transformação econômica e social, impulsionando as pessoas e promovendo o desenvolvimento coletivo. Ao longo destes anos, a Cooperativa vem se solidificando no cenário financeiro regional e unindo forças com aqueles que são os mais importantes: os associados.

História

Uma cooperativa surge a partir de uma necessidade coletiva e da união de pessoas com a finalidade de somar esforços para atingir objetivos comuns que beneficiem a todos. E, foi assim, que as atividades de cooperativismo de crédito em Dourados iniciaram no dia 5 de julho de 1989, com a fundação da Credidourada. Ao mesmo tempo, surgiram na região sul do Mato Grosso do Sul cooperativas similares em Rio Brilhante e Caarapó. E, visando somar forças que, em 2001, houve a fusão das cooperativas de crédito de Dourados, Rio Brilhante e Caarapó, incluindo também as unidades que já possuíam em Amambai e Laguna Carapã, formando assim a Cooperativa Sicredi Centro-Sul MS.

A partir desta união, iniciou-se um projeto de expansão da Cooperativa, ampliando sua área de atuação e se solidificando ainda mais no cenário econômico da região. Entre os anos de 2002 e 2007, 6 novas agências foram inauguradas nos municípios de Novo Horizonte do Sul, Naviraí, Nova Andradina, Iguatemi, Nova Alvorada do Sul e a agência Integração, sendo a segunda na cidade de Dourados.

No ano de 2008, a Cooperativa Sicredi Itaporã, também fundada em 1989, se uniu a Sicredi Centro-Sul MS para juntas estimular o desenvolvimento da região. Entre 2009 e 2011, a Cooperativa chegou aos municípios de Ivinhema e Mundo Novo e inaugurou a terceira agência em Dourados, desta vez, no Jardim Água Boa.

Em 2012, mais uma grande união aconteceu com a fusão da Sicredi Centro-Sul MS com a Sicredi Fronteira MS, também fundada em 1989, aderindo as agências que já possuía nos municípios de Ponta Porã, Aral Moreira, Bela Vista e Coronel Sapucaia, aumentando a sua área de atuação e tornando-se um importante instrumento de incentivo para o desenvolvimento econômico e social.

A partir deste momento, a expansão da Cooperativa Sicredi Centro-Sul MS se tornou ainda mais sólida. Entre os anos de 2013 a 2020, mais 13 agências foram inauguradas nos municípios de Deodápolis, Fátima do Sul, Itaquiraí, Bataguassu, Eldorado, Batayporã, Douradina, Anaurilândia, Juti, Antônio João, Angélica e mais duas agências em Dourados, a Universitária e a Parque do Lago.

Viabilidade econômica com responsabilidade social

Segundo o vice-presidente da Sicredi Centro-Sul MS, Edilson Antonio Lazzarini, a trajetória da cooperativa enche a todos de orgulho. “Ao olharmos nossa história, ficamos muito orgulhosos, pois crescemos muito, mas também superamos muitos desafios ao longo desses 31 anos. Somos muito gratos aos nossos associados, colaboradores e as comunidades que sempre acreditaram na força da cooperação e nos ajudaram a construir essa história.”

Uma cooperativa é uma sociedade de pessoas, que buscam, juntas, e por meio de objetivos comuns, definem estratégias que contribuem com o crescimento coletivo. “Estamos sempre ao lado da comunidade, promovendo a inclusão financeira de milhares de pessoas e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos associados e da região onde atuamos”, destaca Lazzarini.

Ao comemorar seus 31 anos de fundação, a Sicredi Centro-Sul MS apresenta um crescimento econômico que beneficia diretamente os associados e a comunidade em que está inserida. “A cada ano, avançamos mais no desenvolvimento da nossa região. Estamos crescendo junto com nossa comunidade, mesmo em um cenário cheio de desafios, graças a participação econômica cada vez maior dos nossos associados”, afirma o presidente da Sicredi Centro-Sul MS, Sadi Masiero.

