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Bela Vista-MS Quinta-Feira, 15 de Maio de 2025
Artigo: “Trabalho e felicidade podem andar juntos?”

Artigo: “Trabalho e felicidade podem andar juntos?”

Um tema tão atual e que tem ganhado mais espaço é sobre a possibilidade de ser feliz e ter satisfação em trabalhar. Em uma breve pesquisa na internet, constatamos que a maioria dos resultados se ocupam de dar dicas aos trabalhadores sobre como nutrir esse sentimento no ambiente de trabalho, centrando nele essa responsabilidade. Mas qual a função das organizações e gestores de pessoas na promoção de um ambiente mais feliz ao funcionário? 

Ultimamente, temos sido testemunhas de um cenário de insatisfação crescente, onde pessoas dizem trabalhar apenas para “quitar os boletos”. Nas redes sociais, acompanhamos a ascensão de um movimento onde há relatos de frustrações, que reforçam uma ideia de que trabalhar não passa de um fardo sem fuga e que a única saída possível seria herdar uma herança ou ganhar na loteria, tratando com humor a situação.

Outro movimento que ganhou destaque recentemente é o “quiet quitting”, que traduzido ao pé da letra significa: “desistência silenciosa” ou “demissão silenciosa”. Na prática, faz referência ao profissional que tomou a decisão de limitar suas tarefas às estritamente necessárias dentro da descrição de seu trabalho, evitando longas jornadas e sobrecarga, preservando assim sua saúde mental. 

Questões como essas têm se tornado cada vez mais urgentes nas discussões sobre gestão de pessoas, sobretudo em um mercado em que a análise do valor das empresas está diretamente ligada às suas ações de responsabilidade social, governança corporativa, e a forma como cuidam dos funcionários. Corporações com mais de 500 funcionários e com capital aberto na bolsa já são cobradas com relação às práticas de ESG (sigla em inglês para meio ambiente, responsabilidade social, governança corporativa).

Essas práticas devem se tornar cada vez um referencial de reputação das organizações, além de sua aplicabilidade passar a ser habilidade exigida na contratação de gestores de pessoas. Essa tendência já foi identificada pelas instituições de ensino superior, inclusive, incluindo nas suas grades curriculares disciplinas que tratam de temas específicos como felicidade e inteligência emocional. 

Atualmente, sou titular da disciplina Felicidade no curso de Administração, onde ensino sobre a valorização da natureza humana, tratando de temas como autoconhecimento, autossugestão e compreensão da complexidade e diversidade pessoal e dos colaboradores. Acessamos teoria e prática sobre bem-estar individual e coletivo, com ênfase nas relações interpessoais e no desenvolvimento da inteligência emocional.

Na formação do profissional administrador, espera-se que ele possa gerar felicidade em diferentes cenários e contextos, fortalecendo a harmonia e o sucesso pessoal e organizacional. Para além da preocupação com a saúde mental dos funcionários e seus níveis de satisfação, pesquisas recentes, como a da Universidade de Stanford, revelam que funcionários felizes são até 13% mais produtivos, reforçando que um funcionário feliz também é economicamente vantajoso para a organização.

Grandes empresas já têm adotado iniciativas com vistas à promoção da felicidade no ambiente de trabalho. A Google, por exemplo, implementou a política de permitir que seus funcionários dediquem 20% do seu tempo a projetos pessoais, além de oferecer acesso a programas de bem-estar. Outras iniciativas podem ser consideradas pelas organizações, como a adoção de home-office, que pode aumentar em 20% o sentimento de felicidade do trabalhador. 

Outros aspectos são importantes e contribuem para o sentimento de felicidade, como benefícios e remuneração. Priorizar a felicidade dos colaboradores ajuda a reter talentos, estimula o espírito colaborativo e a empatia entre os profissionais. Então, respondendo à nossa pergunta principal: sim, felicidade e trabalho não só podem como devem andar juntos. Administradores e gestores de pessoas estão se capacitando cada vez mais para promover um ambiente de trabalho mais feliz.  

