set 5, 2023 | Colunistas
Manter um negócio não é tarefa fácil, porém dados da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2021 mostram que o número de empreendedores brasileiros à frente de um negócio com mais de 3,5 anos voltou a crescer no país. A pesquisa que foi realizada no Brasil, em parceria com o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), indica que, mesmo com os reflexos da pandemia, a Taxa de Empreendedores Estabelecidos teve um incremento de 1,2 ponto percentual e passou de 8,7% da população adulta, em 2020, para 9,9%, em 2021.
Vale ressaltar que a maioria das pessoas que entraram no empreendedorismo em 2020 foi movida pela necessidade. Mas a grande questão aqui é que esses negócios sobreviveram por conta também da persistência. Ela é o segredo por trás de qualquer empreendedor de sucesso.

Leonardo Chucrute – ZeroHum – Foto – Tiberius Drumond (1)
Todo empreendedor enfrenta desafios diários, mas o diferencial é a sua determinação e resiliência. Estes lhes permitem superar obstáculos e continuar em busca dos objetivos. Ter persistência é uma qualidade fundamental para superar as dificuldades e manter-se motivado perante os desafios do dia a dia. Um empreendedor persistente mantém o foco claro em seus alvos.
Em meus projetos, tudo sempre foi à base de tentativas, erros e acertos. O que me fez chegar aonde estou foi a resiliência em meus projetos e objetivos. Desistir nunca foi uma opção. Está começando agora no mundo do empreendedorismo? Portanto, persista. Não deixe que os outros te limitem. O impossível é só questão de opinião.
Muitas pessoas deixam de perseguir seus sonhos por medo, pois ele é paralisante. Mas não permita que isso aconteça com você. Localize onde está sua dificuldade e qual barreira precisa enfrentar. Encare tudo isso com a certeza de que você consegue alcançar o sucesso. Lembre-se que muitas pessoas não estão vivendo os seus sonhos porque estão vivendo seus medos.
Faça diferente. Viva e lute pelos seus sonhos. Não se baseie em quem tem medo, mas, sim, em histórias de sucesso e perseverança que deram certo. Corra atrás, tenha fé e persistência e alcance seus objetivos!
(*) Leonardo Chucrute é Gestor em Educação, CEO do Zerohum, Professor de matemática, ex-cadete da AFA e autor de livros didáticos.
Foto: Persistência – o segredo do empreendedor – Imagem Freepik
ago 25, 2023 | Colunistas
O Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) é um documento fundamental no Brasil, utilizado em uma ampla gama de transações e processos burocráticos. No entanto, em certas circunstâncias, um CPF pode ser cancelado, suspenso, nulo ou ficar pendente de regularização, o que pode resultar em uma série de problemas e dificuldades, desde à restrição do acesso a serviços financeiros essenciais como abrir contas, solicitar empréstimos, obter cartões de crédito, até dar entrada em processos legais, como ações judiciais, inventários e outros obstáculos que podem impedir o exercício dos direitos legais, prejudicando o acesso à justiça e dificultando a resolução de questões importantes, como por exemplo, contratos de locação, financiamentos e compras a prazo.
Outro agravante de um CPF irregular, refere-se às restrições ao acesso a Benefícios Governamentais, pois muitos programas de assistência exigem o CPF para conceder benefícios e serviços, como aposentadoria, seguro-desemprego, auxílio emergencial, entre outros, ficando a pessoa impedida de receber esses benefícios, mesmo que preencha todos os critérios necessários.
Por último, um CPF cancelado também pode trazer consequências negativas para a vida profissional, pois muitos empregadores solicitam o CPF para fins de contratação e registro do funcionário. A validade de um CPF é constatada de quatro formas: a) Regular: quando não há pendências no cadastro do CPF; b) Pendente de regularização: quando o contribuinte deixa de entregar alguma Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (DIRPF); c) Suspensa: quando os dados da pessoa física estão incorretos ou incompletos no sistema; d) Cancelada: quando o CPF é cancelado por decisão administrativa, judicial ou por falecimento do contribuinte; e) Nula: quando for constatado alguma fraude na sua inscrição.