Além da viabilidade econômica, a preocupação com a vida financeira dos associados e o comprometimento com a comunidade estão presentes no trabalho da Cooperativa. “Para 2020, o Fundo Social, recurso utilizado para apoiar projetos da comunidade nas áreas de Saúde, Educação, Esporte, Cultura, Meio Ambiente e Segurança, contam com mais de R$ 1 milhão. Além disso, conforme aprovação em AGO, cerca de R$ 1 milhão já foi doado ao Hospital de Amor, para custeio de manutenção da unidade móvel de diagnóstico e prevenção do câncer, que fica na nossa região”, reforça o presidente.

Números da Sicredi Centro-Sul MS

  • Presente em 28 municípios;
  • 32 agências de atendimento;
  • 85 mil associados;
  • 495 colaboradores diretos;

Em 2019,

  • Obteve resultado positivo de R$ 106,2 milhões;
  • Atingiu a marca de R$ 2 bilhões de ativos;
  • Patrimônio líquido de R$ 491 milhões;

Estes números posicionam a Cooperativa Sicredi Centro-Sul MS entre as 5 maiores do Sistema Sicredi e reforça a grandeza e potencialidade econômica da região centro e sul do Mato Grosso do Sul.

Cooperação

Diante do cenário de pandemia do novo coronavírus, a Sicredi Centro-Sul MS, está ainda mais próxima dos associados, realizando diversas medidas para contribuir com a minimização dos impactos econômicos e social na comunidade. As ações vão desde o estímulo a utilização dos canais digitais e liberação de linhas de crédito específicas para os associados que sofrerem maiores impactos com a redução da atividade econômica, a doações de respiradores, equipamentos de proteção e materiais de higiene através dos recursos do Fundo Social. “Estamos fazendo nossa parte e orientamos que todos sigam os cuidados recomendados pelos órgãos de saúde, afinal, gente que coopera, cuida”, finaliza o presidente da Sicredi Centro-Sul MS, Sadi Masiero.

Sobre a Cooperativa Sicredi Centro-Sul MS

A Sicredi Centro-Sul MS está presente em 28 municípios da região sul do Estado: Amambai, Anaurilândia, Angélica, Antônio João, Aral Moreira, Bataguassu, Batayporã, Bela Vista, Caarapó, Coronel Sapucaia, Deodápolis, Douradina, Dourados (5), Eldorado, Fátima do Sul, Iguatemi, Itaporã, Itaquiraí, Ivinhema, Juti, Laguna Carapã, Mundo Novo, Naviraí, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina, Novo Horizonte do Sul, Ponta Porã e Rio Brilhante. Atualmente são mais de 85 mil associados atendidos pela Cooperativa.

 

Preso em Campo Grande, blogueiro bolsonarista tem prisão revogada, mas STF impõe restrições

Preso em Campo Grande, blogueiro bolsonarista tem prisão revogada, mas STF impõe restrições

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes revogou neste domingo (5), a prisão do blogueiro bolsonarista, Oswaldo Eustáquio, que foi preso em Campo Grande no final do mês passado. Porém, de acordo com o canal CNN Brasil, a decisão contém algumas restrições que deverão ser cumpridas pelo blogueiro.

Segundo o canal de televisão, Eustáquio está proibido de ter contato com outros investigados na ‘Operação Lume’, nomes que incluem ativistas de direita, empresários e outros blogueiros e fica impedido de frequentar e utilizar as redes sociais. Outra restrição imposta por Alexandre de Moraes, determina que o blogueiro não pode ficar a menos de um quilômetro da Praça dos Três Poderes, em Brasília, nem de residências de ministros do STF.

No último dia 30, Moraes renovou a prisão temporária do bolsonarista a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República). No entanto, neste domingo, o ministro atende uma recomendação da PGR para que o blogueiro fosse solto.

Prisão em Campo Grande

Oswaldo Eustáquio foi preso pela PF (Polícia Federal) na capital sul-mato-grossense no dia 26 de junho. O blogueiro é investigado na Operação Lume, onde é suspeito de envolvimento na organização de atos antidemocráticos que pediram pela volta da Ditadura Militar, além do fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF).

A Polícia Federal localizou Eustáquio em Ponta Porã, na divisa com o Paraguai, o que levantou suspeitas sobre a possibilidade de fuga. Após um monitoramento sobre o seu paradeiro, ele foi preso hoje, na capital.

