Motivado pelo apoio do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) à sua candidatura a prefeito de Dourados, assegurado durante reunião na Governadoria, o ex-deputado federal Marçal Filho saiu na frente dos principais adversários e já articula, juntamente com os membros do partido, a indicação de seu companheiro de palanque.
Marçal garante que o partido está aberto para todos os aliados que queiram o bem de Dourados.
“O PSDB está aberto a ter partidos políticos ao nosso lado nas eleições e, principalmente, na hora de gerir a cidade. Um município do tamanho de Dourados, onde os problemas são grandes, não tem como administrar sozinho. Estamos abertos a todos que têm responsabilidade com a cidade em que vivem”, comentou, ao sair da reunião.
O radialista considerou produtiva a reunião com o governador, principal liderança política do PSDB no Estado. “Conversamos sobre a minha pré-candidatura, reforçando o projeto do PSDB para Dourados. As conversações continuam, mas o mais importante foi receber o apoio do Reinaldo para que essa intenção realmente se viabilize”, declarou.
O tucano falou também sobre o trabalho de fortalecimento da do PSDB no município e da construção de novas lideranças para atuar na construção de uma Dourados melhor.
“Estamos fortalecendo o PSDB na nossa região e devemos ter alguns atos de filiação até o dia 2 de abril. Nosso partido tem aberto oportunidade para que novas lideranças surjam, não só aquelas que a gente já conhece, mas pessoas da comunidade, ligadas a área produtiva, trabalhadores, representantes da área empresarial, enfim, que hoje são anônimos, mas que vemos neles possíveis líderes”, frisou.
BALDE DE ÁGUA FRIA
Para analistas, o anúncio sobre o apoio do governador à candidatura de Marçal representa uma “balde de água fria” nas pretensões do deputado federal Geraldo Resende, pré-candidato do PMDB à sucessão do prefeito Murilo Zautih (PSB), que aguardava com grande expectativa uma manifestação favorável ao seu nome.
Geraldo Resende, inclusive, pensava em retornar ao PSDB para ser o candidato do partido na eventualidade de o secretário municipal de Saúde, Sebastião Nogueira, vencer as prévias do PMDB, marcadas para 5 de março.
A informação que se tem é que Nogueira deve desistir, deixando o caminho livre para o correligionário, que a partir de agora terá que ir para a disputa sem o apoio do governador tucano. Geraldo tem o apoio do ex-governador André Puccinelli (PMDB), que perdeu terreno depois de uma série de denúncias de irregularidades em seus governos.
Para analistas, Marçal Filho foi responsável em alavancar a candidatura da então deputada federal Marisa Serrano (PSDB) ao governo de Mato Grosso do Sul nas eleições de 2002.
Com reduto eleitoral restrito a Campo Grande e pouco conhecida na região, a então deputada federal foi obrigada a convidar Marçal Filho para ser seu companheiro de palanque, estratégia que a levou para o segundo turno das eleições, à época, e por pouco não derrota o governador Zeca do PT, reeleito com pouco margem de votos de diferença.
Recém-filiado ao PSDB à convite do secretário Sérgio de Paula (Casa Civil), principal articulador político do governador Reinaldo Azambuja, Marçal deve enfrentar, além de Geraldo Resende, a vereadora Délia Razuk, que deve trocar o PMDB pelo PR, aproveitando a chamada janela partidária, cuja emenda deve ser promulgada nesta quinta-feira (18), pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
O nome do deputado estadual Barbosinha (PSB) também é lembrado para postular o cargo.