A grande maioria dos problemas ocorre com o CPF na situação de Pendente de Regularização, o que também é uma situação crítica para o contribuinte, pois fica impedido de abrir crediário em lojas, abrir conta corrente ou poupança, fazer empréstimos, fazer passaporte, participar de concursos públicos, receber aposentadoria, assinar financiamento habitacional e, até mesmo, receber prêmios de loteria, e podendo os bancos encerrar a conta corrente em um prazo de 90 dias.
O que chama a atenção, é que são dois problemas comuns, que tornam um CPF Pendente de Regularização:
· Ficar sem votar e não justificar. Neste caso, deve-se primeiramente regularizar o Título de Eleitor no Tribunal Eleitoral da sua região o que pode ser feito diretamente no Portal do Tribunal Superior Eleitoral, em três passos simples: consultar a situação eleitoral; realizar a quitação das multas; e regularizar o título.
· Pendências junto a Secretaria da Receita Federal. Neste caso, deve-se inicialmente verificar qual a origem da pendência, acessando o aplicativo gov.br ou o próprio site da SRF em Pesquisa de Situação Fiscal e verificar se não há falta de entrega de alguma declaração. De maneira geral, a regularização é feita no próprio site, bastando seguir um passo a passo muito simples: 1º passo: abra o site da Receita Federal. Procure a guia “Serviços”; 2º passo: desça a página e procure por “CPF”, no lado direito; 3° passo: procure pela opção “Regularizar Cadastro no CPF”; 4° passo: em seguida, o site vai abrir o formulário para preencher com os seus dados. Assim que preenchido, clique em “Enviar” no fim da página e pronto. Sua solicitação para regularizar o seu CPF foi realizada, e o seu CPF estará válido novamente.
Um CPF válido desempenha um papel fundamental na vida cotidiana, sustentando a identificação e autenticação em várias transações financeiras, governamentais e comerciais, sendo um documento válido e essencial para prevenir fraudes e atividades ilícitas, fortalecendo a confiança nas transações digitais, tornando os processos mais seguros e transparentes.
Clécio S. Steinthaler
Ms Engenharia de Produção
Contador – Economista
Professor na Estácio
Email: clecio.steinthaler@estacio.br
ago 25, 2023 | Colunistas
OXIGENADAS: Vale a penal assistir as sessões da Assembleia Legislativa. O nível dos debates apresenta sensível melhora pelos temas abordados e graças a postura dos parlamentares. Outra inovação é a liberdade, sem ferir a ética e o regimento, que o presidente Gerson Claro (PP) concede aos colegas evitando assim tensões.
REQUENTADO: Extinto no Governo Temer – Lula quer a volta do imposto sindical (criado por Getúlio Vargas) mas com o nome de contribuição. Antes o custo anual para cada trabalhador era de R$100,00 e agora pode chegar a R$390,00 (incluindo o 13º). Contradição do Governo que fala em ‘modernidade’ na defesa da Reforma Tributária.
PELEGOS: Quem estaria errado – nós ou eles? Temos ainda mais de 11 mil sindicatos contra 191 dos Estados Unidos, 168 do Reino Unido e 91 da Argentina que tem tradição do trabalhismo desde a época de Peron. No fundo a jogada é fortalecer os sindicatos e as federações que cuidam menos dos direitos dos associados e mais das causas políticas.
PARASITAS: Pelo IBGE no MS são 101 mil e no país 18 milhões de jovens de 15 a 29 anos que não estudam e não trabalham. Ignoram que seus pais não são eternos; estão despreparados para produzir e gerar renda. Dentre 37 países o Brasil ocupa o 2º lugar neste ranking. Indago: Como eles vão se sustentar? Esperando o maná cair do céu?
POTÊNCIA: Acerta o deputado Marcio Fernandes (MDB) ao batizar Campo Grande de ‘A Capital do Agro’. A área rural (de Rochedo a Nova Alvorada do Sul) é produtiva, diferente de todas capitais. E ainda temos um dos maiores frigoríficos bovinos do país gerando renda. Daí, a capital não se resume a sua bela paisagem arquitetônica urbana.
DETALHES: Com 8.062.978 km² Campo Grande é o 7º município em área territorial, atrás de Corumbá (64.43.363 km² – 18,00% do território de MS), Porto Murtinho ( 17.505.000 km²), Ribas do Rio Pardo ( 17.315.283 km²) , Aquidauana (17.087.000 km²), Três Lagoas (10.217.000 km²) e Rio Verde de Mato Grosso (8.173.000 km²).