Em sua transferência para a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, o blogueiro passou mal. Ao apresentar problemas de saúde, Eustáquio precisou receber atendimento médico. Inicialmente, a equipe da PF teria acionado o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não havia ambulância disponível. Cerca de duas horas depois, o blogueiro foi atendido pelo Corpo de Bombeiros.

Fonte: Midia max

Procura por CNH digital em MS aumenta 163% em um ano

Procura por CNH digital em MS aumenta 163% em um ano

Campo Grande (MS) – Somente no mês de junho deste ano, mais de 11 mil CNH-e (Carteira Nacional de Habilitação Digital) foram ativadas no Estado, o que corresponde a um aumento de 163,61%, se comparado ao mesmo período do ano passado, que contou com 4.510 habilitações digitais ativadas. O Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul) aderiu ao novo modelo de habilitação em janeiro de 2018 e até o momento, 115.892 condutores já utilizam o documento digital no Estado.

O diretor-presidente, Rudel Trindade, explica que a CNH-e é uma versão eletrônica da carteira de motorista, que tem o mesmo valor jurídico do documento impresso e implica em custos para o cliente. “Praticidade, segurança e comodidade para o condutor são algumas das vantagens da versão digital”, afirma.

Por conta da pandemia do Covid-19, desde abril deste ano, o condutor habilitado junto ao órgão, com o documento expedido desde o dia 13 de abril de 2020, já pode obter a habilitação digital, antes mesmo da versão impressa, seja para a renovação dos exames, primeira habilitação ou outros motivos.

Segundo o chefe do setor de Renach (Registro Nacional de Carteira de Habilitação), Luiz Fernando Ferreira dos Santos, para que isso seja possível, é necessário que o condutor tenha seu cadastro atualizado junto ao banco de dados do Departamento, informando corretamente número de telefone celular com DDD e e-mail. “O condutor receberá um e-mail do Denatran [Departamento Nacional de Trânsito] informando o número de registro e um código de segurança da sua CNH ou da PPD (Permissão para Dirigir) possibilitando que ele baixe imediatamente a versão atualizada do documento de habilitação”, explicou.

Outro pré-requisito é ter um documento impresso no novo modelo, que contém o QR Code (código escaneável em aparelhos eletrônicos) no verso. Todos os documentos emitidos pós 2 de maio de 2017 já têm esse modelo. Se o condutor ainda tem o documento antigo, sem o QR Code, pode esperar a próxima renovação ou pedir uma segunda via do documento em qualquer agência do Detran ou Centro de Formação de Condutores.

O documento digital pode ser gerado em celulares, tablets e outros dispositivos móveis, a partir do aplicativo gratuito Carteira Digital de Trânsito. Antes de baixar o app no Google Play Store ou na App Store, o condutor deve ter cadastro no Portal de Serviços do Denatran.

A diretora de habilitação do órgão, Loretta Figueiredo, frisa a importância de estar atento ao conduzir o documento digital. “Embora a CNH-e seja acessível offline, sem necessidade de conexão wi-fi ou dados móveis habilitados, é preciso estar atento para a bateria e o correto funcionamento do aparelho. Para efeitos de fiscalização, se o equipamento estiver descarregado ou não estiver funcionando, será considerado que o condutor não está portando o documento”, finaliza.

Viviane Freitas, Detran

Caracol: Vereadores do MDB e PSD reúnem-se para debater projeto de Lei de suspensão de consignados perante ao Banco Bradesco

Caracol: Vereadores do MDB e PSD reúnem-se para debater projeto de Lei de suspensão de consignados perante ao Banco Bradesco

Caracol: Vereadores do MDB e PSD reúnem-se para debater projeto de Lei de suspensão de consignados perante ao Banco Bradesco

MDB e PSD formam hoje a maior bancada na Câmara Municipal de Caracol e destacam-se pelos trabalhos em prol dos servidores municipais.

Composta por cinco vereadores mais o presidente da casa esteve reunido nesta manhã de (02) de julho para despachar juntamente com o SINTRAC e discutir respeito da aplicabilidade da lei de suspensão de consignados.

De acordo com alguns servidores existe uma dificuldade em relação ao Banco Bradesco para que a lei seja aplicada inclusive relatos de que o banco negativou contas de servidores antes mesmo que esses servidores tenham recebido o seu salário.

