Estudo do Sebrae com base em dados do Ministério da Economia mostra que segmento foi o único a gerar empregos no Estado no mês
As micro e pequenas empresas (MPE) sustentaram a geração de empregos no mês de janeiro em Mato Grosso do Sul, segundo estudo divulgado no dia 19 de março pelo Sebrae, a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia.
No primeiro mês de 2021, os pequenos negócios geraram 3.814 oportunidades em MS. Já as médias e grandes empresas (MGE) encerraram 336 vagas no período, seguida pela administração pública, que fechou nove. Com isso, entre demissões e contratações, o Estado finalizou janeiro com um saldo de 3.483 vagas, resultado sustentado pelas MPE.
Com o resultado, MS ocupou a 11ª posição nacional na criação de postos de trabalho pelas MPE no mês de janeiro. O setor de Serviços liderou a geração de empregos pelos pequenos negócios, com 1.714 oportunidades. O segmento é seguido por Comércio (888 vagas), Construção (496 vagas), Indústria da Transformação (461) e Agropecuária (244).
Já em 2020, apesar dos impactos da pandemia de Covid-19 na economia, as micro e pequenas empresas encerraram o ano de forma positiva: entre demissões e contratações, elas foram as responsáveis pelo saldo de 12.267 novas vagas de trabalho em Mato Grosso do Sul.
O diretor de operações do Sebrae/MS, Tito Estanqueiro, afirma que as MPE possuem uma enorme capacidade de se recuperar rapidamente. “Os pequenos negócios têm sido o suporte da economia. Eles possuem uma facilidade maior em uma crise de reposicionamento em comparação às médias e grandes empresas, já que a facilidade de abrir um pequeno negócio é muito superior a um empreendimento de médio e grande porte”.
No Brasil
Os pequenos negócios geraram, em janeiro, quase o dobro do número de empregos (aproximadamente 195,6 mil) criados pelo segmento no mesmo mês do ano passado (cerca de 103,9 mil). Com isso, pelo sétimo mês consecutivo, as micro e pequenas empresas lideraram a geração de postos de trabalho no país.
O saldo positivo alcançado pelas MPE correspondeu, em janeiro, a 75% de todos as 260,3 mil vagas criadas ao longo do mês. Já as médias e grandes empresas saíram de um saldo negativo, em 2020, de 2.887 postos de trabalho encerrados, para 41,6 mil novos empregos criados em janeiro (cerca de 16% do total).
Os setores que mais contribuíram para os saldos positivos de janeiro foram Serviços, Indústria de Transformação e Construção. Esses resultados valem tanto para as MPE quanto para as MGE. A divergência ocorreu no setor do Comércio. Enquanto as MPE apresentaram saldo positivo de 27,4 mil, as médias e grandes tiveram um saldo negativo de 21,3 mil vagas.