IRONIA: Paralelamente às denúncias, a pratica das rachadinhas não parou por esse mundão de meu Deus. Os empresários fornecedores e prestadores de serviço são reféns e cúmplices do ‘sistema’ que escolhe o parceiro que concordar em devolver por fora o maior valor em dinheiro ao gestor. Sem inocentes! O jogo é bruto.
MARQUINHOS TRAD: Duas notícias: uma boa e outra ruim. A primeira se refere a decisão do STJ que trancou a ação por denúncia de assédio sexual. A segunda prende-se a decisão do Tribunal de Contas que excluiu o ex-prefeito do termo de ajustamento de gestão que assinará com a prefeitura da capital referente ao furo de R$386 milhões com despesas de pessoal em 2021/2022.
PREVISÕES: Pelo andar da carruagem o ex-prefeito Marquinhos levará adiante seu projeto de disputar a vereança em 2024. Aliás, ele já é visto de madrugada conversando com os frequentadores da Ceasa e jogando ‘futebol terrão’ nas vilas. De alguma forma sua presença no pleito poderá provocar alterações no cenário eleitoral.
‘RENOVAÇÃO’: No MDB do MS vigora o conselho do outro italiano, Giuseppe Tomasi di Lampedusa de que “algo deve mudar para que tudo continue como está”. A eleição do ex-senador Moka para a presidência da sigla mostra a carência de renovação que tem ecoado negativamente nas urnas. Sempre os mesmos.
SIMONE TEBET: Sem protagonismo aqui e fritada pelo Planalto – a ministra do Planejamento e Orçamento usou o espaço na mídia ao defender a prisão do passaporte de Bolsonaro. Isso aumentou sua rejeição junto aos seus ex eleitores de outros tempos. A nomeação do presidente do IBGE mostrou o esvaziamento da função dela. É o preço.
JERSON DOMINGOS: “Hoje estimamos 35 mil crianças fora das creches. Tecemos as críticas, não deixo de incorporar o sentimento político após 20 anos de atuação aqui na ALEMS, mas agora representando a sociedade e o TCE, a maneira mais concreta é trabalhar para ofertar às crianças as garantias que todas as leis oferecem. Sem creche a mãe não pode trabalhar e angariar uma vida melhor…(-)”.
BRAGA NETO: Tem carisma? Agrega? Convence? Não me consta que esse general tenha bagagem e experiência para conseguir pacificar, unir, motivar o pessoal da direita, parte sonhadores – outros neófitos na sinuosa estrada da política. O papo de ‘ordem unida’ não funciona na política. Vigora o jogo de cintura, o abraço e o diálogo.
PERGUNTO: Será que os políticos, adversários da esquerda, não conseguem se articular libertando-se do estigma do militarismo para disputar as eleições? Convenhamos: a distância de postura entre militares e o cidadão comum é oceânica. E como esquecer as ‘peripécias’ de militares no Governo Bolsonaro? ‘Joinha’.
QUESTÕES: Entre os deputados rotulados da direita no MS há mais diferenças do que identidades. Cada um com seu projeto. Impera o individualismo. Nota-se – a prefeitura da capital é o sonho de consumo deles. Mas aí vem a questão: eles têm grupo político? E a estratégia de ‘mito’, de ‘salvador de pátria’ parece estar desgastada.
ARTICULADOS:. Não por acaso Dagoberto Nogueira (PSDB) cumpre o 4º mandato; Vander Loubet (PT) emplacou o 6º mandato na Câmara Federal, lidera a nossa bancada e trata os colegas sem discriminar. Agora com a sua varinha mágica, Vander liberou as emendas dos bolsonaristas Luiz Ovando (PP) e de Marcos Polon (PL). Isso é política.
REAÇÃO: Ganhando musculatura política a prefeita Adriane Lopes (PP) da nossa capital. Vai aos poucos fortalecendo sua imagem junto a opinião pública – pois tem mecanismos para agregar novos apoios políticos. É voz geral que ela está com muito gás e disposta para chegar forte ao segundo turno em 2024.
MARÇAL FILHO: O papo entre o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e o ex-deputado Marçal Filho (PP) rendeu poucas linhas na mídia. O convite para ingressar no PSDB foi feito por Reinaldo. Marçal confirmou a candidatura a prefeito de Dourados e só escolherá a nova sigla no início de 2024. A deputada tucana Lia Nogueira torce para a vinda de Marçal.