Os vereadores e SINTRAC decidem comunicar oficialmente a superintendência do Bradesco e solicitar a imediata aplicabilidade da lei, sob Pena de não havendo entendimento eles entrarem com medidas judiciais.

O conteúdo em que solicita providências e cita a lei Municipal 824/2020 no mês de julho do ano corrente de 2020 em favor dos Servidores Públicos Municipais de Caracol/MS, cobra providências sob pena de notícia de fato criminal junto ao Ministério Público do Mato Grosso do Sul.

Participaram da reunião o Presidente da Câmara Municipal de Caracol, Oséias Ferreira Forte – Preguinho (MDB), vereador do MDB Dilmar Leite e Luiz Jarson. Os vereadores do PSD Adair Amarília e Douglas Vilalba e também o presidente do SINTRAC Renato Ocampos.

A Vereadora Magali Godoy (PT) também assinou o ofício que será despachado à superintendência do Banco Bradesco. O vereador Nego  do Alto Caracol também apoia o comprimento da Lei.

De acordo com o que foi pesquisado em outros municípios onde a lei também foi aprovada foi constatado que apenas o Banco Bradesco ainda não cumpriu com o conteúdo que a lei prevê.

Pesquisadores analisam potencialidades do Corredor Bioceânico

Pesquisadores analisam potencialidades do Corredor Bioceânico

Pesquisadores analisam potencialidades do Corredor Bioceânico

Sonhado há décadas pelas autoridades e comunidades do Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, o Corredor Bioceânico trará impactos para a população e para o desenvolvimento das regiões alcançadas pelo traçado internacional.

Para identificar as oportunidades e desafios gerados pela obra, pesquisadores do Projeto Multidisciplinar Corredor Bioceânico estão realizando estudos nas áreas de Logística, Economia, Turismo, Direito e História. O projeto de pesquisa e extensão é coordenado pelo Prof. Dr. Erick Wilke, da Escola de Administração e Negócios (ESAN) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

O corredor consiste em uma rota rodoviária que possibilitará a conexão viária do Centro-Oeste brasileiro aos portos chilenos de Antofagasta e Iquique, no Pacífico. O nome bioceânico se refere ao traçado que permitirá a ligação entre os oceanos Atlântico (Porto de Paranaguá) e Pacífico (Portos de Antofagasta e Iquique). O trajeto passará por cidades do Brasil, como Campo Grande e Porto Murtinho, do Paraguai, da Argentina e do Chile.

Uma das principais obras do corredor é a ponte sobre o Rio Paraguai, que deve começar a ser construída em 2021. Com extensão de 680 metros, a ponte ligará os municípios de Porto Murtinho e Carmelo Peralta (Paraguai).

A obra vai proporcionar mais competitividade no escoamento da produção agrícola e industrial, com redução de 23% do tempo de viagem (12 dias a menos) para a China, por exemplo, em comparação ao trajeto pelo Porto de Santos (SP) e redução do custo do transporte rodoviário para exportações e importações, conforme dados da Empresa de Planejamento e Logística (EPL).

A China é o principal destino das exportações de Mato Grosso do Sul, representando 47,73% das vendas externas de acordo com o Governo do Estado. Além disso, o corredor irá promover a abertura de novos mercados e a integração da região do entorno do trajeto nos quatro países.

No Projeto Multidisciplinar, estão sendo realizadas pesquisas centradas em resultados consistentes para a promoção do desenvolvimento econômico e social nos territórios por onde o Corredor Bioceânico passará. “O papel da universidade é levantar e gerar dados e informações por meio da pesquisa para que as autoridades e demais atores envolvidos nesse projeto possam tomar as melhores decisões possíveis. A ideia é conduzir esses resultados de imediato à sociedade por meio das ações de extensão”, explica o coordenador do projeto, Erick Wilke.

O projeto poderá beneficiar gestores públicos municipais; entidades associativas de classe; líderes comunitários; empresas do setor de transporte e logística e do setor de turismo; pequenos e microprodutores e empreendedores, agricultores de base familiar e sociedade civil em geral.