Por Rodrigo Pereira,  doutor em Ciências das Informação, professor da Faculdade Novoeste 

Sobre o professor: Rodrigo Pereira é Doutor e Mestre em Ciência da Informação pela Unesp. Especialista em Gestão Estratégica de Recursos Humanos pela UFRRJ. É diretor-geral da Faculdade NOVOESTE e professor da disciplina Felicidade, no curso de Administração.

O futuro da sociedade nas mãos dos pais: Wilson Aquino*

O futuro da sociedade nas mãos dos pais: Wilson Aquino*

É inegável que a paternidade carrega consigo uma responsabilidade sagrada e vitalícia. Os pais têm o dever intrínseco de guiar seus filhos com amor, retidão e uma orientação que ultrapassa o mero cumprimento das necessidades físicas e intelectuais. Afinal, educar é muito mais do que prover alimento e abrigo; é moldar valores, princípios e caráter. Uma questão, acima de tudo, espiritual, para que tenhamos uma sociedade muito melhor amanhã.

Nesse contexto, os ensinamentos presentes na “Família – Proclamação ao Mundo”, documento emitido pela primeira presidência e o Conselho dos Doze Apóstolos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, ressoam como um lembrete poderoso da grandeza dessa incumbência: “Os pais têm o sagrado dever de criar os filhos com amor e retidão, atender às suas necessidades físicas e espirituais, ensiná-los a amar e servir uns aos outros, guardar os mandamentos de Deus e ser cidadãos cumpridores da lei, onde quer que morem”.

À medida que celebramos o Dia dos Pais como nesta semana, é crucial refletir sobre a imensurável influência que os pais exercem na formação das futuras gerações. Infelizmente, testemunhamos muitos casos de pais que não conseguem cumprir integralmente essa missão essencial. O aumento alarmante de crianças, jovens e adolescentes trilhando caminhos perigosos em direção às drogas, à violência e ao crime é um reflexo doloroso dessa lacuna na orientação paternal.

O livro de Provérbios (22:6) nas Escrituras Sagradas nos ensina: “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele”. A sabedoria desse provérbio ecoa através das eras como um lembrete de que a formação de valores e caráter começa desde a mais tenra idade. Pais, vocês têm o poder de traçar um caminho sólido para seus filhos, orientando-os na direção do bem e da retidão.

É crucial reconhecer que muitos jovens, lamentavelmente, se perdem em meio às complexidades das cidades brasileiras, sucumbindo aos desafios da bebida, drogas, criminalidade e violência. Esse cenário sombrio sinaliza a necessidade de uma abordagem mais abrangente e comprometida por parte dos pais. Aqueles que se encontram nessa situação de desespero e angústia devem entender que não estão sozinhos nessa luta. O Senhor está com vocês e dessa forma a esperança prevalece, e a capacidade de transformação torna-se sempre presente.

Resgatar um filho que se perdeu nos abismos da vida exige esforço inabalável e determinação incansável. A jornada pode ser difícil, repleta de obstáculos aparentemente intransponíveis. No entanto, nunca se deve desistir. Jamais! pois a fé, a perseverança e o amor incondicional têm o poder de reverter situações aparentemente irremediáveis. Mesmo quando todas as tentativas parecem fracassar, a crença na intervenção divina deve persistir, pois muitas vezes é nos momentos mais sombrios que os milagres acontecem.

A “Proclamação ao Mundo” alerta solenemente sobre as implicações de negligenciar as responsabilidades familiares: “As pessoas que deixam de cumprir suas responsabilidades familiares deverão um dia responder perante Deus pelo cumprimento dessas obrigações. Advertimos também que a desintegração da família fará recair sobre pessoas, comunidades e nações as calamidades preditas pelos profetas antigos e modernos”.

Portanto, é vital compreender que a criação de uma sociedade saudável começa na base, na família, e os pais desempenham um papel central nessa construção.