PILULAS DIGITAIS:
Ninguém chega ao poder impunemente. Nem sai dele.
Está bem, estamos todos no mesmo barco. Mas, e a água? (Millôr)
Se alguém duvidava, não tem mais jeito: Putin não é pudim não!
O bom de ser ‘cinquentão’ é que não há provas de nossos erros nas redes sociais.
Todos lutamos por direitos iguais aos que estão por cima. (Millôr)
Perplexidade tem hora. O problema é que até os relógios andam perplexos. (Fraga)
Não saio de dentro de mim nem para pescar. (Manoel de Barros)
Tentei fugir de mim, mas onde eu ia eu estava. ( Tiririca)
É falsa a notícia que Wassef comprará a Eletrobrás e a devolverá à União.
Agora sabemos porque Putin não tem inimigos na Rússia.
ago 21, 2023 | Colunistas
Em meio a um cenário tumultuado, onde nosso país enfrenta não apenas crises econômicas, mas também sociais e morais, torna-se imperativo mantermos a chama da fé e da esperança acesa. Diante da desalentadora realidade marcada pela ausência de ética e compromisso por parte de líderes públicos, surge a necessidade de trilharmos um caminho de renovação, cobrando das autoridades uma conscientização genuína e um engajamento efetivo em prol do progresso nacional.
Os preços dos alimentos e produtos essenciais crescem incessantemente, impactando diretamente a vida de todos os cidadãos. Além disso, serviços básicos como água, energia elétrica e combustíveis se tornam cada vez mais onerosos, sobrecarregando o orçamento das empresas e das famílias. Os tributos também pesam de forma exorbitante, sem proporcionar retorno compatível em serviços públicos. Essa carga tributária sufocante afeta tanto o consumidor quanto os empreendedores, levando muitas empresas a fecharem suas portas. O comércio, outrora vibrante, agora exibe uma melancólica e triste paisagem de lojas fechadas ou vazias, um reflexo da crise que se alastra.
A crescente crise econômica e a aparente indiferença das autoridades diante dela levantam questionamentos sobre o verdadeiro compromisso desses líderes com o bem-estar da população. Enquanto muitos enfrentam dificuldades para sustentar suas empresas e famílias, observa-se um contraste gritante com a prosperidade desfrutada por aqueles que detêm o poder. Salários exorbitantes, benefícios excessivos e uma desconexão latente com a realidade parecem ser a norma em todos os poderes da nação. Essa disparidade suscita um profundo sentimento de indignação e desamparo entre os cidadãos.
É chegada a hora de redefinirmos nossa perspectiva como sociedade e cobrarmos uma mudança real. As autoridades, em todas as esferas do poder, devem ser guiadas por princípios de justiça, empatia e comprometimento verdadeiro. O papel dos governantes transcende o simples exercício do cargo; eles são responsáveis perante Deus e a nação, por desenvolver um trabalho digno e honrado em benefício da coletividade. As ações dos líderes moldam o destino da população e devem ser pautadas pelo bem comum, pela equidade e pelo respeito aos direitos de todos. O que, lamentavelmente, não temos visto nesses últimos tempos, tanto no Legislativo e Executivo como também no Judiciário brasileiro.
Em tempos de desafios e incertezas, encontramos conforto e orientação nas palavras sagradas da Bíblia. Elas não apenas nos fornecem consolo espiritual, mas também nos oferecem insights profundos sobre como enfrentar as dificuldades e buscar justiça, especialmente quando se trata da responsabilidade das nações em governar para o bem-estar de seu povo.
No que diz respeito à responsabilidade das nações em governar para o bem de seu povo, Provérbios 29:2 nos oferece uma reflexão impactante: “Quando os justos governam, o povo se alegra; mas quando o ímpio domina, o povo geme.” Essa passagem sublinha a conexão entre a qualidade da liderança e o bem-estar da população. Revela que a escolha de líderes justos e compassivos tem um impacto direto na alegria e no sucesso da nação como um todo.
É crucial lembrar as palavras que ecoam em Salmos 22:27-28: “Todos os confins da terra se lembrarão e se voltarão para o Senhor, e todas as famílias das nações se prostrarão diante dele, pois o Senhor é o reino; ele governa as nações”. A crença na justiça divina e a confiança na capacidade humana de se unir em prol do bem maior nos inspiram a seguir em frente, mesmo diante das adversidades.