A importância da pesquisa para o planejamento de ações da iniciativa pública e privada é destacada pelo ministro João Carlos Parkinson de Castro, que é o coordenador Nacional dos Corredores Rodoviário e Ferroviário Bioceânicos e coordenador-geral de Assuntos Econômicos Latino-Americanos e Caribenhos do Ministério das Relações Exteriores.

“No desenvolvimento do corredor, fui o mentor do grupo universitário e tenho estimulado, desde a sua criação, o pensamento no sentido de procurar dar assistência aos governos centrais e locais para solução de determinados problemas”, afirma Parkinson.

Contribuições da pesquisa

Para o ministro João Carlos Parkinson, um dos aspectos que a universidade pode contribuir é com relação ao impacto social. “A infraestrutura física quando é implantada gera externalidades positivas e negativas. As positivas vão ser exploradas pelo setor privado, como os novos fluxos de comércio, novos investimentos, mais emprego, acesso à tecnologia. Agora tem as questões negativas que são igualmente importantes, como, por exemplo, o aumento do consumo da droga, como a modernidade vai conviver com as culturas tradicionais. São questões em que é importante abrir o espaço para o pensamento, para a ação universitária”, analisa.

Em âmbito estadual, o secretário titular da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, explica que, nesta fase inicial, o planejamento do Governo do Estado está voltado para as políticas públicas relacionadas ao desenvolvimento logístico para garantir a competitividade dos produtos sul-mato-grossenses no mercado asiático e que a pesquisa acadêmica poderá contribuir para futuras abordagens relacionadas às regiões impactadas pelo corredor.

“Toda a lógica do eixo de desenvolvimento logístico nós encaramos dentro do nosso projeto estratégico, só que isso não seria bastante para envolver todos os outros países numa lógica de desenvolvimento. Queremos desenvolver toda a nossa região sudoeste, no contexto regional e local. A partir daí, surge uma série de opções sob o ponto de vista da pesquisa onde nós temos que fazer o projeto de desenvolvimento local, inserindo as pessoas, a cultura dessas pessoas, as vocações regionais para que elas se apropriem de todo o processo de desenvolvimento. Acredito que é essa a grande relevância da pesquisa”, avalia o secretário estadual.

Jaime Verruck explica que a elaboração de políticas públicas é feita com base em estratégia e indicadores e que a pesquisa pode ser um fator relevante nesse processo. “As pesquisas das universidades têm um papel fundamental para que, através da ciência, a gente consiga tomar decisões e avaliações de políticas públicas corretas. Temos uma grande responsabilidade, essas comunidades não vão conseguir ser autônomas na apropriação desse desenvolvimento, temos que ajudá-las para que elas construam os próprios projetos. Se não tiver o poder da política pública em cada um dos países para que essas comunidades se apropriem desse processo de desenvolvimento, nós não vamos conseguir chegar lá”, destaca.

Eixos de pesquisa

São cinco eixos prioritários: Economia, com Profa. Luciane Cristina Carvalho (ESAN/UFMS) e Prof. Edgar Aparecido da Costa (CPAN/UFMS);  Turismo, com Profa. Débora Fittipaldi Gonçalves (UEMS); Logística, com Prof. Francisco Bayardo Barbosa (FAENG/UFMS); Direito, com Ynes da Silva Félix (FADIR/UFMS) e História, com o historiador Eronildo Barbosa.

“A construção dos eixos foi um esforço conjunto com a reitoria da UFMS e a Pró-Reitoria de Extensão diante da necessidade de gerar trabalhos práticos e resultados mais contundentes. São temas essenciais que estão sendo investigados por profissionais que já estavam realizando pesquisas sobre o corredor bioceânico ou que demonstraram interesse em aprofundar o conhecimento sobre o assunto”, afirma o coordenador do projeto, Erick Wilke.

Extensão

Por ser um projeto de pesquisa e extensão, há a preocupação em levar o conhecimento produzido pela universidade para a comunidade em geral, por meio de cursos, minicursos, reuniões técnicas, oficinas e seminários, conforme cada eixo de pesquisa. De acordo com o pró-reitor de Extensão, Cultura e Esporte (Proece) da UFMS, Prof. Dr. Marcelo Fernandes Pereira, a extensão tem como premissas a formação do aluno e a relação dialógica com a comunidade. Ao mesmo tempo em que a universidade recebe informações da população sobre demandas cotidianas, também entrega conhecimento produzido com a pesquisa.

