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Bela Vista-MS Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024
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Comerciantes paraguaios e autoridades da cidade criticam a extorsão e pediram punição aos culpados.

Desde sexta-feira (21), as redes sociais, Facebook e Whatsapp, principalmente da fronteira Ponta Porã e Pedro Juan Caballero passaram a divulgar um vídeo em que um turista que esteve na fronteira fazendo suas compras fez um denuncia gravíssima, de que logo após sair do Fortes Atacadista, que fica situado na saída para Antônio João, foi parado por quatro policiais da Policia Nacional do Paraguai que estavam em viatura nas imediações do local das compras.

Segundo relatos no vídeo, Euver Silveira Correa de Mathias, 31 anos de idade, residente na cidade de Panorama, interior de São Paulo, ele juntamente com mais três amigos estavam em um veiculo Ford Fiesta de cor prata com placas EAL 2898, da cidade de São Paulo, sendo seus amigos Paulo Roberto Aurelio Carvalho (30), Francisco Betanim (42) e Luciano Cesar Sabiado (39).

Pelos relatos no vídeo, os policiais paraguaios pediram os documentos pessoais e do veículos de todos eles, mas em determinado momento, os policiais informaram que havia algo errado com uma das pessoas que estava no veiculo e precisavam leva-los para a sede da Policia Nacional, na Comissária Primeira. Ao chegarem no local, de acordo com as informações do vídeo, os policiais trancaram o portão e passaram a intimidar os quatro turistas fazendo tortura psicológica, chegando a pedir a quantia de R$ 5 mil reais para poder solta-los, mas os turistas informaram que não portavam essa quantia e não tinha como pagar. Depois de mais algum tempo os policiais então baixaram o preço no valor de R$ 2 mil reais e pagando eles seriam soltos, isso tudo durou em torno de 4 horas, sendo que ao final após aceitar pagar o que pediam, eles foram soltos e puderam seguirviagem.

Após a postagem do vídeo na internet, o mesmo se tornou um viral, sendo visto por muitas pessoas, imediatamente a imprensa de Pedro Juan Caballero correu atrás para esclarecer o caso. Um dos primeiros a conversar com o Comissario Chefe dos policiais acusados foi o repórter Ronald Ledesma da Rádio Amambay AM, que ouviu da autoridade que os turistas haviam sido detidos para averiguação, sendo que a lei do Paraguai, faculta a autoridade policial deter um pessoa por até 6 horas para ter maiores informações.

O oficial informou ainda ao repórter que mandou fotos via whatsapp para o pessoal da policia Civil de Ponta Porã, recebendo como resposta que os quatro turistas não possuíam nada que pudesse ocasionar uma prisão, ou seja, fichas limpas. De imediato, segundo o oficial, os turistas foram soltos afirmando desconhecer a respeito do pedido de dinheiro por parte dos policiais.

A cidade de Pedro Juan Caballero passa por um verdadeira crise econômica e financeira, devido a alta do dólar, o que esta afastando os turistas da região, e um caso como este pode piorar ainda mais a situação, por este motivo o senhor Pedro Boudimam, presidente da Câmara do Comércio local, procurou e conseguiu entrar em contato com Euver Silveira Correa de Mathias, via telefone, que confirmou a denuncia feita por vídeo e disse que poderia até representar contra os policiais na justiça do Paraguai se for o caso.

Tanto o senhor Pedro, como os demais comerciantes da cidade, imediatamente foram até a unidade policial para cobrar para que estes policiais sejam punidos rigorosamente pelos atos praticados e que isso possa servir de exemplo, tanto para os turistas, que quando sofrerem um abuso deste tipo denunciem imediatamente as autoridades, como também para os policiais, para que eles não venham a tentar fazer a mesma coisa, pois se fizer serão punidos rigorosamente.

De imediato a justiça do Paraguai tomou a decisão de afastar e abrir um processo administrativo, que pode terminar com a expulsão dos policiais paraguaios dos quadros da força de segurança daquele país, sem contar o grande numero de comerciantes da linha internacional que foram até a sede da comissária cobrar um posicionamento mais duro contra estes policiais.

Os policiais envolvidos são: O oficial inspetor Mario Huerta Noldin, o suboficial Jorge Rubén Rivas, suboficial Romualdo Villalba e o suboficial Ronys Lezcano, que já foram transferidos na manhã desta segunda-feira, dia 25 de janeiro, para Assunção onde ficarão detidos aguardando a decisão do processo administrativo.