No livro de Isaías, capítulo 1, versículo 17, encontramos uma exortação poderosa que ecoa através dos tempos: “Aprendei a fazer o bem; procurai o que é justo; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas.” Essas palavras ressoam como um apelo urgente à responsabilidade das autoridades governamentais e líderes em toda a nação. Deputados e senadores, por exemplo, representantes do povo e dos estados, precisam ser cobrados duramente para que cumpram seu papel, sob pena de nunca mais serem reeleitos. Muitos deles hoje não merecem estar lá.
Nossa sociedade deve se unir em busca de soluções concretas para os desafios que enfrentamos. A cidadania ativa, a busca por informações e a participação em processos democráticos são meios poderosos para influenciar mudanças positivas. É fundamental que nos mantenhamos vigilantes, cobrando responsabilidade, transparência e ações que verdadeiramente contribuam para o avanço do país.
Em resumo, a esperança e a fé são faróis que nos guiam nas tempestades da vida. Mesmo diante das dificuldades, acreditamos que ações conscientes e a busca incessante por uma sociedade mais justa e igualitária são essenciais. Devemos honrar nosso papel como cidadãos, promovendo a mudança e exigindo que nossos líderes (presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e estaduais, prefeitos e vereadores) trabalhem com dedicação e integridade para construir um futuro digno para todos. Se assim não for, que sejam alijados da vida pública pelo poder do verdadeiro e transparente voto impresso e auditável.
*Jornalista e Professor
ago 19, 2023 | Colunistas
EFEITO BOLSONARO’: Em 2018 e 2022 muita gente se elegeu no vácuo dele. Aqui vários exemplos. Hoje o cenário é outro por fatores notórios. Para 2024 ainda é imprevisível a eventual influência do ex-presidente (inelegível) por se tratar de eleição municipal onde – geralmente – pesa em primeiro lugar a pessoalidade das candidaturas.
NA CARONA: Em Campo Grande o esboço do quadro sucessório já indica razoável tendência ou influência do ‘Bolsonarismo’ caracterizado pela presença da senadora Tereza Cristina (PP) como madrinha da prefeita Adriane Lopes no seu ingresso na sigla. E mais, o fato da prefeita ser evangélica é um fator que agrega o conservadorismo.
VITIMIZAÇÃO: O que vai ocorrer com o ex-presidente? É cedo para dizer embora as previsões sejam sombrias pelo que traz o noticiário. Mas a reação do eleitor é sempre imprevisível como já vimos em outros casos. Daí não se pode afirmar, mesmo no caso da procedência das denúncias – que seus partidários irão abandoná-lo.
NOTE BEM: Em política a fidelidade (fanática ou não) não faz distinções da ideologia. Eleitores da direita e esquerda são movidos pelo mesmo sentimento de paixão. No caso do ex-presidente Lula a sua prisão acabou beneficiando-o politicamente. Mas quanto a Bolsonaro o desafio é encontrar um nome que encarne seu estilo de conduta. Quem?
O VÁCUO: Os governadores Romeu Zema (MG), Tarcísio de Freitas (SP) e Eduardo Leite (RS) surgem como pretensos nomes da linha ‘anti PT’. Mas há uma série de fatos que precisam ser avaliados. Existem dúvidas do eleitor na análise destes nomes. Há risco inclusive do desgaste deles se anteciparem o debate sucessório.
DECISIVO? Ainda não há diagnóstico comportamental do eleitor de centro que não vota na esquerda mas que se decepcionou com Bolsonaro. No caso de Campo Grande esse grupo de eleitores ainda não ganhou visibilidade a ponto de ser considerado decisivo. Um amigo denomina esse tipo de eleitorado de ‘órfãos do capitão’.
“POR QUE NÃO?” Assim respondeu o deputado Pedrossian Neto (PDS) quando questionado se é candidato à prefeito da capital. E concluiu: “sou sim pré-candidato; há candidato da esquerda, da direita, do governador e a própria prefeita postulando a reeleição. Portanto há um vácuo no processo faltando o representante do centro”.
ANIMADO: Outro deputado que mira a prefeitura é Lucas de Lima (PDT) que tem consciência da oportunidade ‘sui generis’ que se abriu nestas eleições. Aliás, a direção nacional do PDT acompanha seu desempenho nas pesquisas e avalia suas chances de competir. Ao seu estilo, ele está gostando do ‘jogo’ onde a popularidade tem peso real.