Ser pai é uma tarefa complexa e cheia de desafios, mas é também uma das mais nobres e enriquecedoras. É um chamado divino para nutrir e guiar a próxima geração em direção à virtude e à retidão, salvaguardando seus futuros e contribuindo para o aprimoramento da sociedade. Encare esse desafio e seja uma pessoa realizada ao entregar ao mundo bons filhos, homens e mulheres, cidadãos honrados, com a ajuda de Deus.

*Jornalista e Professor

Inclusão financeira: mais do que uma conta, muito além de um app

Inclusão financeira: mais do que uma conta, muito além de um app

O já conhecido Pixregistrou recorde de transações no mês de julho. Questões como open finance, open banking e contas digitais são termos que entram cada vez mais não apenas no vocabulário da população, mas também no dia a dia. ORelatório de Cidadania Financeira do Banco Central mais recente (2021) também demostra que opercentual de adultos que têm relacionamento com instituições financeiras saltou de 85% em 2019 para 96%, em 2020. A partir de dados como estes podemos, então, concluir que quase todos os brasileiros estão familiarizados com as experiências financeiras digitais e incluídos no Sistema Financeiro Nacional (SFN)?

A questão é mais profunda do que pode aparentar. Segundo o Banco Central, “inclusão financeira” é um estado em que todos os adultos têm acesso efetivo aos serviços providos por instituições formais, como crédito, poupança, pagamentos, seguros, previdência e investimentos. Além disso, faz parte de um conceito mais amplo: o de Cidadania Financeira, ou seja, o exercício de direitos e deveres, que permite ao cidadão gerenciar bem seus recursos financeiros. Em outras palavras, muito além de ter uma conta em alguma instituição financeira, as pessoas precisam ter acesso, informação e autonomiapara utilizar os diferentes tipos de serviços em seu benefício. Dessa forma, o conceito de Cidadania Financeira pressupõe que os consumidores tenhamconhecimento para gerenciar suas vidas financeiras de forma sustentável.

A questão é que, para entender as necessidades das pessoas e oferecer as melhores alternativas, épreciso estar próximo. Por isso, acreditamos que a digitalização é muito importante, assim como a ampliação da oferta de produtos e serviços, como consórcios, seguros, investimentos, entre outros. Mas estar presente é ainda mais fundamental.

Diferentedo movimento de muitas instituições financeiras, o Sicredi aumentou quase 50%o número de agências físicas, desde 2018, contando atualmente com mais de 2,5 mil pontos de atendimento em todo o Brasil. Em mais de 200 municípios brasileiros, somos a única instituição financeira com presença física, sem contar as estruturas móveis que circulam de norte a sul do país, levando informação e serviços para lugares diversos. Assim, atuamos em cidades onde outras instituições não costumam estar presentes,promovendo a Cidadania Financeira junto à população que, de outra maneira, teria acesso limitado.

A proximidade é mais do que um valor no Sicredi e seu impacto na vida financeira do associado pode ser visto na prática. Por meio do estudo “A Efetividade do Cooperativismo”, da série “Benefícios do Cooperativismo de Crédito”, vimos que a abertura de uma agência em municípios antes desassistidos pelo SFN impacta significativamente o acesso a serviços e a crédito naquelas comunidades.

Nossos associados ativos ampliam o uso médio de produtos em 25% em um período de dois anos, após passarem a contar com uma agência em seu município. Depois de cinco anos, cada associado passa a ser atendido com uma média de sete produtos financeiros. Quando analisamos o volume de crédito utilizado pelos associados em todo o SFN, o estudo identificou uma expansão média de 27,5% ao longo dos cinco primeiros anos de relacionamento com a cooperativa. Ou seja, a proximidade não representa somente uma conveniência, mas um promotor de acesso a um maior volume de crédito e a uma gama mais abrangente e adequada de produtos financeiros.

