O ilusionismo sempre abrilhantou o circo, mas um nome ficou marcado na história. E eu como um bom salesiano, não poderia deixar de contar uma das versões. Dom João Melchior Bosco — nascido em 1815 e falecido em 31 de janeiro de 1888, em Turim, Itália — também protetor de Brasília, que recebeu o título de “Padroeiro do Ilusionismo” por iniciativa de mágicos da Espanha, para celebrar o santo que teria praticado truques de mágica além de malabarismos e acrobacias na adolescência, para auxiliar no sustento da família.
Como era muito religioso, pregava o evangelho depois de suas apresentações acreditando que as bênçãos financeiras que recebia do público vinham pela pregação da palavra de Jesus. Outro hábito do jovem era convidar as pessoas para rezarem o terço, o que se tornou uma constante em suas apresentações, o que atraía sempre novos adeptos. Em 1934, foi canonizado santo da Igreja Católica, pelo papa Pio XI.
A mágica é a técnica e a arte de entreter e surpreender o público envolvendo basicamente a prestidigitação, prática de atuar ágil e habilidosamente com as mãos. Ao longo do tempo, diversos recursos foram desenvolvidos, com jogos de espelhos e equipamentos cada vez mais sofisticados e tecnológicos, e muito treinamento.
No Brasil, considera-se que o precursor do ilusionismo tenha sido João Peixoto dos Santos. Nos anos 1920, J. Peixoto – como ficou conhecido. Foi o fundador e presidente do Círculo Mágico Internacional. Cito internacionalmente, o grande mágico francês Jean Eugène Robert-Houdin (1874-1926), considerado o “Rei das Fugas”. Suas mágicas se baseavam em trancar-se em baús inclusive imerso na água e em alguns segundos aparecer tranquilamente do lado de fora.
Já no século 20, quem iniciou dominando esse universo foi Doug Henning (1947-2000). Henning já se interessava por mágica desde a infância, assistindo programas na televisão. Começou a pesquisar e quando adulto montou seu primeiro espetáculo, combinando mágica, música e história. Seus truques principais consistiam em fazer um elefante desaparecer.
David Copperfield (1956-) desafiou o mundo do ilusionismo com truques insuperáveis. Ele fez desaparecer a Estátua da Liberdade, em um programa de televisão, levitar sobre o Grand Canyon (EUA), e passar através da Muralha da China.
No caso de interessar assistir filmes sobre o assunto sugiro “O Incrível Mágico Burt Wonderstone (2013)”, Burt Wonderstone (Steve Carell) é um mágico popular, que apresenta seu show em Las Vegas. Entretanto, ele enfrenta sérios problemas quando, subitamente, perde seu parceiro de cena. Burt inicia uma busca para encontrar um substituto, pois terá que enfrentar seu rival, o também mágico Steve Haines (Jim Carrey). No filme “O Grande Truque (2006)”;Robert Angier (Hugh Jackman) e Alfred Borden (Christian Bale) se conhecem há muitos anos. Desde então eles vivem competindo entre si, o que faz com que a amizade com o passar dos anos se transforme em uma grande rivalidade. Quando Alfred apresenta uma mágica revolucionária, Robert, então, fica obcecado em descobrir como ele consegue realizá-la. Mas de todos estes, talvez o mais lembrado e inclusive esteve no Brasil em novembro passado foi Mister M, que na verdade é Val Valentino, nome artístico de Leonard Montano. O americano hoje com 67 anos nascido em Los Angeles, lutou contra um câncer de próstata entre 2011 e 2019 e ficou conhecido por suas participações no Fantástico, entre 1997 e 1999. O “príncipe negro das trevas,” como narrava Cid Moreira, se referindo às vestes do personagem, marcou a infância de milhares de crianças Por fim apenas um lembrete: Que a mágica de viver revele, sempre, a alegria dos nossos corações!
*Membro Imortal da ALPAS Academia Literária Internacional de Artes, Letras e Ciências.