ROSE MODESTO: É a nossa melhor representante no Planalto. Na Sudeco inova; nos próximos dias 28,29 e 30 estará na capital com a ‘Caravana da Sudeco’ junto com 2 ministros para atendimento aos pequenos empresários. Outra boa notícia: a Sudeco deve liberar recursos para a preservar o Pantanal com juros especiais. Enfim, essa é a Rose.
FESTA DO PODER: Governador, deputados, prefeitos e vereadores no mesmo espaço. O clima não poderia ser diferente: abraços, tapinha nas costas, fotos, sorrisos largos e fofocas no saguão da Assembleia Legislativa. Momentos gratificantes para aqueles que lutaram tanto para chegar ao poder. Isso se chama política.
CAINDO DO CÉU: As emendas parlamentares sempre vem na hora certa para os deputados socorrerem prefeituras e entidades. É dinheiro para a compra de ambulâncias, equipamentos hospitalares, reformas de unidades de saúde, material cirúrgico, parque infantil, aquecedor de piscina, instrumentos musicais e outras necessidades.
MESMICE: Gosto de conversar com os vereadores interioranos. Ao seu estilo, fazem o relato sem retoques do quadro político em que vivem. As cidades, é claro, continuam divididas em 2 grupos: a favor e contra o prefeito. Mas todos eles reclamam da postura costumeira e insaciável do eleitor sempre à procura (diuturna) de alguma vantagem.
‘MORDIDAS’: Os vereadores questionam – ‘e como fugir delas? ’ São os remédios, o dinheiro para pagar a prestação vencida, a passagem de ônibus, o botijão de gás, o conserto da moto, da bicicleta ou do celular. Os vereadores lembram que o dinheiro do salário normalmente desaparece transformando o status do mandato em mera ilusão.
REELEIÇÃO: Numa pesquisa informal dentre os prefeitos em condições legais de disputa, nenhum deles manifestou vontade de desistir da tentativa de reeleição em 2024. Os argumentos – variando apenas nos termos usados – se referem a necessidade de conclusão do projeto administrativo prometido nas eleições. O poder fascina mesmo!
CONCORRÊNCIA: É marcante no segmento religioso das aldeias indígenas. Segundo o vereador indígena (Kaiowá) de Douradina – Marcelo Quevedo (PSDB), eleito com 226 votos, na aldeia local de mil pessoas funcionam10 igrejas. Portanto, presumo – não seria por falta de religiosidade que a comunidade deixaria de resolver suas demandas.
GETÚLIO VARGAS: “( – ) Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, as calúnias não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História”. (Trecho final da ‘Carta Testamento’)
DETALHES: Em 1897, aos 14 anos de idade Getúlio Vargas, estudou em Ouro Preto (capital mineira até 12/12/1897) no curso preparatória de Engenharia. Seus irmãos Protásio e Viriato também estudavam lá. Esse último, foi acusado de matar o estudante paulista Carlos Almeida Prado, com 2 tiros, motivando o retorno deles ao Sul do país.
CORUMBÁ: Em 1903 Getúlio ingressou no Exército chegando a 2º sargento. Como havia a disputa do Brasil e Bolívia pelo Acre ele veio para Corumbá como voluntário, mas com a solução diplomática do conflito, retornou a Porto Alegre. Não há detalhes de sua estadia na ‘Cidade Branca’, onde a maioria da população desconhece o fato. Pena!
LEITE AZEDO: Café amigo com o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL). Na pauta os excessos na importação (imposto zero) de leite dos países do Mercosul que prejudica os produtores brasileiros. Nogueira acredita na aprovação da PDL para derrubar aquela resolução do Governo Federal – sob pena do leite nosso perder a competividade pelo preço baixo no mercado.
‘DROGAS’: Confusa essa questão do tráfico & consumo. A realidade difere da justiça que está discutindo a quantidade de maconha a ser permitida, como se os envolvidos e interessados no assunto tão delicado fossem sérios. Desse jeito a polícia, os usuários e os traficantes terão que usar a balança para aferir o peso da droga nas mais diferentes situações. Ora! Não é difícil prever no que isso vai dar.