Outro importante resultado obtido mostra que o relacionamento próximo e a promoção de atividades locais de educação financeira por parte das cooperativas são fatores relevantes à Cidadania Financeira. O estudo mostra que 33% dos associados mantêm recursos em poupança já no momento de associação, enquanto 13% aplicam recursos em depósitos a prazo. Após dez anos de relacionamento, esses índices passam, respectivamente, para 51,2% e 49,4%.

Assim, podemos associar o acesso de serviços financeiros à presença física? Os dados demonstram que sim. O canal físico tem um papel muito mais importante do que a simples oferta de serviços. Ao reforçar o vínculo das cooperativas com as comunidades, ele é peça fundamental na identificação das necessidades locais, na promoção da educação financeira e na assessoria pessoal dos associados, simplificando o relacionamento com o mundo financeiro.

Por isso, precisamos seguir com a digitalização, mas sem esquecer que as pessoas têm necessidades diversas e se relacionam de forma diferente. Somos uma instituição financeira feita de pessoas que coopera para o crescimento de outras pessoas, ao propor as soluções financeiras mais adequadas as suas necessidades. Seguiremos próximos, construindo relações de confiança mútua e contribuindo cada vez mais para a inclusão financeira de nossos associados.

Por André Nunes de Nunes – economista-chefe do Sicredi

 

 

Leia Coluna Amplavisão: Hipocrisia e política: inseparáveis e dependentes

Leia Coluna Amplavisão: Hipocrisia e política: inseparáveis e dependentes

‘MANDACHUVA?’:  Mirando o Senado, o deputado Vander Loubet (PT) é nosso representante de maior peso junto ao Governo Lula. Ele é o grande interlocutor pela anunciada conclusão da UFN3 de Três Lagoas, a duplicação da Br-262 (Campo Grande a Três Lagoas) e a construção do acesso à ponte na Rota Bioceânica. Para Lula companheiro é companheiro!

REALIDADE:   Mato Grosso do Sul – entra governo sai governo – continua sendo uma estrela menor na constelação nacional. Tem apenas 8 deputados federais e um PIB que pouco representa para a União. Pantanal e agronegócio são duas obsessões que nós criamos para nossos argumentos de consumo – mas sem peso votos e peso político.

FESTA & VOTOS:  Sem dúvida, a programação das festividades do aniversário da capital trazendo a exposição pública da gestão da prefeita Adriane Lopes agregada a  sua imagem cada vez mais popular. Quem foi à Explanada da Ferroviária no lançamento das comemorações pode sentir que a musculatura política da prefeita não é artificial.

1-HIPOCRISIA: “ Uma coisa que talvez seja difícil para alguns entenderem é que não existe democracia sem hipocrisia. Não existe ganhar voto sem hipocrisia. Quem não for um bom mentiroso não pode fazer carreira política. Talvez uma das formas de hipocrisia mais sofisticada, e que os jovens compram esse pacote, é achar que há políticos que, porque se vendem como santos, não são hipócritas. ” (Luiz F. Pondé)

2-HIPOCRISIA: Exemplo inglês: O então líder do Partido Conservador deputado David Cameron ia de bicicleta ao Parlamento para defender sua política ambientalista.   Finalmente um dia ele foi desmascarado. Enquanto pedalava, seguia atrás dele uma viatura oficial – e que como outros carros enchia Londres de monóxido de carbono.

3-HIPOCRISIA:  “Mentir é um elemento inerente da vida das sociedades humanas e portanto, parte integrante da vida política. Os políticos mentem como pessoas mentem, mentira de vários tipos e tamanhos, por uma variedade de razões e propósitos. Desde simples promessas vazias (“construiremos uma ponte para você”…(Alexandre Basileis)

THOMAS SOWELL: “ Políticos mentem porque a população se sente melhor assim. Quando as pessoas querem o impossível, somente os mentirosos demagogos podem satisfazê-las. Quem não entende o completo cinismo que existe na política não entende nada de política. ”

DUAS VERDADES: A política é quase tão excitante como a guerra e não menos perigosa. Na guerra a pessoa só pode ser morta uma vez, mas na política diversas vezes. (Winston Churchill) Em política, a comunhão de ódios é quase sempre a base das amizades. (Charles Tocqueville).

