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Bela Vista-MS Quinta-Feira, 18 de Abril de 2024

Equipe da Polícia Civil, chefiada pelo delegado Tiago Macedo, conseguiu libertar uma mulher de 25 anos que vinha sendo mantida em cárcere privado pelo marido de 24 anos e acabou sendo “resgatada” nesta quinta-feira (4) em uma área de comodato localizada no Jardim Monumento, onde o casal morava ao lado de dois filhos, sendo um de seis meses e o outro de dois anos.

A libertação da mulher só foi possível após a mesma ter enviado uma mensagem via telefone celular, do marido, para uma vizinha que prontamente levou ao conhecimento das autoridades policiais.

“Ela (mulher) aproveitou um minuto de descontração do marido para enviar a mensagem e em seguida apagou a mesma para ele não ver”, explicou o Delegado que a partir de então, passou a investigar o caso com maior profundidade.

O Delegado Tiago explicou ainda que ela só saísse de casa na companhia do marido que a vigiava constantemente e por isso, não foi possível pedir ajuda aos vizinhos.

O casal deveria viver juntos por aproximadamente um ano e seis meses e nos primeiros 12 meses de convivência, o homem cujo nome não foi divulgado pela Polícia, passou a exercer uma maior vigilância sobre a mulher, que também não teve o nome divulgado.

Os vizinhos nem desconfiavam. Apenas notavam o difícil convívio dela com os demais moradores da localizada e a partir de domingo, 30 de novembro, a mulher não foi mais vista pela vizinhança, fato esse que acabou chamado a atenção de todos.

Com o celular dela escondido pelo amásio, a mulher teve “sorte” ao usar o aparelho dele para pedir ajuda.

A vizinha que recebeu a mensagem, prontamente, foi à Delegacia de Polícia onde então relatou o fato e de imediato, o delegado Tiago Macedo chefiou uma equipe e no local, pode constatar o fato.

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Libertada, a mulher relatou ao Delgado os maus tratos dispensados a ele pelo amásio que a agredia constantemente e as cicatrizes nas pernas e no nariz, serviram como provas do tratamento recebido. Além dela, o filho mais velho também era vítima de agressões.

Em uma das pernas da mulher, havia uma cicatriz que segundo ele, teria sido feita com um canivete usado pelo amásio.

Para complicar ainda mais a vida do agressor, a família do mesmo o acusou a respeito dos episódios narrados pela mulher.

Diante dos fatos, o Delegado classificou o mesmo como “dissimulado”, frio e calculista.

Libertada, a mulher juntamente com os filhos foram encaminhados para a casa dos parentes dela, em uma cidade no interior do Estado, cujo nome não foi divulgado por medidas de proteção a ela. O celular com a mensagem enviada por ele foi apreendido para perícia e o caso foi registrado como lesão corporal dolosa, seqüestro com restrição à liberdade da vítima.

Fonte: Gilson Giordano