PILULA DO POETA:
Vento? Só subindo no alto da arvore que a gente pega ele pelo rabo… (Manoel de Barros)
ago 15, 2023 | Colunistas
Um tema tão atual e que tem ganhado mais espaço é sobre a possibilidade de ser feliz e ter satisfação em trabalhar. Em uma breve pesquisa na internet, constatamos que a maioria dos resultados se ocupam de dar dicas aos trabalhadores sobre como nutrir esse sentimento no ambiente de trabalho, centrando nele essa responsabilidade. Mas qual a função das organizações e gestores de pessoas na promoção de um ambiente mais feliz ao funcionário?
Ultimamente, temos sido testemunhas de um cenário de insatisfação crescente, onde pessoas dizem trabalhar apenas para “quitar os boletos”. Nas redes sociais, acompanhamos a ascensão de um movimento onde há relatos de frustrações, que reforçam uma ideia de que trabalhar não passa de um fardo sem fuga e que a única saída possível seria herdar uma herança ou ganhar na loteria, tratando com humor a situação.
Outro movimento que ganhou destaque recentemente é o “quiet quitting”, que traduzido ao pé da letra significa: “desistência silenciosa” ou “demissão silenciosa”. Na prática, faz referência ao profissional que tomou a decisão de limitar suas tarefas às estritamente necessárias dentro da descrição de seu trabalho, evitando longas jornadas e sobrecarga, preservando assim sua saúde mental.
Questões como essas têm se tornado cada vez mais urgentes nas discussões sobre gestão de pessoas, sobretudo em um mercado em que a análise do valor das empresas está diretamente ligada às suas ações de responsabilidade social, governança corporativa, e a forma como cuidam dos funcionários. Corporações com mais de 500 funcionários e com capital aberto na bolsa já são cobradas com relação às práticas de ESG (sigla em inglês para meio ambiente, responsabilidade social, governança corporativa).
Essas práticas devem se tornar cada vez um referencial de reputação das organizações, além de sua aplicabilidade passar a ser habilidade exigida na contratação de gestores de pessoas. Essa tendência já foi identificada pelas instituições de ensino superior, inclusive, incluindo nas suas grades curriculares disciplinas que tratam de temas específicos como felicidade e inteligência emocional.
Atualmente, sou titular da disciplina Felicidade no curso de Administração, onde ensino sobre a valorização da natureza humana, tratando de temas como autoconhecimento, autossugestão e compreensão da complexidade e diversidade pessoal e dos colaboradores. Acessamos teoria e prática sobre bem-estar individual e coletivo, com ênfase nas relações interpessoais e no desenvolvimento da inteligência emocional.
Na formação do profissional administrador, espera-se que ele possa gerar felicidade em diferentes cenários e contextos, fortalecendo a harmonia e o sucesso pessoal e organizacional. Para além da preocupação com a saúde mental dos funcionários e seus níveis de satisfação, pesquisas recentes, como a da Universidade de Stanford, revelam que funcionários felizes são até 13% mais produtivos, reforçando que um funcionário feliz também é economicamente vantajoso para a organização.
Grandes empresas já têm adotado iniciativas com vistas à promoção da felicidade no ambiente de trabalho. A Google, por exemplo, implementou a política de permitir que seus funcionários dediquem 20% do seu tempo a projetos pessoais, além de oferecer acesso a programas de bem-estar. Outras iniciativas podem ser consideradas pelas organizações, como a adoção de home-office, que pode aumentar em 20% o sentimento de felicidade do trabalhador.
Outros aspectos são importantes e contribuem para o sentimento de felicidade, como benefícios e remuneração. Priorizar a felicidade dos colaboradores ajuda a reter talentos, estimula o espírito colaborativo e a empatia entre os profissionais. Então, respondendo à nossa pergunta principal: sim, felicidade e trabalho não só podem como devem andar juntos. Administradores e gestores de pessoas estão se capacitando cada vez mais para promover um ambiente de trabalho mais feliz.
Por Rodrigo Pereira, doutor em Ciências das Informação, professor da Faculdade Novoeste
Sobre o professor: Rodrigo Pereira é Doutor e Mestre em Ciência da Informação pela Unesp. Especialista em Gestão Estratégica de Recursos Humanos pela UFRRJ. É diretor-geral da Faculdade NOVOESTE e professor da disciplina Felicidade, no curso de Administração.