SEM SENSO: Após o insucesso tentando mediar a guerra Moscou-Kiev, Lula mira a ‘causa Amazônica’ na tentativa de repetir o feito de Mandela em 1993 e ganhar o Nobel da Paz. Dois pontos contra Lula: antes, ele já falara bobagens sobre o conflito ‘árabes e judeus’ – e Mandela jamais fora preso por corrupção. Sempre foi ‘ficha limpa’.

DESAFIO: Como acomodar os índios –  em maior número – nas mesmas áreas rurais de antes? Em 12 anos a população deles aumentou em 51% (39.321 índios) no MS. O quadro é comparável à família que aumenta o número de seus membros habitando na mesma casa pequena. Indago: seria proibido o controle de natalidade dos indígenas?

COMÍCIOS: Onde tudo acontecia.  Ao apresentar o candidato a vereador o locutor o ‘qualificou’ de figura indefecável. Semianalfabeto, o candidato agradeceu a referência. Noutro comício, o governador Garibaldi Filho (RN) foi abordado por uma velhinha com pedido estranho: “Sou sua eleitora há anos, quero que o senhor compareça no dia do meu enterro. ”  Não há notícias se ele compareceu.

E MUDA? Repercutindo (muda alguma coisa?) a compra do Senado para renovar o  material da copa cozinha:  Antes, respire fundo: são 200 pratos, 4 mil colheres, 1.100 facas, 1.900 garfos, 1.200 porta copos, 450 funis (seria a ‘turma do funil’?), 100 jarras, 50 leiteiras, 40 açucareiros, 150 garrafas térmicas. O custo – a bagatela de R$240 mil

DO LEITOR:  “Lula desarmará a bomba relógio da Petrobras? A defasagem do preço da gasolina beira 30%. Com Dilma o controle artificial perdeu 60% do seu valor de mercado. Repetir a medida penalizaria a Petrobras e seus acionistas.  O desequilíbrio crescerá com o novo aumento do valor do barril. O petróleo acima das ideologias. ”

ARTICULADO: O vice governador Barbosinha (PP) cada vez lépido nas declarações. Sobre a sua postura na sucessão de Dourados diz: “não posso criar problema para meu governador. ” Quanto ao pleito na capital adianta: “a presença da senadora Tereza Cristina (PP) fortalece nossa candidata à reeleição e vai  nacionalizar o debate”.

A PROPÓSITO: Ainda dividida por aqui após o insucesso de 2022, a direita pretende  motivar a militância e unida assegurar lugar no 2º turno. Essa proximidade do PSDB com o PT em nível estadual será um dos argumentos da campanha contra o candidato tucano. A ordem é juntar petistas e tucanos num só balaio, na mesma linha de tiro.

A QUESTÃO: O Governo Riedel é refém do PT e do MDB? Não, ele só administra (temporariamente?) a convivência com ambos na esperança de colher dividendos em Brasília. Mas sabe: não pode abrir as pernas para os insaciáveis petistas. Quanto as relações com o fragilizado MDB não colheu qualquer dividendo até aqui.

NEBULOSO: Já indagaram: “arcabouço ou calabouço fiscal? ”. Para sentir o ânimo do povo basta verificar o clima no comercio de sua cidade.  Segundo os economistas pés no chão – o plano de zerar o déficit fiscal, elevar o PIB sem cortar gastos e domar a inflação é só fantasia. Cá entre nós: como sempre – ‘alguém’ pagará a conta salgada.

DEDO NA FERIDA:  O deputado Rafael Tavares (PRTB) não se intimida e nem recua em sua postura política. Agora tem proposta para tornar sem efeito as resoluções e deliberações da UEMS concedendo reservas de vagas para travestis e homossexuais. É certo que matéria será alvo de polêmica, atraindo a ira de entidades e grupos sociais.