“O projeto da rota bioceânica está calcado na relação indissociável da pesquisa com a extensão. É um projeto de pesquisa que pretende levar até as comunidades o nosso conhecimento, a nossa produção acadêmica, que prevê a entrega de conhecimento e formação local”, destaca o pró-reitor lembrando que a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão está prevista na Constituição Federal (art. 207) e no Estatuto da UFMS (art. 1º).

Recursos

Os recursos que viabilizaram a realização do Projeto Multidisciplinar são oriundos de emenda parlamentar do deputado federal Vander Loubet (PT/MS). Ele é natural de Porto Murtinho e trabalhou com o ex-governador José Orcírio Miranda dos Santos junto à Embaixada do Paraguai em Brasília para viabilizar a entrada da Itaipu Binacional no projeto. A empresa irá financiar a construção da ponte entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta, obra que é fundamental para viabilizar o funcionamento do corredor bioceânico. “Com o projeto em andamento, percebemos que algumas áreas não seriam contempladas pelos estudos de impacto econômico que seriam feitos, por isso resolvemos buscar a Universidade Federal para que analisasse essas áreas”, explica o deputado federal que já destinou outras emendas parlamentares e recursos para a UFMS.

Os recursos que viabilizaram a realização do Projeto Multidisciplinar são oriundos de emenda parlamentar do deputado federal Vander Loubet (PT/MS). Ele é natural de Porto Murtinho e trabalhou com o ex-governador José Orcírio Miranda dos Santos junto à Embaixada do Paraguai em Brasília para viabilizar a entrada da Itaipu Binacional no projeto. A empresa irá financiar a construção da ponte entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta, obra que é fundamental para viabilizar o funcionamento do corredor bioceânico. “Com o projeto em andamento, percebemos que algumas áreas não seriam contempladas pelos estudos de impacto econômico que seriam feitos, por isso resolvemos buscar a Universidade Federal para que analisasse essas áreas”, explica o deputado federal que já destinou outras emendas parlamentares e recursos para a UFMS.

Vander Loubet lembra que o corredor bioceânico vai impactar o Estado não apenas na questão econômica, em relação ao agronegócio e exportações, como também aspectos ligados ao turismo, à cultura e até mesmo aos pequenos empreendimentos, como a agricultura familiar.

“Acredito que essa pesquisa vai poder complementar aquilo que está sendo estudado pelo Governo do Estado. O Estado está focado com o macro, em questões alfandegárias, de arrecadação, de oportunidades para o agronegócio e a indústria. Mas é importante que a gente tenha a dimensão total do que vai representar esse corredor, desde Campo Grande até Murtinho. A Universidade não pode ficar restrita apenas ao mundo acadêmico, acredito que é fundamental que ela possa fazer parte do dia a dia da população e esse tipo de pesquisa é uma forma de fazer isso”, avalia o parlamentar.

Vanguarda

O Projeto Multidisciplinar representa uma extensão do somatório de esforços e ações em torno do tema central Corredor Bioceânico. “Este projeto coloca a UFMS na vanguarda da discussão da rota bioceânica na medida em que ao pesquisar o cenário atual pensando em perspectivas futuras, antes da obra física ser executada, a universidade está cumprindo um papel muito mais importante do que sanar problemas ou deficiências do nosso momento, estamos impedindo uma série de problemas futuros relacionados à logística, à infraestrutura e aos impactos sociais do projeto, e também estamos olhando para as potencialidades que estão se delineando neste momento”, avalia o pró-reitor de extensão da UFMS, Marcelo Fernandes.

Os impactos da construção da rota também estão sendo debatidos pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul em eventos e projetos como a UniRILA (Rede Universitária da Rota de Integração Latino Americana), que é formada ainda pelas seguintes universidades brasileiras: Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Universidade Católica Dom Bosco, Instituto Federal de Mato Grosso do Sul e UNILA; e estrangeiras: Paraguai (Universidade Nacional de Assunção); Argentina (Universidade Nacional de Salta) e Chile (Universidade Católica do Norte do Chile).

Por: Assessoria de Comunicação do Projeto Multidisciplinar Corredor Bioceânico