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Bela Vista-MS Domingo, 24 de Novembro de 2024

A exemplo de algumas igrejas que criaram ‘Escola de Líder’ religioso, o poder público e a iniciativa privada deveriam investir em instituições similares para formar líderes para ocuparem cargos nos poderes Executivo e Legislativo brasileiro, em todos os níveis (municipal, estadual e federal). Os pais teriam um papel crucial nessa preparação, pois são os primeiros a identificar o potencial de liderança em seus filhos.

Para isso, seria necessário derrubar o grande tabu de que a política é “suja” ou qualquer outro adjetivo pejorativo. Pois a verdade é que, através da política, uma nação pode ser livre e próspera ou cair em regimes autoritários que punem severamente o cidadão por qualquer crítica ou rebelião. A qualidade de vida do indivíduo e da família está intimamente ligada ao regime e à administração adotada na nação pelos seus representantes políticos. Daí a importância de preparar desde pequenos, homens e mulheres de caráter, honestos e honrados para assumir esses importantes cargos públicos.

Chegou a hora de abandonar a ideia de que bons cidadãos não devem entrar na política. Muito pelo contrário, se eles não o fizerem, os maus políticos, frequentemente envolvidos em escândalos de roubo, corrupção, falcatruas e todo tipo de crimes e irregularidades (como temos hoje no Brasil) continuarão a perpetuar-se no poder. O povo não pode continuar alheio ao mundo político, que decide o rumo de suas vidas e o custo de vida de seus filhos.

Assim como os pais apresentam aos filhos desde cedo, um leque de opções profissionais, fazendo-os pensar na possibilidade de tornarem-se médicos, engenheiros, advogados, psicólogos, odontólogos ou qualquer outra das incontáveis profissões disponíveis no mercado, por que não apresentar-lhes também a vida pública no legislativo (municipal, estadual ou federal) ou no executivo, nas mesmas esferas, como possíveis vereadores, prefeitos, deputados, senadores, governadores ou presidente da República?

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Em um grupo de 10, 50 ou 100 crianças, jovens e adolescentes reunidos para atividades coletivas, é fácil identificar aqueles com o dom natural de liderança. Aqueles que inspiram e orientam os demais a seguirem por determinados caminhos. Esses jovens precisam ser orientados, primeiramente dentro de casa, sobre a possibilidade de uma dia poderem administrar ou legislar a cidade onde moram, o estado, ou até mesmo o país.

A criação de escolas de líderes políticos seria uma iniciativa essencial para o desenvolvimento de uma nação mais justa, próspera e democrática. Pais, iniciativa privada e poder público deveriam trabalhar juntos para identificar e cultivar o potencial de liderança nas novas gerações, garantindo que os futuros líderes sejam preparados para enfrentar os desafios do século XXI com ética, competência e comprometimento com o bem comum.

As Escrituras Sagradas já alertavam há milênios que, para os maus prevalecerem no poder, basta apenas que os bons cruzem os braços. Cabe às famílias quebrar esse tabu e trabalhar ativamente na formação de futuros grandes líderes políticos.

Em Provérbios 29:2, lemos: “Quando os justos governam, o povo se alegra; mas quando o ímpio domina, o povo geme.” Esta passagem enfatiza a importância de líderes justos e íntegros, sugerindo que a presença de tais indivíduos no poder traz alegria e prosperidade para a sociedade. Por outro lado, a liderança corrupta e perversa, como temos visto em países vizinhos inclusive, resulta em sofrimento e opressão. Este versículo serve como um chamado para a preparação e o desenvolvimento de líderes que possuam valores morais sólidos, capazes de governar com sabedoria e justiça.

Outro exemplo é encontrado em 1 Timóteo 3:2-7, onde Paulo descreve as qualidades necessárias para um bispo, que podem ser aplicadas a qualquer líder: “É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não violento, mas cordato, inimigo de contendas, não avarento.” Essas diretrizes destacam a importância de caráter e conduta irrepreensíveis para aqueles em posições de liderança. A ênfase está na integridade pessoal e na habilidade de guiar e ensinar os outros com paciência e respeito. Esses princípios bíblicos sublinham a necessidade de líderes virtuosos para enfrentar e superar as forças do mal, promovendo um ambiente de paz e justiça, que é o que o Brasil precisa.

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*Jornalista e Professor