INSACIÁVEL?   Sim. Na ânsia de manter a supremacia o PSDB já acertou também com os prefeitos de Água Clara, Juti, Paranhos e Paranaíba. Serão 46 ao todo. Mas não se pode confundir inchaço com crescimento. No interior – não se esquece os discursos de campanha e nem os rojões dos vencedores. Vale mais o candidato do que o partido. Mas sem dúvida que o ‘padrinho’ Azambuja é forte!

TEMORES:  O avanço tecnológico destruindo empregos e sem acenar com substitutos. O exemplo está nos bancos. Aliás, o trabalho em casa é um indício de isolamento com sérias consequências. Confraternização, coleguismo e colaboração serão páginas viradas. Como disse o imperador Marco Aurélio: “Não são as coisas em si mesmas que inquietam os homens, mas as opiniões que eles formam sobre essas coisas”.

PILULAS DIGITAIS:

Está morto: podemos elogiá-lo à vontade. (Machado de Assis)

A retórica não substitui a realidade. (Thomas Sowell)

Lagrima de intelectual não enche barriga de pobre. (ex-ministro Mario Simonsen)

Ser subdesenvolvido não é “não ter futuro”; é nunca estar no presente. (Arnaldo Jabor)

Os artistas brasileiros são socialistas nos dedos ou na voz, mas capitalistas nos bolsos. (Roberto Campos)

Brasil: esse estranho país de corruptos sem corruptores. (Luiz F. Veríssimo)

No Brasil, quando o feriado é religioso, até ateu comemora. ( Jô Soares)

Brasil: único país a instituir aposentadoria como benefício póstumo ( Fraga

Enfermagem e a garantia à saúde e bem-estar 

Enfermagem e a garantia à saúde e bem-estar 

Muito se ouve falar sobre a enfermagem. “Enfermagem por amor”; “auxiliar do médico”; “se tivesse estudado um pouco mais teria se tornado médico”; “é um dom”; “heróis na pandemia” e agora “vilões da economia”, capazes de provocar o fechamento de hospitais por conta do piso salarial. A enfermagem é uma profissão autônoma regulamentada pela Lei nº 7.498, de junho de 1986 e, quando se ouve frases como as citadas acima, percebe-se que são ideias culturalmente impostas.  

Atualmente, a enfermagem é a maior categoria da área da saúde no Brasil, contando com mais de 2,5 milhões de profissionais divididos em técnicos e enfermeiros. Os técnicos possuem atribuições que vão desde cuidados de higiene e conforto até cuidados de saúde intermediários. Já aos enfermeiros cabe a realização de atividades privativas, como sondagens, avaliação do estado do paciente, gestão da equipe, serviços e insumos, entre outras responsabilidades.  

O destaque que a enfermagem tem recebido nos últimos anos está relacionado, em grande parte, à pandemia de COVID-19. Entretanto, muito antes, já se travou uma batalha para implementar o piso salarial. Afinal, é fundamental estabelecer regulamentações e parâmetros para os valores a serem pagos pelas instituições.   

É de extrema importância compreendermos a enfermagem como a profissão que de fato é: parte de uma equipe de saúde que se complementa, em prol da assistência qualificada do paciente. A subordinação da enfermagem à equipe médica tem suas raízes em um contexto histórico, no qual a medicina é vista como profissão desde 1220 e a enfermagem, desde 1860.   

Neste momento, somos rotulados como vilões e culpados pela possibilidade de fechamento dos hospitais. No entanto, antes de nos culparem, é necessário levantar algumas questões: é justo que a enfermagem pague a conta? É correto que o enfermeiro receba 2 mil reais e o técnico de enfermagem, em alguns locais do país, receba mil reais depois de passar seis horas por dia, seis dias por semana, assistindo aos pacientes?   

O enfermeiro está totalmente alinhado com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 3, da Organização das Nações Unidas: “Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todas e todos, em todas as idades”. Por isso, o papel que desempenhamos merece o devido reconhecimento quando se trata de salários justos e condições dignas de trabalho. Entretanto, essa discussão fica para outro momento. Não é porque exercemos nossa profissão com amor que os boletos se pagam por si só.  

Débora Biffi, docente do curso de Enfermagem da Estácio  

debora.biffi@estacio.br    

Como ajudar a criança a se concentrar?

Como ajudar a criança a se concentrar?

A capacidade de se concentrar é importante para o desenvolvimento e desempenho escolar da criança. Além de ser essencial para a aprendizagem, ela é necessária para que um aluno consiga permanecer atento durante a aula. Também para que consiga realizar uma prova longa, para ler um texto grande ou resolver uma equação complexa.

A capacidade de concentração está relacionada não só com a idade, mas também aos hábitos. Desse modo, ela é uma habilidade que pode ser exercitada e melhorada. Para isso é necessário exercitar o foco.

É importante ter em mente que estimular a concentração não precisa ser apenas nos momentos de tarefas escolares, mas também em diversos episódios da vida. Por exemplo, ao manter o foco ao realizar refeições, ao brincar, ao ouvir uma história, ao jogar xadrez e ao conversar sobre um assunto mais difícil. Lembre-se que a criança deve fazer uma coisa de cada vez. Ou seja, se concentrando somente naquilo que está fazendo.

Diminuir o uso de telas também ajuda na concentração. As crianças parecem concentradas enquanto usam telas, como TV, celular ou tablet, mas elas ficam em uma posição passiva. Isso significa que as crianças estão apenas vendo, sem precisar pensar ou imaginar coisas. Por isso, promova atividades, que demandem do raciocínio e do funcionamento cognitivo da criança. Tarefas mais difíceis precisam de maior concentração.

É preciso que você seja o exemplo. Ou seja, não basta orientá-lo, é indispensável que você também faça o que diz. Os pequenos aprendem imitando suas referências. Não basta falar para seu filho se afastar das telas e ler um livro se você passa muito tempo em frente à televisão ou ao celular. Além disso, estabeleça uma rotina com horários certos para assistir TV, brincar, estudar, jantar, etc. A manutenção da rotina faz com que ele se sinta mais seguro e melhore sua concentração em seus afazeres.

A criança não ter nenhuma atividade ou brincadeira para fazer nem sempre é algo ruim. Pois ela também precisa ter momentos ociosos para pensar, se concentrar e criar possibilidades. O tédio também deve fazer parte da rotina.

Outras práticas que podem melhorar a concentração das crianças é dormir bem. Concentrar-se em uma atividade enquanto está com sono é difícil até para os adultos, imagine para as crianças. Uma boa noite de sono é essencial para manter a concentração nas atividades diárias.

Além disso, a prática regular de atividades físicas ajuda na concentração. Ela estimula o funcionamento cognitivo como um todo. Mantenha também uma dieta saudável. Esses dois fatores são essenciais para a saúde do sistema nervoso e como consequência para o funcionamento da concentração.

(*) Luciana Brites é CEO do Instituto NeuroSaber (https://institutoneurosaber.com.br/), autora de livros sobre educação e transtornos de aprendizagem, pedagoga, palestrante, especialista em Educação Especial na área de Deficiência Mental e Psicopedagogia Clínica e Institucional pela UniFil Londrina e em Psicomotricidade pelo Instituto Superior de Educação ISPE-GAE São Paulo, além de ser Mestra e Doutoranda em Distúrbios do Desenvolvimento pelo Mackenzie.

* Psicopedagoga Luciana Brites, CEO do Instituto Neurosaber

Joyce Nogueira – Agência Drumond – Assessoria de Comunicação – Foto: Luciana Brites – NeuroSaber – Crédito – Samara Garcia